Espacios. Vol. 33 (9) 2012. Pág. 13 |
O endomarketing como ferramenta de treinamento - Estudo de caso em cooperativas do oeste catarinense e clientes da empresa DaTrilha Treinamentos LtdaThe internal marketing (Endomarketing) as a training tool - Case study of cooperatives in western Santa Catarina and enterprise customers DaTrilha Training Ltd.Josiane Romancini 1 Recibido: 25-01-2012 - Aprobado: 04-06-2012 |
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RESUMO: |
ABSTRACT: |
1. IntroduçãoPode parecer que marketing tem utilidade apenas para o público externo, na captação de clientes e na melhoria dos serviços para bem atendê-los. Porém, é importante perceber, que o avanço dos estudos de marketing traz para dentro das organizações os seus conceitos e sua aplicabilidade proporcionando para as empresas inúmeros benefícios. O intuito deste artigo é a abordagem do marketing interno ou endomarketing e a sua importância para as organizações, pois vale ressaltar que hoje é fundamental trabalhar com ações voltadas para o publico interno, haja vista a necessidade do envolvimento de todos os funcionários em processos que irão gerar resultados finais positivos para a empresa. Para o endomarketing trabalhar a gestão de pessoas é de grande importância, porque primeiro é no interior das empresas que as pessoas passam a maior parte de sua vida, e segundo, porque as empresas podem ter tudo, mas nada serão se não valorizarem o elemento humano, definindo visão e propósito, escolhendo estruturas e estratégias e realizando esforços de marketing para que se sintam parte da organização e não somente meros instrumentos de trabalho. (VERGARA, apud, BRUM, 2010). E é dentro dessa nova visão, voltada para a gestão de pessoas nas empresas que o endomarketing em parceria com todas as suas ferramentas tem encontrado o respaldo do que precisava para prosperar e se fixar como uma estratégia de gestão. Escolheu-se neste estudo dar um foco maior aos Treinamentos Vivenciais ao Ar Livre, pois estudos mostram que este tipo de trabalho, onde as pessoas além de ouvirem, vivenciam as atividades, com posterior análise dos resultados feito por todos os integrantes e facilitadores. Fazendo com que as empresas que optam por este tipo de trabalho obtenham respostas mais rápidas dos funcionários do que teriam com palestras e treinamentos convencionais em sala de aula referente a temáticas como motivação, planejamento, trabalho em equipe, liderança, entre outros. Quanto à abordagem serem as Cooperativas do Extremo Oeste de Santa Catarina, justifica-se devido a estas trabalharem com mais assiduidade esta forma de atividade e também por estas estarem localizadas na região de abrangência onde a empresa DaTrilha Treinamentos Ltda atua. Em relação ao procedimento da coleta de dados, buscou-se entrevistar todas as cooperativas que fazem parte da cartela de clientes da DaTrilha. Houve também uma pesquisa de caráter documental, onde foram levantados as documentações legais junto esta empresa para conhecer as cooperativas que são clientes.Exploratório, pois, proporcionou um contato da pesquisadora com o objeto de estudo para a observação e conhecimento da problematização que foi estudada e Bibliográfico, no que diz respeito às metodologias referentes ao Marketing Interno ou Endomarketing. 2. EndomarketingO termo endomarketing foi registrado no Brasil em 1996, pelo consultor de empresas Saul Bekin, como resultado da sua experiência profissional na média gerência de uma empresa multinacional da época. Segundo ele, a empresa possuía alguns problemas como baixa integração entre os diversos departamentos e visões divergentes sobre as funções de cada um deles. Concluindo então que as pessoas não conheciam com profundidade a empresa na qual trabalhavam. Diante disso, ele percebeu que era preciso um instrumento que sintonizasse os colaboradores, promovendo uma reorientação de objetivos em conjunto com uma reordenação interna da empresa. (BRUM, 2010) Marketing para Brum (1998), é um negócio visto pelo seu resultado final, ou seja, pelo ponto de vista do consumidor. Quando o marketing é voltado para dentro, a regra não se modifica, pelo contrário, ela permanece a mesma. Por isso da importância de alguns fatores para que a informação (produto da comunicação interna) chegue até o seu destino nas condições necessárias para ser absorvida e respeitada. Marketing interno ou Endomarketing segundo Grönroos (apud HALICKI, 2010) deve ser percebido como uma tática de gerenciamento que tem como finalidade asseverar que todos os funcionários compreendam o negócio e que estes adquiram consciência da importância central dos clientes. O autor ressalta ainda que o marketing interno busca alargar uma cultura organizacional que se pauta no cliente espalhando a filosofia do marketing por toda a organização. O Endomarketing deve assegurar que os funcionários estejam determinados e organizados para agir de forma voltada para serviços. E, a partir desta visão, entende-se que o público interno é o primeiro mercado para que as organizações, e não como se vivencia: a valorização do consumidor. (HALICKI, 2010). O que se percebe é que os resultados quando se trabalha o Endomarketing são em sua grande maioria de médio e longo prazo, dependendo aí do nível de resistência existente entre as pessoas que trabalham o dia a dia da empresa. Mas, de acordo com Brum (2003) é muito difícil uma empresa se arrepender de ter desenvolvido esforços neste sentido, pois por menores que sejam os resultados eles sempre surgem e acabam surpreendendo todos os envolvidos. Para Kotler (2004) o Endomarketing é um trabalho bem sucedido de contratar, treinar e motivar funcionários que almejam bem aos consumidores, enfatizando a idéia de que tais ações impactam no bom atendimento dos consumidores da empresa. Desta forma, salienta-se para a importância do fator contratar, haja vista a necessidade da empresa que tem uma política de marketing interno, envolver-se desde a contratação do funcionário até o seu desempenho enquanto funcionário fazendo assim a diferença perante o público externo que é o consumidor dos produtos ou serviços da empresa. Inkote (apud Halicki, 2010) defende que o Endomarketing é uma preparação da empresa, e deve estar presente nas fases de seleção, do treinamento, da motivação, bem como a informar os funcionários, com o objetivo bem definido de movimentar toda a organização para o atendimento às necessidades do cliente externo. Neste sentido, vale observar os objetivos do marketing interno, descrito por Grönroos que são o gerenciamento das atitudes dos empregados – são as ações para motivá-los e capacita-los – para uma ação voltada para o serviço na interação com o consumidor e à atração e retenção de bons empregados. (apud HALICKI, 2010, p.01) Logo, para Bekin (apud Brum, 2010), o endomarketing tem como objetivo realizar e fazer trocas, construindo lealdade no relacionamento com o seu cliente interno, partilhando objetivos, cativando e cultivando uma harmonia para fortalecer as relações interpessoais e a comunicação interna. Consequentemente para Brum (2010), endomaketing nada mais é do que oferecer ao colaborador educação, atenção, carinho, tornando-o bem preparado e melhor informado, a fim de se tornar uma pessoa criativa e feliz, capaz de surpreender, encantar e entusiasmar o seu cliente. Percebemos então, que tudo o que é feito no sentido de tentar aproximar a empresa do funcionário, está inserido na temática do endomarketing e seu objetivo é criar uma consciência empresarial, dentro de um clima organizacional positivo. Portanto, o “endomarketing vem provar que as pessoas só caminham para a excelência quando percebem que a empresa respeita os seus valores, investe no desenvolvimento de modelos gerenciais avançados e acredita no potencial humano”. (CERQUEIRA, apud BRUM, 2010) 2.1. Endomarketing e a comunicaçãoA comunicação não existe por si só. Ela é intuitiva, básica no elemento humano e está inserida na vida do homem e da sociedade. Há quem diga que a comunicação é o reflexo da sociedade. Para Brum (2005, p.61) “a comunicação é a transferência de informação e compreensão de uma pessoa para outra, ou seja, é um modo de alcançar aos outros, idéias, pensamentos e valores”. Segundo a mesma autora (2005) ao implantar um programa de comunicação interna, a empresa estará fazendo exatamente isso, entrega aos seus funcionários idéias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação pode ser explicada, também, como um fenômeno dinâmico que ocorre de forma intencional entre os indivíduos, com o objetivo de obter uma reação, estabelecendo assim uma troca de sentimentos e idéias. A comunicação é a linha mestra que gerencia a entrada e saída de informações, possibilitando o alcance dos objetivos organizacionais. O endomarketing trabalha a informação de forma que ela contribua para que os objetivos e metas globais da empresa sejam alcançados com a participação dos funcionários. A informação,é uma decisão tomada de cima da pirâmide, e depois de trabalhada deve vir descendo até a sua base. (BRUM, 2005). Segundo a mesma autora (2005), isso vem esclarecer o fato de que, quando se fala em comunicação interna, está também se falando em comunicação vertical. Porém, vale salientar aqui, que a informação além de descer no sentido hierárquico, verticalizado, também deve ser trabalhada no sentido horizontal, ou até mesmo no sentido inverso da pirâmide, quando a empresa decide ouvir seus funcionários. Cabe ressaltar que cada setor dentro da organização é importante para a mesma, assim como cada membro deste setor e a interação entre os setores são de suma importância para o bom desempenho da empresa como um todo, sob tal ponto de vista, Bekin (apud,Halicki, 2010, p.02), ressalta que a comunicação e a informação se tornam elementos essenciais para a formação da imagem da organização no ambiente interno como um todo. Logo, endomarketing, também significa comunicação interna, pois esta é uma ferramenta muito importante para as empresas, não importando aqui o método utilizado (reuniões, vídeos, rádios internas, informativos, jornais, etc.), porém a transparência ao comunicar é um elemento decisivo, visto que é ela que irá estreitar os laços entre a empresa e o empregado. (MENDES, 2004) Portanto, a comunicação voltada para o endomarketing deve acontecer a todo instante. E a eficácia deste processo irá depender em muito da clareza dos objetivos da organização. Por isso, a mensagem deve ser entendida e ser de interesse do receptor, e este deve conhecer e entender os objetivos da empresa para que consiga trabalhar da melhor forma possível não só internamente, mas com todos os stakeholders 2. 2.2. Endomarketing e motivaçãoAo se trabalhar o endomarketing podemos estar relacionando o conceito à adequação da empresa ao atendimento e ao mercado, visto que o intuito é torná-la mais competitiva a partir da interação e envolvimento dos funcionários com a organização na qual fazem parte. Neste sentido, Halicki (2010) destaca que a organização ao estabelecer um processo constante de motivação ao funcionário, proporcionará ao mesmo, dignidade, liberdade de tomar iniciativas e, acima de tudo trabalhar com responsabilidade. Segundo Brum (1998), estudos mostram que a maioria das pessoas dedicam 25% de sua capacidade no trabalho e os outros 75% restantes estão representados pela falta de engajamento e motivação. De acordo com a mesma autora (1998), estes dados podem até serem um pouco exagerados, porém servem para mostrar aos empresários mais um desafio enfrentado por eles nas suas empresas nos dias de hoje. Bekin (apud Halicki, 2010) destaca que o processo de motivação para que seja eficiente deve ser algo integrado a rotina da empresa e como instrumentos desse processo há algumas ações que contribuem para o desempenho dos empregados. Neste caso Brum (1998) diz que para a motivação tornar-se algo simples de se trabalhar, as empresas devem dar aos funcionários as informações necessárias para a realização de um bom trabalho, cumprimenta-lo pela execução de uma tarefa bem feita, enviar-lhe uma mensagem elogiando o seu desempenho, solicitar suas idéias, mostrar o quando são importantes para a empresa, envolvendo-os em questões relacionadas ao seu trabalho bem como a sua área de atuação, entre outras ações que podem ser trabalhadas de uma maneira ou de outra pela empresa. De acordo com a mesma autora (1998), há outras formas de motivar além dessas citadas anteriormente, como reconhecer publicamente o trabalho de um funcionário quando bem feito, verificando se os colaboradores possuem as melhores ferramentas para a realização do trabalho que lhe foi atribuído, usar o desempenho para como base para uma promoção, proporcionar participação dos lucros, entre outras maneiras. O mérito da empresa está em descobrir com os próprios funcionários sobre aquilo que os motiva. E aqui é importante ter em mente a “pirâmide de Maslow”, que nos mostra os diferentes estágios relacionados as necessidades do homem, pois o que pode ser importante para um colaborador que está no topo da pirâmide pode não ser importante para outro que se encontra na base dela. Algumas empresas também buscam passar mensagens positivas aos seus funcionários desenvolvendo recursos que ajudam ele a gerar atitudes favoráveis em relação a sua vida e em relação a empresa em que trabalham. Porém mesmo fazendo tudo isso, a motivação ainda requer um incremento que sem o qual ela não acontece que é a informação, pois sem uma informação coerente, clara, lógica, verdadeira, centrada e bem trabalhada, não existem funcionários motivados, por maiores que sejam os incentivos e benefícios. “Logo o dinheiro pode ser um excelente fator de motivação, mas não é tudo. É da informação o papel principal nesse processo”.(BRUM, 1998, p.33) 3. Estudo de caso - Empresa DaTrilha Treinamentos LtdaA DaTrilha situa-se no município de São Miguel do Oeste, extremo oeste de Santa Catarina e foi fundada no ano de 1998. No início a empresa trabalhava mais focada na área de turismo e nos esportes de aventura. Com o passar dos anos a empresa e seus sócios vislumbraram um novo segmento de mercado e a partir do ano 2000 voltou suas atividades para os Treinamentos Vivenciais ao Ar Livre. Os treinamentos vivenciais ao ar livre proposta da empresa, tem como base os princípios da psicologia de ensino, tendo como instrumento principal a metodologia dos ciclos de aprendizagem vivencial. Estes treinamentos se desenvolvem ao ar livre e utiliza-se de dinâmicas de grupos e esportes de aventura, oportunizando aos participantes experiências vivenciais sob tensão e pressão, semelhantes às situações que rotineiramente as pessoas encontram em seus ambientes de trabalho, sendo também um instrumento de trabalho interativo de forma a desenvolver competências e acelerar o aprendizado das pessoas que deles participam. O principal objetivo desse tipo de treinamento é solidificar o espírito e senso de equipe, desenvolvendo habilidades e tomadas de decisão individuais ou em grupo, fortalecendo a autoestima, autoconhecimento, cooperação, liderança, desenvolvendo habilidades de planejamento, melhora das técnicas de comunicação, criatividade e solidificando o comprometimento dos colaboradores entre si e da organização, aprendendo a estabelecer relações interpessoais saudáveis em favor da produtividade. Sendo esta uma das chaves de sucesso que toda organização busca. 3.1 resultados da pesquisaO objetivo neste momento é esclarecer como as Cooperativas localizadas no Extremo Oeste de Santa Catarina e que trabalham com a empresa Datrilha Treinamentos Ltda., vêem os treinamentos vivenciais ao ar livre. A pesquisa foi realizada com as seguintes integrantes das cooperativas conforme gráfico 1, sendo que estas têm a função também de contratar ou não os treinamentos e avaliar se realmente o trabalhou trouxe algum benefício para a empresa.
Gráfico 01 As pessoas responsáveis por contratarem os trabalhos da Datrilha são em sua grande maioria os coordenadores do departamento de Recursos Humanos, porém observou-se na pesquisa que estes ao fazerem o diagnóstico da real necessidade por treinamentos dentro da cooperativa, após a análise e levantamento dos dados é repassado para o presidente das mesmas para autorização do trabalho. Quando perguntado para os responsáveis nas cooperativas sobre a necessidade de se trabalhar com treinamentos motivacionais, trabalho em equipe, liderança, entre outras ferramentas. Questionamos a preferência em se trabalhar com treinamentos vivenciais ao ar livre ou convencionais em sala de aula, conforme resposta abaixo: Gráfico 02 Como podemos observar no gráfico acima não há uma grande diferença na preferência das Cooperativas por treinamento vivenciais ao ar livre. Porém quando perguntado aos entrevistados o porquê da preferência de ambas ou apenas por uma das modalidades, as respostas a esta pergunta aberta acabaram se contrariando conforme demonstrado no quadro abaixo:
Quadro 03 De acordo com os entrevistados, as cooperativas trabalham com ambas modalidades de treinamentos, entretanto há uma preferência por treinamentos vivenciais ao ar livre pelo fato dos funcionários saírem da rotina do seu dia a dia, e emergirem em um trabalho onde irá apontar os pontos fortes e fracos de cada colaborador, fazendo com que as pessoas que passam por este tipo de trabalho consigam vivenciar melhor aplicando na prática seus conhecimentos. Também percebeu-se nesta pesquisa que os treinamentos vivenciais tem uma facilidade maior de serem comprados por parte dos funcionários, sendo que em uma das cooperativas entrevistadas, há uma lista de espera para os funcionários participarem. Quando questionado sobre os resultados que os treinamentos vivenciais ao ar livre trazem na prática para a Cooperativa. Dentre os motivos apresentados pelas cooperativas, que segundo sua experiência justificariam a procura por esta modalidade de treinamento, encontram-se as seguintes informações nas respostas a perguntas abertas:
Quadro 04 Todas as cooperativas conforme demonstra a quadro 04, percebem que há uma mudança para melhor por parte dos funcionários que participam dos treinamentos vivenciais ao ar livre, talvez isso se deva ao fato das pessoas conseguirem captar melhor os ensinamentos pelo fato de estarem vivenciando cada uma das atividades propostas e também por poderem neste momento manifestar de alguma maneira as suas qualidades e fraquezas sem uma cobrança por parte da empresa. Quanto indagados sobre os resultados dos treinamentos vivenciais ao ar livre observados pela cooperativa, as respostas foram as seguintes:
Gráfico 05 É importante analisar esta pergunta, pois este é um tipo de treinamento com os resultados aparecem a curto e médio prazo, conforme demonstra o gráfico acima. Já Brum (2003), comenta em seu livro que não existem resultados de endomarketing a curto prazo, somente a médio e longo prazo, dependendo do nível de resistência existente entre as pessoas dentro da empresa. Porém como treinamentos também fazem parte das ferramentas de trabalho do endomarketing, percebemos que há sim algumas atividades que trazem resultados a curto prazo. E de acordo com os entrevistados este é um tipo de trabalho que é mais fácil de mensurar, pois como os funcionários vivenciam, eles conseguem compreender melhor e a partir daí os resultados para a empresa começam a aparecer de imediato a há uma melhora no relacionamento por parte da equipe, o que irá refletir nos consumidores finais. No momento em que foi indagado sobre a indicação de algum tipo de treinamento (vivencial ao ar livre ou convencional em sala de aula) por parte da cooperativa para alguma empresa, as respostas foram as seguintes:
Quadro 06 Todas as cooperativas pesquisadas neste trabalho indicariam os treinamentos vivenciais ao ar livre, por vários motivos que estão listados no quadro acima. Todavia, percebemos que este tipo de trabalho só tem a aceitação por parte das cooperativas e consequentemente de seus funcionários, por ele ser um treinamento que irá trabalhar a pessoa, quebrando regras pré estabelecidas, no qual faz com que os participantes vivenciem e compartilhem suas emoções com seus colegas sem medo de serem censurados pelos mesmos. 4. ConclusãoCompreendemos ao longo deste estudo que trabalhar o endomarketing, fará com que as empresas compreendam que os seus funcionários são uma ferramenta importante para gerir os seus negócios a curto, médio e longo prazo, pois ao fazer com que os colaboradores da empresa tenham uma visão compartilhada do negócio, estes estarão mais comprometidos com o seu trabalho. Percebemos também que os treinamentos vivenciais ao ar livre são um trabalho almejado pelas cooperativas que se encontram localizadas no extremo oeste de Santa Catarina, pois trazem resultados de curto e médio prazo, visto que como os funcionários vivenciam e conseguem compreender melhor as dinâmicas trabalhadas, estes irão repassar para a equipe as mudanças ocorridas no seu ser, o que irá refletir também nos consumidores finais. Embora muitas ferramentas utilizadas pelo endomarketing, sejam mais difíceis de serem trabalhadas pelas empresas, por representarem custos ou por estarem em desacordo com a política de gestão das mesmas. Faz-se necessário relembrar aqui que algumas ações por mais simples que sejam que vai desde comunicar, informar e se preocupar com o bem estar dos colaboradores, fará uma grande diferença internamente e externamente na empresa. Portanto é importante salientar aqui que o público alvo desta pesquisa se preocupa com o seu funcionário, haja vista os constantes investimentos dos mesmos em treinamentos, principalmente dando enfoque ao trabalho em equipe, motivação, liderança mais engajada com sua equipe, comunicação interna com maior fluidez e principalmente informações repassadas corretamente, o que de certa forma os treinamentos vivenciais ao ar livre que são trabalhados pela empresa DaTrilha ganha êxito por parte dos contratados, porque esta fará com que os treinandos disseminem os conhecimentos adquiridos tanto na cooperativa como na sua vida particular. Percebemos também que a empresa pesquisada consegue fazer com que as pessoas que realmente emergem este tipo de atividade saem satisfeitas, pois estas conseguem se visualizar nas empresas em que trabalham observando onde ocorrem as falhas (estrangulamentos) do dia a dia e ao repassarem o seu feedback se dizem felizes em observar os seus erros e dispostas a mudar ao final de cada treinamentos. Contudo, a DaTrilha deverá estar sempre se atualizando e melhorando para continuar competitiva no mercado de trabalho, pois ao trabalhar diretamente com pessoas o cuidado com estas e o aprimoramento cada vez maior fará com que as empresas se tornem parceiras da empresa. Assim sendo, este artigo mostrou mais um caminho a ser seguido pelas cooperativas e empresas que almejem explorar e trabalhar o endomarketing de uma maneira diferente tendo como princípio os treinamentos vivenciais ao ar livre. ReferênciasBRUM, A. M. Face a Face com o Endomarketing. Porto Alegre: L&PM, 2005. BRUM, A. M. Endomarketing de A a Z. São Paulo: Integrare, 2010. BRUM, A. M. Respirando Endomarketing. Porto Alegre: L&PM, 2003. BRUM, A. M. Endomarketing. Porto Alegre: L&PM, 1998. DATRILHA TREINAMENTOS LTDA. Disponível em: http://www.datrilha.com.br. Acesso em 05 de junho de 2011. HALICKI, Z. Conceitos e aplicabilidade do marketing interno. Texto aula 01 do Curso MBA em Administração. Uninter: 2010. HALICKI, Z. Estratégia de Marketing como diferencial competitivo. Texto aula 02 do Curso MBA em Administração. Uninter: 2010. HALICKI, Z. Conceitos introdutórios de marketing e endomarketing. Texto aula 03 do Curso MBA em Administração. Uninter: 2010. HALICKI, Z. Endomarketing: a importância da comunicação nas organizações. Texto aula 04 do Curso MBA em Administração. Uninter: 2010. KOTLER, P. Markting para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Futura, 2004. LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1991. MENDES, R. S. A. D. Endomarketing como ferramenta de comunicação com o público interno. Universidade Federal de Juiz de Fora, 2004. |
1 Faculdade de Tecnologia Senac São Miguel do Oeste – SC - Brasil. Email: josiane@fadep.br |