Espacios. Vol. 37 (Nº 27) Año 2016. Pág. 24

A estratégia da gestão financeira e o ciclo produtivo das commodities agrícolas

The strategy of financial management and the productive cycle of agricultural commodities

Ivo Ricardo HEY 1; João Francisco MOROZINI 2

Recibido:15/05/16 • Aprobado: 13/06/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Referencial teórico

3. Metodologia da pesquisa

4. Apresentação e analise dos resultados

5. Considerações finais

Referências


RESUMO:

Este estudo consiste em identificar a estratégia financeira e a sua relação com o ciclo produtivo das commodities agrícolas. Foi aplicado em uma empresa agropecuária da região Central do Paraná. É uma pesquisa de caráter descritivo, com abordagem quantitativa, os dados foram coletados por um questionário survey aplicado aos clientes da empresa. Os resultados apontam que a estratégia financeira da empresa está pautada em sua relação com seus fornecedores e a relação do ciclo produtivo das commodities com a estratégia financeira é uma relação de extrema dependência, tendo como os fatores mais relevantes nesta relação a fidelidade e o financeiro.
Palavras chave: Estratégia, Finanças, Agropecuária, Commodities.

ABSTRACT:

This study is to identify the financial strategy and its relationship with the production cycle of agricultural commodities . It was applied in an agricultural company of Paraná Central region. It is a descriptive research with a quantitative approach , data were collected by a survey questionnaire to customers of the company. The results show that the financial strategy of the company is guided by its relationship with its suppliers and the relationship of the production cycle of commodities with the financial strategy is an extremely dependent relationship , with the most relevant factors in this relationship loyalty and financial . Keywords: Strategy, Finance , Agriculture, Commodities.

1. Introdução

A empresa objeto deste estudo  localiza-se na região central do Paraná, neste estudo chamada pelo nome fictício de “Agropecuária Centro do Paraná” atente diretamente produtores rurais, e vem observando em seus indicadores de desempenho que os produtores rurais têm dificuldade em honrar seus compromissos financeiros com a empresa no prazo acordado. A inadimplência ao final do no ano de 2015 apresentou um crescimento de 193% em relação ao ano de 2014. O faturamento bruto da empresa no ano de 2014 foi de R$ 8.337.258,82, em 2015 foi de R$ 9.729.434,89, crescendo 16,7% em relação ao ano anterior. Do montante faturado as vendas a  prazo representaram 80% em 2014  e em 2015 esse indicador subiu para 83,5%.

Essas características observadas na empresa se relacionam com o objeto de estudo e atreladas a sua localização geográfica e a facilidade da empresa em disponibilizar e permitir o acesso as suas informações justificam a escolha da organização como objeto para o estudo de caso. 

A empresa agropecuária funciona como um meio de ligação entre os distribuidores de insumos e o produtor rural, podendo sofrer influências de ambas as partes e a escolha do tema se dá justamente para buscar responder a seguinte questão de pesquisa: Existe relação da estratégia financeira com o ciclo produtivo das commodities  agrícolas?

Tendo como objetivo geral identificar a estratégia financeira e a sua relação com o ciclo produtivo das commodities agrícolas.

2. Referencial teórico

2.1 Estratégia

Ao conceituar estratégia Chandler (1962) diz que estratégia é a determinação das metas e objetivos básicos e de longo prazo de uma empresa; e a adoção de ações e alocação de recursos necessários para atingir esses objetivos.

Já Porter (2004), discorre que a essência da formulação de uma estratégia competitiva é relacionar uma companhia ao seu ambiente. Embora o meio ambiente relevante seja muito amplo, abrangendo tanto forças sociais como econômicas, o aspecto principal do meio ambiente da empresa é a indústria ou as indústrias em que ela compete.

Com base nestes conceitos podemos simplificar que a estratégia deve determinar metas e objetivos para a empresa mas, para definir isso deve levar em consideração o ambiente em que está inserida. Essas estratégias podem focar a empresa como um todo ou focar em uma área específica da empresa.

As estratégias aplicadas no setor financeiro buscam aumentar a liquidez da empresa, ou seja, buscam que a empresa possua dinheiro para poder arcar com seus compromissos e também para que esses recursos financeiros disponíveis possam gerar para essa organização vantagens competitivas dentro do mercado que atuam. 

O processo de planejamento financeiro começa com os planos de longo prazo e que estes darão direcionamento para a formatação dos planos de curto prazo. Assim, o planejamento de curto prazo nada mais é do que a execução de parte das  estratégias de longo prazo projetadas pela empresa, enquanto que o longo prazo refere-se à parte estratégica, o curto prazo está relacionado à parte operacional. (GITMAN, 2010).

O fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa (GITMAN, 2010). É um instrumento de planejamento e controle financeiro que expressa resultados financeiros em função do tempo e das ações da empresa, trata-se de uma ferramenta utilizada para apoiar a tomada de decisões de curto, médio e longo prazos. (SILVA, 2014).

Conforme Sá (2014) o fluxo de caixa projetado é o produto final da integração das contas a receber com as contas a pagar. Seu objetivo é identificar as faltas e os excessos de caixa, as datas em que ocorrerão, por quantos dias e em que montantes.

2.2 Teoria dos Custos de Transação

Custos de transação nada mais são do que o dispêndio de recursos econômicos para planejar, adaptar e monitorar as interações entre os agentes, garantindo que o cumprimento dos termos contratuais se faça de maneira satisfatória para as partes envolvidas e compatível com a sua funcionalidade econômica (PONDÉ, 1994).

Para uma melhor contextualização da Teoria dos Custos de Transação, é necessário considerar que as transações ocorrem em um ambiente institucional estabelecido, caracterizado por leis, normas, direitos de propriedade, códigos de conduta, sistemas de controle e costumes. Devendo ser considerado ainda que essas instituições não são neutras, isto é, interferem nos custos de transação (AUGUSTO, 2015).

Williamson (1985, 1996) um expoente da Economia dos Custos de Transação em seus estudos busca contribuir para ampliar e transformar o pensamento de Coase (1937) em um conjunto teórico coerente, tomando a transação como unidade de análise, atribuindo dimensões às transações, de forma que as dificuldades de observação e mensuração dos custos das transações fossem superadas. (CARVALHO, 2007). Os atributos de transação afetam as decisões organizacionais e isso por sua vez afetam a performance da firma (CROOK et al., 2013).

A teoria de Williamson (1985) busca explicar o porquê da existência dos custos de transação baseado nos pressupostos comportamentais: i) a racionalidade limitada; ii) o oportunismo. Ele também define como dimensões das transações: i) frequência; ii) incerteza; e iii) especificidade de ativos.    

As estruturas de governança alocadas como outro nível analítico proposto por Williamson (1985) estão sujeitas ás regras do ambiente institucional, mas podem agir de forma estratégica para tentar atribuir mudanças nesse ambiente institucional. E no último nível analítico  estão os indivíduos, cujos atributos comportamentais da racionalidade limitada e do oportunismo agem de forma essencial sobre as escolhas e preferencias que influem nas estruturas de governança e no mundo dos contratos entre os agentes econômicos  (WILLIAMSON, 1985).     

Ao conceituar estrutura de governança Williamson (1996), relaciona o conceito á forma de coordenação das atividades econômicas resultantes da relação inter organizacional.

A eficiência de uma estrutura de governança é primordialmente definida pela sua capacidade de resposta às mudanças que ocorrem no ambiente econômico e a minimização dos riscos envolvidos (FARINA et al., 1997).

Alinhar as transações com diferentes dimensões de especificidade de ativos, incerteza e frequência com estruturas de governança, que diferem na capacidade de lidar com diferentes transações. A partir desse alinhamento, estruturas de governança específicas são formuladas (AUGUSTO, 2015).

A cadeia de suprimentos é uma estrutura de governança específica e definica por Ferreira (2014) como sendo uma série de atividades conectadas cobrindo o planejamento, coordenação e controle do fluxo de produtos e serviços desde os fornecedores até os clientes. Em uma cadeia produtiva agroindustrial, à medida que os bens se movem do fabricante de insumos agropecuários passando pelos produtores rurais, integradores, distribuidores, varejistas até chegar ao consumidor final, é necessário haver uma coordenação das decisões ao longo de toda a cadeia (FERREIRA, 2014).

3. Metodologia da pesquisa

Esta pesquisa classifica-se quanto aos objetivos como uma pesquisa descritiva, com o propósito de descrever informações sobre a população objeto do estudo, cabendo ao autor a interpretação frente a situação observada. A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno, podendo também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. (VERGARA, 2014). Procura saber a proporção de seus membros que tem certa opinião ou característica ou com que frequência estão relacionados ou associados ao objeto de estudo. (ROESCH, 2005).

Neste sentido o caráter descritivo da pesquisa busca identificar a estratégia financeira da empresa e a sua relação com o ciclo das commodities agrícolas, bem como relacionar fatores relevantes nesta relação.

A abordagem é quantitativa. A abordagem quantitativa permite que o levantamento apresente uma descrição quantitativa ou numérica das tendências, atitudes ou opiniões da população  ao estudar uma amostra dela e a partir dos resultados da amostragem o pesquisador generaliza ou faz alegações acerca da população. (CRESWELL, 2010).

O procedimento de pesquisa utilizado é o estudo de caso, esse tipo de procedimento  quando bem planejado pode representar um desafio importante para uma teoria e simultaneamente ser a fonte de novas hipóteses e constructos. (COOPER; SCHINDLER, 2011). O estudo de caso representa uma estratégia diferenciada em que um conjunto de eventos contemporâneos que são pesquisados permitindo compreender os complexos fenômenos individuais e organizacionais (YIN, 2015).

A pesquisa foi realizada em uma empresa do ramo agropecuário, fornecedora de insumos para o plantio das commodities agrícolas, atendendo clientes da região central do Paraná.

O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário do tipo survey, aplicado pelo pesquisador aos clientes da empresa agropecuária,  o corte transversal ocorre pela aplicação em um só momento, pretendendo descrever e analisar o estado de uma ou mais variáveis neste dado momento. De acordo com Freitas  et al., (2000) este tipo de pesquisa tem como características principais citadas: o interesse é produzir descrições quantitativas de uma população e faz uso de um instrumento predefinido.

O Instrumento de pesquisa é composto por três grupos: Grupo 1 – Dados do produtor, Grupo 2 – Dados da propriedade, Grupo 3 – Práticas do produtor.

Bussab et al., (2013) discorre que população é o conjunto de todos os elementos ou resultados sob investigação e a amostra é qualquer subconjunto da população.

Ao todo o cadastro da empresa agropecuária apresenta 3.725 produtores rurais cadastrados, sendo esta a população. A amostra pesquisada foi obtida aplicando os questionários aos clientes que foram na empresa durante o período de coleta, totalizando 123 questionários aplicados.

A análise e tratamento dos dados foi efetuada com a utilização de técnicas de estatística multivariada. Os grupos 1 (dados do produtor) e 2 (dados da propriedade) do questionário foram analisados com base em técnicas de estatística descritiva, proporção e médias. Ao grupo 3 (práticas do produtor rural) do questionário foi  aplicado uma análise mais “elementar” (MAROCO, 2014) que pode suprir a necessidade deste estudo sendo a Análise de Cluster para agrupamento hierárquico de variáveis. Ainda foi utilizado o Método de Ward para  agrupamento das variáveis e a Distância Euclidiana Quadrada como medida de semelhança e distância, que são procedimentos padrões na Análise de Cluster.

A principal função das diferentes técnicas de análise fatorial é reduzir uma grande quantidade de variáveis observadas a um número reduzido de fatores. Os fatores representam as dimensões latentes (constructos) que resumem ou explicam o conjunto de variáveis observadas (HAIR et al., 2006)

Dessa forma, se mais de um indicador é usado para medir um constructo específico, a Análise de Cluster permite ao pesquisador agrupar tais indicadores em maneiras pré-especificadas, a fim de avaliar em que extensão determinado conjunto de dados aparentemente confirma a estrutura prevista.

 

4. Apresentação e analise dos resultados

A empresa objeto do  estudo é  uma empresa de médio porte, localizada na região central do Paraná, atua no ramo de comércio e representação de produtos e insumos agropecuários, neste estudo denominada pelo nome fictício de “Agropecuária Centro do Paraná” foi fundada no ano de 2006 e em 2012 inaugurou sua filial.

O gráfico 1 traz um comparativo entre o faturamento e o contas a receber no período de 2011 a 2015. No ano de 2011 o contas a receber representava 37,5% do total do faturamento, e respectivamente 2012 23,72%, 2013 23,07%, 2014 18,94% e 2015 21,47%. Durante o período de 2012 a 2014 houve uma redução percentual mostrando a tendência da empresa em reduzir a concessão de crédito e consequentemente o valor investido em contas a receber. Já no ano de 2015 houve um crescimento percentual no montante de 2,53%.

Gráfico 1 – Faturamento X Contas a Receber (R$ milhões)

Fonte: Relatórios da empresa (2015)

O setor de atuação da Agropecuária Centro do Paraná é distinto dos demais, seus clientes produzem produtos agrícolas denominados commodities, essas commodities possuem um ciclo de produção complexo e demorado.

Podemos observar na Figura 1 o processo de transformação que ocorre no produtor rural, onde, o ele precisa adquirir os insumos para o plantio no início do ciclo produtivo e só terá recursos financeiros oriundos da produção após a colheita e efetiva venda das commodities agrícolas.

Figura 1 – Processo de Transformação do Produtor Rural

Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)

O processo de transformação inicia com a entrada dos insumos (sementes, adubos, fertilizantes, fungicidas, defensivos, etc) no início do processo, passa pela transformação que corresponde ao ciclo produtivo das commodities, que éonde produtor rural aplica o seu trabalho, juntamente com os insumos e utiliza o fator de produção terra para ao final ter como saídas desse ciclo os produtos agrícolas, que após colhidos serão comercializados para geração dos recursos financeiros.

Sendo o ciclo produtivo a atividade fim  do produtor rural,  ele necessita fazer a coordenação de todo o processo introduzindo os insumos necessários que são adquiridos nas empresas agropecuárias e ao final gerar receitas superiores ao seu custo de produção para que a atividade seja rentável.           

Este fluxo entre insumos e recursos financeiros possui sentidos opostos, enquanto os insumos são inseridos no início do processo os recursos financeiros são obtidos apenas ao final do processo.

Nesse contexto a empresa agropecuária funciona como um meio de ligação entre os distribuidores de insumos e o produtor rural, como podemos observar na Figura 2, podendo sofrer influências de ambas as partes. Portanto ao formular suas estratégias competitivas a empresa deve relacionar-se com seu ambiente (PORTER, 2004).

Figura 2 – Fluxo de Insumos X Recursos Financeiros

Fonte: Elaborado pelo Autor (2016)

A cadeia de suprimentos desta atividade pode ser descrita desde o momento que a distribuidora de insumos vende seus produtos para a empresa agropecuária e está revende para o produtor rural que faz o processo de transformação já descrito na Figura 1.

A medida que os bens se movem do distribuidor de insumos até os produtores rurais passando pelos varejistas é necessário existir uma coordenação das decisões ao longo de toda a cadeia (FERREIRA, 2014).

Após a colheita e venda da produção, o produtor rural obtém recursos financeiros para efetuar o pagamento para a empresa agropecuária e ela por sua vez paga seus compromissos junto à distribuidora de insumos consolidando o processo inverso da cadeia de suprimentos.

Essa movimentação de recursos financeiros afeta diretamente o fluxo de caixa da empresa agropecuária e deve ser estar previsto na elaboração de suas estratégias financeiras. Conforme discorre Sá (2014) que é a partir do fluxo de caixa que se faz o planejamento financeiro.

Essas interações entre os agentes geram dispêndios de recursos econômicos para planejar, adaptar e monitorar o cumprimento dos contratos, esses dispêndios chamamos de custos de transação (PONDÉ, 1994).

Ao entender a Figura 2 podemos observar que dentro dessa cadeia produtiva existem duas relações a serem entendidas, a relação entre a empresa agropecuária e o distribuidor de insumos que foi observada e relatada pela empresa. E a relação entre a empresa agropecuária e o produtor rural para a qual se utiliza a análise dos dados coletados de maneira quantitativa.

Inicialmente é caracterizada a amostra, a partir dos dados coletados por questionário. O primeiro aspecto está relacionado ao produtor, conforme apresentado nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1 – Local de residência

 

Frequência

Porcentual

Porcentagem acumulativa

Válido

Reside na propriedade

83

67,5

67,5

Reside na área urbana no município

34

27,6

95,1

Reside na área urbana em outro município

6

4,9

100,0

Total

123

100,0

 

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

A maioria dos produtores, 67,5%  reside na propriedade, isso mostra que a propriedade rural  além de ser o local de trabalho e geração de renda para o produtor rural é onde ele vive com sua família, assim mais membros da família estão envolvidos no processo produtivo.

Tabela 2 – Tempo na atividade rural

 

Frequência

Porcentual

Porcentagem acumulativa

Válido

Até um ano

2

1,6

1,6

De 1 a 5 anos

8

6,5

8,1

De 6 a 10 anos

28

22,8

30,9

De 11 a 20 anos

42

34,1

65,0

Mais de 20 anos

43

35,0

100,0

Total

123

100,0

 

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Ao medir a quantidade de anos que os produtores rurais dedicam-se para a atividade rural percebe-se que 69,1% dos respondentes tem mais de dez anos dedicados a agricultura e desse montante 35% possuem mais de vinte anos dedicados a vida rural. Na sequência são apresentados os dados relacionados à propriedade rural, conforme Tabelas 3 e 4.

Tabela 3 – Propriedade da terra

 

Frequência

Porcentual

Porcentagem acumulativa

Válido

Própria

75

61,0

61,0

Arrendada

8

6,5

67,5

Parte própria e parte arrendada

40

32,5

100,0

Total

123

100,0

 

Fonte: Elaborado pelo autor.

A exploração da atividade rural ocorre em sua maioria pelos próprios proprietários visto que 61% dos pesquisados cultivam suas próprias terras.

Tabela 4 – Área de plantio

 

Frequência

Porcentual

Porcentagem acumulativa

Válido

Até 10 alqueires

41

33,3

33,3

De 11 a 50 alqueires

52

42,3

75,6

De 51 a 100 alqueires

21

17,1

92,7

De 101 a 200 alqueires

5

4,1

96,7

Acima de 200 alqueires

4

3,3

100,0

Total

123

100,0

 

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Predominam as áreas de plantio de 11 a 50 alqueires com 42,3% do total,  ao considerar a porcentagem acumulativa nota-se que 75,6% dos produtores rurais entrevistados plantam até 50 alqueires, ao considerar os produtores rurais que plantam até 100 alqueires totalizamos 92,7% do total da amostra, confirmando que a empresa agropecuária foco do estudo atende na sua maioria pequenos e médios produtores rurais. Na sequência é apresentada a estatística descritiva das variáveis, conforme Tabela 5.

Tabela 5 – Estatística descritiva

Práticas do Produtor Rural

Média

Desvio padrão

01-Você estuda o mercado das commodities antes de escolher o que plantar?

2,37

1,211

02-Você aguarda melhores preços para vender a produção?

2,07

0,968

03-Efetua contratos de venda antecipada da produção agrícola?

2,85

1,261

04-Costuma vender/entregar os produtos agrícolas sempre para o mesmo comprador?

2,33

1,067

05-Você vende a produção logo após a colheita?

2,78

1,013

06-Você necessita vender a produção para pagar a compra dos insumos?

2,34

1,130

07-No caso de dificuldades financeiras procura negociar com os fornecedores?

2,09

1,255

08-Costuma comprar os insumos sempre do mesmo fornecedor?

2,19

1,051

09-Os preços dos insumos dificulta a atividade agrícola?

1,86

0,871

10-Você costuma estabelecer parcerias dentro da atividade agrícola?

2,54

1,203

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Na Tabela 5 - observamos a média e desvio padrão para cada uma das 10 questões relacionadas as práticas do produtor rural. É percebido que a média é baixa em todos os itens (abaixo de 3), indicando que as práticas acontecem de raramente a algumas vezes. 

O passo seguinte nas análises consiste em agrupar as variáveis segundo suas características comuns. Como as variáveis possuem característica de não normalidade, foi utilizada a Análise de Cluster para agrupamento hierárquico de variáveis.

Portanto, optou-se por esta técnica para identificar quais fatores (agrupamentos de variáveis) são identificados a partir da amostra da pesquisa. O resultado da Análise de Cluster, utilizando o Método de Ward para agrupamento das variáveis e a Distância Euclidiana Quadrada como medida de semelhança e distância, indicou que as variáveis se agrupam em 3 conjuntos, conforme apresentado na Tabelas 6, juntamente com os valores da média das mesmas e uma nomenclatura para cada fator, definido a partir das características comuns entre as variáveis.

Tabela 6 – Composição dos fatores

Fator

Práticas do Produtor Rural

Média

Fidelidade

04-Costuma vender/entregar os produtos agrícolas sempre para o mesmo comprador?

2,33

08-Costuma comprar os insumos sempre do mesmo fornecedor?

2,19

Planejamento

01-Você estuda o mercado das commodities antes de escolher o que plantar?

2,37

02-Você aguarda melhores preços para vender a produção?

2,07

09-Os preços dos insumos dificulta a atividade agrícola?

1,86

Carência financeira

05-Você vende a produção logo após a colheita?

2,78

06-Você necessita vender a produção para pagar a compra dos insumos?

2,34

07-No caso de dificuldades financeiras procura negociar com os fornecedores?

2,09

10-Você costuma estabelecer parcerias dentro da atividade agrícola?

2,54

03-Efetua contratos de venda antecipada da produção agrícola?

2,85

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Os três conjuntos indicados pela análise foram nominados de acordo com suas características comuns. Cada um dos fatores foi transformado em um construto, considerando a média das variáveis que os compõe, conforme apresentado na Tabela 7.

Tabela 7 – Estatística descritiva

 

Média

Desvio padrão

Fidelidade

2,26

0,872

Planejamento

2,10

0,696

Financeiro

2,56

0,712

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Pode-se observar na tabela 7 que todos os constructos apresentam média inferior a 3, com isso as respostas dentro da escala ficariam entre raramente e algumas vezes. Esses resultados, ao apresentarem uma média baixa podem ser interpretados de maneira negativa dentro da escala de 5 pontos de maneira que pode dar a entender que os produtores rurais não estão preocupados com nenhum dos fatores identificados.

No entanto se observarmos esses dados aliados às demais informações estatísticas podemos ver que a amostra é composta em sua maioria por produtores rurais  que residem em sua propriedade 67,5%, que estão na atividade rural a mais de 10 anos 69,1%, a maioria deles 75,6% plantam até 50 alqueires e essas  áreas são próprias em 61% dos casos.

Sob essa nova visão apresentada e conhecendo a realidade do pequeno produtor podemos ver que as preocupações desse produtor rural estão assim distribuídas de acordo com as médias e pode-se supor que em um primeiro momento o pequeno produtor rural está preocupado com o financeiro (2,56), preocupado em fazer com que sua produção rural seja suficiente para pagar suas contas, em seguida ele preza a fidelidade (2,26) tanto para comprar os insumos quanto para vender sua produção, essa característica mostra que sempre ele vai procurar primeiro seus parceiros de negócio e caso este não  atinja suas expectativas na negociação ai que ele vai procurar outra opção e em último caso sua preocupação é com o planejamento (2,10) pois não planejar é comportamento típico de pequenas propriedades, ainda mais quando geridas por pessoas que estão na atividade por um longo tempo, no caso da amostra a maioria está a mais de 10 anos.

Após a identificação dos fatores (agrupamentos das variáveis) passou a verificação do agrupamento dos respondentes em função destes fatores, utilizando-se novamente a Análise de Cluster, mas agora para agrupamento de casos (indivíduos).

A Análise de Cluster identificou a existência de três agrupamentos distintos, conforme apresentado no Gráfico 2. Cada um destes agrupamentos foi identificado segundo a característica dos fatores.

Gráfico 2 – Agrupamentos

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

No primeiro agrupamento, identificado por apresentar maior média na questão financeira, e por isso denominado foco no financeiro, estão 51 respondentes, ou seja, 41,46% da amostra.  Conhecendo a amostra esse maior foco no financeiro não esta relacionado com a sobra ou excedente de recursos financeiros e sim com a busca por melhores resultados financeiros para a propriedade rural, ou simplesmente o foco no financeiro em gerir a propriedade para que ao  final do ciclo produtivo das commodities agricolas o produtor possa pagar todas suas obrigações financeiras e lhe sobre dinheiro para remunerar o seu trabalho na propriedade.Em busca disso ele pode abrir mão da fidelidade caso vislumbre uma perspectiva de melhores resultados financeiros em seu favor.

No segundo agrupamento, identificado por apresentar maior média na questão fidelidade, e por isso denominado foco na fidelidade, estão 36 respondentes, ou seja, 29,27% da amostra. Esse grupo foca em primeiro plano na continuidade ou sua relação com os parceiros no entanto em segundo plano esse grupo também não abre mão do lado financeiro, com isso podemos presumir que ele mantem a relação de fidelidade com seus parceiros desde que isso não prejudique seus resultados financeiros dentro da sua atividade.

No terceiro agrupamento, identificado por apresentar médias próximas entre os três fatores, e por isso denominado sem foco definido, estão os outros 36 respondentes, ou seja, 29,27% da amostra. Esse grupo não preza por nenhum dos fatores emespecial, assim pode-se supor que a gestão de sua propriedade não é pensada acontece constantemente de maneira incerta.

Para verificar se as diferenças entre os grupos são estatisticamente diferentes utilizou-se o teste não paramétrico de Mann-Whitney. Os resultados indicam que existe diferença estatisticamente significativa entre os grupos 1 (foco no financeiro) e 2 (foco na fidelidade), nos aspectos relacionados ao financeiro e a fidelidade, mas não no aspecto planejamento. Ambos os grupos  tem como característica secundária o planejamento assim podemos afirmar que ambos pensam em planejamento mas um pensa em planejamento e leva mais em consideração o fator fidelidade quando plaeja sua atividade, enquanto o outro grupo ao planejar leva em consideração o fator financeiro como determinante de ações dentro do seu planejamento.

Já no caso da relação entre o grupo 3 (sem foco definido) e os outros dois, as diferenças estatisticamente significativas existem nos três aspectos. Como o próprio nome do grupo já identifica que eles não tem nenhum foco definido, é um grupo disperso dos demais ficando isolado dos outros dois grupos.

5. Considerações finais

Atingir objetivos, metas,  ganhar mercado, reduzir e dimensionar os custos das transações, ter liquidez, fluxo de caixa, obter resultados, etc. Todas estas expressões são muito comuns no âmbito empresarial quando fala-se em planejamento e gestão de empresas. Tudo isso está ligado com a formulação das estratégias da empresa. Chandler (1962) discorre que a estratégia é a determinação das metas e objetivos e adoção de ações para atingir os objetivos propostos. Porter (2004) salienta que a estratégia deve fazer com que a companhia relacione-se com seu ambiente.

Essa relação da empresa com seu ambiente torna necessário que a empresa conheça o ramo de negócio em que atua e suas particularidades, conheça seus clientes, parceiros, fornecedores e trace estratégias genéricas ou estratégias específicas para cada um de seus setores ou áreas de decisões com base neste arcabouço de informações. Dentre as estratégias específicas a estratégia financeira tem grande importância, para Gitman (2010) o fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa. Frezatti (2014) enfatiza o fluxo de caixa como instrumento estratégico  e defende sua utilização de maneira gerencial. Bulgacov (2006) destaca que na gestão gestão de caixa é imprescindível que aconteçam mais entradas do que saídas. Prudencio (2012) fala que a ausência ou excesso de caixa propicia no mínimo uma ineficiência nos resultados.

O enfoque pretendido são as estratégias financeiras sob as quais o  sabe-se que a empresa ao estabelecer as formas de pagamento para seus clientes ele leva em consideração o ciclo de cada cultura oferecendo a seus clientes uma opção de prazos de pagamento que podem se estender até a colheita do produto, que é denominado pela empresa agropecuária de plano safra. Ainda a política da empresa entende que conforme se compra, assim se vende para não comprometer o caixa da empresa. Com essas informações fica claro que a estratégia financeira da empresa agropecuária está delineada de acordo com as condições que o distribuidor de insumos lhe concede.

Pela análise estatística podemos traçar o perfil dos clientes da empresa, a maioria dos produtores, 67,5% reside na própria propriedade, 69,1% deles estão na atividade rural há mais de 10 anos. Com relação as características da propriedade rural 61% dos produtores rurais cultivam áreas próprias, tratam-se de pequenos produtores visto que 75,6% plantam até 50 alqueires.

Ao aplicar a estatística descritiva das variáveis observa-se que em todos os itens a média é baixa (abaixo de 3) indicando que as práticas acontecem de raramente a algumas vezes. O resultado da Análise de Cluster indicou que as variáveis se agrupam em 3 conjuntos com características comuns, e devido a estas características estes fatores foram denominados: fidelidade, planejamento e carência financeira.

Cada um destes fatores foi transformado em um constructo considerando a média das variáveis que o compõem, sendo que foram denominados fidelidade, planejamento e financeiro. Estes constructos foram analisados de acordo com o perfil dos clientes e das características das propriedades, constatando-se pelas médias dos constructos que em primeiro plano o produtor rural está preocupado com o financeiro (2,56), preocupado em que fazer com que sua produção seja suficiente para pagar suas contas e gerar um resultado positivo para sua propriedade, em seguida ele preza a fidelidade (2,26) tanto para comprar os insumos quanto para vender sua produção, essa característica mostra  que ele valoriza a frequência das negociações assim sendo primeiro ele vai procurar seus parceiros de negócio. E por último sua preocupação é com o planejamento (2,10) característica comum em pequenas propriedades de não planejar suas atividades.

Com base nestes fatores (agrupamento de variáveis) aplicou-se novamente a Análise de Cluster para agrupar os respondentes de acordo com cada um dos constructos e a análise identificou três grupamentos de respondentes distintos de acordo com suas características, esses grupamentos de indivíduos foram denominados de: foco no financeiro, foco na fidelidade e sem foco definido.

O grupo com foco financeiro conta com 51 membros, ou seja, 41,46% da amostra e apresenta dentre os três constructos (financeiro, planejamento e fidelidade) a maior  média (3,10) no financeiro demonstrando que a maior preocupação deste grupo é que ao final do seu ciclo produtivo ele tenha recursos financeiros suficientes para pagar seus custos da atividade (sementes, insumos, defensivos, etc) e gere sobras de recursos afim de remunerar o uso da terra e o seu trabalho dentro da atividade rural.

O grupo com foco na fidelidade conta com 36 membros e corresponde a 29,27% da amostra apresenta a maior média entre os constructos na fidelidade (3,29) prezando pela frequência nas suas relações. E por fim o grupo denominado sem foco definido que conta com 36 respondentes sendo 29,27% da  amostra, apresenta médias próximas para os três constructos não identificando nenhum dos fatores em destaque dessa forma concluiu-se que os fatores mais relevantes na relação entre o produtor rural e a empresa agropecuária são: financeiro e fidelidade.

Identificou-se que a empresa Agropecuária Centro do Paraná tem sua estratégia financeira definida com base na estratégia financeira proposta pelos distribuidores de insumos, adaptando-se ao seu ambiente, principalmente no tocante a concessão dos prazos de vendas a seus clientes às mesmas políticas que lhe são oferecidas pelos distribuidores de insumos.

No tocante a relação com o ciclo produtivo das commodities agrícolas recorremos aos conceitos da teoria de custos de transação proposta por Coase (1937) que coloca as firmas como soluções que visam minimizar os custos com obtenção de produtos e serviços diretamente no mercado e a Williamson (1985) que apresenta os pressupostos comportamentais (racionalidade limitada e oportunismo) e as dimensões das transações (frequência, incerteza e especificidade de ativos). Williamson (1996) ainda relaciona o conceito de estrutura de governança como a forma de coordenação das atividades econômicas resultantes da relação inter-organizacional.  

 Durante a pesquisa foi evidenciado que os custos de transação existem durante todo o processo e a intenção tanto dos distribuidores de insumos, empresa agropecuária e produtor rural é reduzir tais custos dentro de suas atividades monitorando todos os agentes dentro do processo na forma da coordenação das atividades dentro do  conceito de estrutura de governança.

Ainda na análise de clusters os fatores mais relevantes encontrados foram a fidelidade e financeiro que podem ser visualizados a luz da teoria de custos de transação. O fator fidelidade está relacionada diretamente com a dimensão da frequência onde Farina et al. (1997) discorre que quanto maior a frequência, maior a diluição dos custos dentro da governança e ainda que a frequência cria uma reputação entre os agentes.

No caso do fator financeiro podemos relaciona-lo de maneira interpretativa com o pressuposto do oportunismo visto que o maior grupo da análise de clusters com foco no financeiro detinha 41,46% da amostra, esse grupo colocava o financeiro em primeiro posto, o planejamento em segundo e em último plano a fidelidade, dando a entender que se estariam dispostos a quebras e renegociações de contrato desde isso representasse uma vantagem financeira a eles. Augusto (2015) comenta a ocorrência potencial de oportunismo ex-ante e ex-post, que através de manipulação ou ocultamento de intenções e/ou informações buscam auferir lucros que alterem a configuração inicial dos contratos.

A dimensão da incerteza definida por Knight (2002) como um estado em que não existem bases válidas para determinar a probabilidade de uma ocorrência específica. Assim podemos observar nesta relação com o ciclo produtivo das commodities agrícolas em virtude que este ciclo é extremamente afetado por condições climáticas, que ao efetuar o contrato a empresa agropecuária não pode precisar o seu cumprimento seja ele em função da incerteza da colheita ou do oportunismo dos agentes.

Quanto ao relacionamento da dimensão da especificidade dos ativos definida por Williamson (1985) como sendo aqueles que não podem ser reutilizados ou reempregados a não ser com perdas de valor. Os tipos de especificidade de ativos podem estar presentes na especificidade locacional quando o produtor compra os insumos em empresas na mesma cidade/região onde fica sua propriedade rural, especificidade temporal pois os insumos devem ser devidamente comprados e estarem a disposição no momento correto do plantio, especificidade de ativos físicos, e ativos dedicados como a utilização da terra e os equipamentos (maquinas, tratores) utilizados na atividade agrícola e ainda os ativos humanos representados pelo trabalho do produtor seja pelo esforço produtivo ou coordenação da atividade agrícola.

Este trabalho é concluído ao atingir o objetivo para o qual foi proposto e identificar que a estratégia financeira da empresa agropecuária está pautada diretamente na sua relação com o distribuidor de insumos, pois é com base nos prazos por ele concedidos que a empresa agropecuária direciona suas estratégias financeiras no tocante a concessão de prazos e políticas de contas a receber.

Ainda verifica-se que a relação da estratégia financeira da empresa agropecuária com o ciclo produtivo das commodities agrícolas, é uma relação de extrema dependência, pois, o ciclo das commodities é o grande responsável por prover os recursos financeiros para a Agropecuária Centro do Paraná, sendo que todo o processo de formulação e execução da estratégia financeira deve ter como ponto central o ciclo produtivos das commodities  agrícolas.  A empresa ainda pode trabalhar estrategicamente os fatores identificados como mais relevantes na relação com o produtor rural, oferecendo formas de aumentar e consolidar a fidelidade dos clientes utilizando como ponto de convergência o oferecimento de ganhos financeiros a seus clientes que é outro fator relevante para os produtores rurais. 

Referências

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1. Mestrando em Administração pela Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO). Especialista em Gestão e Auditoria de Negócios pela Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO). Professor das Faculdades do Centro do Paraná (UCP). Email: superivo04@gmail.com
2. Pós-Doutor em Administração pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Doutor em Administração pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor do Programa de Mestrado Profissional em Administração na Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO).


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 27) Año 2016

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