ISSN 0798 1015

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Vol. 38 (Nº 51) Ano 2017. Pág. 16

Possibilidades e Adversidades Frente a Inserção do Turismo Rural em Pequenas Propriedades

Possibilities and Adversities in front of insertion of the Rural tourism in small properties

Elieti Fátima de GOVEIA 1; Ronaldo Ferreira MAGANHOTTO 2; Vanessa ALBERTON 3; Leandro BAPTISTA 4

Recebido: 06/06/2017 • Aprovado: 10/07/2017


Conteúdo

1. Introdução

2. O Turismo Rural Como Alternativa Não Agrícola Para Complementação de Renda em Pequenas Propriedades

3. O Município de Prudentópolis e o Faxinal Dérevo

4. Metodologia

5. Resultados

6. Conclusões

Referências bibliográficas


RESUMO:

A atividade turística no meio rural é apontada como uma possível alternativa de renda para as comunidades. No entanto, para o seu desenvolvimento há a necessidade de esforços compartilhados e interação entre os atores envolvidos. A presente pesquisa, tem como objetivo analisar as possibilidades e adversidades vinculadas ao processo de implementação de um empreendimento turístico em uma pequena propriedade rural. Para isto, utilizou-se do empreendimento Faxinal Dérevo, localizada no interior de Prudentópolis, município localizado a cerca, de 230 km de Curitiba, a capital do estado do Paraná. Por meio deste estudo de caso de caráter documental e qualitativo, orientado por pesquisas bibliográficas e de campo, foi identificado as possibilidades e adversidades enfrentadas para implantação e manutenção do referido objeto de estudo. Constatou-se para este caso o fechamento do empreendimento, uma vez que as adversidades sobrepuseram as possibilidades, devido às más condições de acesso (estrada e sinalização), a falta de mão de obra qualificada, a necessidade de divulgação e promoção do empreendimento, a inexistência de incentivos, bem como, a diversificação dos serviços turísticos tanto na propriedade, quanto na região do município em que a mesma está localizada.
Palavras-chave: Turismo Rural; Possibilidades; Adversidades.

ABSTRACT:

Tourist activity in rural areas is pointed to as a possible alternative income for rural communities. However, for your development there is a need for shared efforts and interaction between the actors involved. This research aims to analyze the possibilities and hardships related to the implementation process of a tourist resort in a small rural property. For this, the project was Dérevo, located inside Establish to Prudentópolis, municipality located about 230 km of Curitiba, the capital of the State of Paraná. Through this case study of documentary and qualitative character, guided by bibliographic research and field, was identified the possibilities and adversities faced for the implementation and maintenance of the object of study. It was found for this case the closure of the undertaking, since the odds have the possibilities, due to bad conditions of access (road and signaling), the lack of skilled labor, the need for the dissemination and promotion of the project, the lack of incentives, as well as the diversification of tourist services both in property, as in the municipality in which it is located.
Key-words: Rural Tourism; Possibilities; Adversity.

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1. Introdução

O fortalecimento da atividade turística evidenciado a nível nacional nas últimas décadas resultou na diversificação da oferta de bens e serviços, fato que influenciou no surgimento de diferentes segmentos turísticos.

Dentre estes destaca-se o Turismo Rural, o qual é apontado como uma atividade passível de implementação na zona rural de um município por meio de um Hotel Fazenda e/ou Pousada Rural, bem como por meio da adequação de uma propriedade ao turismo com uma conotação de alternativa não agrícola para complementação de renda.

Neste contexto, verifica-se situações distintas como a ação de investidores em grandes empreendimentos com uma vertente rural, bem como a iniciativa de pequenos agricultores que vislumbram por meio do turismo uma possibilidade de geração de divisas. Frente estas situações, pode-se afirmar que a atividade desenvolvida pelo pequeno agricultor, geralmente com recursos escassos, se mostra mais limitada.

Fatores como incapacidade técnica e a falta de experiência nos serviços turísticos são características comuns a este público, mas que podem ser contornados por meio de programas de capacitação.

Apesar da possibilidade de preservação ambiental e valorização cultural, atreladas ao turismo, verifica-se, para este segmento, a necessidade de esforços comuns e compartilhados entre o setor público, privado e sociedade organizada, a fim de desenvolver e consolidar a iniciativa turística.

No Estado do Paraná o turismo rural começou a ser implantado no ano de 1992, quando uma propriedade cafeeira do município de Rolândia, região norte do estado, recebeu os primeiros hóspedes. No mesmo ano o distrito de São Luiz do Purunã, pertencente ao município de Balsa Nova, região metropolitana da capital Curitiba, também inicia com atividades de cavalgada (Paraná, 2017a).

Posteriormente, outros municípios aderiram ao segmento e desenvolvem diversas atividades ligadas ao turismo rural. Destaca-se o município de Campo Magro, com o Circuito Verde que te Quero Verde, desenvolvido desde 2007 e envolve principalmente passeios a cavalo e caminhada na natureza.

De modo geral, no estado do Paraná é possível encontrar atividades desse segmento em todas as regiões turísticas, conforme descritas por Paraná (2017b): Rotas do Pinhão (Curitiba e região metropolitana); Campos Gerais; Terra dos Pinheirais (região centro-sul); Norte do Paraná; Corredores das Águas (noroeste do estado); Estradas e Caminhos (região central do estado); Vales do Iguaçu (região sudoeste) e; Cataratas do Iguaçu & Caminhos ao Lago de Itaipu.

No entanto, sabe-se de iniciativas de insucesso, fato que motivou a realização desta abordagem, a qual tem como problema de pesquisa a seguinte questão: Quais adversidades interferem na consolidação de empreendimentos turísticos instalados no meio rural?

Assim, este trabalho teve como objetivo analisar as possibilidades e adversidades vinculadas ao processo de implementação de um empreendimento turístico em uma pequena propriedade rural, localizada no município de Prudentópolis, região Centro Sul do Estado do Paraná, a cerca de 200Km da capital Curitiba.

O desenvolvimento desta pesquisa contribuiu para o entendimento do fenômeno turístico e da interdependência entre os diferentes setores para a consolidação de um empreendimento. Apontou, também, possibilidades para a diversificação de serviços na propriedade bem como ações e medidas necessárias para um serviço de qualidade vinculado aos aspectos culturais e ambientais da localidade.

2. O Turismo Rural Como Alternativa Não Agrícola Para Complementação de Renda em Pequenas Propriedades

Trata-se de um segmento do turismo que pode ser desenvolvido em meio às áreas naturais e que vem “crescendo gradativamente nas diferentes regiões do Brasil, favorecido pelas singularidades dos ciclos econômicos que as marcam e pela diversidade cultural resultante dos processos de colonização” (Brasil, 2008, p. 15).

O turismo rural é caracterizado como “o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade” (Brasil, 2003, p. 11). De fato, “as atividades não agrícolas no meio rural estão sendo responsáveis cada vez mais pela ocupação econômica do campo, introduzindo nas propriedades novas estratégias familiares de reprodução” (Philerano, Souza & Bagolin, 2008, p.5).

Entre as áreas passíveis de desenvolver o turismo rural, os faxinais são sistemas distintos e que têm um valor inestimável para ser desvendado, atraindo turistas específicos, com finalidades e motivações diferenciadas de visitação.

2.1 Diretrizes do Turismo rural: Possibilidades e Adversidades

Segundo informações coletadas no documento Diretrizes para o Desenvolvimento do Turismo Rural, desenvolvido pela Secretaria de Políticas Públicas do Ministério do Turismo, a “prática do Turismo Rural [...] pode proporcionar alguns benefícios”, tais como:

  1. Diversificação da economia regional, pelo estabelecimento de micro e pequenos negócios;
  2. Melhoria das condições de vida das famílias rurais;
  3. Interiorização do turismo;
  4. Difusão de conhecimentos e técnicas das ciências agrárias;
  5. Diminuição do êxodo rural;
  6. Promoção de intercâmbio cultural;
  7. Conservação dos recursos naturais;
  8. Reencontro dos cidadãos com suas origens rurais e com a natureza;
  9. Melhoria da infraestrutura de transporte, comunicação e saneamento;
  10. Melhoria dos equipamentos e bens duráveis;
  11. Integração do campo com a cidade;
  12. Promoção da imagem e revigoramento do interior;
  13. Integração das propriedades rurais e comunidade;
  14. Valorização das práticas rurais, tanto sociais quanto de trabalho;
  15. Resgate da autoestima do campesino.

Além desses, acredita-se que há a valorização do trabalho feminino por meio da produção de alimentos, itens artesanais comercializáveis e organização dos espaços físicos para recebimento dos visitantes. Além do mais, o turismo rural apresenta duas marcas importantes, segundo Weissbach & Berrios Godoy (2003, p. 24) “a primeira diz respeito a que o seu desenvolvimento pode dar-se em zonas que não disponham de recursos turísticos extraordinários de grande significado, e a segunda, de que a criação de postos de trabalho não necessita de grande volume de investimento”, favorecendo o desenvolvimento da atividade visto que muitas das propriedades que aderem à esse segmento não dispõe de recursos financeiros suficientes.

Szmulewicz (1998) sustenta que a atividade de turismo pode contribuir para a “conversão de algumas localidades, na complementaridade da renda” e pode diminuir as condições de pobreza, proporcionar a instalação de infraestrutura e serviços básico, entre outros.

Porém, nem todas as iniciativas propostas por pequenos empreendimentos rurais obtêm sucesso financeiro e tem autonomia para dar continuidade no processo empresarial. Candiotto (2013, p. 113) salienta sobre a importância de se analisar como se dá a manifestação dessas experiências tidas como alternativas, de modo a verificar a “aplicabilidade e viabilidade para o agricultor familiar” para que ele não seja explorado durante todo o processo e obtenha os resultados esperados.

Entre as adversidades que podem interromper e/ou prejudicar o desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo rural, têm-se as dificuldades de acesso à recursos financeiros e falta de apoio da iniciativa pública, seja por meio da conservação das estradas, ou por meio da instalação de placas de sinalização (Santos & Mendes, 2016).

Outro fator que contribui negativamente é a disparidade entre as grandes e as pequenas propriedades, acreditando-se que para as menores restam apenas “respingos” da atividade, tais como a venda de artesanatos e produtos caseiros. Atrelado a isso, o alto custo de investimentos para estruturação da propriedade, em muitos casos impossibilita o envolvimento no segmento e a dificuldade de acesso à linhas crédito fazem com que haja abandono antes mesmo de se consolidar com a oferta de serviços e produtos turísticos (Froehlich, 2000).

De modo geral, “os desafios econômicos, sociais e ambientais estão interligados” (Roque, 2014, p. 2) e é preciso esforços conjuntos da comunidade e de todas as esferas do poder público para buscar soluções viáveis que possibilitem o desenvolvimento saudável da atividade no meio rural.

No ano de 1998, durante a realização do Congresso Internacional de Turismo Rural e Desenvolvimento Sustentável (CITURDES), os participantes elaboraram a Carta de Santa Maria que, além de identificar “os principais gargalos para o desenvolvimento do segmento”, apontava ações que pudessem minimizar as dificuldades encontradas no turismo rural, tais como: estabelecer parcerias entre o poder pública e a iniciativa privada; definir políticas para o segmento; criar associações locais e regionais integradas à órgãos do setor; promover a capacitação dos profissionais envolvidos e; estimular a pesquisa com determinação de terminologia unificada, facilitando a interpretação e a análise dos dados (MTur, 2003; Solha & Rejowski, 2013, p. 7).

Considerando que essas dificuldades são enfrentadas em propriedades localizadas em áreas rurais comuns, entende-se que quando se trata de comunidades tradicionais os impactos podem ser ainda maiores e devastadores, tais como aquelas desenvolvidas em áreas de faxinais.

2.2.  Turismo em áreas de Faxinais

Na região Centro-Sul do estado do Paraná encontra-se um sistema agrossilvipastoril tradicional, chamado de Sistema Faxinal. Este modo de uso da terra, de forma genérica, pode ser dividido em dois espaços separados por cercas ou valos: as “terras de criar”, que são áreas de uso comum dos moradores nas quais se preserva a Floresta com Araucária e onde se encontram suas casas e seus animais; e; as “terras de plantar”, que se constituem em áreas de uso particular de cada morador, onde se desenvolve a agricultura de subsistência (Mudrei, 2011, p. 14).

Guil, Fernandes e Farah (2006, p. 60), pressupõe que o Sistema Faxinal, teve início no Centro Sul do Paraná, entre os séculos XVII e XVIII, estimulado pelos padres jesuítas, sendo aderido pelos caboclos e mais tarde no final do século XIX, pelos imigrantes eslavos que chegaram à essa região do estado, fazendo com que este tipo particular de organização permaneça até a contemporaneidade.

Os faxinalenses são povos tradicionais cuja formação social se caracteriza principalmente pelo uso comum da terra e dos recursos florestais e hídricos disponibilizados na forma de criadouro comunitário. Através de mobilização social e pressão política, os faxinais conquistaram a identificação de sua territorialidade específica através do Decreto Federal 10.408/2006 – Comissão de Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Tradicionais e pela Lei Estadual 15.673/2007.

A crescente desagregação dos territórios de faxinais impulsionou a iniciativa política de auto reconhecimento desses povos atinada com a busca pela garantia de seu território. Alguns dos faxinais que continuam atuantes com seus sistemas de cultivo, se organizaram no movimento social intitulado Articulação Puxirão dos Povos Faxinalenses, que tem como principal reivindicação o acesso a seus direitos territoriais decorrentes de sua identidade étnica.

Porém, ano após ano o sistema faxinal tem apresentado uma séria descaracterização e “encontram-se ameaçados, pois os faxinalenses por manterem a floresta em estágio avançado de conservação sofrem com a intensa pressão para a conservação ao uso agrícola e florestal, além da exploração da madeira restante” (Moreira, et al, 2011, p. 97). Assim, o Faxinal Dérevo, objeto de estudo desta pesquisa apostou no turismo como atividade econômica suplementar, mas não teve forças suficientes para a manutenção.

3. O Município de Prudentópolis e o Faxinal Dérevo

O município de Prudentópolis está localizado na região centro-sul paranaense, cerca de 207 km de Curitiba. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge, 2010), soma uma população de 48.792 habitantes, desse total quase 54% reside no meio rural (26.329 pessoas). A área territorial é de 2.236,579 km², resultando em uma densidade demográfica de 21,14 habitantes por km².

De acordo com Mudrei (2011, p. 9) os primeiros imigrantes a se estabelecerem no município foram os ucranianos, poloneses, franceses e italianos e “hoje a maioria da população é descendente de ucranianos”, compondo aproximadamente 70% da população.

O município também é notório por ser a “Terra das Cachoeiras Gigantes”, com dezenas de cachoeiras catalogadas e reconhecidas como atrativos e recursos turísticos naturais com representatividade cênica (Prefeitura Municipal de Prudentópolis, 2015a), muitas delas com mais de cem metros de altura.

As atividades de turismo começaram a ser desenvolvidas no município a partir da década de 1990, quando teve “início um movimento para exploração do mesmo, além da natureza exuberante, a cultura e a religiosidade dos imigrantes formam um conjunto sofisticado e único” (Mudrei, 2011, p. 9).

De modo geral, embora não se tenham dados oficiais da demanda que o município atrai, há valorização dos segmentos aptos na região e constante fluxo turístico durante todo o ano, com destaque para a alta temporada, pois os turistas procuram pelas atividades que podem ser desenvolvidas nas áreas naturais.

3.1 Faxinal Dérevo

O termo Faxinal Dérevo, tem como significado “árvore” e, segundo Mudrei (2011, p. 8) a comunidade “foi colonizada por ucranianos e italianos”, tem a economia oriunda do cultivo do fumo, milho e feijão, dentro do sistema faxinalense. Os moradores da comunidade têm como religião principal a católica latina e a católica ucraniana, a qual conta com uma igreja latina, duas ucranianas e uma evangélica.

Lemes (2009, apud Silva, 2012), afirma que há cerca de 100 famílias residentes dentro do Faxinal de Papanduva de Baixo, totalizando aproximadamente 400 pessoas, em uma área de 1.450 hectares.

O local apresenta infraestrutura básica para atender a população desta comunidade como: uma agência de correio, uma mercearia, um posto de saúde com atendimento médico uma vez por semana, com um dentista, uma enfermeira e uma agente comunitária. Também há tratamento da água da rua (Mudrei, 2011), proporcionando condições mínimas de atendimento ao morador e ao visitante.

Segundo Mudrei (2011) o objetivo da idealizadora da atividade do Turismo Rural na propriedade estudada era receber turistas que tivessem interesse em conhecer o Sistema Faxinal, assim como a cultura ucraniana, gastronomia e demais atividades ofertadas, bem como atender pessoas interessadas em desenvolver pesquisa sobre o local, colaborando com ideias para melhoria das atividades.

O Faxinal Dérevo localiza-se na comunidade de Papanduva de Baixo, cerca de 45 km do município de Irati (Figura 1), 16 km do centro de Prudentópolis e 192 km da capital do Estado do Paraná.

Figura 1 – Localização do Faxinal Dérevo

Fonte: Google Maps, 2017.

O Faxinal Dérevo iniciou as atividades de turismo rural no ano de 2010 e tem uma estrutura típica de um Sistema Faxinal, ou seja, os animais circulam livremente, aproveitando o entorno das casas para trafegarem, como pode ser visualizado na figura 2.

Figura 2 - Animais soltos no interior do Faxinal Dérevo

Fonte: Acervo dos autores (2015)

Com relação ao acesso até a propriedade, de acordo com visitas técnicas ocorridas nos anos de 2011 a 2015, verificou-se grande dificuldade em chegar até o local, devido ao problema da inexistência de sinalização durante o percurso e falta de manutenção nas vias de acesso, predominantemente sem pavimentação.

4. Metodologia

A presente pesquisa, de caráter qualitativo, utilizou-se de um estudo de caso para caracterizar o trabalho e sustentar o cumprimento do objetivo. Neste contexto, a pesquisa bibliográfica, documental e de campo foram as técnicas que nortearam a realização deste trabalho.

Para Minayo (2010, p. 21-22) a abordagem qualitativa “trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos”, que não podem ser medidos em números. O estudo de caso caracteriza-se como elemento importante na pesquisa qualitativa, pois é com ele que se produz uma construção teórica de qualidade, independentemente da quantidade conferida ao processo estudado (González Rey, 2002). Especificidades, estas, que se mostram adequadas a proposta da presente pesquisa.

Conforme afirma Gil (2002, p. 55)

os propósitos do estudo de caso não são os de proporcionar o conhecimento preciso das características de uma população, mas sim o de proporcionar uma visão global do problema ou de identificar possíveis fatores que o influenciam ou são por ele influenciados.

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, buscou orientar no sentido de identificar no aporte teórico os conceitos, dimensões, possibilidades e adversidades vinculadas à atividade turística no meio rural. Consistiu em embasamento de “bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo” (Marconi & Lakatos, 2003, p. 182) e tem por objetivo aproximar o pesquisador do material já publicado sobre o assunto.

A pesquisa documental, facilitou a aquisição de registros fotográficos, bem como, o levantamento da visitação e período com que as mesmas ocorreram. Também chamada de fonte primária, ela pode acontecer “no momento em que o fato ou fenômeno ocorreu, ou depois” ” (Marconi & Lakatos, 2003, p. 174).

A pesquisa a campo, ocorrida no ano de 2015 por meio de 4 encontros trimestrais, teve como intuito a observação direta e a realização de entrevista semiestruturada com a proprietária do empreendimento e preenchimento de questionários com visitantes da mesma. Foram aplicados 50 questionários sendo que a determinação deste número se deu pela saturação da amostra. Esta etapa possibilitou por meio de observação direta a caracterização dos serviços e equipamentos oferecidos no empreendimento, enquanto a entrevista esclareceu as adversidades evidenciadas pela proprietária e o questionário aplicado aos visitantes colocou em evidência a opinião dos destes frente aos produtos e serviços ofertados e demais aspectos como a acessibilidade até a propriedade.

5. Resultados

5.1 Caracterização dos equipamentos e serviços ofertados no empreendimento

As atividades existentes na propriedade Faxinal Dérevo tinham como objetivo atender os turistas/visitantes que procuravam o local para vivenciar a cultura e gastronomia ucraniana.

Pesquisa de Silva (2012), aponta que a idealizadora das atividades do Turismo Rural no faxinal em questão, via as atividades como referência e que classificava a questão do faxinal, como sendo primordial para atrair turistas/visitantes para o local, pois acreditava que era o “diferencial da propriedade”. Ressalta ainda que além do sistema de faxinal, os turistas apreciavam a gastronomia ucraniana, assim como o sabor dos alimentos que eram postos à mesa, pois eram produtos orgânicos oriundos do local. A figura 3 retrata o café colonial servido aos visitantes.

Figura 3 – Café colonial oferecido aos visitantes

Fonte: Acervo dos autores (2014)

Quanto aos pratos típicos, o empreendimento sempre procurou colocar na mesa iguarias oriundas da gastronomia ucraniana, principalmente no almoço (Figura 4), com elementos muito apreciados pelos descendentes e turistas.

Figura 4 – Almoço com pratos típicos ucranianos

Fonte: Acervo dos autores (2016)

A partir da figura 4, nota-se uma representação de elementos característicos da culinária ucraniana oferecida aos visitantes/turistas, com destaque para o perohe ou vareneky (A - pastel cozido, recheado com batata e requeijão) e o kutiá (B - sobremesa a base de grãos de trigo). O cardápio era mais vasto, sendo possível incluir mais de cem receitas típicas que a família produz. Porém, essas quantidades e diversificação eram ofertadas de acordo com o tamanho e as preferências do grupo agendado, a fim de evitar desperdícios de alimentos.

A cultura e os costumes da família despertavam a atenção dos visitantes do local, pois a família preserva sua cultura e seus costumes, o modo de vida no campo e produz artesanato (Figura 5), que era disponibilizado para venda aos visitantes.

Figura 5 - Artesanato ucraniano produzido pela família

Fonte: Acervo dos autores (2015)

A partir das imagens anteriores é possível compreender que o objetivo da idealizadora era a valorização dos costumes e tradições culturais, como também, proporcionar aos visitantes uma experiência diferenciada, unindo culinária, artesanato e o sistema faxinal. Esses fatores eram um diferencial em detrimento da competitividade da área urbana, da paisagem local e ambiência bucólica em sua região de entorno.

Outra atividade oferecida no local era uma réplica da primeira residência da família, reconstruída com objetivo de mostrar como era a casa, a arquitetura ucraniana da época, os móveis, utensílios e objetos que eram utilizados pelos seus antepassados. Essa casa era chamada de “Museu da Nona” (Figura 6).

Figura 6 – “Museu da Nona” e peças de seu interior

Fonte: Acervo dos autores (2015)

Quanto à infraestrutura básica, o local possuía apenas um banheiro para atender os turistas, sem distingui-los quanto ao sexo ou com acessibilidade. As refeições eram servidas na garagem da casa, contando assim com a precariedade na recepção turística. Em relação aos atrativos naturais, o local conta com uma cachoeira de difícil acesso, o Salto Samambaia (Figura 7). A atividade de trilha até esse recurso natural não foi inclusa para os turistas devido à dificuldade de contratar condutores ou guias especializados para suporte durante o percurso.

Figura 7 - Salto Samambaia: cachoeira de 15 metros existente próxima ao Faxinal Dérevo

Fonte: KACHAROUSKI, M. (s/d)

Um antigo paiol utilizado para a estocagem de erva-mate, fonte de renda em épocas anteriores, foi identificado como um item de interesse. O local ficou desativado após o ciclo do mate e a partir de um projeto da Universidade Estadual do Centro-oeste (UNICENTRO), campus Irati (PR) através do Programa Universidade Sem Fronteiras junto ao CEDEJOR (CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DO JOVEM RURAL) , bolsistas analisaram o cenário da época de estudo e orientaram que fosse aproveitado para agregar mais uma atividade para o Turismo Rural aos visitantes/turistas.

A família organizou o local (Figura 8), preservando o espaço, aspecto físico e acrescentaram todos os objetos que utilizavam na época, identificados com os respectivos nomes.

Figura 8 - Antigo paiol onde era processado a erva mate

Fonte: Acervo dos autores (2015)

Em décadas anteriores, sem acesso à implementos agrícolas modernos, como tratores e plantadeiras, as atividades campesinas eram feitas de forma braçal, com auxílio de equipamentos rústicos e artesanais, porém eficientes para a demanda daquele período, visto que a produção era apenas de subsistência. Em muitos museus do Brasil é possível encontrar utensílios feitos em madeira e utilizados tanto na lavoura, quanto em processamento de alimentos e tarefas domésticas.

Também na propriedade há atividade voltada à cultura do fumo, feijão, milho, bem como outras formas de produção para o sustento da família, pois, a atividade do Turismo Rural no local, era apenas uma complementação de renda.

5.2 Perfil do Turista que Frequentava o Faxinal Dérevo

Como o foco dessa pesquisa não é mostrar o perfil do turista que frequentava o Faxinal, mas demonstrar que havia um público diversificado visitando o empreendimento, e que, portanto, não é a falta de demanda, mas as adversidades que levam ao declínio de um empreendimento, abordar-se-á neste tópico apenas algumas informações superficiais sobre quem eram os turistas.

Abrangendo uma amostra de 21 respondentes, os turistas que frequentavam a propriedade Faxinal Dérevo, se deslocavam principalmente de ônibus e eram oriundos do Estado do Paraná, seguido dos estados de Santa Catarina, São Paulo e, em menores proporções, de demais regiões do país além de alguns estrangeiros. Num total, no período de 2010 até 2015, a propriedade registrou 619 turistas no livro de visitantes, sendo 611 turistas nacionais e 8 estrangeiros.

Importante aclarar que, segundo a proprietária, a demanda se dava principalmente pela melhor idade, seguida pelos jovens e, em menores proporções, os adolescentes, oriundos de escolas de Curitiba e Universidades do Estado do Paraná. Portanto, estas pessoas possivelmente não tiveram acesso aos questionários ou optaram por não os responder.

Ao analisar este item, conclui-se que o local não recebia apenas uma determinada faixa de idade e sim diferentes grupos etários. Os pesquisadores entendem este fato de forma positiva, pois assim o local poderia ofertar atividades do Turismo Rural para um amplo público.

5.3 O Faxinal Dérevo e Respectivas Adversidades

Quanto às adversidades vinculadas a implementação do empreendimento, iniciado em 2010 e seu funcionamento até 2015, aponta-se os seguintes fatores. Dentre os motivos que levou a encerrar as atividades, foi apontado a falta de acesso adequado, sendo que os 10 primeiros quilômetros possuíam, na época da pesquisa, cascalho em forma de pedras irregulares, agravando as condições de tráfego. Os 5 quilômetros restantes apresentavam pontos críticos de passagem, com nítida falta de manutenção, onde já se evidenciou o comprometimento de uma pequena ponte e outros pontos onde em dias chuvosos é possível a passagem apenas com veículo 4X4.

A condição precária de acesso é, segundo a proprietária, a maior reivindicação dos visitantes, que adentram a propriedade reclamando do trajeto. Além disso, o percurso do centro da cidade até a propriedade dá-se por uma estrada estreita e é repleto de encruzilhadas que, com a ausência de sinalização, pode fazer com que o visitante se perca.

Frente estas condições houveram situações em que a proprietária do empreendimento precisou fretar um transporte específico para o deslocamento dos turistas, pois o meio de transporte destes não conseguia fazer o percurso. Na ocasião, a estrada apresentava cascalhamento irregular e com presença de pedras que dificultavam o deslocamento dos veículos, mesmo em velocidade muito baixa havia risco de dano no meio de transporte utilizado.

Aliado a distância e a condição das estradas, a inexistência de sinalização no percurso do centro da cidade até o empreendimento foi outro ponto crucial. A maioria dos visitantes sentiu dificuldade em encontrar a propriedade, fato que poderia ser contornado com a instalação de placas orientativas ou disponibilização de mapas do percurso.

A divulgação do empreendimento foi apontada, também, como uma dificuldade, apesar da indicação no centro de informações turísticas do município e de alguns empresários do município, o empreendimento não dispunha de instrumentos digitais de divulgação como sites e páginas em redes sociais. Segundo a proprietária, os visitantes ficaram sabendo do empreendimento por meio da internet, outros através do cartão de visitas disponibilizados em locais no centro da cidade, como hotéis e centro de informações. Por fim, alguns ficaram sabendo através do marketing boca a boca, que se caracteriza como uma ferramenta eficaz na divulgação de um atrativo.

Outros fatores levantados, reportam-se a ausência de capacitação na área de atendimento e de serviços, apesar da vontade e determinação da família em desenvolver o turismo na propriedade, ficou claro o esclarecimento dos mesmos, quanto a importância de uma orientação e capacitação voltadas tanto ao atendimento quanto aos serviços turísticos. A pouca estrutura física da propriedade e ausência de capacitação da família na área de turismo rural foram os demais fatores elencados pela proprietária.

Durante o período de funcionamento circularam no empreendimento, cerca de 619 visitantes, registro considerado baixo e de visitas esporádicas, motivados pela oferta gastronômica caseira, visita aos produtos turísticos disponíveis e pela união familiar que o momento proporcionava, pois era a oportunidade de voltar ao passado por meio de memórias contadas no museu. Destes visitantes predominava famílias, seguidos de grupos de terceira idade e de universidades. Para a proprietária, a baixa demanda estava relacionada ao rótulo de Terra das Cachoeiras Gigantes atribuído ao município, o qual, por vezes, pode refletir negativamente às demais potencialidades de Prudentópolis.

Embora a propriedade Faxinal Dérevo possua uma cachoeira no seu entorno, encontra-se na região sul do município, enquanto os demais atrativos e de maior visitação situam-se ao norte. Assim pode-se afirmar que a localização geográfica do empreendimento não favorece a visitação, uma vez que o fluxo turístico em Prudentópolis se concentra em sua região norte, onde localizam-se as cachoeiras mais conhecidas.

A relação com o poder público pode ser compreendida como intermediária. Por um lado, havia auxílio com sinalização turística e envolvimento em eventos locais como inserção no roteiro de Caminhada na Natureza e participação no projeto Prudentópolis Tem, divulgando os produtos panificados artesanais em feiras e eventos da região. Este projeto tem como objetivo “valorizar e dar mais espaços às manifestações artesanais e culturais do município” (Prefeitura Municipal de Prudentópolis, 2015b, p. 1). Mas por outro, havia falha com a manutenção das estradas de acesso, que é um fator primordial no desenvolvimento de um empreendimento turístico.

Embora com a existência de parcerias diversas, de um público esporádico e a oferta de produtos e serviços de interesse turístico, a proprietária optou por encerrar as atividades motivada pelo acúmulo de pequenos entraves que foram dificultando o dia a dia enquanto empreendimento de atendimento ao público. Porém, a propriedade continua, de certa forma, com atendimento turístico, pois durante o evento denominado Caminhada na Natureza organizada pela Secretaria de Turismo, a comunidade oferta o almoço colonial para os participantes e, durante o trajeto, é possível passar pelo museu durante o percurso.

6. Conclusões

Esta pesquisa qualitativa realizada na propriedade Faxinal Dérevo, localizada no interior do município de Prudentópolis, no estado do Paraná, objetivou analisar as possibilidades e adversidades vinculadas ao processo de implementação de um empreendimento turístico em uma pequena propriedade rural.

Depois de analisar todos os dados coletados, conclui-se que, apesar de concretizadas as possibilidades uso turístico na propriedade analisada, verificou-se que as adversidades relacionadas às más condições de acesso (estrada e sinalização) (Santos & Mendes (2016), a falta de mão de obra qualificada, a necessidade de divulgação e promoção do empreendimento (MTur, 2003; Solha & Rejowski, 2013), a inexistência de incentivos (Froehlich, 2000), bem como, a diversificação dos serviços turísticos tanto na propriedade, quanto na região do município em que a mesma está localizada, sobrepuseram ao atendimento cortês, a gastronomia (culinária) típica e aos aspectos culturais apresentados.

Neste contexto, evidenciou-se que o sucesso de um empreendimento turístico em uma pequena propriedade no meio rural está atrelado, não apenas, a oferta de bons produtos, mas aos esforços compartilhados e articulação entre os setores públicos, privados e comunidade, condicionando uma base para o desenvolvimento e solidez da atividade turística no meio rural.

Referências bibliográficas

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1. Departamento de Turismo. UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro-oeste), campus Irati (Paraná/Brasil). Mestre em Ciências Sociais Aplicadas Concentração em Contabilidade. Docente do Departamento de Turismo. E-mail: elietigoveia27@hotmail.com

2. Departamento de Turismo. UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro-oeste), campus Irati (Paraná/Brasil). Doutor em Geografia. Docente do Departamento de Turismo e do Mestrado Interdisciplinar em Desenvolvimento Comunitário. E-mail: ronaldomaganhotto@gmail.com

3. Departamento de Turismo. UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro-oeste), campus Irati (Paraná/Brasil). Mestre em Desenvolvimento Comunitário. E-mail: valbertontur@gmail.com

4. Departamento de Turismo. UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro-oeste), campus Irati (Paraná/Brasil). Mestre em Gestão do Território. Docente do Departamento de Turismo. E-mail: leandro.baptista@live.com

5. É uma Organização Social Sem Fins Lucrativos (OSCIP) que trabalha nos três estados da região sul do Brasil formando jovens rurais como protagonistas e empreendedores em suas comunidad


Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015
Vol. 38 (Nº 51) Año 2017

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