ISSN 0798 1015

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Vol. 39 (Nº 05) Ano 2018. Pág. 30

«Devemos proteger o mundo inteiro» Educação ambiental, desenho livre e significados sociais do espaço natural entre crianças da Educação Básica numa escola municipal em Santarém, Pará (Brasil)

«We must protect the whole world» Environmental education, free design and social meanings of the natural space among children of basic education at a municipal school in Santarém, Pará (Brazil)

Rubens Elias da SILVA 1; Cintia de Sousa MALCHER 2; Mateus WAIMER 3

Recibido: 05/10/2017 • Aprobado: 25/10/2017


Conteúdo

1. Introdução

2. Desenhos livres e percepção do espaço natural

3. Infâncias e engajamentos lúdicos

4. Considerações finais

Referências bibliográficas


RESUMO:

Este artigo tem como foco compreender as construções dos desenhos livres a partir do relato de crianças da Educação Básica da comunidade de Alter do Chão, município de Santarém, seus significados sociais e a percepção que têm a respeito da conservação de um ambiente natural sustentado a partir de práticas sociais locais engajadas. Os relatos escritos e os desenhos livres sinalizam tensões entre espaço natural objetivo disponível à comunidade e o possível risco da perda dele por conta da ação humana insustentável ambientalmente.
Palavras-chave: educação ambiental, desenhos livres, espaços naturais.

ABSTRACT:

This article investigates the free drawings constructions about narratives of children from Basic Education, Alter do Chão community, Santarém. Their social meanings and the perception they have about the conservation of a natural environment sustained from engaging local social practices. Written narratives and free drawings shows tensions between the available natural space available to the community and the possible risk of their loss because of environmentally unsustainable human action.
Keywords: Enviromental education, free drawings, natural spaces.

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1. Introdução

Este artigo tem como foco compreender as construções dos desenhos livres a partir do relato de crianças da Educação Básica da Escola Municipal Antônio de Sousa Pedroso – também localmente intitulada Escola Índigena Borari – localizada na comunidade de Alter do Chão, município de Santarém, região do Baixo Amazonas, seus significados sociais e a percepção que estes atores sociais têm a respeito da conservação de um ambiente natural sustentado a partir de práticas sociais locais engajadas. As Diretrizes Curriculares Nacionais voltadas para a Educação Infantil e Básica, na Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009, propõem propostas pedagógicas que percebem as crianças como sujeito histórico e de direitos que constroem sua identidade pessoal e coletiva através de suas práticas cotidianas e vivenciais, cujo um dos princípios é o de assegurar a responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum, entendido aqui como o espaço natural compartilhado coletivamente e que assegura a qualidade de vida da sociedade, respeitando diferenças culturais e identitárias. Teixeira (2013) pontua que vigora um consenso entre as ciências que estudam as infâncias de que este termo são construtos históricos e sociais, que somente podem ser entendidos em contextos dados e concretos em que as crianças vivem e constroem suas percepções a respeito das relações que estabelecem com outros atores sociais e com o mundo exterior. Sendo assim, este texto procurar estabelecer como estes atores sociais, percebidos aqui dentro de um universo temporal como infância escolar, externalizam essas vivências a partir de relatos visuais – entendidos aqui como desenhos livres – e relatos escritos para a construção de um conhecimento empírico que se articula num continuum entre práticas sociais e teorias vinculadas à experiência pedagógica.

A dimensão sociocultural das bacias amazônica e tapajônica para suas populações nativas e a heterogeneidade ambiental são fatores de crucial importância para a manutenção de sua alta sociobiodiversidade (Anderson e Ioris, 2001; Castro, 2000; Diegues, 2004). Becker (2006) constatou que no início do século XXI a Amazônia tem enfrentado uma valorização ecológica, sobretudo no tocante à sobrevivência humana e o capital natural, a megadiversidade e a água. No entanto, há um consenso que práticas sociais intencionais e não intencionais acabam causando sérios danos ao meio ambiente (Lenzin, 2006; Zhouri e Oliveira, 2012). O risco de perda dessa biodiversidade é um desafio para todos na atualidade de modo que assegure um planeta sustentável para as gerações futuras. Sem dúvida, a noção de Desenvolvimento Sustentável articula o interesse pelo meio ambiente e pela proteção ambientais, com obrigações às gerações humanas presentes e futuras. Enquanto discurso, o Desenvolvimento Sustentável enfatiza a dependência humana em relação ao ambiente natural; a existência de limites naturais externos sobre a atividade econômica humana; os efeitos perniciosos de certas atividades industriais sobre ambientes locais e globais; a fragilidade desses ambientes locais e globais em relação á ação humana coletiva; o reconhecimento de que iniciativas ligadas ao “desenvolvimento” devem ser vinculadas ás suas próprias precondições ambientais e, por fim, as decisões sobre o desenvolvimento e suas respectivas consequências para as gerações futuras e para aqueles que vivem em outras partes do planeta (Barry,1999). Daí a necessidade de iniciar essa discussão prescritiva nos primeiros anos escolares devido à urgência do debate a respeito da dependência humana em relação ao ambiente natural e como nossas ações presentes decisivamente influenciarão na qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

Foi nesse sentido que eu elaborei – enquanto pesquisador e docente do Ensino Superior – dois planos de trabalho voltados para a Extensão vinculada à PROCCE – UFOPA – intitulado no projeto matriz Pesca e Cultura através da Educação Ambiental – com a participação de dois discentes do Ensino Superior, graduandos nas áreas de Pedagogia e Antropologia. A pesquisa qualitativa centrou a nossa metodologia porque possibilita compreender as dinâmicas culturais do contexto aqui analisado. As turmas selecionadas foram duas da quinta série do ensino básico do período da tarde, cobrindo cerca de 80 alunos. Sendo assim, foi necessária a aplicação de questionários semi-estruturados, a saber: um, de natureza exploratória, cujo objetivo é conhecer a realidade socioeconômica dos alunos do ensino básico. A segunda visou aprofundar o conhecimento que os alunos têm a respeito do universo da pesca como sociabilidade vivida na comunidade em que vivem. A dinâmica dessa etapa consistiu em sensibilizar os alunos e, ao mesmo tempo, detectar problemas e propor reflexões de intervenção em termos de Educação Infantil voltada a questões ambientais. Os preceitos metodológicos de Thiollent (1996), fundados na proposta da pesquisa-ação foram fundamentais e basilares na nossa atividade de extensão.

A observação participante foi efetuada pelo professor orientador, contando com a contribuição dos discentes bolsistas de extensão, propiciando o debate interdisciplinar em contexto de pesquisa de campo, tanto metodológica quanto teoricamente. Foi empreendido o método etnográfico, que constitui a descrição aprofundada das dinâmicas culturais circunscritas num determinado contexto histórico. Sendo assim, a observação direta é uma técnica de se engajar em uma experiência de percepção de contrastes sociais, culturais e históricos.

2. Desenhos livres e percepção do espaço natural

A sala de aula é o espaço onde a aprendizagem se desenvolve, é o palco. Nela, devem-se propiciar relações sociais horizontais e dialógicas que cooperem na construção do tempo e espaço para aprender (Moll, 2011). Consideramos relevante, como parte da nossa estratégia de envolver os alunos numa dinâmica propícia ao compartilhamento de ideias centradas numa conversão de diálogos, a proposição de produção de desenhos como instrumento narrativo. Segundo Freire (2013), a educação é uma situação gnosiológica cuja produção de conhecimentos só é possível através de uma práxis criadora e solidária, onde os atores sociais são corpos conscientes em relação com o mundo. Essa relação, aqui, é depreendida através dos alunos enquanto sujeitos ativos na interpretação do mundo por intermédio da criação de narrativas escritas e, principalmente, desenhos livres. Paralela à linguagem escrita, o desenho livre é uma expressão comunicacional que remonta às pinturas rupestres, os grafites, os rabiscos; todos compõem, sobremaneira, um modo de expressar maneiras de estar, ser e sentir, no mundo. Essa expressão dá-se através da linguagem semiótica, através da qual a atribuição de significado se expressa e se constrói (Ferreira, 2016).

Figura 1
O rio é um importante espaço para a vida da comunidade

Foi solicitado aos alunos, numa tarde quente e abafada de setembro de 2015, um desenho que retratasse o lugar onde eles moravam e seus problemas relacionados ao meio ambiente. Como nos afirma ainda a autora acima:

“A prática do desenho livre ou orientado a um tema pode ser instrumento que permite ao / a professor / a conhecer melhor seu /sua aluno /a e assim, planejar mais adequadamente estratégias de intervenção educativa” (Ferreira, 2016, p. 136).

Figura 2
Vista da Ilha do Amor, em Alter do Chão, intencionalmente pintada de verde,
rodeada de água e um "tubarão", o que evoca a ideia de água ser espaço de "perigo".

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Figura 3
A Vila de Alter do Chão: desenho retrata o cotidiano da comunidade e o espaço
"urbano" com as edificações e todos os construtos inerentes à urbanidade

A linguagem é, desse modo, instrumento de conquista dos atores sociais envolvidos no processo social de construção de significados do meio ambiente onde vivem, projetando sua história e conquista do mundo e autonomia pessoal (Ferreira, 2016). Acresce-se a isso a capacidade que o desenho livre e as rodas de conversa e construção de textos narrativos de

“(...) dar às crianças a oportunidade de se tornarem autônomas, permitindo-lhes tomar decisões, não significa perder o controle; significa prover uma estrutura de aprendizagem, ter expectativas e, então, acrescentar muito espaço de movimento para momentos de auto-direção” (Zachlod, 1996).

Figura 4
"Não devemos desperdiçar água", evoca a aluna

Metodologicamente, decidimos manter a escrita dos relatos dos alunos de forma original, sem revisão gramatical ou semântica. Nos relatos escritos dos alunos, os termos mais recorrentes foram NATUREZA, FLORESTA, ÁGUAS. Os termos catalogados nestes relatos, embora menos recorrentes, perfazendo apenas uma menção, foram a ideia da SUSTENTABILIDADE, CIDADE COMO ESPAÇO HOSTIL, PESCA. A seguir, o relato de Muriel

Meu pai pesca no rio, e também e gosto muito de pesca. Da primeira vez que veio um puraquer el parou de pescar e foi para casa, e ele não gosta de ficar nem um dia sem pesca e também ele tem muito cuidado com os boto.

Ha e ele, nunca vouto tarde para a nossa casa, ele pesca até peceno em rios e igarapes todo o ano e to mésis ele pesca com cuidado, e sempre eu como quasi tudo o que meu pai, trais. I eu gosto mui de brincar e tomar banhos em rios.

Veremos agora o relato escrito de Beatriz:

“Onde eu moro é um lugar maravilhoso um, ambiente agradável limpa e uma paisagem belíssima em frente a orla avistamos uma praia o lago verde e ao seu redor uma floresta bem bonita cuidada pelos seus moradores. Para que continue sempre assim temos que continuar cuidando não desmatar a natureza não jogar lixo, nas ruas, lagos e igarapés e ruas e nem na praia”, Beatriz.

Figura 5
Vista da ilha com as suas barracas

Agora, a fala de Maria Luiza:

A minha relação com a natureza e boa gosto muito dela porque, me tranquiliza quando voul a um, lugar arborizado faço questão de. Olhar todas as plantas as plantas são. Maravilhosas mas as vesis o homen não sabe o que fais e desmata a floresta lar di muitos animais ja chegui a pensar que um dia podemos ficar sem a amazonia mas por enquanto é viva au meio ambienti.

Figura 6
"Devemos proteger o mundo inteiro"

Sou Shirlei de Cássia uma menina que mora na área rural em contato direto com a natureza, ao me acordar ouço os pássaros cantando, não preciso acampar por que a minha casa é dentro da floresta as vezes me dá vontade de ir pra as cidades, mas vejo na televisão que lá existe muita violência, e aqui onde eu moro é tranquilo a minha casa é perto do igarapé jutuana mais eu nunca pesquei.

No relato de Muriel, percebe-se a percepção da pesca como atividade econômica identitária da comunidade de Alter e como esta marca a temporalidade cotidiana do lugar. O relato de Beatriz encarna a percepção do lugar como espaço exótico e ao mesmo tempo, maravilhoso. A água como recurso ainda preservado e a floresta como espaço natural inconteste. No entanto, na fala da aluna, percebemos que a mesma alerta que “para que continue sempre assim temos que continuar cuidando não desmatar a natureza não jogar lixo, nas ruas, lagos e igarapés e ruas e nem na praia. Nas falas de Maria Luiza a centralidade está na ideia de que a floresta precisa ser conservada para continuar a existir. Já a fala de Shirley, percebe-se a compreensão da natureza como espaço harmônico com o mundo social, cujo contato direto dá uma ideia de idílio. Em contraposição, a aluna associa a cidade a um espaço hostil, embora desperte curiosidade e vontade de morar lá.

Figura 7 - A pesca e os riscos de novos modos e estilos de vida. O ônibus seria a chegada de novos estilos e problemas ambientais?

Na figura 1, além da exposição do rio como espaço natural, ele é um território de sociabilidade, dado que a criança desenha dois meninos, o que subentende as noções de reciprocidade e acolhimento.

Os relatos escritos e os desenhos livres dialogam no sentido de que articulam tensões entre espaço natural objetivo disponível à comunidade de Alter do Chão e o possível risco da perda deles por conta da ação humana irresponsável. Eis a necessidade de se construir um saber mais totalizante, que fuja de compartimentalização em disciplinas pouco dialogantes, já nos alertava Morin (2010). Sendo assim, as experiências partilhadas pelos alunos redimensionam a responsabilidade social de todos em construir alternativas viáveis de preservar e conservar a floresta e as águas do Lago Verde em Alter do Chão. Essa responsabilidade social articula-se com critérios de justiça que são extendidos aos humanos e não-humanos, uma vez que a destruição dos ecossistemas locais põem em risco a própria existência da comunidade local. Eis o quanto importante é o conceito de desenvolvimento sustentável, ou o seu conceito desenvolvimento seguintemente, sustentabilidade. O conceito de Desenvolvimento Sustentável, tal como expresso pelo Relatório Bruntland, associa desenvolvimento à justiça social. A relação entre desenvolvimento e meio ambiente é estabelecimento por meio de considerações morais envolvendo a questão da justiça (Lenzi, 2006, p.102).

Consideramos esse projeto relevante porque redimensiona a relação estudante – escola – comunidade, uma vez que o tema da educação ambiental perpassará da experiência cognitiva – o conhecer – para a experiência partilhada – ação comunitária. Leva o aluno à reflexão e à necessidade de transformação da comunidade em seu entorno.

3. Infâncias e engajamentos lúdicos

O momento de produzir desenhos despertou nos alunos uma postura ativa de criar sentidos para o lugar onde viviam. Muitas histórias foram contadas nesse momento: como a vila cresceu, o ritmo das águas do lago em frente à comunidade, os trabalhos dos pais, dos irmãos mais velhos, tudo sob o olhar atento daqueles que observavam tudo ao redor na rotina cotidiana. As infâncias, nesse sentido, tomaram novos contornos para mim enquanto antropólogo: os espaços e tempos sociais descritos pelas crianças iam se desenvolvendo através de ricas narrativas que iam situando cada narrador num espaço de significação social relevante nas trajetórias individuais percebidas como ricas por eles mesmos.

Nas rodas de conversas, que aconteciam sempre antes da atividade de produção de desenhos livres – entendidos aqui como a atividade criadora através de um fluxo contínuo e livre da consciência – eram recorrentes as temáticas da água como fundamento recurso natural para a sustentação da vida na comunidade e a necessidade de mantê-la propícia ao consumo doméstico e outras finalidades sociais como hábitat de fauna e flora, como balneário e espaço de trocas de experiência e lazer.

Figura 8
Presente e conservação ambiental

Neste sentido, acreditamos que desenhou-se um engajamento dos alunos dentro de uma esfera lúdica, adequada e coerente com a idade social deles. Associamos a ideia do lúdico – a ludicidade – ao conceito de jogo sistematizado por Huizinga (2008). Este autor preconiza que o lúdico abrange os jogos infantis, as atividades de lazer, as competições e tudo o que se estende ao teatral, à representação. Sendo assim, a ludicidade abarca significados que extrapolam as ações das crianças por conta de seu caráter simbólico, cabendo ao adulto a tarefa de interpretar e compreender os sentidos das representações encetadas nos desenhos livres. Ou como nos diz Moll (2011):

“(...) a autoridade do compromisso, do “saber a serviço”, da horizontalidade e do diálogo que revela o professor como fonte de informações e como ponto de referência importante na organização social que se estabelece em sala de aula” (133).

Vale salientar que o discurso ambiental deve ser reforçado e estimulado no ambiente escolar: daí a necessidade da construção da cidadania baseada na educação ambiental. Esse processo de ambientalização das lutas sociais por ambientes sustentáveis fazem parte de uma agenda que se imbrica em forças de poder local, regional, nacional e global. Quando as crianças enfatizam em suas falas e desenhos a importância das águas do rio para a comunidade, propiciando a reprodução social e cultural desses grupos sociais, reforça a ideia corrente dos estudiosos em sustentabilidade ambiental no sentido de que a proteção ambiental só faz sentido se vir apoiada a lutas contra a pobreza e desigualdade social (Acselrad, 2010), e traçar cenários mais otimistas do ponto de vista socioeconômicos em futuros possíveis.

É curioso mencionar que, embora os alunos extensionistas do projeto PIBEX estivessem em sala de aula aplicando na prática uma atividade vinculada à universidade, as crianças referiam-se a eles como “professores”. Sem dúvida, esse sentido lato do termo compreender a ideia de que é professor aquele que produz novos saberes, novas indagações, desafios e descobertas às crianças (Moll, 2011).

4. Considerações finais

A escola é um importante espaço para o desenvolvimento infantil em sua integralidade, oferecendo estímulos ricos de significados e possibilidades, potencializando suas múltiplas capacidades cognitivas (Ferreira, 2016). O trabalho extensionista desenvolvido nas turmas da quinta série da Educação Básica foi elaborado e aplicando tomando como visada essa potencialidade a despertar nas crianças: propiciar o desenvolvimento de capacidades de linguagem vinculadas à elaboração de desenhos livres e prenhes de significados no tocante à educação ambiente, sustentabilidade e meios capazes de promovê-las localmente.

A pesca artesanal na região amazônica é uma prática econômica e sociocultural cuja população está envolvida, direta ou indiretamente na produção familiar nas regiões ribeirinhas (Smith, 1979; Furtado, 1997). Parte significativa da população que reside no território amazônico brasileiro está concentrada ao longo dos rios, onde obtêm as proteínas da fauna aquática, via de transporte fluvial e de terras férteis para o plantio de hortifruticulturas. Essas representações estão bastantes presentes nos desenhos construídos pelos alunos da Escola Borari. Reforçamos que os relatos escritos e os desenhos livres articulam tensões entre espaço natural objetivo disponível à comunidade de Alter do Chão e o possível risco da perda deles por conta da ação humana irresponsável.

Referências bibliográficas

Acselrad, Henri. (2010). Ambientalização das lutas sociais – o caso do movimento por justiça social. Estudos Avançados. vol.24, no.68, São Paulo. Acesso em 5 de outubro de 2017. Link para acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000100010

Freire, Paulo. (2013). Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Ferreira, Maria Antônio Vidal. (2016). Desenho Livre da criança: significados e revelações.Colares, Maria Lilian, y Almeira, Sinaraorg. A educação infantil no centro do debate: Do direito adquirido as praticas cotidianas desenvolvidas nas creches e Pré-escolas. Curitiba: Editora CRV. (A educação infantil no centro do debate: Do direito adquirido as práticas cotidianas desenvolvidas nas creches e Pré-escolas ,201, p. 123 a 138).

Furtado, Lourdes Gonçalves. (1997). Problemas ambientais e pesca tradicional na qualidade de vida na Amazônia. In: FURTADO, Lourdes Gonçalves (org.). Amazônia, desenvolvimento, sociodiversidade e qualidade de vida. Belém: EDUFPA.(Problemas ambientais e pesca tradicional na qualidade de vida na Amazônia, 1997, p. 146 – 165).

Huizinga, Johan. (2008). Homo ludens. São Paulo: Perspectiva.

Moll, Jaqueline. (2011). Alfabetização possível: reinventando o ensinar e o aprender. Porto Alegre: Editora Mediação.

Morin, Edgar. (2010). Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil.

Oliveira, Raquel, y Zhouri, Andréa (2012). Experiências locais e olhares globais: desafios para os moradores do Vale do Jequitinhonha (MG) no campo ambiental. In: Stell, Carlos Alberto; Carvalho, Isabel Cristina de Moura. Cultura, percepção e ambiente: diálogos com Tim Ingold. São Paulo: Terceiro Nome. (Experiências locais e olhares globais, 2012, p. 191 – 209).

Smith, Nigel J. H. (1979). A pesca no rio Amazonas. Manaus: INPA.

Zachlod, Michelle G. Room to grow. (1996). Educational Leadership, (Educational Leadership, 1996, n. 1, p. 51 – 53, v. 54)  1996. Acesso em 05 de outubro de 2017. Link para acesso: http://www.ascd.org/publications/educational-leadership/sept96/vol54/num01/Room-to-Grow.aspx


1. Doutor em Sociologia (PPGS / UFPB). Professor Adjunto II do Centro de Formação Interdisciplinar da Universidade Federal do Oeste do Pará e dos Programas de Pós Graduação do PPGCS e PPGSAQ nesta mesma IES. E-mail: hellazer09@gmail.com

2. Graduanda em Pedagogia do Instituto de Ciências da Educação da Universidade Federal do Oeste do Pará. Bolsista PIBEX / UFOPA

3. Graduando em Antropologia do Instituto de Ciências da Sociedade da Universidade Federal do Oeste do Pará. Bolsista PIBEX / UFOPA


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