ISSN 0798 1015


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Vol. 41 (Nº 18) Ano 2020. Pág. 4

Educação infantil: Métodos e estratégias para inclusão

Child education: Methods and strategies for inclusion

MELO, Josefa Gomes dos Santos 1; COUTINHO, Diogenes José Gusmão 2

Recebido: 08/11/2019 • Aprovado: 06/05/2020 • Publicado: 21/05/2020


Conteúdo

1. Introdução

2. Metodologia

3. Resultados e discussão

4. Conclusões

Referências bibliográficas


RESUMO:

Considerando o papel da família como o alicerce para a vida e o desenvolvimento da criança, este artigo tem como objetivo analisar como está sendo utilizadas as metodologias e estratégias desenvolvidas nas turmas de educação infantil pelos docentes da Escola João Duarte da Vila de Ameixas – PE, sabendo-se que a educação infantil é considerada a primeira etapa de ensino básico, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa com professores da educação infantil em uma escola de Pernambuco, Nordeste do Brasil.
Palavras chiave: Inclusão; Educação Infantil; Métodos e Estratégias.

ABSTRACT:

Considering the role of the family as the foundation for the child's life and development, this article aims to analyze how the methodologies and strategies developed in the kindergarten classes are being used by the teachers of the João Duarte School of Vila de Ameixas - PE, Knowing that early childhood education is considered the first stage of basic education, a qualitative research was conducted with early childhood teachers in school of Pernambuco, Nordeste from Brazil.
Keywords: Inclusion; Child education; Methods and Strategies.

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1. Introdução

Com o fortalecimento de movimentos sociais e de luta contra as formas de discriminação que impossibilitava a cidadania de pessoas deficientes surgiu a nível mundial a defesa de uma sociedade inclusiva. Segundo Mendes (2006, p. 387), “a história da Educação Especial começou a ser traçada no século XVI, com médicos e pedagogos que, desafiando os conceitos vigentes na época, acreditaram nas possibilidades de indivíduos até então considerados ineducáveis”.

A escola de educação infantil deve oferecer condições para que as crianças desenvolvam suas potencialidades, respeitando as diferenças de todos, sendo um ambiente acolhedor, pois é a primeira fase educacional da criança. As Escolas de Educação Infantil são responsáveis em atender a primeira fase da educação na vida de uma pessoa. Denominada de educação básica, é nesta fase que a criança terá a construção do conhecimento e a socialização entre si. Independente de sua condição física, visual ou intelectual, esta definição é dada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional no Brasil, que garante a inclusão de todos os alunos na rede regular de ensino (BRASIL, 1996).

Com isso busca-se com esta pesquisa analisar inicialmente as pesquisas em Educação e conhecer como os professores da Escola João Duarte do Distrito de Ameixas – PE reagem a essa situação profissional, se realmente adequam aos novos métodos e estratégias no ambiente de trabalho e, principalmente, o que fazem para atender essa nova população. Mediante os resultados de pesquisa, o momento atual é de inovação, pois a inclusão escolar está em processo, mas ainda há muito que caminhar.

A inclusão escolar é um processo onde todos devem se adequar a escola através da inclusão de todos os alunos, independente da vida social de cada criança como: raça, etnia, sexo, situação econômica, deficiência, entre outros, reunidos em um mesmo ambiente para que possam desenvolver suas habilidades e necessidades.  O Brasil adota o conceito de inclusão escolar através de uma escola inclusiva e de uma educação inclusiva, ou seja, tanto o edifício quanto a proposta pedagógica devem oferecer a integração de todos os alunos na escola, então o ambiente escolar deve oferecer condições físicas e profissionais para essas crianças deficientes.

Ao utilizar uma prática de ensino o professor contribuirá para a aprendizagem dos alunos, entretanto pode construir algumas barreiras para outros, portanto o docente deve planejar de várias formas, pois nem todos os alunos constroem seus conhecimentos por um mesmo caminho, eles aprendem no seu tempo. Eles aprendem colaborando uns com os outros, trocando experiência. Assim, a legislação brasileira garante o acesso educacional dos alunos da educação especial na rede regular de ensino. Como podemos ver nos objetivos da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, sendo eles:

O acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades superlotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais, garantindo: Transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; Atendimento educacional especializado; Continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino; Formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissional da educação, para a inclusão escolar; Participação da família e da comunidade; Acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; e Articulação Inter setorial na implementação das políticas públicas. (BRASIL, 2001 p.8)

A inclusão não utiliza práticas escolares específicas para esta ou aquela deficiência, mas sim, recursos que diminuem ou eliminam as barreiras no processo de ensino aprendizagem. Algumas sugestões de como trabalhar: Trabalho coletivo e diversificado em sala de aula, pois possibilita o aprender a viver entre eles, dividir as responsabilidades e repartir as tarefas.  O exercício dessas ações desenvolve a cooperação, o sentido de trabalhar e produzir em grupo, o reconhecimento da diversidade dos talentos humanos e a valorização do trabalho de cada pessoa. Diante do exposto este trabalho visa analisar como os professores da escola João Duarte trabalha na educação infantil com aluno com deficiências e quais métodos os mesmos utilizam para atingir seus objetivos com essas crianças, pois se torna um grande desafio à prática do professor, porém além de selecionar, preparar, planejar e aplicar o lúdico em sala de aula.

O professor precisa participar de formação continuada para que se adeque como trabalhar com todos os alunos sem descriminação e sem exclusão. Trabalhar o lúdico é um desafio à prática do professor, porque além de selecionar, preparar, planejar e aplicar os jogos precisa participar e se possível jogar, brincar com as crianças.

1.1. A importância da inclusão no ensino infantil

A inclusão escolar é uma situação atual diferente das concepções históricas acerca de deficiência. As insuficiências corporais modificam as relações da criança com o mundo e se manifestam no comportamento diferenciado nas relações com as pessoas. Desde os cuidados da família, que a criança deficiente é tratada de maneira diferente, pois essa tem uma atenção e cuidados mais habilidosos pelos entes familiares. Uma das principais questões da inclusão na educação infantil é saber se ela será bem desenvolvida.

A inclusão na Educação Infantil faz romper com o atual paradigma educacional, busca um caminho para que a escola possa fluir, espalhando sua ação formadora por todos os que dela participam.  E se o que pretende-se é que a escola seja inclusiva, é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças, buscando sempre a participação da família, para um bom desempenho da criança na escola.

Entretanto os avanços da inclusão na Educação Infantil é entender a importância deste processo para o desenvolvimento destas crianças desde a primeira infância de forma a lhe garantir um futuro mais justo, onde seja apresentado, um mundo igual para todos.

Segundo Miranda:

Os desafios da escola brasileira são identificados, ainda mais quando se recordam de alguns princípios da inclusão, a qual não se limita a propiciar o simples acesso de todos, por meio da universalização de matrículas, mas à garantia da máxima eliminação possível das barreiras relativas à aprendizagem e à participação efetiva de todos no processo educativo (MIRANDA, 2015, p. 105).

Para o autor a inclusão tem várias influências, e são impulsionadas pelas políticas sociais e educacionais, exigindo uma reestruturação das práticas pedagógicas, que garanta a construção dos conhecimentos dessas crianças sem construir barreiras no processo ensino aprendizagem, é preciso atender as dificuldades dessas crianças, o professor tem que ser um construtor e inovador do conhecimento.

As atividades realizadas em sala de aula motiva, o interesse da cada estudante, e o professor deve conhecer a cada aluno individualmente, sua história de vida,  e o plano de aula precisa prever e incentivar a participação dos alunos tanto nas tomadas de decisão acerca das atividades  como no enriquecimento e  a flexibilização do currículo.

A aula planejada pelo docente oferece modelos práticos aos estudantes sobre como as atividades devem ser realizadas. No ensino inclusivo, o processo de avaliação é contínuo e tem um papel fundamental na revisão da prática pedagógica porque oferece ao professor dados sobre como usar as metodologias de ensino dinâmicas para abordar conteúdos curriculares de forma diversificada e acessível a todos os educandos.

É preciso criar contextos lúdicos do tipo: brinquedoteca, cantinho do conto, jogos matemáticos, e entre outros, para que se trabalhe com materiais pedagógicos variados e adaptados às necessidades das crianças com deficiências, buscar despertar a curiosidade da criança para que essa se interesse pelo que está sendo apresentado, promovendo um espírito verdadeiramente inclusivo que é o que se espera, que todas as comunidades e sociedade em geral desenvolvam habilidades para despertar nas crianças deficientes o gosto de participar de atividades desenvolvidas no ambiente escolar, e que se torne prazeroso essa participação de todos por uma inclusão de qualidade.

Uma das estratégias usadas para promover ações que sensibilize à problemática da deficiência e preparar pais e filhos para a inclusão será a realização de teatros com fantoches, com bonecos representando os diferentes tipos de deficiências, essas ações podem ser realizada na própria escola com a participação da família, com isso cria um elo entre família e escola.

 Morim relata que:

Cabe à educação do futuro cuidar para que a ideia de unidade da espécie humana não apague a ideia de diversidade, e que a da sua diversidade não apague a da unidade. Há uma unidade humana. Há uma diversidade humana. A unidade não está apenas nos traços biológicos da espécie Homo sapiens. A diversidade não está apenas nos traços psicológicos, culturais, sociais do ser humano. Existe também diversidade propriamente biológica no seio da unidade humana; não apenas existe unidade cerebral, mas mental, psíquica, afetiva, intelectual; além disso, as mais diversas culturas e sociedades têm princípios geradores ou organizacionais comuns. É a unidade humana que traz em si os princípios de suas múltiplas diversidades. Compreender o humano é compreender sua unidade na diversidade, sua diversidade na unidade. É preciso conceber a unidade do múltiplo, a multiplicidade do uno. (MORIN 2015, p.49-50).

Diante do que diz o autor o conceito de educação inclusiva tem se fortalecido cada vez mais no sentido de que a escola tem que se abrir para a diversidade, acolher, respeitar e, acima de tudo, valorizar a diversidade como elemento fundamental na constituição de uma sociedade democrática e justa. Essa concepção pressupõe que a escola busque caminhos de forma a atender todos os alunos, inclusive os com deficiência, cumprindo seu papel social. Espera-se da escola inclusiva competência para desenvolver processos de ensino e aprendizagem capazes de oferecer aos alunos com deficiência condições de desenvolvimento acadêmico que os coloque, de forma equitativa, em condições de acessarem oportunidades iguais no mercado de trabalho e na vida. A educação infantil é um dos percursos a ser traçado pelas crianças de faixa etária adequada, por se tratar da mais interessante forma de se socializar-se e escolariza-se, daí a importância de inserir essas crianças nesses espaços coletivos de cuidados e educação, por isso a inclusão torna-se cada vez mais necessária no sentido de cuidado e educação.

Por isso é interessante dizer que a inclusão na educação infantil presenta tantas oportunidades que favorecerão o desenvolvimento integral infantil, proporcionando situações na rotina da escola onde envolva o respeito, amor, cidadania, cuidados uns com os outros, aceitação, companheirismo enfim todos os valores necessários na formação de um cidadão. A inclusão desde a educação infantil desenvolve no docente o pensar em seus espaços, tempos, profissionalismo, recursos pedagógicos entre outros, a prática pedagógica na educação infantil foi analisada no sentido de superar as dificuldades enfrentadas e refletir sobre o papel de educar.

Por isso a prática pedagógica inclusiva deverá se constituir pela junção do conhecimento adquirido pelo professor ao longo de sua trajetória e da disponibilidade em buscar novas formas de fazer considerando a diversidade dos alunos e as suas características individuais.  Sacristán (1995, p. 77) “As mudanças educativas, entendidas como uma transformação ao nível das ideias e das práticas, não são repentinas nem lineares, a prática educativa não começa do zero: quem quiser modificá-la tem de apanhar o processo “em andamento”. A inovação não é mais do que uma correção de trajetória”.

A presença do aluno deficiente na escola comum tem se fortalecido cada vez mais nos últimos anos, porém essa presença nem sempre é bem vinda em decorrência da falta de experiências anteriores com tal clientela, porém se essa inclusão for concebida desde a educação infantil facilitará a vida da criança deficiente, pois lhe dar com crianças na educação infantil torna-se mais agradável a interação entre si.  A escola inclusiva terá que construir uma história de interação com esses alunos de modo que se perceba que os mesmos são capazes de aprender.  A percepção envolve contato direto com o ser, sem o estabelecimento de uma relação de ver, ouvir, tocar, sentir, não é possível conhecer o outro.

A criança, assim como todo ser humano, faz parte de uma família que está inserida em uma sociedade, com determinada cultura, assim, a qualidade da estimulação na família com a criança se associam ao desenvolvimento e a aprendizagem da mesma, os alunos quando motivados aprendem em ritmos de cooperação e retribuem esse ato com os amigos e todos se envolvem em um processo de aprendizagem.

Escola inclusiva é aquela que acolhe todos os alunos independentes de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras, com o principal desafio de desenvolver uma pedagogia centrada na criança, capaz de educar e incluir, além dos alunos deficientes, crianças que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes na escola, aquelas que repetem o ano letivo, as que vivem na rua, as que são vítimas de abusos, as que vivem fora da escola.

A inclusão não se aplica apenas em alunos com deficiência, pois é necessário conhecer a trajetória da educação inclusiva, porém a formação dos educadores não será para prepara-los para a diversidade, mais para a inclusão.  As crianças deficientes que frequentam a Educação Infantil precisam de profissionais capacitados, atentos capazes de promover a integração social e a aprendizagem delas. O provimento desse tipo de formação está garantido em várias legislações que tratam da educação inclusiva, e em geral se voltam para os professores, aos quais se deposita a maior responsabilidade pelo processo de inclusão na escola.

1.2. Estratégias para a inclusão na educação infantil

A proposta da educação inclusiva é oferecer um ensino de qualidade a todos de forma igualitária Logo, percebe-se que a sociedade, ainda que em passos lentos, tem buscado atender as demandas de crianças deficientes. Sob a compreensão de que tais demandas precisam ser atendidas, em prol de uma educação de qualidade, o ensino, no Brasil, precisa ultrapassar metas como a de acesso e garantir vagas, atingir possibilidades reais de desenvolvimento dos alunos com deficiências. de forma que a escola seja inclusiva e ofereça condições de igualdade a todos, no que refere-se especificamente à inclusão de alunos deficientes na Educação Infantil.

Para Vitta, Silva e Zaniolo:

O que é projetado idealmente e o que acontece, o que é planejado e o que é vivido. Esses autores afirmam que "[...] é preciso que o atendimento à criança de zero a três anos deixe a dimensão assistencialista, paliativa de problemas sociais estruturais maiores e seja considerada como um direito social de todas as crianças". Como já foi mencionado antes, ao longo do trabalho, todas as crianças necessitam de brincar, e a criança com deficiência não é diferente. (VITTA, SILVA e ZANIOLO, 2016, p.24)

As crianças com deficiências apesar de apresentar atrasos no seu desenvolvimento motor ou cognitivo necessita de atividades lúdicas no seu dia a dia. Podemos até mesmo dizer que talvez precise mais do que as outras crianças, uma vez que tem necessidade de estimular capacidades como sensoriais, cognitivas e motoras. Deste modo, os jogos apresentam um meio importante para o seu desenvolvimento e, é importante que educadores e professores de criança com dificuldades usem os jogos como recursos didáticos, visto que estimula o desenvolvimento social, cognitivo, afetivo, moral, físico e linguístico, como trabalha a autoestima, o autocontrolo, a cooperação, a imaginação, promovendo a integração e a inclusão; proporcionando também aprendizagens curriculares específicas, desenvolvendo assim as funções mentais superiores prejudicadas.

Considerar o jogo como um exercício que prepara a criança com deficiência para a vida, uma vez que através do brinquedo a criança tem a vantagem de se relacionar melhor com o meio em que está inserida, dando-lhe oportunidades de amadurecimento e crescimento no ambiente escolar. Para que o jogo funcione como recurso pedagógico a ser usado, o professor deve ter os objetivos definidos que pretende atingir com aquela atividade.

A proposta de educação inclusiva surge como uma nova perspectiva que, além de rever as concepções a respeito do ensino, reconsidera a Legislação que a ampara e levanta vários questionamentos acerca de saber e de fazer dos professores, os quais são levados a se questionar a respeito dos saberes necessários para trabalhar com alunos com deficiência e de que forma precede em relação às dificuldades e potencialidades apresentadas nesse contexto. No caso, considera-se fundamental a formação específica dos professores para trabalhar com a educação inclusiva em diferentes níveis de ensino. Segundo Gomes (2015, p. 32) “na escola inclusiva, é fundamental a presença de profissionais que optem pela educação de cooperação, pois se acredita que a cooperação entre todos os agentes educativos pode levar à inclusão”.

Para Gomes (2015), a aprendizagem cooperativa deverá ser utilizada como um meio facilitador da inclusão de alunos com deficiências, atendendo a diversidade destes alunos e que esse modelo pedagógico pode ser utilizado como estratégia para o desenvolvimento de interações positivas entre alunos visto que a ajuda entre os mesmos é fundamental. Sabendo-se da aflição pela qual se passa diante do desconhecido, e que não devemos esquecer as responsabilidades para com o aprendizado de todos os alunos.

Assim para o processo de inclusão educacional é necessário o envolvimento de todos os membros da equipe escolar no planejamento de ações e programas voltados ao tema. Professores, diretores e funcionários desempenham papéis específicos, mais precisam agir em coletivo para a inclusão escolar seja aplicada nas escolas de maneira que atenda a toda demanda. Após a análise dos depoimentos dos professores nos questionários, foi possível identificar deferentes visões sobe a inclusão escolar. Os docentes deram maior destaque à presença de crianças com deficiências, compartilhando o mesmo espaço físico das demais. A ideia da presença dessas crianças na classe regular constitui-se como principal aspecto do conceito de inclusão.

 Portanto, o simples fato da criança com deficiência estar em um mesmo espaço com os demais, não quer dizer que esteja incluída no contexto escolar. Para que haja a inclusão devem ser desenvolvidas práticas que favoreçam relações significativas que se identifiquem com a aprendizagem.

Para o autor, não é fugindo da realidade ou menosprezando o aluno com deficiência que vai solucionar o problema de aprendizagem do mesmo, mais ir à busca de como se trabalhar com este aluno através de brincadeiras, do lúdico, é necessário que o professor tenha uma formação adequada para atender o aluno de forma que ele se sinta acolhido no ambiente que se frequente.  Para isso é necessário uma formação inicial e continuada que se prepare os docentes para trabalhar com os alunos, sugerindo uma formação em que de faça presente uma postura de reflexão crítica acerca de ações docentes, pois assim, o educador tem a finalidade de revisar suas ações e buscar novos conhecimentos que possam embasar suas práticas pedagógicas.

Para o processo de inclusão educacional, é necessário o envolvimento de todos os membros da equipe escolar no planejamento de ações e programas voltados ao tema. Professores, diretores e funcionários desempenham papéis específicos, mas precisam agir em coletivo para que a inclusão seja aplicada nas escolas de maneira que atenda a toda demanda. A ideia da presença da criança na classe regular constitui-se como principal aspecto do conceito de inclusão. Entretanto o simples fato da criança com deficiência estar em um contexto escolar, para que haja a inclusão devem ser desenvolvidas práticas que favoreçam relações significativas que se identifiquem com a aprendizagem.

Para Gomes:

Os alunos com deficiência precisam, na sua maioria, de usufruir de um conjunto de técnicos especializados e professores que recorram a estratégias que promovam o seu desenvolvimento e aprendizagem. Estes adultos ao relacionarem-se entre si cooperativamente com as suas diferentes experiências e pontos de vista encontram soluções e respostas mais adequadas ao acompanhamento dos seus alunos. (GOMES, 2015, p. 32).

Para o autor, as crianças com deficiências precisam do apoio de todos que fazem parte do corpo docente da escola para ajudar no seu desenvolvimento e aprendizagem, para isso a formação continuada pode favorecer a implementação da proposta inclusiva; porém necessita estar aliada a melhorias nas condições de ensino, dando um suporte aos profissionais no auxilio ao trabalho do professor.  Como cada profissional tem o compromisso em trabalhar para a concretização dessas mudanças, para os docentes a presença de uma equipe que dê suporte aos agentes educacionais constitui-se na principal necessidade para a educação inclusiva.  Outro fator importante para a inclusão é a realização de adaptações na infraestrutura dos estabelecimentos escolares, para oferecer uma educação de qualidade para todos os alunos, inclusive para os que apresentam deficiência, a escola precisa capacitar seus professores, preparar-se, organizar-se, enfim, adaptar-se para inclusão, pois inclusão não significa apenas matricular os alunos deficientes na classe comum e ignorar suas necessidades, mais sim, dar o suporte necessário para assistências a criança.

Diante dos resultados da pesquisa realizada na Escola João Duarte, foi possível observar como se trabalha a inclusão nesta escola, os profissionais de educação buscam inovarem-se para dar assistências às crianças com dificuldades com professores itinerantes, a escola procura desenvolver projetos políticos pedagógicos possibilitando uma maior clareza em relação à deficiência, além dos alunos participarem de atividades extras nas turmas do AEE, fica claro que professores que participam de estudos sobre inclusão podem olhar com mais dedicação sobre a proposta de inclusão, por ser apresentado a seu conhecimento, informações sobre o tema que ainda requer muito do ambiente escolar.

A pedagogia para a infância, democrática, de qualidade para acolher a diversidade e atender às deficiências, depende das relações socioculturais mais amplas, das intenções, ações políticas concretas e das contradições da prática: dos interesses e do jogo de poder entre os envolvidos. Depende, ainda, no meu entender, das interações e relações que o grupo estabelece entre si, de negociações, projetos, metas, planos, da formação de professores e, em particular, de como a comunidade escolar se aproxima e enfrenta os conflitos sociais.

2. Metodologia

Os sujeitos da pesquisa foram professores com idades médias entre 25 e 48 anos, que possuem licenciatura em Pedagogia, e a maioria com especialização em Psicopedagogia. Todos possuem mais de 10 anos de prática docente e trabalham no Ensino Fundamental da escola Municipal João Duarte, em Pernambuco, Nordeste do Brasil, lecionando do 1º ao 2º anos.

Os critérios utilizados para seleção desses professores foram o ambiente e aproximação da pesquisadora com eles, já que lecionam no mesmo estabelecimento de ensino. Por meio da pesquisa, buscou-se compreender o processo de constituição de saberes que os professores movimentam em suas atividades de docência enquanto lecionam. Dada à relevância desta investigação, realizaremos um estudo de caso envolvendo as concepções teóricas e práticas dos professores sobre a abordagem interdisciplinar em uma escola municipal no Distrito de Ameixas – Pernambuco, Brasil Para isso, haverá uma análise realizada por meio de pesquisas e entrevistas sobre a temática com os professores da escola.

Quanto à pesquisa, Richardson (2014) defini a pesquisa qualitativa como aquela que “não pretende numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas”. Sendo assim, o estudo realizado classifica-se também como pesquisa bibliográfica e documental, por ser baseado em livros, artigos, leis, sítios eletrônicos, artigos científicos e trabalhos monográficos e documentos internos da instituição de ensino onde a pesquisa será realizada.

Para Minayo:

A principal característica dessa abordagem é a compreensão detalhada do ambiente natural em que estão inseridos os sujeitos, considerada como fonte direta de obtenção de informações [...] a análise qualitativa trabalha com um universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes. (MINAYO, 2015 p. 67)

A escolha pela abordagem qualitativa justifica-se por ser uma forma mais detalhada para entender a natureza de um fenômeno social com a intenção de coletar informações. Ela tem se mostrado útil no campo educacional porque examina o fenômeno numa configuração aprofundada, coletando informações, opiniões e comportamentos dos sujeitos, sobre o que eles pensam acerca do objeto de estudo, nesse caso, a interdisciplinaridade.

Nesse sentido, Fino (2010, p. 11) nos propõe um ensino baseado na investigação em que os professores seriam entrevistados com relação à interdisciplinaridade, para que se possa realizar o estudo com os professores no exercício de suas funções, refletindo o fazer e construindo práticas pedagógicas inovadoras, por meio da intervenção no próprio fazer das atividades cotidianas. Quanto aos procedimentos técnicos adotados, Gil (2010) classifica as pesquisas em bibliográfica e documental e, no segundo, encontram-se pesquisas que se utilizam de fontes de pessoas, isto é, dependem de informações prestadas pelas pessoas. Incluem-se, portanto, a pesquisa experimental, o estudo de caso e o estudo de campo.  Segundo Gil: O processo de pesquisa envolve a escolha do tema, levantamento bibliográfico preliminar, formulação do problema, elaboração do plano provisório de assunto, busca das fontes, leitura do material, fichamento, organização lógica do assunto e redação do texto. (GIL, 2010, p. 60)

Nesta pesquisa é utilizado o levantamento bibliográfico sobre a temática interdisciplinaridade para que auxilie na investigação da problemática, bem como os professores do Ensino Fundamental têm abordado a prática interdisciplinar em sala de aula, e para isso iremos adotar como coleta de dados a entrevista semiestruturada e o questionário.

Conforme Richardson:

Toda coleta de dados, escrita ou oral, é um processo de interação entre pessoas. Portanto deve-se procurar uma ordem de perguntas que facilite a interação. Assim, não convém passar bruscamente de um tema a outro; não convém fazer e refazer as perguntas em diferentes partes do questionário etc. [...] a coleta de dados é uma conversa entre duas ou mais pessoas que visam solucionar um problema; portanto, deve-se respeitar uma conversa desse tipo. (RICHARDSON, 2014, p. 201)

Portanto, o questionário será aplicado de forma que as professoras não se intimidem com as respostas e possam nos responder como se fosse uma conversa informal. A ordem das perguntas busca do professor de maneira simples a visão, a opinião e a verdade sobre seu trabalho em sala de aula, não buscando criticar a metodologia usada pelo mesmo, mas procurando investigar formas de trabalhar as aulas de maneira interdisciplinar.

Quadro 1
Informações sobre as professoras entrevistadas na escola pesquisada

PROFESSORA

REDE  DE ENSINO

Nº DE ALUNOS

Professora1

Municipal

15 alunos e 1 incluso

Professora2

Municipal

17 alunos

Fonte: dados da pesquisa de campo

Conforme os dados apresentados verifica-se que foram entrevistadas duas professoras da Escola João Duarte, sendo que a professora 1, tem um aluno incluído na sala e a mesma recebe o auxilio de uma professora itinerante preparada para trabalhar com esse aluno dando um apoio em seu desenvolvimento no ambiente escola, a criança conta também com o apoio da sala do AEE que funciona na Cidade de Cumaru-PE, a criança recebe um suporte educacional em outro horário auxiliando cada vez mais em suas potencialidades. A professora 1 ensina uma turma com 15 alunos normais e um com deficiência auditiva, a professora conta com o auxilio de uma auxiliar de educação e uma professora itinerante para dar assistência   a Lucas de 4 anos de idade. A professora 2, ensina a uma turma com 17 alunos , conta com um apoio de uma auxiliar para ajudar com as crianças por ser crianças menores, precisam de um atendimento mais centrado em seu dia a dia no ambiente escolar.

3. Resultados e discussão

Esta pesquisa tem por objetivo de apontar a opinião dos docentes sobre a estratégia de inclusão no contexto escolar e como constituem uso desta em sala de aula, foi aplicado como obtenção de levantamento de dados um questionário com 5 perguntas. Participaram 2 professores, da escola.  Os professores foram receptivos à realização do questionário, esse foi aplicado individualmente. A idade dos entrevistados variou entre 23 e 39 anos e tempo de atuação como professor variam entre 2 anos à 20 anos de profissão.

Quadro 2
Perguntas e respostas com os professores entrevistados.

Perguntas e respostas

1 Professor

Professor 2

Como ocorre o processo de inclusão na escola onde trabalha?

Sabendo que a legislação é explicita quanto á obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independente de suas necessidades ou diferenças. “Por essa razão a escola faz esse processo de inclusão.” “É feito a partir da necessidade apresentada por cada aluno com especialidade (s). Em alguns casos o aluno é acompanhado por um especialista.” “A escola visa atender de forma consciente as deficiências, dificuldades, especificidade de maneira a não restringir o processo de ensino para o portador de deficiência, buscando dele a liberdade para aprender do seu modo de acordo com suas condições”.

 

“Acontece da melhor forma possível, com muito acolhimento, carinho e amor.” “Nossa escola é inclusiva tendo em todas as séries, alunos portadores de alguma necessidade especial.” “Mantendo o limite permitido de alunos com deficiência por série.” “Trabalhamos de maneira inclusiva onde somos todos iguais dentro de cada limitação.” [...] busca-se trabalhar a inclusão com todos os alunos.

Quais métodos são utilizados para incluir o aluno com deficiência em sala de aula?

Tentamos adaptar os conteúdos a sua deficiência [...] “Não há uma metodologia diferenciada ou específica para a transmissão dos conteúdos nas atividades propostas trabalhando com o lúdicos, com todos os alunos.” Deve-se ser utilizado métodos onde o trabalho precisa ser coletivo [...]

Trabalhamos com atividades lúdicas [...] “Jogos pedagógicos e sensoriais” “Dependendo de suas real necessidade incluímos jogos, dinâmicas e adequamos nossa metodologia [...] “Jogos educativos, e o principal amor” “Jogos educativos, projetos entre outros”

Na sua opinião o brincar pode ser utilizado como estratégia de inclusão? Sim/Não Explique.

“Sim. O brincar é importante para aproximar a criança com deficiência do seu meio e fazê-la interagir socialmente, possibilitando com que ela não seja tida como incapaz.” Pois através da brincadeira, podemos trabalhar vários conteúdos, e a dificuldade que a criança tem

“Sim. O brincar é uma estratégia riquíssima em conteúdo, habilidades que devem ser estimuladas em qualquer criança, inclusive nas crianças com deficiência.”

Dê sua opinião sobre a importância do brincar para a criança com deficiência.

O brincar faz com que a criança não se sinta diferente, rejeitado ou excluído [...] A criança fica mais interessada pelo conteúdo [...] [...] o ato de brincar possibilita o processo de aprendizagem da criança, pois facilita na autonomia e na criatividade. [...] a melhor forma para o desenvolvimento intelectual e físico sem contar a autoestima e criatividade. [...] O brincar ajuda na resolução de problemas, desenvolve a criatividade, as capacidades físicas, perceptivas, emocionais, intelectuais e sociais. [...]

“É muito importante para seu desenvolvimento e interação com os outras crianças” [...] é brincando que a crianças desenvolvem conceitos, habilidades e encontram seus caminhos para que ocorra a aprendizagem. [...] as crianças com deficiência tem que serem estimuladas afinal todos aprendemos brincando. “O brincar é estritamente necessário na aquisição de conhecimento, no desenvolvimento motor e cognitivo também” “Extremamente importante para o desenvolvimento motor e cognitivo”

Como é a interação da criança com deficiência no momento das brincadeiras?

[...] participa com mais entusiasmo e atenção. “A criança, participa de forma ativa e participativa [...]” “Na sua maioria a ocupação da criança é a brincadeira. [...]”

“Procuramos sempre integrá-los nas atividades para que haja interação constante entre todos” [...] integrá-las na hora do brincar para que ela interaja com os demais. [...] procurando atingir o objetivo estimulando, brincado para que possamos chamar sua atenção e obter êxito. [...] estimular brincadeiras coletivas, formar grupos, convidar um colega para iniciar, sempre envolvendo o aluno com deficiência. “Prestam bastante atenção, ficam na expectativa de chegar as vez[...]”

Fonte: Dados da pesquisa

Destacam-se respostas como: “a legislação é explicita, quanto á obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos”, “Nossa escola é inclusiva tendo em algumas séries, alunos portadores de alguma deficiência”, “Mantendo o limite permitido de alunos com deficiência por série.”, “Em alguns casos o aluno é acompanhado por um especialista.”, [...] buscamos trabalhar a inclusão com todos os alunos. Deste modo, foi analisado que a escola reconhece a leis de inclusão da pessoa com deficiência e buscam integrar todos os alunos.

O brincar é estritamente necessário na aquisição de conhecimento, no desenvolvimento motor e cognitivo também”. Deste modo, foi analisado que a escola destaca a importância do brincar como como facilitadora da autonomia e conhecimento do aluno com deficiência. Foi analisado que a escola busca integrar a criança com deficiência no momento das brincadeiras. Não podemos ter dúvidas que o brincar pode ser um método essencial para incluir a criança com deficiência.

4. Conclusões

Ao finalizar este trabalho foi possível verificar como as professoras estão conseguindo desenvolver seu trabalho pedagógico com alunos incluídos na sala de aula regular, sendo possível observar o quanto a formação docente é extremamente importante para que o professor possa atender novas demandas que envolvem o trabalho com grupos diferenciados de alunos.  É de grande importância para os alunos deficientes que eles possam vivenciar as experiências escolares no ensino regular juntamente com os outros, sendo garantido a todos um ensino de qualidade e uma participação ativa no processo de aprendizagem, para isso, podem ser necessárias adaptações no currículo regular.

Ao mesmo tempo, entende-se que a efetividade dessas crianças possa ser afetada em decorrência das dimensões territoriais do país e das próprias concepções que norteiam a atuação dos gestores e professores da educação básica.  Desse modo, na maioria das vezes, muitas adaptações ficam delegadas aos professores, no âmbito da gestão de suas turmas, os professores são o recurso mais importante no ensino dos alunos com deficiência, implicando esta responsabilização, a necessidade de atualizar conhecimentos e competências e, por outro lado, mudar percepções e atitudes.

Este trabalho possibilitou verificar que apesar das muitas dificuldades no contexto escolar, duas professoras consideraram que a chave para a inclusão escolar está sob a responsabilidade do professor, porém o interesse da escola como um todo é que pode trazer ferramentas para um trabalho mais estruturado e eficaz no dia a dia com esses alunos deficientes por isso a inclusão implica no envolvimento da criança nas rotinas da família, nas atividades sociais com familiares e amigos, bem como nas diversas oportunidades educativas e recreativas que as comunidades têm a oferecer.

Infelizmente quando a criança tem uma deficiência ou problema de desenvolvimento, algumas forças podem exercer pressão no sentido da exclusão e do isolamento, sendo que tal pode mesmo acontecer na própria família, tal situação aumentará o isolamento em relação às atividades comunitárias. A atitude dos pais influencia à problemática dos seus filhos será, sem dúvida, um fator determinante na plena inclusão social do seu filho. Para apoiar as famílias neste processo, que se pretende que se inicie o mais precocemente possível, as famílias das crianças com deficiência necessitam, frequentemente de informação relativamente a tópicos de várias ordens. Segundo Silva (2014), “o AEE está configurado nas mais recentes pesquisas, como sendo três momentos pedagógicos específicos.”

Ao analisar a organização e funcionamento do AEE na Educação Infantil, na Vila Ameixas, foi possível identificar que a estrutura organizacional do AEE funciona na , e oferece o atendimento na própria Vila, os alunos em um turno, podendo favorecer as ações na classe comum auxiliando a criança em possíveis dúvidas relacionadas à aprendizagem e ao comportamento, seja no momento em que estiver presente na classe, em outro horário destinado, entretanto, depende da disponibilidade do aluno em aceitar o trabalho desenvolvido como complementar à sua ação.

Vale lembrar a necessidade de um maior suporte técnico pedagógico aos docentes, e uma estrutura e organização escolar focada na inclusão e na consolidação da parceria entre a família e a escola, pois à medida que os professores sentirem-se acolhidos em suas angústias e dúvidas e apoiados em suas decisões pedagógicas, poderão incorporar novas estratégias e reconstruir suas práticas na direção da inclusão de todos seus alunos.

Os professores afetivamente tendem a não acreditar que suas práticas possam favorecer a aprendizagem dos alunos com deficiência, por outro lado, a participação de um corpo presente e recursos que auxiliaram os mesmos em sua prática docente, como a disponibilidade emocional com o aluno e crenças centradas nas potencialidades desses, por meio de persistência no ensino, pode constituir uma fonte importante participação e incremento do senso de auto eficácia.

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1. Graduada em Ciencias Sociais. E email de contato: bel.beregomes@gmail.com

2. Doutor em biologia pela UFPE. Professor da Faculdade Alpha e do Centro Universitário Brasileiro - Unibra. E email de contato: gusmao.diogenes@gmail.com


Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015
Vol. 41 (Nº 18) Ano 2020

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