ISSN 0798 1015

logo

Vol. 38 (Nº 41) Año 2017. Pág. 32

Logística reversa em uma empresa atacadista de Montes Claros

Reverse logistics in a wholesaler company of Clear Montes

Kátia Kelly Lacerda de Freitas TRINDADE 1; Ana Carolina Jorge GOMES 2; Frederico Maciel BORGES 3; Giovane Rodrigues OLIVEIRA 4; Pedro Ivo Jorge GOMES 5; Renata Flávia Nobre Canela DIAS 6

Recibido: 09/04/2017 • Aprobado: 11/05/2017


Conteúdo

Introdução

1. O surgimento do setor de logística no Brasil

2. As empresas de Logística no Brasil

3. Discussão dos dados da Empresa Logística X

4. Considerações Finais

Referências bibliográficas


RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo, analisar a Logística Reversa em uma empresa de logística de Montes Claros- MG entre os anos de 2013 e 2014. Metodologicamente, o trabalho contou com uma pesquisa bibliográfica, documental e descritiva. Na parte bibliográfica, buscou-se apresentar as definições, surgimento, evolução e tipos no Brasil, bem como uma análise descritiva, com estudo de caso de uma empresa do ramo. Na parte documental, contou-se com documentos da empresa que relatam sobre a história, missão e estrutura da empresa, bem como os dados do volume de vendas e da logística reversa entre os meses de agosto de 2013 a agosto de 2014. No entanto, verificou-se com a pesquisa a necessidade de adequação do país a um sistema de transporte de integração de diferentes modais, que seja eficiente e compatível com a extensão e volume territorial e que atenda à diversidade econômica nacional. A infraestrutura de logística atual não é compatível com sua a demanda, o que requer maiores investimentos para que torne mais competitivo.
Palavras-chave: Logística; Logística Reversa

ABSTRACT:

The objective of this work is to analyze the Reverse Logistics in a logistics company of Montes Claros - MG between the years of 2013 and 2014. Methodologically, the work relied on a bibliographical, documentary and descriptive research. In the bibliographical part, we sought to present definitions, emergence, evolution and types in Brazil, as well as a descriptive analysis, with case study of a company of the branch. In the documentary part, we counted on documents of the company that report on the history, mission and structure of the company, as well as the data of sales volume and reverse logistics between the months of August of 2013 to August of 2014. However, It was verified with the research the need of adaptation of the country to a transportation system of integration of different modalities, that is efficient and compatible with the territorial extension and volume and that attends the national economic diversity. The current logistics infrastructure is not compatible with your demand, which requires more investments to make it more competitive.
Keywords: Logistics; Reverse logistic;

Introdução

A logística reversa exerce um papel relevante no cenário brasileiro, pela contribuição no desenvolvimento sustentável ao proporcionar a utilização de técnicas de sustentabilidade, diminuindo o descarte destes produtos em locais não apropriados e a reutilização algumas desses insumos na produção de novos produtos, fazendo com que haja uma redução dos resíduos.

Nesse sentido, o presente trabalho busca verificar o resultado de produtos que por diferentes motivos necessitam da logística reversa, com entendimento desde o surgimento e o que levou à necessidade do seguimento logístico. O estudo é de suma importância, por permitir conhecer a evolução tanto da logística em si como da logística reversa e seu papel e contribuição no mercado globalizado, de forma, a contribuir para continuidade da pesquisa no levantamento dos reais impactos da logística reversa na empresa de Montes Claros- MG.

A pesquisa versa responder ao seguinte questionamento: Em que medida as vendas tem impactado na logística reversa em uma empresa de Montes Claros-MG ?

O objetivo geral do trabalho é verificar se o aumento das vendas tem impactado na empresa de logística em Montes Claros – MG. Especificamente, buscou-se: i) Fazer uma evolução histórica da logística no Brasil; ii) Verificar a situação da logística reversa em uma empresa de logística em Montes Claros- MG; iii) Discorrer sobre o surgimento da logística reversa no Brasil e seus impactos.

A pesquisa contou com a seguinte hipótese: Na medida em que cresce as vendas tem aumentado o volume de produto na logística reversa na empresa em estudo.

Metodologicamente, o trabalho contou com uma pesquisa bibliográfica, documental e descritiva. Para o referencial teórico utilizou-se de autores como: Ballou (2007); Christopher(1999); Novaes(2001) ; Moura ( 2004) ; Bowersox(2007); Fleury (2006); Gurgel ( 2000); Vargas (2005); Leite (2003); Stock (2008).

Na análise documental, contou-se com documentos da empresa que relatam sobre a história, missão e estrutura da empresa, bem como os dados do volume de vendas e da logística reversa entre os meses de agosto de 2013 a agosto de 2014. A escolha do período se deu em função da importância da empresa no cenário mineiro e nacional.

Percebeu-se que a infraestrutura de logística atual não é compatível com  sua demanda, o que requer maiores investimentos para que torne mais competitivo.

1. O surgimento do setor de logística no Brasil

 O termo logística refere-se ao ato de “planejar, programar Controlar de maneira eficiente o fluxo de armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde a origem até o ponto de consumo”. (NOVAES, 2001:36)

Para Ballou, a logística associa o estudo e a administração dos fluxos de bens e serviços e da informação associada, que os põe em movimento. Vencer tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma eficaz e eficiente e a tarefa do profissional de logística. Para ele a logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até ao ponto de consumo final. O objetivo é utilizar dos fluxos de informação para colocar os produtos em movimento de forma a proporcionar níveis de serviços satisfatórios com custos baixos. (BALLOU,2007:23),

Segundo Moura, logística é:

O processo de planejamento, implementação, controle do fluxo e armazenagem eficiente de matérias-primas, estoque em processo, produto acabado e informações relacionadas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com objetivo de atender aos requisitos do cliente, em uma mesma organização. Em um contexto industrial a arte e ciência de administração e engenharia para obter, produzir e distribuir materiais fabricados ou industrializados a um local específico e em quantidades específicas. (MOURA, 2004:136).

Nesse sentido, é de responsabilidade da logística as operações ligadas ao movimento de produtos, desde a localização das fábricas e correlatos, abastecimentos, gestão física de produtos, embalagem, entre outros, pois, todas as operações que condicionam o movimento dos produtos, tais como: localização das fábricas e entrepostos, abastecimentos, gestão física de produtos em curso de fabrico, embalagem, formação e gestão de estoques, manutenção e preparação das encomendas, transportes e circuitos de entrega (BALLOU, 2007).

Neste sentido, o presente trabalho adota a definição de Ballou, em que define a logística como o processo de planejar, organizar e administrar a movimentação desde a matéria prima ao produto acabado, vencendo a distância, no menor tempo possível, de forma eficaz e eficiente, sempre procurando atender as necessidades dos consumidores, com o menor custo possível.

O termo logística surgiu em meados da década de 1950, em função das experiências militares em função das dificuldades das lutas, emerge assim a necessidade de gerir e planejar o abastecimento das tropas nos alojamentos. As condições desse período serviram de estimulo das vantagens da logística (BALLOU, 2006).

O serviço de logística como conceito de negócio especializado se desenvolveu na década 1950 e se deu em função do crescimento da complexidade do ato de suprir os negócios com produtos em um curto espaço de tempo e com preços competitivos, necessitando de especialistas em campos mais restritos que são responsáveis pela cadeia de suprimentos. Tem como base a entrega do produto correto, pelo menor preço e maior agilidade, chegando ao consumidor de forma rápida e eficaz, com o passar do tempo tornou-se uma ciência processual que incorpora muitos setores das indústrias contemporâneas.  

Com o advento da logística moderna, vários tipos de logística diferenciados foram criados. Estes tipos variados implementam e controlam eficientemente o direcionamento e cuidados do produtos, através dos melhores meios e condições possível.

O objetivo da logística é o controle dos trabalhadores e na perfeita fruição dos ciclos dos projetos e cadeias de suprimentos com a maior eficiência possível, elevando o nível de serviço esperado com a obtenção de retornos crescentes dos investimentos e maximização dos lucros.

Em termos negociais, logística tem focos internos e externos que o nascimento do controle de armazenamento de materiais, de um ponto de origem ao ponto de consumo, o que forma a cadeia de suprimentos que é conhecido atualmente.

 Para Ballou (2006), o objetivo logístico pode passar a ser uma minimização de custos voltada para a concepção do nível pretendido de serviços, em lugar da maximização dos lucros ou do retorno sobre o investimento.

Segundo Bowersox (2007), o objetivo a logística é fazer com que os produtos cheguem ao local e no momento em que são desejados para a satisfação dos clientes.

O fato de tornar disponíveis produtos e serviços no momento desejado e no local esperado é algo inovador e faz dessa atividade imprescindível para as áreas de produção e o marketing (BOWERSOX, 2007:19).

Segundo os autores o objetivo da logística é disponibilizar produtos e serviços no lugar pretendido e no momento esperado, buscando o aumento do lucro e um retorno do seu investimento, levando em consideração a satisfação do cliente.

1.1 Tipos de Logística

A logística pode ser classificada em seis tipos: i) Logística Integrada; ii) logística empresarial; iii) Logística de Marketing; iv)Logística Integrada; v) Logística Reversa.

A logística integrada, como aponta o termo visa integrar é vincular seus clientes aos fornecedores contribuindo para o acesso a informações sobre os produtos, suas ligações, previsão de recebimento, tudo isso a um custo mais baixo.

Nela, a logística é vista como o vinculo da empresa a seus clientes e fornecedores. As informações recebidas de clientes e sobre eles fluem pela empresa na forma de atividades de vendas, previsões e pedidos. Estas informações são filtradas em planos específicos de compras e de produção. Consiste em processos interligados que desenvolve uma estratégia logística cujo objetivo é alcançar custos e serviços mais baixos, como forma de melhorar o sistema, aumentar o valor para o cliente (BOWERSON,2007:43).

A logística industrial tem o objetivo de aprimorar os serviços prestados aos clientes, e o relacionamento com a logística no varejo, melhorando o abastecimento com o marketing, dando mais eficiência as operações, conforme aponta Gurgel:

Logística Industrial é uma atividade multidisciplinar, abrangente e voltada ao aprimoramento dos serviços prestados aos clientes, melhoria da produtividade e eficiência das operações. Compreende o aprimoramento do abastecimento da empresa, da operação conjunta com a manufatura, do inter-relacionamento com o marketing, do atendimento do mercado e do entrosamento perfeito com as com característica da logística do varejo (GURGEL, 2000:186).

Foi criada com a finalidade de melhorar ainda mais a prestação de serviços, o aumento da produtividade, abastecendo as empresas.

A logística empresarial é o serviço de movimentação e armazenagem que facilita o processo desde a aquisição da matéria-prima até o produto acabado, com o propósito de colocar os produtos em movimento e providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo acessível (BALLOU, 1995:210).

A logística de Marketing tem como objetivo atrair os clientes, administrar recursos no tempo certo, no local certo, a um a custo certo, de modo a promover o produto ao cliente, ajustando e dando valor ao produto ou serviços, administrando os recursos para obter lucros e a satisfação do cliente.

Na logística de transporte tem trazido resultados positivos e alcançando  altos níveis de gerenciamento das empresas. Para Vargas, é o “processo de integração das informações entre os setores de transportes, estoque, armazenamento e movimentação têm sido considerados um fator imprescindível na promoção de resultados positivos para a empresa com alto nível de gerenciamento (VARGAS, 2005:22).

1.2. Logística do pós-venda ou reversa

A logística reversa ou de pós–vendas como é conhecida e surgiu após a década de 1980. Tem como objetivo cuidar dos fluxos de matérias que se iniciam nos pontos de consumo dos produtos e terminam nos pontos de origem. A Logística Reversa cuida dos fluxos de materiais que se iniciam nos pontos de consumos descartados. (LEITE,2003).

Esse tipo de logística tem um grande serviço de atendimento ao cliente, dedica-se grande atenção aos aspectos do relacionamento entre fabricante e distribuidores, enfatizando atributos como redução e cumprimento de prazos de entrega, disponibilidade do produto, apoio na entrega física, informação sobre o status do período e outras necessidades de atacadista e varejista, do que os aspectos relacionados com manutenção e conservação de produtos anteriormente vendidos, como a disponibilidade de peças de reposição, o tempo de resposta a um pedido de reparo de um produto com defeito e outros itens que têm a ver com a possibilidade de o cliente continuar utilizando o produto sem problemas durante um período razoável.

A Logística Reversa é uma perspectiva logística de negócios, o termo refere-se “ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura.” (STOCK, 2008:73).

É considerada como o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, do custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques de processo, produtos acabados e as respectivas informações, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recapturar valor ou adequar o seu destino ( ROGERS & TIBBEN-LEMBKE, 1999:2).

Já segundo Lacerda, os processos de logística reversa vêm trazendo varias transformações nas empresas. O reaproveitamento de produtos  vem com o propósito obter a economia de materiais, fazendo a empresa procurar recursos para ganhos financeiros atrativos e estimulando os empregados a melhoria no processo de logística reversa (LACERDA, 2004).

Esse processo reverso é formado por etapas características envolvendo intermediários pontos de armazenagem, transporte, esquemas financeiros, dentre outros (NOVAES, 2007:54)

Conforme Leite, a logística Reversa pode ser dividida em dois canais de distribuição reversos; um formado pelos canais reversos de pós-consumo, nele os produtos têm vida útil variável e após um tempo de utilização, perdem suas características básicas de funcionamento e precisam ser descartados (LEITE, 2006:10).

O outro são os canais reversos de pós-venda, que por vários fatores retornam à cadeia de suprimentos. A sua reintegração ao ciclo de negócios se dará por uma diversidade de formas de comercialização e de processamentos, é considerada outra categoria de fluxo reverso, denominada canais de distribuição reversos de pós-vendas. O retorno desses produtos se dá por vários motivos desde o término de validade, estoques excessivos no canal de distribuição ou por apresentarem problemas de qualidade e defeitos (LEITE, 2006:10).

Segundo a definição de Stock, a Logística Reversa trata a redução de produtos, reciclagem, reparo, remanufatura e retorno dos produtos, trazendo uma redução de custos (STOCK,1998:20)

A Logística Reversa é definida como: Processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, do custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques de processo, produtos acabados e as respectivas informações, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recapturar valor ou adequar o seu destino (ROGERS E TIBBEN-LEMBKE, 1999:2).

Muitas vezes o produto descartável, no todo ou em parte, já não tem serventia alguma para o processo industrial. Isso ocorre quando a reciclagem é antieconômica ou quando há excesso de oferta no mercado. Nessa circunstância, há necessidade de se garantir a disposição final para onde os produtos não mais utilizáveis sejam colocados de forma segura para a população e para o meio ambiente.

Neste caso inclui-se o retorno de embalagem e devolução de produtos ao varejista ou ao fabricante. Esse tipo de comércio se apoia na plena satisfação do consumidor e com o processo de aquisição à distância e mais critico, os varejistas aceitam esses níveis excepcionais de devolução, que pode chegar a 35% em alguns casos.

1.2.1. A importância da Logística reversa para a empresa

A logística reversa tem ganhado espaço nas empresas nos últimos anos, uma vez que as devoluções das mercadorias oferecem oportunidades para recuperação do valor, bem como economias de custo em potencial. Os objetivos mais evidentes na implementação da logística reversa é o estratégico econômico ou pela agregação de valor monetário, a fator determinante é a questões competitivas e ecológicas.

Contudo, não se podem esquecer os problemas advindos do retorno, que são: i) a quantidade de produtos que retorna é maior que a produzida na indústria; ii) Os produtos retornáveis ocupam espaço nos armazéns, o que gera custos, principalmente se a quantidade for grande; iii) Retornos não identificados ou desautorizados – ou seja, embalagens de plástico, por exemplo, quando retornam, são acompanhadas de outros materiais como pregos, pedaços de madeira, que precisam ser separados, no caso de uma reciclagem; iv) O custo total do fluxo reverso é desconhecido, de difícil avaliação; v) Custos de transporte e armazenagem de produtos tóxicos; vi) o custo de transporte a tarifa é a mesma para entregar e para buscar o produto; vii) os custos da operação de troca são elevados (LIMA, 2004).

Apesar dos problemas citados, a estruturação das empresas baseadas nas práticas reversas na cadeia de suprimentos e com a busca por parceiros, a relação de custo benefício será superior.

A estruturação das empresas no sentido de melhoraria do atendimento aos clientes é de grande importância. A implantação de tecnologias de informação na logística reversa, centros de distribuição, faz com que as empresas obtenham enormes economias pela redução de perdas e pela possibilidade de redistribuição.

2. As empresas de Logística no Brasil

Logística reversa, e o uso de energias renováveis, mudança de embalagens e alteração nas rotas são algumas das ações a serem implementadas pelas empresas que desejam reduzir o seu impacto ambiental. Já os governos devem fornecer uma infraestrutura adequada, além de fiscalizar e criar leis que possibilitem o crescimento dos países de forma sustentável.

O governo brasileiro vem contribuído para a criação de um ambiente propício ao desenvolvimento econômico sustentável. Uma pesquisa realizada pelo Instituto ILOS  com profissionais de logística das maiores empresas em faturamento do país, mostra a existência de um aumento na pressão governamental pela adoção de práticas mais sustentáveis nas empresas.

No Brasil, os consumidores estão aumentando suas exigências, pressionando continuamente as companhias privadas a agirem de forma ambientalmente correta. Essa mudança de atitude é um dos papéis mais importantes a serem desempenhados pela sociedade na busca do aumento da sustentabilidade. Nas atividades logísticas, é papel da sociedade, priorizar o consumo de produtos e embalagens menos agressivos ao meio ambiente e auxiliar no descarte seletivo do lixo produzido.

Para a condução das empresas no processo de mudança para alcance na redução de emissões, há a necessidade de implantação de ações que reduzam diretamente as emissões nas atividades logísticas; organização interna com objetivo de gerar envolvimento e comprometimento da equipe e alterar o relacionamento com terceiros, prestadores de serviço e outros elos da cadeia de suprimentos.

 No Brasil, 70% das empresas investem em uma área organizacional para cuidar de questões ligadas à sustentabilidade, principalmente nos setores de Mineração, Energia e Eletroeletrônicos (ILOS, 2011).

As empresas vêm buscando reduzir as emissões investindo prioritariamente em novas instalações e equipamentos menos agressivos ao meio ambiente. São exemplos desses investimentos: caminhões com motores menos poluentes, empilhadeiras de baixa emissão e centros de distribuição, fábricas e instalações construídos nos padrões ambientalmente corretos.

Estudo feito pelo Instituto ILOS, com 61 das maiores transportadoras do Brasil, mostra que 70% das entrevistadas admitiram que a questão de sustentabilidade ambiental influencia ou vai influenciar seus negócios. Esse resultado é maior nas transportadoras que movimentam granel líquido, sendo consideravelmente menor nas que cuidam do transporte de veículos (ILOS, 2011b).

A previsão feita pelo ILOS, mostra que esperava-se um crescimento da taxa de crescimento do PIB superior a 5% até 2014, porém na realidade os números não foram o esperado pelos pesquisadores, e o PIB não ultrapassará 2% até final de 2014. Neste contexto, verifica-se elevação no crescimento da logística reversa em todo o mundo, tanto na área acadêmica como na área empresarial, fazendo com que possa contribuir de modo decisivo, tanto no sentido de recuperar o valor econômico, tanto o valor da prestação de serviço, obedecendo as legislações com eficiência, reforçando a imagem das empresas, eliminando os fluxos reversos. (LEITE, 2009:219).

2.1 O município de Montes Claros – MG

O município de Montes Claros está localizado no norte do estado de Minas Gerais, possui uma área territorial de 3.568,941 quilômetros quadrados e em 2014 sua população foi estimada em 390.212 habitantes. (IBGE, 2014). O município de Montes Claros é o maior do Norte de Minas e o quinto maior de Minas Gerais, conta com o segundo maior entroncamento rodoviário do país, além de contar com a BR135, BR 365, BR 251 e BR 122, sua malha viária é constituída por, aproximadamente, 5.500 km de estradas vicinais, que ligam a sede do município aos distritos e diversas comunidades rurais.

Conta com linhas regulares de ônibus municipais, intermunicipais e interestaduais. Após a década de 1970 passou por um intenso processo de urbanização e transformações econômicas ocupando uma posição de centralidade em função da expansão econômica, politica e demográfica consolidou-se como o núcleo urbano mais expressivo na região do norte de Minas, conhecida pelos setores que movimentam a região como a educação, telecomunicações, o comércio e transporte, o que proporcionou migração proveniente de outras cidades. Nos últimos anos a logística reversa tem apresentado um crescimento consistente em suas atividades na cidade.

2.1.1. As empresas de Logística em Montes Claros – MG

As condições de logística oferecida pela cidade estão embasadas nos meios de comunicação e de transporte existentes na região. Nos últimos anos, apresentou um crescimento no número de empresas de Logística na cidade, em função da estrutura de transporte, o que favorece o escoamento da produção.em Montes Claros, devido ser a maior entroncamento, fazendo com que as empresa escolha a cidade de Montes Claros  para que possam se sediar.

   Entre as empresas instaladas na cidade estão a Transportadora TNT Mercurio, Transporte Camilo dos Santos, Uai Logística, Empresa Gontijo, Transnorte transportes, Transmoc , Ella Transportes, Rodoban Transportes , entre outras.

3. Discussão dos dados da Empresa Logística X

A Logística X é uma empresa líder no segmento atacadista-distribuidor brasileiro, foi fundada há 60 anos e possui 47 (quarenta e sete) filiais distribuídas pelo Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.

 A Logística X iniciou suas atividades em meados dos anos de 1953 na cidade de Uberlândia. A estrutura atual da empresa se encontra da seguinte forma: i) uma central de armazenagem e distribuição (Centro Atacadista de Distribuição - CAD – Uberlândia – MG); Cinco (05) Unidades Regionais Nacionais– URNs sendo em João Pessoa (PB), Manaus (AM), Jaboatão (PE), Camaçari (BA), Ananindeua (PA); iii) 165 m² de área destinadas a armazenagem; iv) Mais de 15 mil itens cadastrados ativos; v) conta com 41 filiais de distribuição ( transbordo e entrega);  vi) mais de 41 milhões de quilômetros rodados por ano,  somente com frota própria (1159 veículos); vii) 33 transportadoras de terceiros cadastradas.

 A empresa conta com um sistema WMS customização, é uma ferramenta que ajuda no controle de retorno dos produtos que serão encaminhados ao Sistema de Logística Reversa - SLR em que visa automizar a movimentação de mercadorias, provenientes de devoluções das filiais logísticas de distribuição para CAD e URN’s (Unidades Regionais Nacionais), tem como objetivo a padronização de processos, redução de erros por lançamentos manuais e redução de perdas. Tendo como objetivo a redução das perdas na logística reversa.

3.1 Discussão dos dados

Essa sessão tem como objetivo discutir os dados de vendas e devoluções da empresa de Logística X na cidade de Montes Claros entre agosto de 2013 a agosto de 2014.

Em relação a agosto de 2013, as vendas alcançaram um valor absoluto superior a R$ 7,5 milhões. Verifica-se que ao longo do período analisado, tanto crescimento quanto decréscimo no volume total.

Entretanto, se considerarmos o mês de agosto como base, constata-se em outubro de 2013 uma redução de 5% nas vendas, ao passo que nos demais meses em que houve redução, no caso de janeiro, fevereiro, maio e julho de 2014, esse percentual representou 1,5%; 1,1%; 3%; 7,2% e 6%, respectivamente. Todavia, se comparados com as vendas totais da empresa no geral, somente em fevereiro acompanhou essa tendência, com redução de 0,1%, nos demais meses as vendas foram positivas em relação a agosto de 2013. A redução das vendas do mês de outubro da empresa de Logística X na cidade de Montes Claros não seguiu a tendência nacional em geral, uma vez que no país registrou-se uma elevação de 8,9% em relação a setembro do mesmo ano. Entretanto, ao analisar os dados da empresa no geral, verifica-se que seguiram essa inclinação, apresentando um aumento de 11,5% no mês. No caso de Minas Gerais há de se considerar que a tributação é muito alta e há pouca política de incentivo em relação aos demais estados. (CAIXETA, 2014) .

No caso de 2014, essa redução pode ser associada em partes a desaceleração da econômica em função do mau desempenho da economia de modo geral, como a elevação das taxas juros, que cresceram em média mais de 4% em relação a 2013, bem como dos índices positivos de inflação, que foi superior a 6% no período analisado, que associado à copa do mundo e os eventuais protestos, uma vez que, grande parte dos residentes optou pelos gastos com viagens, estadias e ingressos do evento, ao invés do consumo ou investimento em bens de consumo duráveis. Associado a esse fato, há as expectativas negativas dos empresários em relação às perspectivas do governo, a falta de infraestrutura associada ao receio dos estrangeiros que estão duvidosos aos investimentos no país. Entretanto, verifica-se que as maiores empresas de logística como Cash&Carry e a Assal, que pertence ao grupo Pão de Açúcar, instalou 10 (dez) novas unidades. (GOUVEIA DE SOUZA, 2013) .

No que diz respeito aos meses que apresentaram crescimento em relação ao mês de referência, no caso, agosto de 2013. Verifica-se que nos meses de setembro, novembro e dezembro de 2013, esses valores variaram mutuamente entre 19%; 7% e 2%. O crescimento se dá em partes pelos incentivos e investimentos feitos no país que favorecem o crescimento, como do trecho do sistema logístico de Etanol de Ribeirão Preto – Paulínia, que favorece o escoamento da produção, contemplando 45 estados, entre eles Minas Gerais. Entre os meses de 2014, os que apresentaram evolução foi março 16%, abril 6,7% e junho 13,5%, conforme mostra a TAB.01.

TABELA 01 – Vendas (R$) e devoluções (R$) e em itens na Logística X de
Montes Claros entre agosto de 2013 a agosto de 2014.

PERIODO

VENDAS (R$)

DEVOLUÇÃO (R$)

DEVOLUÇÃO (itens)

Agosto 2013

7.540.490,32

41.727

148

Setembro 2013

8.940.298,15

54.122

203

Outubro 2013

7.172.324,75

44.724

153

Novembro 2013

8.059.290,61

50.867

154

Dezembro 2013

7.690.948,14

44.209

167

Janeiro 2014

7.430.095,67

54.281

193

Fevereiro 2014

7.454.719,22

55.414

192

Março 2014

8.730.519,16

50.998

173

Abril 2014

8.040.095,83

36.910

107

Maio 2014

7.317.822,65

87.394

272

Junho 2014

8.563.242,08

86.764

192

Julho 2014

7.004.652,85

528.407

305

Agosto 2014

7.111.489,49

56.020

173

TOTAL

101.055.988,92

1.191.838

2.432

Fonte: Elaboração própria com dados da empresa de Logística X.

Quando utilizada as vendas totais de todas as filiais da empresa Logística X no Brasil, constata-se um desempenho em alguns momentos divergentes do constatado na filial de Montes Claros. Ainda em relação ao crescimento apresentado no ano de 2014, vê-se que os meses de março e abril apresentaram crescimento de 2% e 2,7%, entretanto, o mês de junho houve uma redução de -5,5%. Contudo, as vendas nacionais foram ascendentes nos meses de janeiro, maio e julho, com aumento de 11%, 8,8% e 3,6%, respectivamente.

Em relação às devoluções da filial da Logística X em Montes Claros, verifica-se no período que somente em abril de 2014 as devoluções foram negativas em relação a agosto de 2013, apresentando uma queda de 12%, embora as vendas tenham sofrido aumento. Nos meses de 2013, o maior número de devolução ocorreu em setembro, com uma elevação de 30%, seguido dos meses de novembro com 22%, outubro com 7,2% e dezembro, 5,9% quando comparado ao mês base. No entanto, nesses meses somente em outubro houve redução nas vendas de 5%, nos demais meses houve crescimento. No que diz respeito à devolução de itens, verifica-se um aumento em todo período, com exceção do mês de abril, que teve uma redução de 28%. As variações positivas oscilaram entre 3% a 206% nos meses analisados. Os valores oscilaram acima de 6 (seis) mil itens e em termos percentuais ficou entre 8% e 17%, diferenciando-se dos resultados apresentados na filial de Montes Claros.

Em relação aos dados totais da empresa no Brasil, na maioria do período vê-se uma redução da devolução dos itens, como mostra o GRAF. 1.

GRAFICO 01: Evolução das devoluções de itens da Logística
X no Brasil entre agosto de 2013 a agosto de 2014
Fonte: Elaboração própria com dados da pesquisa

Vale ressaltar que até o mês de abril de 2014, a empresa considerava a logística reversa somente os motivos de mercadorias danificadas no transporte e desistência do cliente por atraso na entrega e/ou falta de algum item da compra, entretanto, a partir dessa data, a empresa passou a considerar vários outros fatores, tais como: erro de representante ou da força de vendas, desistência do clientes motivos diversos ou insatisfação do cliente, defeito de fábrica e a venda “bola de cristal”, que diz respeito à vendas realizadas pelo vendedor sem conhecimento do cliente.

No mês de julho de 2014 a filial de Montes Claros apresentou um crescimento acima da média apresentada no período de análise, chegando a mais de 1200% do valor de devolução. Esse fato pode ser explicado por erro de transmissão de pedidos por parte de um gerente de vendas do setor de construção civil, em que vários pedidos foram repassados para a central de distribuição por diversas vezes de forma duplicada. Esse caso provocou a devolução em muitos momentos da mercadoria total ao invés de ser somente o excedente relacionado ao erro.

Vários são os fatores que contribuem para um aumento da devolução dos produtos nas empresas de logística, dentre eles pode-se citar o crescimento tecnológico nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, associado à melhoria e desempenho técnico dos produtos, bem como das embalagens, a redução dos custos dos produtos, atrelada a competitividade das empresas em função dos efeitos da globalização e do progresso tecnológico, fazem com que as empresas procurem cada vez mais aderir uma constante inovação, uma vez que se assiste a uma redução nos últimos anos dos ciclos de vida dos produtos, provocando a obsolescência e índice de descarte dos produtos. Esses fatores contribuem cada vez mais para que as empresas do ramo adotem mudanças no sistema mercadológico e logístico, exigindo maior rapidez e eficiência na distribuição dos produtos (LEITE, 2003; BALLOU, 2004).

Outro fator que deve ser considerado é a necessidade de equilíbrio ecológico em função dos problemas vivenciados atualmente, como o aquecimento global, a poluição do meio ambiente, fatos que tem favorecido uma conscientização das várias esferas, como do governo e principalmente das empresas para o consumo/utilização racional do meio ambiente, ou seja, uma maior preocupação com o chamado desenvolvimento sustentável. De acordo com uma pesquisa realizada nos EUA, 65% das empresas respondeu que adotam a logística reversa como forma de aumentar aa competitividade, 33% por limpeza de canal (estoques), 29% por respeito às legislações vigentes; 28% pela revalorização econômica e 27% para recuperação de ativos (LEITE, 2003).

4. Considerações Finais

A logística tem contribuído o desenvolvimento econômico no cenário brasileiro. Verificou-se nos últimos anos um crescimento no segmento. A logística é usada  desde a obtenção da matéria-prima até a chegada da mercadoria ao consumidor final, tem como objetivo a agilidade no processo com vistas a aumentar a competitividade no mercado e alcançar a satisfação dos clientes.

A logística reversa, um dos segmentos da logística, foi criada em meados da década de 1980 tem com a finalidade melhorar o diferencial entre as empresas, reduzindo os seus custos, através de reaproveitamento de materiais e ganhos financeiros, e, principalmente para adequar as exigências de órgãos governamentais e não governamentais exigidos na busca pela preservação do meio ambiente, como forma de redução do lixo e consequentemente, o desenvolvimento sustentável.

No caso da Logística X, percebeu-se A empresa citada, trata a logística reversa como um ponto forte na empresa, e que tem utilizado de novos sistemas como o (WMS), para a redução dos custos e menor número de perdas de mercadorias. Isso se dá pelo fato do sistema conseguir padronizar os processos advindos das devoluções, reduzindo os erros de lançamento e o reconhecimento dos produtos através do código de barras, o que traz aumento dos benefícios, como elevação do faturamento, reduzindo o número de devoluções.

Verificou-se em todo o período estudado, que houve divisão no volume de vendas, em alguns momentos apresentando-se positivo, como é o caso do ano de 2013, que dos quatro meses analisados, somente outubro apresentou um decréscimo no valor das vendas, os demais meses apresentaram uma evolução entre 2% a 19%, sendo esse último referente a novembro.

É interessante ressaltar que os dados da filial de Montes Claros, nem sempre acompanhou a tendência nacional e em geral, nem mesmo os índices da empresa total, esse fato se dá em partes pela alta carga tributária praticada no estado de Minas Gerais e pelo baixo incentivo e investimentos federais. No ano de 2014, somente os meses de março 16%, abril 6,7% e junho 13,5% apresentaram acréscimo positivo, vale ressaltar que ainda que em 2013, embora um maior número de meses tenha sido positivo, a soma do percentual não excedeu 28% e no ano de 2014, mesmo com um menor período, o valor foi mais de 36% superior.

Esse fato permite inferir, que o crescimento apresentado no período foi superior a queda no valor das vendas, que somadas, chegam a pouco mais de 18%. Esse fato pode ser atribuído a mau desempenho da economia nos últimos meses, em que apresentou baixa taxa de crescimento, associada a taxas positivas nos índices de inflação, bem como a política de juros altos praticados no país.

Em relação ao volume de itens, constatou-se que somente no mês de abril apresentou uma redução no volume de devolução, nos demais meses os aumentos foram positivos, chegando a apresentar um aumento percentual superior a 200%. Outro fato importante foi à elevação do número de itens no mês de julho que foi superior a 1200%, que está associado a problemas numa gerência de construção civil que provocou em muitos momentos a devolução de toda a compra ao invés de somente os itens não reconhecidos nas vendas.

No entanto, verificou-se com a pesquisa a necessidade de adequação do país a um sistema de transporte de integração de diferentes modais, que seja eficiente e compatível com a extensão e volume territorial e que atenda à diversidade econômica nacional. A infraestrutura de logística atual não é compatível com sua a demanda, o que requer maiores investimentos para que torne mais competitivo. Vê-se que os esforços estatais em reverter à situação atual por meio de concessões de ferrovias e rodovias não são suficientes, sendo necessários maiores esforços com objetivo de reduzir essa realidade. Nesse sentido, recomenda-se a continuidade dos estudos relacionados à logística, bem como logística reversa, sobre empresas que atuam no ramo, como forma de aumentar os indicadores desse setor.

Referências bibliográficas

BALLOU, R.H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimento: Logística Empresarial. 5 Edição, Ed. Artmed, 2004.

-------------------- Logística e Empresarial: Transporte e Administração de Materiais, Distribuição Física. Ed. Atlas, 1993.

BOWERSOX, D.J., Logística Empresarial: O Processo de gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Ed., Atlas, 2007.

CHING, H.Y., Gestão de Estoques na Cadeia de Logística Integrada Supply Chain, 3 Edição. Ed.Atlas, 2008.

FLEURY, P.F. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, Coleção Coppead de Administração, Ed.Atlas, 2006.

---------------------. Logística Empresarial : A Perspectiva Brasileira, coleção Coppead de Administração, Ed. Atlas, São Paulo, 2008.

---------------------. Logística no Brasil: Situação atual e transição para uma economia verde. Disponível em http://www.fbds.org.br/IMG/pdf/doc-7.pdf. Acesso em 01/11/2014

LEITE, P.R., Logística Reversa: Meio Ambiente e Competitividade. 2ª Edição. Ed.Pearson Education do Brasil, 2010.

NOVAES, A.G. Logística e gerenciamento da Cadeia de Distribuição, Ed.Campus. São Paulo, 2007. 

Disponível em http://www.fbds.org.br/IMG/pdf/doc-7.pdf. Acesso em 01/11/2014


1. Especialista em Gestão Logística de Serviços em Saúde pelo Instituto Prominas.

2. Graduada em Engenharia de Alimentos pelas Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE. Email: aninhadefreitas@yahoo.com.br

3. Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.

4. Mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

5. Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU.

6. Doutoranda em Educação pela Universidade de Uberaba – UNIUBE.


Revista ESPACIOS. ISSN 0798 1015
Vol. 38 (Nº 41) Año 2017

[Índice]

[En caso de encontrar algún error en este website favor enviar email a webmaster]

revistaespacios.com