Espacios. Vol. 37 (Nº 38) Año 2016. Pág. 25

Aplicação do design macroergonômico em linha de montagem de desktops

Application of Macroergonomic Design Method in a Desktop Assembly Line

Thallis Leal ALMEIDA 1; Thiago Silva BROZE 2; Gabrielli Harumi YAMASHITA 3; Renata TILEMANN Facó 4; Diego Souza SILVA 5

Recibido: 18/07/16 • Aprobado: 30/08/2016


Conteúdo

1. Introdução

2 Macroergonomia

3 Metodologia

4 Resultados

5 Considerações finais

Referencias bibliográficas


RESUMO:

O método de Design Macroergonômico foi utilizado para realizar uma avaliação ergonômica na linha de montagem de desktops. Através deste é possível identificar os Itens de Demanda Ergonômica (IDE’s) dos usuários e os Itens de Design (ID’s) que devem ser adotados para solucionar os problemas demandados. Detectou-se que os IDE’s que causaram os maiores índices de insatisfação nos usuários foram: dores nos ombros, braços, cabeça e costas, tempo e quantidade de intervalo para descanso, cansaço físico, temperatura e trabalho monótono. Buscando solucionar esses IDE’s, foram identificados e propostos oito ID’s como prioridades no projeto dos postos de trabalho.
Palavras-chave: Design Macroergonômico; Itens de Demanda Ergonômica; Itens de Design.

ABSTRACT:

Macroergonomic design method was used to perform an ergonomic assessment in desktop assembly line. By its execution it is possible to identify the Ergonomic Demand Items (EDIs) of users and the Design Items (DIs) that should be adopted to solve the demanded problems. It was observed that the EDIs which caused the biggest dissatisfaction index in users were: ache in shoulders, arms, head and back, time and amount of rest break, physical fatigue, temperature and monotonous work. To overcome these EDIs, eight DIs were identified and suggested as priorities in the workstation project.
Keywords: Design Macroergonomic; Ergonomic Demand Items; Design Items.

1. Introdução

A necessidade de aumento da produtividade e dos níveis de qualidade das empresas frequentemente resulta em impactos na qualidade de vida dos trabalhadores. Em decorrência disto, são registrados, em praticamente todas as empresas, distúrbios que afetam os trabalhadores, chamados DORTs (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), ocasionados pelos movimentos repetitivos, posturas incorretas, excesso de força e demais exigências do trabalho (BUCZEK, 2004).

Diante das condições atuais que as empresas fornecem aos seus colaboradores, faz-se necessária a intervenção da Ergonomia, que a partir dos seus métodos objetiva a busca pela segurança, satisfação e bem-estar daqueles em seu relacionamento com sistemas produtivos, a fim de obter a eficiência como resultado (IIDA, 2005). A intervenção ergonômica não deve estar restrita ao posto de trabalho, mas, também, considerar todos os aspectos e fatores relacionados com o processo produtivo (KRUG, 2000). Diante disso, é importante uma visão mais ampla e sistêmica. Uma alternativa para a análise ergonômica mais abrangente é a macroergonomia, que considera a organização, a tecnologia, o ambiente de trabalho, os postos e as pessoas na intervenção ergonômica (HENDRICK, 1990 apud KRUG, 2000).

As empresas montadoras de computadores possuem postos de trabalho que se caracterizam por terem atividades, geralmente, com o processo de produção em linha, que se caracteriza pela baixa multifuncionalidade das atividades, consideradas “pobres”, resultando na insatisfação dos colaboradores, principalmente por serem atividades repetitivas e monótonas (GRANDJEAN, 1998 apud SILVA et al., 2002). Este trabalho tem o intuito de identificar a demanda ergonômica dos usuários da linha de montagem de desktops em relação a seus postos de trabalho, identificando os itens com maior nível de insatisfação, utilizando, para isso, o método Design Macroergonômico.

A aplicação de uma abordagem macroergonômica é recomendada, pois identifica e analisa aspectos como condições de ambiente físico, posto de trabalho e fatores organizacionais, que são determinantes na qualidade de vida do trabalhador. O método Design Macroergonômico possui um caráter participativo, incorporando a demanda ergonômica do usuário no processo de avaliação dos postos de trabalho (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999).

2. Macroergonomia

A Macroergonomia está focada na correlação de toda a estrutura organizacional com a tecnologia inerente ao sistema de trabalho. Ela envolve os elementos homem-organização-ambiente-máquina, enquanto que a Ergonomia foca no trabalhador isoladamente (SOUZA; QUELHAS, 2001). Para Vidal (2000), a Macroergonomia fundamenta-se no princípio que as organizações precisam buscar um equilíbrio sociotécnico entre as pessoas, a tecnologia e a organização.

As teorias sociotécnicas, segundo Gerber (2010), procuram, além de entender o relacionamento do ser humano com a tecnologia, o envolvimento organizacional e o ambiente externo, entender como o trabalho é prescrito e como ele é executado. Assim, um sistema sociotécnico é composto por quatro subsistemas: o pessoal, o tecnológico, o ambiente externo e o projeto organizacional. Esse sistema destaca a necessidade de planejamento do trabalho para que a execução ocorra conforme esperado e levando em consideração que um sistema de trabalho é dinâmico e emergente (HENDRICK; KLEINER, 2001 apud GERBER, 2010).

Assim, a Macroergonomia investiga a aplicação de novas tecnologias de produção e métodos de organização do trabalho, em uma estrutura organizacional (HENDRICK, 1993; BROWN, 1995 apud FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999), ou seja, a aplicação, ergonomicamente, da tecnologia na interação organização-máquina. Com o auxílio da Macroergonomia, muitas intervenções ergonômicas são realizadas em nível da administração superior da empresa, produzindo melhorias da segurança, conforto, saúde e produtividade, promovendo satisfação, redução de erros e acidentes e qualidade de vida no trabalho, em toda a empresa. Segundo Hendrick (1995) apud Iida (2005) essa abordagem macro pode proporcionar melhorias de 60 a 90% nas condições de trabalho.

Os estudos da Macroergonomia são executados por meio da compreensão das condições do ambiente físico, do posto de trabalho e dos fatores organizacionais. O método macroergonômico de intervenção adota a participação dos trabalhadores das diversas áreas da empresa, sendo que o envolvimento desses, na concepção e operacionalização das tarefas, aumenta as chances de obtenção de êxito na implementação das modificações sugeridas (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999). Segundo Delwing (2007), a macroergonomia realiza uma análise global da organização, envolvendo diversos profissionais, como médicos, engenheiros, fisioterapeutas e administradores, na otimização do sistema homem-máquina.

Além do envolvimento de especialistas, a macroergonomia utiliza da participação dos usuários, que manifestam suas preferências, no projeto dos postos de trabalho. É a chamada Ergonomia Participativa, que segundo IIDA (2005, pg. 64) “é um método pelo qual os usuários finais da ergonomia desempenham um papel ativo na identificação e análise dos problemas ergonômicos, assim como na formulação e implementação de suas soluções”.

2.1 Design Macroergonômico (DM)

O Design Macroergonômico (DM) proposto por Fogliatto e Guimarães (1999) é um método de intervenção ergonômica baseado em princípios macroergonômicos e de caráter participativo, que é recomendado para o projeto ou melhoria de postos de trabalho. O DM utiliza-se de entrevistas e questionários aplicados aos usuários, bem como o uso de ferramentas para a seleção de amostras e ferramentas de análise de decisão, no processo de avaliação das soluções projetuais. Esse método inova ao incorporar a demanda ergonômica do próprio usuário no projeto de seu posto de trabalho, no qual a demanda ergonômica são as manifestações, reclamações do usuário em relação ao seu posto de trabalho e execução de suas tarefas, relacionadas à Ergonomia (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999).

Assim, a partir da aplicação do método de DM, pode-se identificar diretamente quais os problemas ergonômicos provocam maiores índices de insatisfação nos colaboradores para, então, com os conhecimentos ergonômicos dos especialistas e com a análise dos postos de trabalho, procurar solucioná-los por meio da identificação e implementação de itens de design. O DM é composto de sete etapas, (i) Identificação do usuário e coleta organizada de informações acerca de sua demanda ergonômica, (ii) Priorização dos itens de demanda ergonômica (IDE’s) identificados pelo usuário, (iii) Incorporação da opinião de especialistas, (iv) Listagem dos itens de design (ID’s) a serem considerados no projeto ergonômico do posto de trabalho, (v) Determinação da força de relação entre os IDE’s e os ID’s, (vi) Tratamento ergonômico dos ID’s e (vii) Implementação do novo design e acompanhamento, que devem ser seguidas (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999):

  1. Identificação do usuário e coleta organizada de informações acerca de sua demanda ergonômica – nessa etapa são identificados os colaboradores que desempenham atividades diretamente relacionadas com os postos de trabalho a serem projetados, e identificam-se os itens de demanda ergonômica solicitados pelos usuários;
  2. Priorização dos itens de demanda ergonômica (IDE’s) identificados pelo usuário - a priorização utiliza as informações coletadas na etapa anterior, baseando-se em características dos dados coletados, como frequência e ordem dos itens de demanda ergonômica mencionados. Nessa etapa é montado um ranking dos IDE’s;
  3. Incorporação da opinião de especialistas – incorporação da opinião de ergonomistas, designers, engenheiros, coordenadores, técnicos de segurança, entre outros, com a intenção de corrigir as possíveis distorções apresentadas no ranking anterior, além de, se houver necessidade, incorporar itens pertinentes de demanda ergonômica que não foram identificados pelo usuário. Surge um novo ranking, corrigido, de itens de demanda ergonômica, que será utilizado nas etapas seguintes do método;
  4. Listagem dos itens de design (ID’s) a serem considerados no projeto ergonômico do posto de trabalho – a partir da análise da lista de IDE’s e de conhecimentos ergonômicos, pode-se obter uma lista de itens de design a serem implementados no posto de trabalho;
  5. Determinação da força de relação entre os IDE’s e os ID’s - utilizando a Matriz da Qualidade e conceitos da QFD determina-se a relação entre os itens de demanda e os de design, com objetivo de identificar quais ID’s tem maior relação com a solução das demandas e, então, priorizá-los nas etapas seguintes da metodologia;
  6. Tratamento ergonômico dos ID’s - nesta etapa são estabelecidas as metas ergonômicas para os ID’s, levando em conta fatores como conforto, segurança, questões antropométricas e de organização do trabalho. As metas ergonômicas compreendem as características que os ID’s devem possuir, tais como dimensões, especificação de materiais, acessórios;
  7. Implementação do novo design e acompanhamento – hora de colocar o projeto em funcionamento, observando se os IDE’s foram solucionados a partir dos ID’s implantados. Nessa fase, inicialmente, faz-se um protótipo antes de substituir ou instalar definitivamente o que foi projetado.

Assim, como se pode perceber, a metodologia de DM utiliza da participação dos trabalhadores no projeto de seus postos de trabalho, sendo que as opiniões dos usuários e especialistas são analisadas e incorporadas de maneira harmônica e estruturada no projeto de postos de trabalho, visando identificar e priorizar os principais itens de design para solucionar ou atender aos itens de demanda ergonômica (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999).

Diante das condições e etapas que o DM apresenta, ele proporciona algumas vantagens como: possibilidade de aplicação em diversas áreas; maior adequação do posto de trabalho ao usuário; maior satisfação do usuário; percepção das diferenças entre as demandas dos usuários; maiores chances de sucesso dos projetos; e melhores modificações implantadas.

O DM tem sido aplicado em diversas áreas de atividades, como na indústria de perfumaria e cosmético (Villas-Bôas, 2003), na construção civil (Simoni; Zerbetto, 2010), nos serviços de limpeza (Van Der Linden; Guimarães, 2001), serviços da SAMU (Gerber, 2010), na indústria de transformação de plásticos e termoplásticos (Martin, 2004) e nas concessionárias de energia (Guimarães; Fischer; Faé; Salis; Santos; 2003).

3. Metodologia

Dos riscos oferecidos ao usuário em um ambiente industrial, os de maior dificuldade para o tratamento são os ergonômicos, pois esses estão ligados a toda a jornada de trabalho do usuário, englobando desde o simples ao mais complexo movimento realizado (IIDA, 2005). Em linha de montagem de desktops, são frequentes as queixas feitas pelos usuários em relação a riscos como temperatura e dores nas pernas, ombros, braços, costas e pescoço.

Para realizar uma avaliação ergonômica de postos de trabalho da linha de montagem de desktops será utilizado o método de Design Macroergonômico proposto por Fogliatto e Guimarães (1999), sendo composto por cinco etapas interdependentes: (i) Identificação do usuário; (ii) Coleta organizada de informações acerca da demanda ergonômica e priorização dos Itens de Demanda Ergonômica (IDE’s) identificados pelo usuário; (iii) Incorporação da opinião de especialistas e obtenção de um ranking corrigido de itens de demanda ergonômica; (iv) Listagem dos ID’s a serem considerados no projeto do posto de trabalho e (v) Determinação da força de relação entre IDE’s e ID’s.

3.1 Identificação do usuário

Esta etapa consiste na identificação dos colaboradores que desempenham atividades diretamente ligadas a um posto de trabalho a ser reprojetado (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999). Para isso é realizado a observação direta dos usuários em seus postos de trabalho, podendo, assim, identificar e classificar os usuários em estratos populacionais, os quais são agrupados por sexo, idade e grupo étnico.

3.2 Coleta organizada de informações acerca da demanda ergonômica e priorização dos Itens de Demanda Ergonômica (IDE’s) identificados pelo usuário

As informações a respeito da demanda ergonômica dos usuários podem ser coletadas em duas etapas. Primeiramente, os IDE’s são identificados através de uma entrevista espontânea ou estruturada e, na segunda etapa, os usuários recebem uma lista de IDE’s e identificam o grau de importância de cada item utilizando uma escala contínua proposta por Stone et al. (1974) apud Fettermann (2008), que vai de (0) a (15), na qual a extremidade da esquerda indica o ponto zero (0) e a da direita indica o ponto quinze (15). Assim, o indivíduo a responder o questionário marca ao longo da linha o ponto que indica seu nível de concordância quanto ao item perguntado (FETTERMANN, 2008). Para o autor, esta escala permite “maior liberdade aos respondentes, além de permitir uma maior quantidade de alternativas para as análises estatísticas”.

Esse grau, apontado pelos usuários, permite a priorização dos itens de demanda ergonômica (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999). É preciso ressaltar que esses itens são características almejadas pelo usuário em relação ao seu posto de trabalho.

3.3 Incorporação da opinião de especialistas e obtenção de um ranking corrigido de itens de demanda ergonômica

Nesta etapa são incorporadas as opiniões de especialistas acerca dos pesos de importância dos IDE’s identificados, além de poder agregar itens relevantes que não foram mencionados pelos usuários (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999).

Após a manifestação em relação aos itens de demanda ergonômica mencionados pelos usuários, os especialistas realizam a avaliação do nível de importância dos IDE’s utilizando-se o método de comparação aos pares de Saaty (1997) apud Fogliatto e Guimarães (1999). Assim, pares de IDE’s são comparados segundo a sua importância utilizando uma escala onde 1/9 e 9 são os limites de comparação. Nessa escala, se dois IDE’s são igualmente importantes, o valor 1 é usado. Se um IDE for considerado muito mais importante que o outro, o 9 é utilizado e, em caso oposto, utiliza-se 1/9. Os demais valores da escala são utilizados para situações intermediárias. Após a comparação entre os itens, identifica-se o vetor peso (W) para permitir a elaboração do ranking de importância dos IDE’s. Esse vetor é obtido por meio da multiplicação dos N elementos de cada linha e, posteriormente, determinada a Nésima raiz do valor resultante.

O peso final (%) de cada item é determinado a partir da divisão de cada valor de W pela soma de todos os W. Posteriormente, é encontrada a razão de consistência (RC) das avaliações a partir de manipulações algébricas (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999).

3.4 Listagem dos ID’s a serem considerados no projeto do posto de trabalho

Nesta etapa são listados os itens que devem ser avaliados no design ergonômico dos postos de trabalho, chamados itens de design (ID’s). A atuação sobre os ID’s depende da sua relação com os IDE’s, ou seja, um ID que não age sobre os IDE’s será mantido inalterado (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999). As técnicas utilizadas no levantamento dos ID’s serão filmagens dos usuários desenvolvendo suas atividades no posto de trabalho.

O objetivo dessa etapa é obter todos os possíveis ID’s que provocarão melhorias ergonômicas, os quais serão utilizados no processo de redesign dos postos de trabalho demandados.

3.5 Determinação da força de relação entre IDE’s e ID’s

Diante de todos os dados coletados nas etapas anteriores, pode-se montar uma Matriz da Qualidade que proporciona a avaliação da relação dos IDE’s com os ID’s identificados. A partir dessa Matriz da Qualidade, que pertence a uma ferramenta de qualidade QFD (Desdobramento da Função Qualidade), é possível priorizar os Itens de Design para os postos de trabalho segundo a sua importância na solução da demanda ergonômica e, ainda, identificar aqueles que pouco satisfazem os IDE’s (FOGLIATTO; GUIMARÃES, 1999).

Essa etapa visa gerar pesos de importância para os ID’s relevantes na satisfação dos IDE’s, obtendo a classificação de prioridades, e identificar e desprezar os ID’s sem efeito sobre os IDE’s. Assim, através da Matriz Qualidade (MQ) poderá ter convicção sobre quais ID’s considerar no projeto dos postos de trabalho. A força da relação entre os itens será avaliada utilizando uma escala contínua de 0 a 5, na qual 0 representa nenhuma relação e 5 representa a relação máxima entre IDE’s e ID’s.

4. Resultados

O método foi aplicado em uma empresa do setor de informática situada há 18 anos no Pólo Industrial de Ilhéus-Ba. A empresa monta desktops, notebooks e netbooks e apresenta o processo de fabricação em linha, sendo dividido em seis setores: Montagem de gabinetes, Separação de kits, Montagem de desktop/notebook/netbook, Runin, Pós-teste e Embalagem,

A fábrica de computadores, em estudo, apresenta problemas quanto ao nível de reclamações dos colaboradores do setor de montagem de desktops. Essas reclamações estão ligadas a fatores macroergonômicos e, consequentemente, a permanência destas gera a insatisfação dos colaboradores.

A linha de montagem de desktops é composta por seis postos de trabalho: atrelamento, parafusagem 1, parafusagem 2, amarração, pré-teste e fechamento; nos quais os colaboradores desempenham suas atividades ao longo da jornada de trabalho, sendo que cinco trabalham sentados e um em pé. A linha possui uma esteira manual, por onde entra parte do material a ser utilizado e que se estende ao longo do processo, cadeiras acolchoadas, dois postos com computador, ferramentas e alguns materiais necessários.

Na realização das etapas do método proposto foram identificados 20 colaboradores do setor de montagem de desktops, todos pertencentes a um mesmo estrato: sexo masculino e com idade entre 20 e 35 anos.

Os Itens de Demanda Ergonômica foram identificados por meio de entrevistas espontâneas com dois usuários de cada posto de trabalho, totalizando uma amostra de doze usuários, nas quais o colaborador é solicitado a listar IDE`s em seu posto de trabalho.

As duplas de entrevistados foram solicitadas a falar sobre o seu trabalho, não havendo indução dos entrevistadores nas respostas a serem dadas. As respostas dadas foram registradas em Microsoft Excel®, não considerando informações inadequadas e organizando para que não houvesse repetição de itens. Posteriormente, foi feita a priorização dos itens demandados através da frequência e ordem de menção dos IDE’s, onde um item mencionado na iésima posição recebeu o peso de importância 1/i. O somatório dos pesos de importância dos IDE’s obtidos pelos usuários entrevistados gerou um ranking final de dezenove IDE’s. A Tabela 1 apresenta a ordem de importância e a porcentagem referente a cada item.

Tabela 1: Reclamações identificadas nas entrevistas com as seis duplas (D), com o seu peso de   importância 1/i.

RECLAMAÇÕES

D1

D2

D3

D4

D5

D6

SOMA

%

Dor nos braços

1

0,2

0,25

0,5

0,16

 

2,11

13,77

Dor nos ombros

 

1

1

 

 

 

2

13,05

Dor nas costas

 

0,25

0,2

1

 

0,14

1,59

10,38

Dor no pescoço

0,5

 

 

 

1

 

1,5

9,79

Ruído das parafusadeiras

 

0,33

0,5

 

 

0,25

11,08

7,05

Cansa de ficar de pé

 

 

 

 

 

1

1

6,53

Dor de cabeça

0,33

 

 

 

0,5

 

0,83

5,42

Intervalo de descanso pequeno

0,14

 

 

0,25

 

0,33

0,72

4,7

Monotonia

 

 

0,33

 

0,2

 

0,53

3,46

Quando chove faz frio

 

0,5

 

 

 

 

0,5

3,26

Dor nas pernas

 

 

 

 

 

0,5

0,5

3,26

Calor no verão

 

 

 

0,33

 

0,16

0,49

3,2

Dor nas mãos

 

 

 

0,16

0,33

 

0,49

3,2

Não gosta de treinamento em momento produtivo

 

 

0,14

 

0,25

 

0,39

2,55

Dificuldade da esteira manual

0,25

 

0,13

 

 

 

0,38

2,48

Não gosta da pressão do encarregado

0,16

 

 

0,2

 

 

0,36

2,35

Dor nos pés

 

0,16

 

 

 

0,2

0,36

2,35

Não gosta dos trabalhos aos sábados

 

 

0,16

 

 

0,13

0,29

1,89

Poeira do setor vizinho

0,2

 

 

 

 

 

0,2

1,31

Após as entrevistas, e conforme os resultados, foram aplicados questionários para identificar o nível de satisfação de cada colaborador em relação aos itens demandados na etapa anterior. O questionário foi preenchido por todos os vinte colaboradores do setor, quanto ao grau de satisfação, por meio de uma escala contínua de 0 a 15, onde (0) indica insatisfação e (15) satisfação, na qual o colaborador teve que marcar ao longo dela a sua percepção sobre o item.    

A média aritmética dos resultados de cada item indica as prioridades a serem consideradas, conforme representado na Figura 1. Assim, os itens com média acima de 7,5 (ponto médio) são aqueles que estão satisfazendo os colaboradores. Por outro lado, os itens com média abaixo de 7,5 indica aqueles que estão gerando insatisfação.

Figura 1: Média dos resultados dos questionários quanto ao nível de satisfação.

A partir das entrevistas e, posteriormente, dos questionários, ficaram evidentes os Itens de Demanda Ergonômica a serem priorizados. Os maiores índices de insatisfação foram com as dores nos ombros, braços, cabeça e costas, tempo e quantidade de intervalo para descanso, cansaço físico, temperatura e trabalho monótono.

Na continuação das etapas foram envolvidos dois engenheiros de produção com especialização em Segurança do Trabalho, um técnico de segurança do trabalho e o coordenador de produção, também colaboradores da empresa em análise. Gravações em vídeo e a própria observação “in loco” foram utilizados para a análise dos postos de trabalho.

Os especialistas reduziram a onze o número de IDE’s expostos pelos usuários, sendo que os demais foram incorporados em um mesmo grupo, ou seja, IDE’s secundários em IDE’s primários, devido à relação, conforme Quadro 1.

IDE’s pelos especialistas

IDE’s pelos usuários

Postura dos membros superiores

Dor nos ombros

Dor nos braços

Dor nas costas

Dor no pescoço

Dor nas mãos

Postura dos membros inferiores

Dor nas pernas

Dor nos pés

Cansaço

Intervalo para descanso

Cansaço físico

Temperatura

Temperatura

Ruído

Ruído das ferramentas

Relacionamento com o líder do setor

Relacionamento com o encarregado

Dificuldade de locomoção do material na esteira

Esteira manual

Treinamento em momento inadequado

Momento para treinamento

Monotonia

Trabalho monótono

Condições do ar

Poeira

Dor de cabeça

Dor de cabeça

Quadro 1: Equivalência dos IDE’s identificados pelos especialistas com os IDE’s pelos usuários.

A partir do método de comparação e dos pesos de cada item pode-se obter um novo ranking de importância dos itens de demanda ergonômica, conforme tabela 2, corrigido conforme opinião dos especialistas. Foram realizadas três matrizes de comparação para obter a matriz com razão de consistência (RC) desejada. O valor de RC encontrado na primeira e na segunda matrizes de comparação não foi o desejado. Na terceira comparação, o RC encontrado foi de 0,099, que se enquadra nos valores desejáveis para trabalhar, conforme indicado por Fogliatto e Guimarães (1999), equivalente a RC< 0,10.

Tabela 2: Ranking de IDE’s após opinião dos especialistas e seus respectivos pesos.

IDE’s

Peso final (%)

1° Postura dos membros superiores

19,64

2° Cansaço

16,53

3° Dor de cabeça

15,97

4° Postura dos membros inferiores

14,61

5° Monotonia

14,48

6° Condições do ar

5,28

7° Temperatura

4,54

8° Ruído

2,98

9° Dificuldade de locomoção do material na esteira

2,86

10° Relacionamento com o líder do setor

1,74

11° Treinamento em momento inadequado

1,37

Em busca de ID’s que exercessam forte relação com a demanda ergonômica, satisfazendo-a, conforme propõe o método de DM, foram propostos dezesseis Itens de Design para os postos de trabalho da linha de montagem de desktops. O Quadro 2 apresenta esses itens.

Quadro 2: Lista de ID’s a serem consideradas no projeto dos postos de trabalho da linha de montagem de desktops.

O item apoio para os pés está relacionado com a postura dos membros inferiores, pois a ausência dele leva o usuário a buscar alternativas para apoiar seus pés. Essas alternativas encontradas pelo colaborador, como por exemplo apoia-los na base da cadeira, são ergonomicamente incorretas, provocando o esforço desnecessário sobre as articulações dos pés, gerando dores, e até mesmo interferindo na postura adequada para a coluna. Além de evitar dores, o apoio para os pés, segundo Dul e Weerdmeester (2004), contribui para a redução da fadiga.

Como já foi dito, existem dois postos de trabalho na linha de montagem de desktops que utilizam computador, o que faz com que o usuário necessite observar o monitor localizado a sua frente. Porém, a altura do monitor não pode ser modificada, levando o colaborador, muitas vezes, a ter que movimentar o pescoço para realizar as atividades necessárias, provocando dores. Isso pode ser facilemente solucionado com o item de opções de regulagem para a altura do monitor. Segundo Couto (1995) apud Azevedo e Kitamura (2007), o posto de trabalho deve estar adaptado às medidas antropométricas do trabalhador.

Nos dois postos comentados anteriormente, é necessário o uso do teclado. Ele é encontrado nos postos de trabalho, principalmente no atrelamento, em locais que dificultam o seu acesso, pois fica muito perto do corpo do usuário e ainda sem inclinação. Isso acaba por gerar postura inadequada na posição dos ombros, causando dores, pois os braços precisam ser movimentados para trás, e dores nas mãos, pela falta de apoio e inclinação para o uso correto do teclado. Isso pode ser resolvido com a modificação do posicionamento do teclado.

Em todos os postos são utilizadas ferramentas e alguns materiais, como parafusos e braçadeiras. Porém, nos postos de trabalho, não existem suportes para essas ferramentas, gerando a necessidade de improvisar onde alocá-las. A falta desses suportes provoca movimentos desnecessários dos membros superiores e, consequentemente, afetando a postura desses membros, já que as ferramentas ficam alocadas em pontos distantes ou baixos. Quanto ao suporte para os materiais, eles existem, mas continuam com acesso inadequado, pois ficam distantes do usuário. Assim, instalar suportes para as ferramentas e aproximá-los dos materiais evita alguns movimentos e posturas inadequadas, o que pode colaborar na diminuição dores nos ombros, braços e costas.

O ID Proximidade das Estantes Para Alocação dos Desktops está ligado ao último posto da linha, no qual o usuário, após realizar as suas atividades, deve disponibilizar o desktop em uma estante para o setor seguinte. Porém, essa estante localiza-se a uma distância do posto de trabalho, que apesar de pequena, causa cansaço físico e dores nas pernas, pois é preciso andar e ainda sustentar o peso do desktop. Então, aproximar essas estantes é a solução, pois as atividades físicas pesadas devem ser planejadas para que não haja fadiga (COUTO, 1995 apud AZEVEDO; KITAMURA, 2007).

Outro ID importante em relação à alocação é o item bancada para alocação das tampas do gabinete.Essas tampas percorrem toda a linha de produção, sem serem utilizadas, até chegar no último posto de trabalho, onde elas são necessárias. O transporte dessas tampas exige alguns movimentos de condução, afetando a postura dos membros superiores dos usuários, provocando dores nos ombros, braços e costas, além do cansaço. Assim como os movimentos desnecessários que a locomoção das tampas exige, a esteira manual também provoca um desgaste físico que deveria ser evitado. O fato dela ser manual e de roletes dificulta a condução dos desktops e tampas, exigindo dos usuários movimentos que afetam a postura dos membros superiores e causam cansaço. Diante disso, a automatização da esteira está diretamente ligada com a redução de dores nos ombros, braços e costas.

A quase totalidade dos usuários da linha de montagem de desktops trabalham sentados, por isso os assentos devem proporcionar conforto e uma boa postura. Porém, os encostos dos assentos dos postos de trabalho não oferecem o apoio necessário para uma boa postura dos membros superiores, causando dores nas costas. O encosto, segundo Dul e Weerdmeester (2004), deve proporcionar apoio para a região lombar, tendo uma altura de 40 a 50 cm do assento, o que não é seguido pelos atuais assentos da empresa. Então, a substituição dos atuais assentos por outros, com melhores encostos, está relacionada com a solução das dores nas costas.

Como já foi dito, todos os postos utilizam ferramentas. Então, a manutenção dessas tem ligação com as IDE’s Postura dos Membros Superiores, Cansaço e Ruído, pois o não funcionamento correto delas leva o usuário a ter que realizar movimentos mais desgastantes, como por exemplo, aplicar maior força para a parafusagem, repetição da coleta de dados com o leitor óptico e gerar maiores ruídos. Outro ID relacionado ao ruído, é a substituição das parafusadeiras, pois essas produzem um certo nível de barulho que incomoda o usuário. Então, a troca por um modelo mais silencioso é um item a ser considerado.

Um ID que tem relação com a maioria dos itens demandados é a multifuncionalidade/ rodízio, pois, a troca dos usuários entre os diversos postos, leva-os a realizarem atividades diferentes ao longo da jornada de trabalho. Assim diminuem-se as dores nos membros superiores e inferiores, o cansaço, tanto físico quanto mental, dor de cabeça e monotonia. Para Kroemer e Grandjean (2005), a variação das atividades é o primeiro passo para melhorar as condições de trabalho repetitivo. Um outro ID assemelha-se à multifuncionalidade na solução de demandas ergonômicas, que são as pausas. Este oferece intervalos de descanso, reduzindo a monotonia, cansaço e dores provenientes de posturas inadequadas. Segundo Dul e Weerdemeester (2004), os trabalhos cansativos exigem pausas para recuperação e o esgotamento das energias prejudica a realização das atividades.

Alguns ID’s buscam solucionar as condições ambientais, como a manutenção do ar, para que esteja em perfeito funcionamento e adequado às condições necessárias, não provocando nem frio nem calor ao usuário. As condições do ar também devem ser solucionadas, já que o ambiente encontra-se com certo nível de poeira proveniente do setor vizinho. Assim, é recomendado a implantação de um sistema de exaustão.

Para finalizar a relação dos ID’s propostos com os IDE’s, algumas soluções devem ser tomadas quanto à organização, aumentando o convívio social dos usuários com o líder do setor, para eliminar as discórdias entre eles, resultando em um melhor relacionamento. Faz-se necessário também a realização antecipada dos treinamentos, para não ter que realizá-lo no momento de trabalho, pois causa insatisfação a sensação de ter que aprender sob pressão.

Na Matriz de Qualidade apresentada na Tabela 3, encontram-se os IDE’s e seus respectivos pesos (%) após a incorporação da opinião dos usuários e dos especialistas sobre a importância desses, os ID’s propostos para melhoria dos postos de trabalho, a relação entre esses itens e a importância técnica desse ID’s em relação aos IDE’s.

Após avaliada a força da relação entre IDE’s e ID’s, é identificada a importância técnica de cada Item de Design, que fornece quais desses itens devem ser priorizados. Esses valores foram obtidos a partir da multiplicação do peso de cada IDE pelo seu nível de correlação com um determinado ID e, posteriormente, a soma de todos esses resultados referentes a um mesmo ID.

Tabela 3: Matriz da Qualidade utilizada na aplicação do Design Macroergonômico em linha de montagem de desktops

Assim, identificadas as importâncias técnicas, foi calculada a média por meio da soma de todas as importâncias, dividida pelo número de ID’s. Essa média foi de aproximadamente 118,88, indicando que todos os Itens de Design com importância acima desta devem ser priorizados no projeto dos postos de trabalho. São os chamados Itens de Design primários. Os demais itens são chamados de secundários. Então, oito ID’s foram identificados como prioridades, cujas relações com os IDE’s foram apresentadas na etapa anterior, que são segundo ranking de importância técnica: Multifuncionalidade/ rodízio (250,82), Pausas (243,80), Assentos com melhores encostos (173,72), Bancada para alocação das tampas do gabinete (172,9), Automatização da esteira (160,72), Suporte para equipamentos e materiais (147,79), Apoio para os pés (124,38) e Opções de regulagem para altura do monitor (123,92).

5. Considerações finais

Neste artigo é aplicado o método de Design Macroergonômico, proposto por Fogliatto e Guimarães (1999), em uma linha de montagem de desktops. Vinte colaboradores foram entrevistados para coleta de informações sobre a demanda ergonômica e satisfação. Além da opinião dos usuários, faz-se necessária a incorporação de opiniões de especialistas, pois o conhecimento e a experiência ergonômica destes ajudam a desvendar demandas no posto de trabalho que não haviam sido identificadas, além de agrupar demandas inter-relacionadas. 

Assim, foram identificados onze IDE’s nos postos de trabalho da linha de montagem de desktops e, após serem priorizados, são analisadas medidas que os solucionem. Vários itens de design foram propostos para a melhoria das condições dos postos de trabalho, ficando priorizados, após relacionamento com a demanda, oito ID’s: multifuncionalidade/rodízio dos usuários entre os diferentes postos de trabalho, pausas para descanso, assentos com melhores encostos, colocar bancada para alocação das tampas do gabinete, automatização da esteira, implantar suportes para equipamentos e materiais, apoio para os pés e opções de regulagem para a altura do monitor.

Tendo em vista que neste trabalho não foram realizadas as últimas etapas do método Design Macroergonômico devido ao tempo e à pouca participação da empresa em estudo, sugere-se que as etapas de Tratamento ergonômico dos ID’s e Implementação do novo design e acompanhamento, sejam aplicadas em futuros trabalhos, observando os resultados obtidos após a aplicação total do método e os seus reais benefícios.

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1. (UESC). Email: thallisleal@hotmail.com
2. (UESC). EMail: thiago.engpro@gmail.com
3. (UFRGS). Email: gabrielli.hy@gmail.com

4. (UFRGS). Email: renata.tilemann@gmail.com

5. (UFRGS). Email: diego.engpro@gmail.com


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 38) Año 2016

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