Espacios. Vol. 34 (8) 2013. Pág. 6 |
O Twitter® como objeto de investigação empírico-quantitativa: uma revisão bibliométricaTwitter® as an object of empirical quantitative research: a bibliometric reviewCristiane Raquel WOSZEZENKI 1, Vanderlei FREITAS JUNIOR 2, Daniel Fernando ANDERLE 3, Andrea Valéria STEIL 4, Gertrudes DANDOLINI 5 y João Artur de SOUZA 6 Recibido: 18-05-2013 - Aprobado: 23-07-2013 |
Contenido |
Gracias a sus donaciones esta página seguirá siendo gratis para nuestros lectores. |
RESUMO: |
ABSTRACT: |
1. IntroduçãoA Internet e suas tecnologias, especialmente este novo movimento chamado Web 2.0, têm modificado a forma com que as pessoas se relacionam e fazem contatos, pessoais e profissionais. Recentemente, os usuários que apenas consumiam informação veiculada através da Web, passaram a produzir conteúdo, tornando-o disponível através de diversas ferramentas da chamada Web 2.0. Entre estas aplicações destacam-se as redes sociais, como o Twitter®. Kaplan e Haenlein (2010, p. 61) definem mídia social como "um grupo de aplicações baseadas na Internet que se baseiam nos fundamentos ideológicos e tecnológicos da Web 2.0, e que permitem a criação e troca de conteúdo gerado pelo usuário”. Na medida em que o número de usuários da internet aumenta, o Twitter®, e os microblogs em geral, têm se tornado objetos emergentes de investigação, atraindo interesse de pesquisa de diferentes disciplinas acadêmicas (Barnes, Böhringer, 2011). A partir deste cenário, este artigo apresenta duas principais contribuições. A primeira é o mapeamento das publicações científicas que têm como objeto de investigação o Twitter® e utilizam a metodologia empírica quantitativa para a realização da pesquisa. Nesse mapeamento buscou-se identificar as características dos trabalhos, como países e instituições que contribuem para o tema, período das publicações, periódicos nos quais os trabalhos são publicados, entre outros. Para isso foram utilizadas técnicas bibliométricas. A segunda contribuição é a apresentação de um panorama das publicações sobre a temática de estudo. Essa identificação foi realizada por meio da análise dos textos completos de estudos selecionados, de acordo com critérios pré-estabelecidos. O presente estudo é apresentado da seguinte forma: a seguir são discutidos os aspectos conceituais relacionados ao Twitter®; logo após é apresentada a bibliometria como técnica de visualização e mapeamento científico; na sequência são descritos os procedimentos metodológicos aplicados a este estudo, os resultados observados, as considerações finais e as referências bibliográficas utilizadas. 2. Twitter®: aspectos conceituaisOs microblogs são uma versão simplificada dos weblogs, com a incorporação de características das redes sociais e mobilidade (Barnes, Böhringer, 2011). Nos microblogs os usuários publicam mensagens curtas que podem ser lidas por outros da rede. Cada usuário pode adicionar membros à sua rede social e, após esta adição, as mensagens postadas por estes membros passam a figurar em ordem cronológica em sua página na rede. Grande parte dos microblogs limita as postagens ao tamanho de 140 caracteres. Esta medida vista incentivar aos usuários a postagem frequente de mensagens curtas em seus perfis no microblogs. O primeiro e mais popular microblog disponível na Web é o Twitter® (Barnes, Böhringer, 2011). De acordo com dados atualizados do microblog, o Twitter® conta com mais de 200 milhões de usuários ativos, distribuídos entre 60% de mulheres e 40% de homens, que postam mais de 340 milhões de mensagens diariamente. A rede conta com 39 milhões de usuários únicos por mês, com um tempo médio de uso diário de 36 minutos (Twitter, 2013; Quicksprout, 2013). 3. MétodoEste trabalho tem natureza exploratória de caráter descritivo (Vergara, 2003) e faz uso de técnicas bibliométricas. A bibliometria é uma técnica de medição de índices de produção e disseminação do conhecimento científico (Fonseca, 1986). Seu ponto central é a utilização de métodos quantitativos na busca por uma avaliação objetiva da produção científica (Araujo, 2006). Os indicadores bibliométricos possibilitam analisar o desenvolvimento de um campo da ciência de forma a identificar características como: o crescimento cronológico da produção científica; a produtividade de autores e instituições; a colaboração entre pesquisadores e instituições; o impacto das publicações; a análise e avaliação de fontes difusoras de trabalhos e a dispersão da produção científica entre as diversas fontes (Bufrem, Prates, 2005). A observação dessas características para uma determinada área do conhecimento revelam sua evolução e as principais tendências das publicações científicas. 3.1. Procedimentos metodológicosO desenvolvimento deste estudo foi realizado em quatro etapas: 1) coleta de dados; 2) representação e análise dos dados estatísticos; 3) seleção e categorização dos trabalhos para análise descritiva e; 4) análise descritiva dos trabalhos selecionados. A subseção 3.1.1 explica a etapa da coleta de dados (etapa 1). A seção 4 apresenta os resultados da etapa 2 por meio da representação e análise dos dados estatísticos utilizando tabelas, gráficos e figuras. A Seção 5 descreve como foi realizada a seleção de trabalhos para análise, com a apresentação dos critérios de seleção (etapa 3), e realiza a síntese dos trabalhos selecionados (etapa 4). 3.1.1. Coleta de dadosPara realizar o estudo bibliométrico foi utilizada como base de dados a Web of Science (WoS), considerada pela comunidade científica uma fonte relevante para estudos bibliométricos por cobrir periódicos importantes para todas as áreas do conhecimento (Abrizah et al., 2013). Essa base de dados indexa publicações científicas multidisciplinares do mundo todo, sendo reconhecida cientificamente tanto pela quantidade quanto pela qualidade dos periódicos científicos indexados. Na WoS, foram selecionadas todas as sub-bases disponíveis e foi utilizado o período de busca disponível na base até o último ano incompleto: 1945-2013 (janeiro). Em seguida foram estabelecidos os critérios de busca. A expressão de busca foi criada de forma a abranger todos os possíveis trabalhos que investigam o Twitter® utilizando a metodologia empírica quantitativa. Dessa forma, as buscas foram realizadas utilizando-se a expressão ("empirical study" OR "empirical research" OR "empirical investigation" OR survey) AND twitter no campo de busca TOPIC (título, palavras-chave e resumos) na WoS. A partir dos registros retornados em cada base, foi possível gerar arquivos com as informações bibliométricas dos trabalhos. A obtenção dos resultados (apresentados na Seção 4) foi viabilizada por meio da importação desses arquivos para os softwares EndNote e HistCite. Esses softwares possibilitam a organização e a visualização dos dados bibliográficos provenientes de bases que indexam publicações, permitindo uma análise dos dados mais completa. 4. Representação e análise dos dadosAs buscas realizadas retornaram 67 trabalhos acadêmicos indexados à Web of Science. Os 67 trabalhos foram escritos por 100 autores, vinculados a 98 instituições, de 17 países diferentes e estão publicados em 60 periódicos. Os autores identificaram, ainda, 351 palavras-chave diferentes em seus estudos. A Tabela 1 sintetiza os resultados gerais da pesquisa. Tabela 1: Resultados gerais.
A Figura 1 apresenta a distribuição temporal dos 67 trabalhos identificados. Percebe-se que o interesse dos pesquisadores em utilizar o Twitter® como objeto de investigação empírica iniciou em 2009, três anos após seu lançamento (2006), e tem aumentado consideravelmente até os dias de hoje. Figura 1. Frequência das publicações por ano no período (2009-2012). Na sequência, foram analisados os periódicos com maiores frequências de artigos publicados sobre o tema. A Figura 2 apresenta os 7 periódicos com maior quantidade de publicações, podendo-se observar a diversidade de áreas compreendidas pela lista de periódicos. Aparece em destaque o periódico Computers in Human Behavior com 4 publicações, seguido do Cybespsychology Behavior and Social Networking, com 3 publicações. Figura 2. Periódicos com maior frequência de publicações. Quanto aos países de origem das publicações, podemos identificar que o maior interesse nesse tema é dos Estados Unidos, que possui 38 estudos publicados, seguido pela Inglaterra, com seis trabalhos, Canadá com cinco, China com quatro, Alemanha com três e os demais países com dois ou menos. Percebe-se um expressivo interesse norte americano acerca deste tema em relação aos outros países. A Figura 3 apresenta os 11 países com maior quantidade de publicações. Figura 3. Países com maior frequência de publicações. Dentre as 98 instituições que investigam o Twitter® utilizando a metodologia empírica quantitativa, observou-se que o maior número de publicações está distribuído em 13 instituições, conforme a Figura 4. A lista é liderada pela Harvard University, com quatro trabalhos, localizada nos Estados Unidos, que também lidera a lista dos países. Pode-se observar, na Figura 4, que dentre as 13 instituições com maior frequência de publicações, 8 delas estão localizadas nos Estados Unidos. Figura 4. Instituições com maior frequência de publicação. Existem 351 diferentes palavras-chave associadas aos 67 artigos encontrados sobre o tema. A Figura 6 mostra as palavras-chave mais utilizadas representadas de acordo com sua frequência. As 10 palavras-chave mais utilizadas com sua respectiva frequência são: social (27), twitter (24), use (18), midia (14), online (8), networking (7), information (6), analisys (5), empirical (5) e education (4). As palavras chaves Twitter e empirical, que refletem exatamente o tema desta pesquisa, aparecem entre as 10 palavras chaves, respectivamente 24 e 5 vezes, ocupando a segunda e nona posição. Figura 6: Representação das frequências das palavras-chave. Por fim, analisou-se a frequência de citações dos estudos que possuem o Twitter® como objeto de investigação empírica quantitativa. A Tabela 2 apresenta os dez trabalhos mais citados de acordo com o indicador bibliométrico denominado de GCS (Global Citation Score – Escore Global de Citações), que se refere à quantidade de vezes que os trabalhos foram citados por outros trabalhos nas bases WoS. Observa-se que os dois principais trabalhos são intitulados: Pandemics in the Age of Twitter: Content Analysis of Tweets during the 2009 H1N1 Outbreak, com 22 citações, e An examination of the role of online social media in journalists' sourcemix, com 12 citações. Somados os dois artigos têm 34 citações, representando 42,5% das citações entre os 10 artigos mais citados. Tabela 2: Artigos mais citados sobre o tema
* Mensuradas a partir do GCS (Global Citation Score – Escore Global de Citações): quantidade de vezes que os trabalhos foram citados por outros trabalhos nas bases pesquisadas. 5. Panorama das publicações acadêmico-científicas sobre a temática de estudoUm dos objetivos deste trabalho é apresentar um panorama das publicações acadêmico-científicas que têm o Twitter® como objeto principal de investigação e utilizam a metodologia empírica quantitativa para a realização do estudo. Assim, de forma a selecionar os artigos para análise, foram estabelecidos três principais critérios: 1) deve-se ter acesso ao conteúdo completo do artigo; 2) o artigo deve ter como objeto principal de estudo o Twitter® ; e, 3) deve apresentar metodologia de pesquisa empírica quantitativa. Aplicando o primeiro critério de seleção, dos 67 artigos retornados na busca sistemática foram eliminados 12, restando 55 trabalhos com textos completos para a aplicação do segundo critério. Após aplicar o segundo critério, constatou-se que 23 trabalhos (42%) não têm o Twitter® como foco principal do estudo. É o caso do artigo de Paul et al.(2012), que analisam o impacto das redes sociais no desempenho acadêmico dos estudantes, e mencionam o Twitter® como uma destas redes. Neste grupo também se encontra o estudo de Abanmy et al. (2012), no qual o Twitter® foi um dos canais utilizados para convidar pessoas a participar da pesquisa, que investigava o uso de um portal de informações sobre drogas. Outros exemplos são os trabalhos de Osborn e Lofrisco (2012), Shenouda et al. (2012), Assis-Dorr et al. (2012), Van Allen e Roberts (2011), Baptist et al. (2011); Drew e Schemer (2010), Cheng e Liu (2010) e Tiane Martin (2009). O terceiro critério, que estabelece que o trabalho deve apresentar metodologia de pesquisa empírica quantitativa, eliminou um trabalho. Assim, restaram 31 trabalhos (56%) que atendem aos três critérios estabelecidos. Desses 31 trabalhos, um grupo realiza análise das mensagens publicadas no microblog com finalidades específicas. Neste grupo citam-se os trabalhos de Sindhwani et al. (2011), Chamlertwat et al. (2012), Hao et al. (2012) e Dodds et al. (2011). Tais trabalhos exploram o uso de técnicas computacionais para analisar as mensagens publicações no microblog de forma a apurar a opinião de um determinado público-alvo do microblog. Outro grupo destaca estudos que investigam o uso do Twitter® em diversos contextos, como profissional, acadêmico, social, entre outros. Exemplos são os artigos de Cassidy et al. (2011); Hargittai e Litt (2012); Fisher e Clayton (2012); Sweetser e Kelleher (2011); Melamud e Otero (2011); Bosslet et al. (2011); Fox e Varadarajan (2011); Kukreja et al. (2011). Por fim, um grupo de pesquisadores utiliza a abordagem quantitativa explicativa, onde lançam hipóteses e definem variáveis, buscando estabelecer relações ou correlações entre as variáveis, tratando-se, portanto, de estudos que seguem formalmente todo o procedimento de pesquisa empírica quantitativa clássica. Neste subgrupo estão inseridos 9 trabalhos que exploram o Twitter® como fonte de informações para diversos contextos, como comércio eletrônico, educação, esportes, capital social, entre outros. A seguir são comentados cada um desses trabalhos. Barnes e Boehringer (2011) buscaram compreender o uso continuado do Twitter® por seus usuários, procurando medir confirmação, massa crítica, hábito, intenção na continuação, utilização percebida, satisfação e tamanho da rede social. Ao final do estudo, os pesquisadores concluíram que o comportamento de continuidade dos usuários do Twitter® é fortemente determinado por suas percepções de valor de utilização do serviço, satisfação manifestada no uso da ferramenta e desenvolvimento prévio de comportamento automático ou hábito em torno do uso do serviço. Descobriram, também, uma relação entre o tamanho da rede e o desenvolvimento de comportamento passado de uso, isto é, os usuários veem valor de interagir com um grupo significativo de nós em sua rede. Outro estudo recuperado procurou demonstrar o papel do conteúdo das mensagens na determinação da influência da informação. Para isso, Barbagallo et al. (2012) analisaram dois conjuntos determinados de mensagens enviadas pelo Twitter® e identificaram que a dinâmica de retwitar (reenviar mensagens) é independente do sentimento carregado por essas mensagens. Outra descoberta interessante prende-se ao fato de que as mensagens negativas são mais facilmente retwitadas. Chen (2011) aplica os princípios da abordagem U&G (Uso e Satisfação) para investigar como as pessoas satisfazem uma necessidade de se conectar com outras pessoas no Twitter®. O autor descobriu que o tempo em que o usuário está usando o Twitter® tem mais influência nesta necessidade de satisfação das pessoas em se conectar com outras, do que as horas por dia que as pessoas gastam com o microblog. Em outras palavras, aquelas pessoas que permanecem com o Twitter® são as que acabam satisfazendo uma necessidade de se conectar com outras pessoas. Jansen et al. (2011) buscaram fazer uma análise da busca e compartilhamento de informações no contexto do comércio eletrônico. Para os autores, estar conectado está relacionado ao número de perfis que os usuários têm em redes sociais; e estar engajado está relacionado com a frequência das atualizações. A partir disso, perceberam que quanto mais conectadas e quanto mais engajadas, mais dispostas as pessoas estarão para se envolver em práticas de compartilhamento de informações comerciais, como responder a enquetes, procurar, receber e agir por mensagens de status, e fazer propaganda para uma empresa. Por outro lado, quanto mais conectadas e quanto mais engajadas em sites de redes sociais, mais receptivas as pessoas estarão a amigos/fãs de uma empresa ou marca. Junco et al. (2011) buscaram investigar se o incentivo do uso do Twitter para fins educacionais tem efeito no engajamento dos estudantes e/ou nas notas do semestre. Os autores concluíram que a exploração do uso do microblog de forma educacionalmente relevante tem efeito positivo sobre o engajamento e sobre as notas dos estudantes. O uso do Twitter® por fãs de esportes na Turquia para acompanhar os eventos esportivos foi analisado por Ozoy (2011). O autor identificou diferenças significativas na procura por eventos esportivos no Twitter® pelos participantes em termos de sexo, idade, hábitos de exercício físico e nível de renda, como por exemplo, fãs do sexo masculino seguiram comunicações esportivas em redes sociais com mais frequência do que fãs do sexo feminino. Wilkinson e Thelwall (2012) buscaram analisar os trending topics (tópicos de tendência) de cada país com o objetivo de investigar diferenças internacionais em novos interesses. Os autores concluíram que os principais tipos de trending topics variam de acordo com cada país, como, por exemplo, festivais ou eventos religiosos, eventos de mídia, política, interesse humano e esporte. Constataram também que trending topics de interesse nos EUA são de maior interesse em outros países e trending topics de interesse na Índia são de menor interesse em outros países. Macafee e De Simone (2012) verificam qual o relacionamento entre o uso informacional (onde o usuário apenas busca informações) e o uso expressivo (o usuário posta comentários, vídeos, sendo mais ativo) das redes sociais com a participação offline em protestos. O estudo revela que embora as pessoas usem as mídias sociais para obter informações sobre protestos, apenas usos expressivos estão relacionados ao engajamento em protestos offlines. Por fim, Ye et al. (2012) promoveram um estudo para investigar a fonte de capital social no mundo virtual do Twitter®. Entendendo por capital social como o número de seguidores que determinado usuário tem, os autores identificaram que o capital herdado de fora do Twitter® e as atividades dentro do microblog têm um efeito positivo no capital social de um usuário do Twitter®. Constataram também que o capital social pode ser transferido do mundo real para o mundo virtual. Entretanto, o capital social de um usuário do lado de fora do Twitter® impacta significativamente nos níveis de atividades dentro do Twitter®. 6. Considerações FinaisO estudo teve por objetivo a análise bibliométrica dos estudos de natureza empírico-quantitativa acerca do microblog Twitter®. Realizou-se pesquisa bibliométrica para o mapeamento dos estudos nesta temática, recuperando-se 67 trabalhos, escritos por 100 autores, vinculados a 98 instituições, oriundas de 17 países diferentes. Verificou-se que parte dos trabalhos (42%) não possui o Twitter® como foco principal de investigação, apenas menciona o microblog em aplicações subjacentes. A maioria dos trabalhos (56%) explora o Twitter® como principal fonte de informações de pesquisas quantitativas. Esses trabalhos dividem-se ainda em dois subgrupos: os que fazem pesquisa exploratória ou descritiva utilizando survey ou análise das mensagens do microblog e os que fazem pesquisa explicativa, lançando e testando hipóteses e fazendo relações entre variáveis. Os estudos que apresentam pesquisas empírico-quantitativas acerca do microblog analisam, entre outros, o uso continuado do Twitter® por seus usuários, o papel do conteúdo na influência da informação, a satisfação da necessidade de se conectar com outras pessoas a partir dos relacionamentos no microblog, o perfil e a inclinação dos usuários conectados e engajados no Twitter® no que se refere à sua predisposição para compartilhar informações comerciais, o uso educacionalmente relevante do Twitter® e suas implicações para o estudante, e a origem do capital social no mundo do microblog. Este artigo apresenta duas principais contribuições. A primeira é o mapeamento das publicações científicas que têm como objeto de investigação o Twitter® e utilizam a metodologia empírica quantitativa para a realização da pesquisa. Nesse mapeamento buscou-se identificar as características dos trabalhos, como países e instituições que contribuem para o tema, período das publicações, periódicos nos quais os trabalhos são publicados, entre outros. Para isso foram utilizadas técnicas bibliométricas. A segunda contribuição é a apresentação de um panorama das publicações sobre a temática de estudo. Esse panorama promove o conhecimento sobre o campo de pesquisa e disponibiliza insumos que permitem enriquecer a discussão sobre os possíveis rumos que as pesquisas que exploram o Twitter® têm tomado. Isso permite detectar as prováveis tendências científicas para os pesquisadores e interessados em utilizar o Twitter® como fonte de pesquisa em diversas áreas. 7. ReferênciasAbanmy, N. O.; Al-quait, N. A.; Alami, A. H.; Al-Juhani, M. H., Al-Aqeel, S. (2012); "The utilization of Arabic online drug information among adults in Saudi Arabia." Saudi Pharmaceutical Journal, 20(4), 317-321. Abrizah, A.; Zainab, A. N.; Kiran, K.; Raj, R. G. (2013); “LIS journals scientific impact and subject categorization: a comparison between Web of Science and Scopus”, Scientometrics, 94, 721-740. Araujo, C. (2006); “A. Bibliometria: evolução, história e questões atuais”. Em Questão, Porto Alegre, 12(1), 11-32. Assis-Dorr, H.; Palacios-Marques, D.; Merigo, J. M. (2012); “Social networking as an enabler of change in entrepreneurial Brazilian firms”. Journal of Organizational Change Management, 25(5), 699-708. Baptist, A. P.; Thompson, M.; Grossman, K. S.; Mohammed, L; Sy, A., Sanders, G. M. (2011). “Social Media, Text Messaging, and Email-Preferences of Asthma Patients between 12 and 40 Years Old”. Journal of Asthma, 48(8), 824-830. Barbagallo, D.; Bruni, L; Francalanci, C.; Giacomazzi, P. (2012); “An Empirical Study on the Relationship between Twitter Sentiment and Influence in the Tourism Domain”, In: Information and Communication Technologies in Tourism 2012, 506-516. Barnes, S. J.; Boehringer, M. (2011); “Modeling Use Continuance Behavior In Microblogging Services: The Case Of Twitter”. Journal of Computer Information Systems, 51(4), 1-10. Bosslet, G. T.; Torke, A. M.; Hickman, S. E.; Terry, C. L.; Helft, P. R. (2011); “The Patient-Doctor Relationship and Online Social Networks: Results of a National Survey”. Journal of General Internal Medicine, 26(10), 1168-1174. Bufrem, L.; Prates, Y. (2005); “O saber científico registrado e as práticas de mensuração da informação”. Ciência da Informação, Brasília, 34(2), 9-25. Cassidy, E. D.; Britsch, J.; Griffin, G.; Manolovitz, T.; Shen, L.; Turney, L. (2011); "Higher Education and Emerging Technologies: Student Usage, Preferences, and Lessons for Library Services." Reference & User Services Quarterly, 50(4), 380-391. Chamlertwat, W.; Bhattarakosol, P.; Rungkasiri, T. (2012); “Discovering Consumer Insight from Twitter via Sentiment Analysis”. Journal of Universal Computer Science, 18(8), 973-992. Chen, G. M. (2011); “Tweet this: A uses and gratifications perspective on how active Twitter use gratifies a need to connect with others”. Computers in Human Behavior, 27(2), 755-762. Chen, S.-C.; Yen, D. C.; Hwang, M. I. (2012); “Factors influencing the continuance intention to the usage of Web 2.0: An empirical study”. Computers in Human Behavior, 28(3), 933-941. Cheng, X.; Liu, J. (2010); “Tweeting Videos: Coordinate Live Streaming and Storage Sharing”, NOSSDAV, 15-20. Chew, C.; Eysenbach, G. (2010) “Pandemics in the Age of Twitter: Content Analysis of Tweets during the 2009 H1N1 Outbreak”, Plos One, 5(11), e14118. Dodds, P. S.; Harris, K. D.; Kloumann, I. M.; Bliss, C. A.; Danforth, C. M. (2011); “Temporal Patterns of Happiness and Information in a Global Social Network: Hedonometrics and Twitter”, Plos One, 6(12). Drews, W.; Schemer, C. (2010); “eTourism for All? Online Travel Planning of Disabled People”; In: Information and Communication Technologies in Tourism 2010, 507-518. Fisher, J.; Clayton, M. (2012); “Who Gives a Tweet: Assessing Patients' Interest in the Use of Social Media for Health Care”. Worldviews on Evidence-Based Nursing, 9(2), 100-108. Fonseca, E. N. (1986); Bibliometria: teoria e prática. São Paulo: Cultrix, Ed. da USP. Fox, B. I.; Varadarajan, R. (2011); “Use of Twitter to Encourage Interaction in a Multi-campus Pharmacy Management Course”, American Journal of Pharmaceutical Education, 75(5). Hao, M.; Rohrdantz, C.; Janetzko, H.; Keim, D.; Dayal, U.; Haug, L.-E.; Hsu, M.-C. (2012); “Integrating Sentiment Analysis and Term Associations with Geo-Temporal Visualizations on Customer Feedback Streams”, In: Visualization and Data Analysis 2012. Hargittai, E.; Litt, E. (2012) “Becoming a Tweep: How prior online experiences influence Twitter use”. Information Communication & Society, 15(5), 680-702. Hargittai, E.; Litt, E. (2011); “The tweet smell of celebrity success: Explaining variation in Twitter adoption among a diverse group of young adults”, New Media & Society, 13(5), 824-842. Jansen, B. J.; Sobel, K.; Cook, G. (2011); “Classifying ecommerce information sharing behaviour by youths on social networking sites”, Journal of Information Science, 37(2), 120-136. Junco, R.; Heiberger, G.; Loken, E. (2011); “The effect of Twitter on college student engagement and grades”, Journal of Computer Assisted Learning, 27(2), 119-132. Kaplan, A M.; Haenlein, M. (2010); “Users of the world, unite! The challenges and opportunities of Social Media”, Business Horizons, 53, 59-68. Kontos, E. Z.; Emmons, K. M.; Puleo, E.; Viswanath, K. (2010); “Communication Inequalities and Public Health Implications of Adult Social Networking Site Use in the United States”, Journal of Health Communication, 15(216-235). Kukreja, P.; Sheehan, A. H.; Riggins, J. (2011); “Use of Social Media by Pharmacy Preceptors”, American Journal of Pharmaceutical Education, 75(9). Lariscy, R. W.; Avery, E. J.; Sweetsera, K. D.; Howesc, P. (2009); “An examination of the role of online social media in journalists' source mix”, Public Relations Review, 35(3), 314-316. Macafee, T.; De Simone, J. J. (2012); “Killing the Bill Online? Pathways to Young People’s Protest Engagement via Social Media”, Cyberpsychology, Behavior, And Social Networking, 15(11), 579. Melamud, A.; Otero, P. (2011) “Facebook and Twitter, are they already in the pediatrician's office? Survey on the use of social networks”. Archivos Argentinos de Pediatria, 109(5), 437-U1501. Osborn, D. S.; LoFrisco, B. M. (2012); "How Do Career Centers Use Social Networking Sites?" Career Development Quarterly, 60(3), 263-272. Quicksprout (2013). The social media landscape. Disponível em <http://www.polocriativo.com.br/wp-content/uploads/2013/01/facebook-vs-twitter-vs-pinterest-2013.jpg>. Acesso em 20 jan. 13. Ross, C.; Terras M.; Warwick, C.; Welsh, A. (2011); “Enabled backchannel: conference Twitter use by digital humanists”, Journal of Documentation, 67(2), 214-237. Rozental, T. D.; George, T. M.; Chacko, A. T. (2010); “Social Networking Among Upper Extremity Patients”, Journal of Hand Surgery-American Volume, 35A(5), 819-823. Shenouda, C., Hendrickson, P.; Davenport, K.; Barber, J.; Bell, K. R. (2012); "The Effects of Concussion Legislation One Year Later-What Have We Learned: A Descriptive Pilot Survey of Youth Soccer Player Associates", Pm&R, 4(6), 427-435. Sindhwani, V.; Ghoting, A.; Ting, E.; Lawrence, R. (2011); “Extracting insights from social media with large-scale matrix approximations”; IBM Journal of Research and Development, 55(5), 527-539. Sweetser, K. D.; Kelleher, T. (2011); “A survey of social media use, motivation and leadership among public relations practitioners”, Public Relations Review, 37(4), 425-428. Tian, X.; Martin, B. (2009); IEEE/CS. “Implications of Digital Technologies for Book Publishing”, In: Fourth International Conference on Cooperation and Promotion of Information Resources in Science and Technology, COINFO '09. Twitter (2013); “What is Twitter”. Disponível em <www.business.twitter.com>. Acesso em 20 jan. 2013. Van Allen, J.; Roberts, M. C. (2011); “Critical Incidents in the Marriage of Psychology and Technology: A Discussion of Potential Ethical Issues in Practice, Education, and Policy”, Professional Psychology-Research and Practice, 42(6), 433-439. Wilkinson, D.; Thelwall, M. (2012); "Trending Twitter topics in English: An international comparison", Journal of the American Society for Information Science and Technology, 63(8), 1631-1646. Ye, Q.; Fang, B.; He, W.; Hsieh, JJ P.-A. (2012); “Can social capital be transferred cross the boundary of the real and virtual worlds? An empirical investigation of twitter”, Journal of Electronic Commerce Research, 13(2), 145-156. |
|