Espacios. Vol. 37 (Nº 38) Año 2016. Pág. 17

Análise da verticalização da cadeia produtiva da maçã

Analysis of the verticalization of the productive chain apple

Marcelo FAORO de Abreu 1; Roberta Rodrigues FAORO 2

Recibido: 15/07/16 • Aprobado: 10/08/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Referencial Teórico

3. Procedimentos Metodológicos

4. Resultados e Discussões

5. Considerações Finais

Referências


RESUMO:

O objetivo deste estudo foi analisar a cadeia produtiva da maçã para consumo in natura no Brasil, desde a produção das mudas até a comercialização das frutas. O estudo foi realizado nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Foi possível observar que a participação na produção, armazenagem, classificação e embalagem das frutas, é considerada como o modelo ideal de atuação na cadeia, de forma integrada verticalmente. Por fim, identificou-se a “consignação” como forma ideal de comercialização das frutas, destacando a minimização dos riscos e a viabilização de maiores ganhos como maiores atrativos para tal forma de negociação.
Palavras-chave: Integração vertical. Cadeia Produtiva. Agronegócios. Produção.

ABSTRACT:

The objective of this study is to analyze the production of apple chain for in natura consumption in Brazil, from the production of seedlings to the marketing of fruit. The study was conducted in the states of Rio Grande do Sul and Santa Catarina. It was observed that participation in the production, storage, sorting and packing of fruits, is considered as the ideal model of operation in the chain, vertically integrated way. Finally, he identified the "assignment" as the ideal form of marketing of fruits, highlighting the minimization of risks and enabling greater gains as major attractions for such trading.
Keywords: Vertical integration. Productive chain. Agribusiness. Production

1. Introdução

O Agronegócio teve sua definição brasileira criada em meados da década de 80, e foi definido como sendo pensamentos que visam à transformação do sistema latifundiário da agricultura capitalista. Entre os diversos autores que estudaram o agronegócio podemos destacar Rufino (1999), Fernandes (2005) e Neves (2006). Segundo Rufino (1999), o agronegócio se refere a produtos rurais produzidos com alta tecnologia que se utilizam das técnicas de produção intensiva, e o uso de fertilizantes aumentando notavelmente a produtividade. Para Fernandes (2005) o conceito de agronegócio é um espaço que pode ser ocupado para o avanço do país com tecnologia e sustentabilidade. Já para Neves (2006, p. 3), “o agribusiness, como é conhecido, é o setor que mais contribui para o equilíbrio das contas externas brasileiras”.

O Brasil é um dos líderes mundiais do agronegócio. Setor de suma importância para a economia do país. O agronegócio gera grande participação no PIB - Produto Interno Bruto, no ano de 2014 foi responsável por 23% (PORTAL PLANALTO, 2015), além de gerar 37% do número total de empregos do país (OLIVEIRA, 2015). Entre junho de 2014 e maio de 2015, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram a quantia de US$ 91,38 bilhões isso representa que 51,5% das exportações brasileiras foram provenientes do agronegócio (GLOBO, 2015). O Rio Grande do Sul está entre os estados mais competitivos do agronegócio segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Agricultura ficando em segundo lugar (GLOBO, 2015).

A esse respeito, a produção da maçã é típica de clima temperado e exige cuidados. São necessárias as seguintes condições para seu cultivo: clima temperado-frio, verão com noites com temperaturas amenas durante o crescimento do fruto e período livre de geadas de, no mínimo quatro meses (HONORES, 1995). Devido a estas exigências para que a produção seja realizada os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina participam como um dos grandes produtores de frutas de clima temperado, tendo a maçã como principal representante. A região Sul contempla 99,7% da produção nacional, e o restante é produzido no estado de São Paulo (GIRARDI et al., 2004). O Estado do Rio Grande do Sul representou 46,48% do total nacional na produção da safra da maçã de 2014/2015. Desta forma, pode-se observar a importância das empresas de fruticultura no cenário nacional (AGAPOMI, 2015).

Diante do exposto, o objetivo deste trabalho é analisar a cadeia produtiva da maçã para consumo in natura no Brasil, desde a produção de mudas até a comercialização das frutas. Para isso, este trabalho, apresenta um estudo realizado na cadeia produtiva da maçã, com concentração nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Foram realizadas entrevistas em 17 empresas, atuantes nos diferentes elos da cadeia, que juntas são responsáveis por aproximadamente 27% da produção nacional de maçãs.

Este artigo está estruturado da seguinte forma: na seção 2, a revisão da literatura sobre cadeia produtiva, cadeia de suprimentos e integração vertical na cadeia de suprimentos é apresentada. Na seção 3, os procedimentos metodológicos adotados são abordados. Na seção 4, os dados são analisados e os resultados são discutidos à luz da teoria. Por fim, na seção 5, as conclusões são apresentadas.

 

2. Referencial Teórico

2.1 Cadeia produtiva

Montigaud (1992) diz que uma cadeia de produção é um aglomerado de atividades de produção e distribuição ligadas entre si e relacionadas verticalmente, por pertencerem a um mesmo ou semelhante produto.

Conforme Batalha, (1997, p. 24) cadeia produtiva é:

Uma sucessão de operações de transformação dissociáveis, capazes de ser separadas e ligadas por um encadeamento técnica [...] e também um conjunto de relações comerciais e financeiras, que estabelecem, entre os estados de transformação, um fluxo de troca, situado a montante e a jusante, entre fornecedores e clientes (BATALHA, 1997, p. 24).

De acordo com Morvan (1991), cadeia de produção pode ser abordada de três maneiras:

  1. Como uma sucessão de operações de transformação de matérias-primas em produtos finais, capazes de ser separadas e ligadas entre si por um encadeamento técnico;
  2. Como um conjunto de relações comerciais entre fornecedores e clientes; e
  3. Como um conjunto de ações econômicas que presidem a valoração dos meios de produção.

Para melhor entender o conceito de cadeia produtiva Durski pontua:

Uma simples empresa geralmente não esta habilitada a controlar seu fluxo de produtos inteiro no canal, desde as fontes da matéria-prima até o ponto final de consumo, embora estas sejam uma oportunidade emergente. Cadeia produtiva é o conjunto de atividades econômicas que se articulam progressivamente desde o inicio da elaboração de um produto, (DURSKI, 2003, p. 29).

A Figura 1 mostra um modelo geral de uma cadeia produtiva, com os seus principais componentes e fluxos. São diferenciados os componentes mais comuns, ou seja, o mercado consumidor, a rede de atacadistas e varejistas, a indústria de processamento, as propriedades agrícolas, com seus diversos sistemas produtivos agropecuários ou agroflorestais e os fornecedores de insumos. Esses componentes estão relacionados a um ambiente institucional e a um ambiente organizacional que em conjunto, exercem influência sobre os componentes da
cadeia e sobre o seu desempenho como um todo.

Figura 1 - Modelo Geral da Cadeia Produtiva
Fonte: Adaptado de Zylberstajn (1994, p. 30).

As cadeias produtivas devem sanar as necessidades do consumidor final por meio de produtos de qualidade e quantidade compatíveis e a preços competitivos. Por este motivo, a influencia do consumidor final é muito forte sobre os demais elos que fazem parte da cadeia por isso é de grande valia conhecer as demandas desse mercado consumidor (CASTRO, 2001).

De acordo com os estudos dos autores Dantas, Kertsntzky e Prochnnik (1997, p. 120), “pode-se obter cadeias mais ou menos agregadas, dependendo da variação da amplitude do leque de produtos considerados, como é o caso dos complexos industriais”.  Segundo os mesmos autores a cadeia produtiva é mais abrangente tendo outras formas de cadeias.

Considerando-se longitudinalmente, pode-se ter uma cadeia produtiva empresarial onde cada etapa representa uma empresa, cujo desenho é encontrado, por exemplo, em supply chain management. Em um nível mais agregado, encontrando-se as cadeias produtivas setoriais, nas quais as etapas são setores econômicos e os intervalos são os mercados entre setores consecutivos (DANTAS; KERTSNTZKY; PROCHNNIK, 1997, p. 120).

Segundo Christopher (1997)

A cadeia de suprimentos representa uma rede de organizações, através de ligações nos dois sentidos, dos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços que são colocados nas mãos do consumidor final. Desta forma, por exemplo, uma fábrica de camisas é parte da cadeia que se estende para trás, para o tecelão, para o fabricante de fibras, e para frente, através dos distribuidores e varejistas, até o consumidor final. Cada uma dessas organizações na cadeia é dependente da outra por definição e, ainda paradoxalmente, por tradição, elas não cooperam umas com as outras, (CHRISTOPHER, 1997, p. 13).

Na visão de Christopher (1997) é normal que as cadeias unam seus elos, estabelecendo uma relação com todos os autores do início ao fim da cadeia, porém não conseguem analisar como um conjunto e esse relacionamento é visto como uma competição entre ambos, se veem isoladamente e não em uma cadeia.

2.2  Cadeia de suprimentos

Com a competição por mercados cada vez mais intensa, a redução do ciclo de vida dos produtos, o aumento das expectativas dos clientes por melhor serviço e os avanços tecnológicos em comunicações e transportes, consolidou-se o conceito de Cadeia de Suprimentos (Supply Chain), que busca integrar fornecedores, centros de manufatura, armazéns, centros de distribuição, distribuidores, varejo e os clientes finais (SIMCHI-LEVI; KAMINSKY; SIMCHI-LEVI, 2000). Desde a década de 80, diferentes estudos têm procurado entender as mudanças nas práticas de negócios nas cadeias de suprimentos atribuindo uma importância maior às relações mais próximas entre as empresas pertencentes às cadeias (DWYER; SCHURR; OH, 1987). Assim, foi identificado que as empresas cada vez mais competem como uma cadeia de suprimentos, buscando maiores interações e relacionamentos, e não mais de forma isolada (LAMBERT; COOPER, 2000).

A cadeia de suprimentos preocupa-se com a satisfação dos clientes, por meio da disponibilidade de produtos, conforme as práticas dos mercados, por meio das movimentações de matérias-primas, produtos em elaboração e produtos terminados. Cox, Sanderson e Watson (2001, p. 28) definem a cadeia de suprimentos, como “uma rede de relacionamentos didáticos de troca que deve existir para a criação de qualquer produto ou serviço que será fornecido a um consumidor final”. Chopra e Meindl (2004), por sua vez, comentam que esta cadeia inclui: fornecedores, fabricantes, transportadoras, empresas de armazenagem, distribuidores, varejistas e consumidores finais. Para Poirier e Reiter (1997), cadeia de suprimentos é um tipo de rede interorganizacional, ou seja, uma ou mais empresas atuam em rede, com cooperação e colaboração, para comprar materiais e disponibilizar seus produtos e serviços aos seus clientes.

A cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e a transformação de mercadorias desde o estágio de matéria-prima (extração) até o usuário final, bem como os respectivos fluxos de informação. Está definição quando trata do fluxo de informações, está baseada no compartilhamento de informações referentes ao produto entre os participantes, com o objetivo de integrar as diversas atividades para um gerenciamento da cadeia de suprimentos (BALLOU, 1999).

Ballou, Gilbert e Mukherjee (2000) consideram que a cadeia de suprimentos é formada por todas as atividades associadas com a transformação e o fluxo de bens e serviços, desde as empresas fornecedoras de matérias-primas até o usuário final, incluindo todo o fluxo de informação necessário para o processo. Dessa forma, considera-se que a informação é o elemento que permite a integração da cadeia de suprimentos. O princípio fundamental da gestão da cadeia de suprimentos está alicerçado na convicção de que a eficiência dessa cadeia pode ser aprimorada por meio do compartilhamento de informações (BOWERSOX; CLOSS, 2001).

São citados como benefícios ao se compartilhar informações ao longo da cadeia de suprimento: redução do custo total, encurtamento do tempo de ciclo do pedido, aumento da taxa de atendimento dos pedidos, redução da incerteza do mercado; e menor tempo de resposta aos clientes (SIMATUPANG; SRIDHARAN, 2001). O compartilhamento de informações somente será um fator de sucesso para empresas de uma cadeia de suprimento se estas souberem fazer uso da informação recebida (LEE; WHANG, 2000); pois, caso contrário, nenhum dos benefícios citados será observado.

O conceito de gestão da cadeia de suprimentos (SCM) apresentado por Handfield e Nichols (2002), ilustrado na Figura 2, entende a cadeia de suprimentos como abrangendo todas as organizações e as atividades associadas com o fluxo e a transformação de bens, desde o estágio de matérias-primas até o consumidor final, como fluxo de informações associado. Os fluxos de material e de informação correm nos dois sentidos por toda a cadeia.

 

SCM.png

Figura 2 - Cadeia de Suprimentos Integrada
Fonte: Handfield e Nichols (2002, p. 9).

2.3 Integração Vertical na Cadeia de Suprimentos

A preocupação pela minimização dos custos na cadeia de suprimentos vem sendo mais explorada a partir de 1937 com a proposta de Coase, onde os custos das transações, da coordenação e da contratação devem ser explicitamente considerados para o entendimento da extensão da integração vertical (COASE, 1991).

Inúmeros atores escrevem sobre a integração vertical da cadeia de suprimentos, seus benefícios, implicações e suas diferentes formas de operacionalização. Mahoney et al. (1994) afirma que existem diferentes formas de organizacionais alternativas, sendo que os agentes escolhem aquela que possibilite atingir os objetivos de redução de custos de produção, compartilhamento de riscos e ampliação do poder de mercado com menores custos.

Para Brickley, Smith e Zimmerman (1997, p. 350) as empresas podem mudar seu grau de integração ao longo do tempo e escolhem a forma de suprimento num conjunto sequencial e contínuo de possibilidades. Nas extremidades desse conjunto está o mercado - produtos ou serviços podem ser adquiridos de um grande número de fornecedores - e a integração vertical - realização interna. No intervalo entre essas duas opções estão os contratos de longo prazo ou formas híbridas, que podem assumir diversas configurações.

Segundo Grossman e Hart (1986), a integração é a busca de uma estrutura ótima de propriedade na qual os resultados são compartilhados de forma a manter os incentivos para os investimentos.

3. Procedimentos Metodológicos

O estudo foi caracterizado como uma pesquisa de natureza qualitativa e de nível exploratório (GIL, 2008). Já as estratégias adotadas foram três: primeira estratégia, o estudo de múltiplos casos (YIN, 2005) na cadeia produtiva da maçã. Segunda estratégia foi a pesquisa bibliográfica (VERGARA, 2007, p. 48). E terceira e última estratégia foi a pesquisa documental (FONSECA, 2002, p. 32).

Para a realização deste trabalho, foram entrevistados 17 (dezessete) gestores de empresas que atuam nos diversos elos da cadeia produtiva da maçã e que possuem sede nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Cataria. As empresas estudadas são responsáveis, juntas, pela produção e comercialização de aproximadamente 210.000 toneladas de maçãs, o equivalente a 27% de toda a produção brasileira, o que nos permite considerar a amostra como significativa.

É importante ressaltar, que o foco deste trabalho se limita às empresas que têm como atuação principal os primeiros elos da cadeia produtiva (Figura 1). Assim sendo, não foram consideradas as empresas que atuam somente como distribuidores ou varejistas.

A principal fonte de dados da pesquisa foi o uso das entrevistas semiestruturadas, também foram utilizados dados secundários como documentos internos, sites e observação direta, visando à triangulação (DUBÉ; PARÉ, 2003).

Neste sentido, foi elaborado um protocolo preliminar (DUBÉ; PARÉ, 2003), que foi submetido a uma especialista da área de gestão do agronegócio a fim de detectar eventuais inconsistências, redundâncias ou outros problemas. A partir do retorno das sugestões feitas pela especialista o instrumento foi revisado e reencaminhado a mesma para uma análise final. O protocolo buscou viabilizar a obtenção dos empresários sobre sua percepção quanto a cadeia de produção de maçãs, sua inserção nesta cadeia e suas perspectivas e projetos para o futuro em relação ao seu posicionamento na cadeia.

Foram entrevistados os gestores das empresas de fruticulturas selecionadas totalizando 17 (dezessete) entrevistas, com duração aproximadamente de 40 minutos cada uma. Todas as entrevistas foram gravadas, com a autorização dos entrevistados e, posteriormente transcritas literalmente. O período das entrevistas, análise dos documentos e observação direta foi de 03 de março a 15 de abril de 2016 e o período das transcrições das entrevistas foi de 16 de abril a 05 de maio de 2016.

O Processo de análise de dados foi por meio da técnica de análise de conteúdo, seguindo o proposto por Bardin (2006). Para Minayo (2001, p. 74), a análise de conteúdo é “compreendida muito mais como um conjunto de técnicas”. A análise de conteúdo constitui uma técnica que trabalha os dados coletados, objetivando a identificação do que está sendo dito a respeito de um determinado tema (VERGARA, 2007). Para a análise dos dados foi utilizado o software MAXQDA® que auxiliou na codificação e categorização do estudo.

Por fim, com a intenção de sanar tais problemas, na realização desta pesquisa foram tomados alguns cuidados e procedimentos que aumentarão a validade e a confiabilidade da pesquisa: utilização de um protocolo do estudo de caso; utilizadas várias fontes de evidências (entrevistas, análise de documentos e observação direta durante as visitas às empresas); utilização de um software, onde todas as gravações durante as entrevistas foram arquivadas, assim como os documentos, gráficos, e- mails, anotações, todo o material coletado na pesquisa, que poderá ser novamente analisado; e, os casos seguiram a sequência lógica definida pela teoria (YIN, 2005).

4. Resultados e Discussões

A estruturação da cadeia de produção da maçã no Brasil, para consumo in natura, segundo os gestores entrevistados é baseada principalmente, nos seguintes integrantes:

  1. Viveiros: Unidades responsáveis pela produção das mudas, com as quais são implantados os pomares de maçãs. Os viveiros têm papel fundamental no desenvolvimento de novas variedades e no constante melhoramento das variedades existentes.
  2. Pomares: Nos pomares é que propriamente é dada a produção das frutas. Os pomares são implantados com mudas adquiridas dos viveiros e entram em plena produção a partir do terceiro ano após o plantio. 
  3. Frigoríficos: Responsável pelo armazenamento das frutas após a colheita. Como trata-se de fruta perecível, as maçãs necessitam de armazenamento em câmaras frigoríficas, com temperaturas e teores atmosféricos específicos para que preservem suas características até o momento da sua comercialização e consumo. Nas câmaras as frutas ficam armazenadas em caixas, denominadas BINS, com capacidade média de 330 kgs cada.
  4. Packing House: Esta unidade é responsável pela classificação e embalagem das frutas e seu posterior encaminhamento ao mercado distribuidor e consumidor. A classificação das frutas é dada levando em consideração seu tamanho, coloração e qualidade e a embalagem normalmente é realizada em caixas de papelão com capacidade para 18 kgs.
  5. Distribuidores: Empresas responsáveis pela venda no atacado de frutas para varejistas como supermercados, fruteiras e outras. Normalmente estes estabelecimentos concentram-se em CEASAs nas principais cidades do país.
  6. Varejistas: Empresas que realizam a comercialização das frutas diretamente aos consumidores. Na maior das vezes estas empresas adquirem as frutas dos distribuidores, mas em caso de volumes maiores adquirem diretamente dos packing houses.
  7. Fornecedores: São empresas e pessoas físicas que fornecem insumos para produção, material de embalagem, peças para equipamentos, serviços e outros, para todos os componentes da cadeia.

Além dos integrantes principais, apresentados acima, participam também da cadeia de produção de maçãs prestadores de serviços, técnicos, transportadores e outros. A Figura 3 apresenta a estrutura básica da cadeia produtiva da maçã no Brasil.
A estrutura da cadeia produtiva, aqui apresentada, representa uma divisão formal dos papéis dentro do processo como um todo. Na prática, alguns dos elos são conjugados e ficam sob a responsabilidade de uma mesma organização. É possível também, encontrar empresas que atuam em toda a cadeia, mas o mais comum são empresas que atuam simultaneamente nos elos pomares, frigoríficos e packing house ou ainda empresas, ou pessoas físicas, que atuam apenas na produção primária, isto é, em pomares.

Figura 3 – Estrutura da Cadeia Produtiva da Maçã
Fonte: Elaborado pelos Autores com dados da pesquisa (2016)

A organização dos dados coletados durante o estudo possibilitou a identificação, de uma forma geral, do perfil das empresas que atuam no setor. A Tabela 1 apresenta as principais características e os elos da cadeia em que cada empresa atua. Por questões éticas, os nomes das empresas foram substituídos por letras.

Tabela 1 -  Produção por empresa e áreas de atuação da cadeia produtiva.

Empresa

Produção*

Viveiros

Pomares

Frigoríficos

Packing

Distribuição

Varejo

A

15.000

 

X

X

X

 

 

B

16.000

 

X

X

X

 

 

C

12.000

X

X

X

 

 

 

D

30.000

 

X

X

X

X

 

E

5.000

 

X

X

X

X

 

F

32.000

X

X

X

X

 

 

G

3.000

 

X

X

X

 

 

H

6.000

 

 

X

X

X

X

I

3.000

 

X

 

 

 

 

J

10.000

X

X

 

 

X

 

K

12.000

 

X

X

X

 

 

L

30.000

X

X

X

X

X

 

M

15.000

 

X

X

X

X

 

N

3.500

 

X

 

 

 

 

O

2.500

 

X

 

 

 

 

P

3.000

 

X

 

 

 

 

Q

4.000

 

X

 

 

 

 

Total

202.000

4

16

11

10

6

1

Fonte: Elaborado pelos Autores com dados da pesquisa (2016) - (* Produção em Toneladas na Safra 2014/2015)

A produção, apresentada na Tabela 1, representa o volume total de maçãs que são produzidos, armazenados ou comercializados por cada empresa. Durante o estudo, foi tomado o cuidado de evitar sobreposições de produção, ou seja, empresas que realizam negociações com outras empresas do mesmo grupo amostral foram excluídas da pesquisa, pois poderiam distorcer o valor total da produção por considerar mais de uma vez a mesma produção.

A distribuição dos focos de atuação das empresas estudadas evidenciou uma preponderância na atuação no setor de produção de maçãs em pomares, pois das dezessete empresas entrevistadas, dezesseis possuem pomares próprios, o equivalente a 94,11 % do total. A única empresa que não possui pomares (Empresa H), já está elaborando projetos para implantação, segundo seu diretor. Foi possível observar, também, que das dezesseis empresas que possuem pomares, quatorze (82% do total) tiveram este elo da cadeia como “porta de entrada” para o setor, ou seja, seus primeiros investimentos foram na implantação de pomares de maçãs.

O segundo elo da cadeia que as empresas mais participam é na armazenagem, ou seja, nos frigoríficos. Onze, das empresas entrevistadas, possuem frigoríficos, o equivalente a 65% do total. A totalidade dos empresários que atuam na armazenagem de maçãs em frigoríficos afirmou que este elo é fundamental para viabilização de maiores ganhos com a comercialização das frutas em períodos de entre safra. Das onze empresas que possuem frigoríficos, dez também utilizam suas estruturas para a prestação de serviços de armazenagens a outros produtores ou adquirem a produção de terceiros com o objetivo de comercializarem em períodos de menor oferta e maiores preços.

O terceiro elo com maior participação pelas empresas é o packing house, dez (59% da amostra) das empresas estudadas atuam neste elo. Todas as empresas que possuem packing house também possuem frigoríficos, pois estes são indispensáveis para a operacionalização da classificação e embalagem das frutas. Segundo os empresários entrevistados, este, é o elo da cadeia que mais possui poder de penetração nos mercados e que proporciona maior “independência” aos produtores que os possuem.

Na distribuição, seis das empresas entrevistadas atuam, sendo que destas duas estão retirando-se. Segundo os entrevistados é o elo da cadeia que oferece grande risco, principalmente em relação à inadimplência dos clientes, deterioração das frutas e grande concorrência.

Apenas quatro das empresas atuam na produção de mudas, ou seja, no elo viveiros. Destas empresas, duas produzem mudas para consumo próprio e, principalmente, para a comercialização para outros produtores e as outras duas apenas para consumo próprio, pois segundo os empresários, o custo de implantação de pomares com mudas próprias é significativamente mais baixo.

No varejo, apenas uma das empresas estudas atua, mas é um caso bastante particular pois a sua entrada no setor se deu a partir do varejo. A participação desta empresa na cadeia é em busca de melhores suprimentos para suas lojas e consequentemente de maiores valores agregados.

Ficou evidente que os elos de maior atuação das empresas pesquisadas são pomares, frigoríficos e packing house. Também foi observado que, de uma forma geral, o fluxo de entrada na cadeia produtiva da maçã é dado pela implantação de pomares, seguida pela construção de câmaras frigoríficas e finalmente pela construção de packing houses. A participação nestes três elos é considerada por treze empresários (76% do total) como a participação ideal na cadeia produtiva. Outros dois empresários acham que também é fundamental a participação na distribuição e dois afirmaram que a participação em pomares e frigoríficos é suficiente.

Como pode ser observado, a Figura 4 destaca os elos de atuação preferidos pela maioria das empresas entrevistadas e definidos por tais como o mix ideal de participação na cadeia produtiva da maçã.

Figura 4 – Elos de Preferência das Empresas da Cadeia Produtiva da Maçã
Fonte: Fonte: Elaborado pelos Autores com dados da pesquisa (2016)

4.1 Interação entre Pomares, Frigoríficos e Packing Houses

Os empresários entrevistados também foram questionados sobre as formas de interação entre os pomares e os frigoríficos e packing houses. Através das respostas a estes questionamentos foi possível identificar as principais formas de transações comerciais realizadas entre estes três elos da cadeia produtiva.

  1. Compra e Venda: Neste tipo de transação, as empresas que a atuam em pomares e não possuem frigoríficos e packing houses vendem sua produção para as empresas que os possuem. Este tipo de transação, segundo os entrevistados, normalmente beneficia os compradores, pois estes aproveitam da situação de vulnerabilidade dos vendedores em função de seu desprovimento de estruturas de armazenamento.
  2. Locação de Frigoríficos: Empresas que possuem pomares e não possuem estruturas de armazenamento próprias, alugam de outras empresas frigoríficos para estocar sua produção até o momento da comercialização. Segundo os entrevistados, as empresas que possuem frigoríficos priorizam o armazenamento de sua produção própria ou comprada de terceiros, ocasionando em alguns momentos falta de frigoríficos para alugar.
  3. Prestação de Serviços: Empresas que possuem packing house com ociosidade, muitas vezes, firmam contratos de prestação de serviços para outras empresas que mantêm sua produção em frigoríficos próprios ou alugados. Nesta modalidade, a empresa contratante fornece o material de embalagem necessário ou o adquire da própria contratada. Normalmente, neste tipo de operação, a contratante possui suas marcas próprias e utiliza sua própria estrutura comercial e administrativa.
  4. Consignação: São realizadas “parcerias” entre empresas que possuem pomares e empresas que possuem frigoríficos e packing houses, estas armazenam a produção das demais, classificam e comercializam. São cobradas das empresas produtoras a mão-de-obra de classificação e embalagem, o material de embalagem, os impostos, a armazenagem e uma comissão sobre as vendas. Os entrevistados consideram esta modalidade a mais justa para ambos os lados, pois possibilita que as produtoras comercializem sua produção com melhores preços e sem investimentos em frigoríficos, packing houses, e estruturas administrativas e comerciais. Já as demais empresas minimizam seus riscos, pois não necessitam adquirir frutas e aguardar por preços melhores, e ainda, não precisam dispor de grande capital de giro.

A Tabela 2, apresenta a distribuição da forma de atuação das empresas que atuam nos elos frigoríficos e packing houses. São apresentados os volumes comercializados por cada empresa e as respectivas origens das frutas.

Os dados apresentados na Tabela 2 evidenciam que a capacidade de armazenamento, classificação e embalagem das empresas que dispõem de frigoríficos e packing houses é, na maioria dos casos, superior à suas produções próprias, e que a ociosidade desta estrutura é utilizada com maçãs compras ou consignadas. De forma geral, 55% dos produtos comercializados são oriundos de pomares próprios, 10% são adquiridos de outras empresas e 35% são consignados.

Tabela 2 – Formas de obtenção das frutas comercializadas

Empresa

Total*

Próprias

Compras

Consignação

A

15.000

4.000

27%

2.000

13%

9.000

60%

B

16.000

7.000

44%

2.500

16%

5.500

34%

D

30.000

12.000

40%

 

 

18.000

60%

E

5.000

1.500

30%

 

 

3.500

70%

F

32.000

32.000

100%

 

 

 

 

G

3.000

2.500

83%

 

 

500

17%

H

6.000

 

 

6.000

100%

 

 

K

12.000

2.000

17%

4.000

33%

6.000

50%

L

30.000

25.000

83%

2.000

7%

3.000

10%

M

15.000

4.000

27%

 

 

11.000

73%

Total

164.000

90.000

55%

16.500

10%

56.500

35%

Fonte: Elaborado pelos Autores com dados da pesquisa (2016) - (* Volume em Toneladas na Safra 2014/2015)

Fica saliente, também, a preferência pela operação de consignação nas transações entre produtores e embaladores, pois aproximadamente 78% das operações realizadas são desta forma. Segundo os entrevistados, isto deve-se à tendência de minimização de riscos para ambos os lados e aos valores mais baixos de capital de giro necessários por parte das embaladoras para compra de maçãs.

É importante ressaltar que na Tabela 2 não estão considerados os contratos de prestação de serviços e locação de frigoríficos, pois os volumes armazenados e processados nesta modalidade não são comercializados pelas empresas prestadoras de serviços.

Outra análise realizada foi do ponto de vista das empresas que não possuem packing houses. Na Tabela 3, é apresentada a distribuição dos tipos de transações realizadas entre as empresas produtoras e as embaladoras de maçãs, quanto à destinação de sua produção. Para esta análise foram consideradas sete empresas que, juntas, produzem em torno de 38.000 toneladas/ano de maçãs. Das empresas analisadas apenas uma possui frigorífico, as demais são exclusivamente produtoras.

Foi possível observar que existe uma preferência, por parte das empresas produtoras, pela consignação como forma de comercialização de sua produção (53% da produção foi consignada). Os empresários entrevistados, concordam com a opinião dos embaladores de que este tipo de operação minimiza os riscos e, além disso, oportunizam a ampliação dos ganhos pela obtenção de melhores preços em períodos de ofertas menores.

A segunda forma preferida foi a de prestação de serviços, com 39% da produção estudada, entretanto foi observado que esta modalidade é buscada por grandes produtores (produção acima de 10.000 toneladas/ano). Segundo estes produtores, esta modalidade é válida quando a empresa possui um mercado consolidado, pois a gestão comercial fica por conta da empresa produtora.

Tabela 3 – Destinação da produção dos pomares.

Empresa

Produção*

Vendas

Prestação de Serviços

Consignação

C

12.000

 

 

8.000

67%

4.000

33%

I

3.000

 

 

 

 

3.000

100%

J

10.000

1.000

10%

7.000

70%

2.000

20%

N

3.500

 

 

 

 

3.500

100%

O

2.500

 

 

 

 

2.500

100%

P

3.000

 

 

 

 

3.000

100%

Q

4.000

2.000

50%

 

 

2.000

50%

Total

38.000

3.000

8%

15.000

39%

20.000

53%

Fonte: Elaborado pelos Autores com dados da pesquisa (2016) - (* Produção em Toneladas na Safra 2014/2015)

Ratificando o que foi identificado na análise das empresas embaladoras, as vendas são operações com menor frequência, pois geralmente representam menor renda às empresas produtoras. Observou-se, também, que produtores de variedades precoces tendem a vender sua produção rapidamente, pois podem obter valores de entre safra sem a necessidade de armazenamento, entretanto, estas variedades são produzidas em volumes menores.

5. Considerações Finais

Este trabalho, teve como objetivo analisar a cadeia produtiva da maçã para consumo in natura no Brasil, desde a produção de mudas até a comercialização das frutas. Para isso, o estudo foi realizado na cadeia produtiva da maçã, com concentração nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pois a região Sul contempla 99,7% da produção nacional. Desta forma, pode-se observar a importância das empresas de fruticultura no cenário nacional, no que se refere às frutas para consumo in natura. Foram entrevistados 17 (dezessete) gestores das empresas de fruticulturas, assim sendo, pode-se perceber diferentes formas de estruturação de tal cadeia, desde a produção das mudas até a venda de frutas no atacado, passando pela armazenagem, classificação e embalagem.

Ainda assim, foram identificados os principais elos da cadeia produtiva de maçãs para consumo in natura os quais são: viveiros, pomares, frigoríficos, packing houses, distribuidores e varejistas. Dentre eles, os empresários atuantes na cadeia consideram como ideal, do ponto de vista econômico, a atuação simultânea nos elos pomares, frigoríficos e packing houses.

Adicionalmente, foram analisados os principais tipos de transações comerciais realizadas entre as empresas que atuam nos elos pomares, frigoríficos e packing houses. Segundo depoimentos dos empresários dos diferentes elos da cadeia produtiva a forma de negociação mais adequada e justa entre produtores e embaladores de frutas é a consignação, modelo em que a parceria é o elemento principal, caracterizando um modelo com forte integração vertical, principalmente entre a produção e a embalagem das frutas.

A industrialização da maçã não foi incluída neste estudo, constituindo uma das limitações do trabalho. Em trabalhos futuros pode ser ampliado o escopo do estudo, tanto com a inclusão da indústria na cadeia produtiva como com a ampliação do grupo amostral.

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1. Doutor em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Professor da Universidade de Caxias do Sul – UCS. e-mail: marcelo.faoro@ucs.br
2. Doutora em Administração pela Associação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC/RS e da Universidade de Caxias do Sul – UCS. Professora da Universidade de Caxias do Sul – UCS. e-mail: roberta.faoro@ucs.br


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 38) Año 2016

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