Espacios. Vol. 37 (Nº 26) Año 2016. Pág. 11

A Importância da Suinocultura para a Geração de Emprego e Renda nos Municípios do Estado do Mato Grosso do Sul - Brasil

The Importance of Pork for the Generation of Employment and Income in the State of Municipalities of Mato Grosso do Sul - Brazil

Daniela Vasconcelos de OLIVEIRA 1; Mayra Batista Bitencourt FAGUNDES 2; Luiz Carlos da SILVA 3; Leonardo Francisco Figueiredo NETO 4; Marcos Meaurio FERNANDES 5

Recibido: 26/04/16 • Aprobado: 25/05/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Referencial Teórico

3. Metodologia

4. Resultados e Discussão

5. Considerações Finais

Referências


RESUMO:

O objetivo consiste em verificar a importância da suinocultura para a geração de emprego e renda nos municípios do estado do Mato Grosso do Sul. Para tanto, aplicou-se o Índice de Concentração Normalizado (ICN). Os principais resultados mostram que a suinocultura exerce forte influência nas regiões produtoras e processadoras do Mato Grosso do Sul, destaca-se o município de São Gabriel do Oeste, na geração de emprego e renda, assim como Ivinhema, Vicentina e Jateí para o setor de criação e Dourados no abate. A partir deste estudo é possível identificar os municípios dependentes da suinocultura.
Palavras-chave: Agronegócio, desenvolvimento local, índice de concentração.

ABSTRACT:

This study aims to determine the importance of pig farming to generate employment and income in the municipalities of Mato Grosso do Sul state. Therefore, it applied the Concentration Index Normalized (ICN). The main results show that the pig industry has a strong influence in producing and processing regions of Mato Grosso do Sul, there is the municipality of São Gabriel do Oeste, in generating employment and income, as well as Ivinhema, Vincentian and Jateí for the sector creation and Dourados at slaughter. From this study we can identify the dependent municipalities pig farming.
Key words: Agribusiness, local development, concentration index.

1. Introdução

O agronegócio é o motor da economia nacional, registrando importantes avanços quantitativos e qualitativos para a economia brasileira. Apresenta-se como um setor de grande capacidade empregadora e de geração de renda, cujo desempenho médio, tem superado o desempenho do setor industrial, ocupando, assim, a posição de destaque, o que lhe dá importância crescente no processo de desenvolvimento econômico, por ser um setor dinâmico da economia e pela sua capacidade de impulsionar os demais setores (MAPA, 2011).

O sistema agroindustrial brasileiro está exposto a um ambiente bastante competitivo devido à globalização econômica, livre comércio e avanço tecnológico, que gera oportunidades de investimento e necessidade de novas relações, posturas e formas de conduta para os agentes econômicos (PEREIRA, QUINTÃO, CAMPOS, 2008).

O desempenho interno e externo da agropecuária, assim como o do agronegócio, cujas exportações, em 2013, atingiram a cifra recorde de US$ 100 bilhões, tem contribuído de forma relevante para a estabilidade e crescimento da economia. Esse papel desempenhado pelo setor tem sido reforçado pelo aprimoramento da política agrícola e pelas políticas públicas voltadas notadamente para áreas de infraestrutura e logística (MAPA,2014).

A competitividade local é dinâmica e seletiva, sendo importante não só com vistas à exportação de produtos, mas também visando atender ao mercado interno e local, a preços competitivos, além de atrair investimentos e capitais, como: infraestrutura econômica, logística, recursos humanos e tecnologia. (BUARQUE, 1999).

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de carne suína. De acordo com os dados da Produção da Pecuária Municipal- IBGE (2016), no ano de 2006 foram abatidas cerca de 3.9 bilhões de cabeças de suínos, comparando com o período de 2014, houve um aumento de 40% na produção, período que fechou com 5.496 bilhões de animais abatidos. O estado do Mato Grosso do Sul apresentou um aumento de 44% no ano de 2006 a 2014, totalizando 159,1 milhões de cabeças de suínos. A Região Sul corresponde por 66,0 % do abate nacional de suínos em 2014, com cerca de 3,118 bilhões de suínos abatidos.

Segundo o relatório anual da ABPA (2015), o estado do Mato Grosso do Sul correspondeu a 3,37% das exportações de carne suína em 2014, sendo o quarto maior estado exportador de carne suína. Tendo em vista a relevância do setor para a economia brasileira e sul-mato-grossense, questiona-se: Qual a importância da suinocultura na geração de emprego e renda para os principais municípios produtores para o Mato Grosso do Sul?

À vista disso, utilizou-se o método quantitativo, com cálculos de indicadores para o Quociente Locacional (QL), Hirschman e Herfindahl Modificado (IHHM); e Índice de Participação Relativa (PR), para compor o Índice de Concentração Normalizado (ICN), e o método qualitativo com a utilização de dados secundários e entrevistas semiestruturadas executadas com gestores das principais indústrias e produtores e técnicos relacionados à área.

Cabe ressaltar que este artigo provém da monografia que dispõe do mesmo título: A importância da suinocultura para a geração de emprego e renda nos municípios do estado do Mato grosso do Sul. A importância acadêmica deste estudo está na identificação dos municípios chaves para a suinocultura no estado do Mato Grosso do Sul, desta forma, é possível realizar soluções inovadoras no âmbito das políticas públicas de emprego e renda que possam dar suporte no desenvolvimento local destes municípios.

Por conseguinte, o trabalho teve por objetivo verificar a importância da suinocultura para a geração de emprego e renda para os principais municípios do estado do Mato Grosso do Sul, a partir do Índice de Concentração Normalizado, identificando o nível de especialização dos municípios no setor.

2. Referencial Teórico

2.1. Importância do agronegócio para o crescimento e desenvolvimento econômico local

Por agronegócio deve-se entender a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, do processamento e da distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos com base neles (PAVESI, GOMES, 2011).

No agronegócio, a agroindústria é a unidade produtora integrante dos segmentos localizados nos níveis de suprimento à produção, à transformação e ao acondicionamento, e processa o produto agrícola, em primeira ou segunda transformação, para sua utilização intermediária ou final (MENDES, JUNIOR, 2007).

A atividade econômica de uma determinada região está relacionada com o fornecimento de bens e serviços necessários para atender a demanda das necessidades da população. O desenvolvimento econômico, seguindo os modelos de desenvolvimento propostos nas obras dos economistas clássicos, seria alcançado com a elevação da produção interna, como resultado das substituições de importação e provocaria efeitos positivos na cadeia produtiva (VIEIRA; SANTOS, 2012). Durante o século XX, o crescimento das atividades nas regiões brasileiras e das formações de polos de crescimento industrial, poderia ser explicado pelo consumo, produção e a formação de renda neste período.

O processo de acumulação de capital engloba, portanto, relação entre os insumos e fatores de produção – em especial capital e trabalho -, e isto inclui uma interação entre a agricultura e o setor nascente que é a indústria, em muito associada a um processo de urbanização e proletarização de produtores e trabalhadores rurais (LEDA, 2013).

Desenvolvimento econômico define-se pela existência de crescimento econômico contínuo, em ritmo superior ao crescimento demográfico, envolvendo mudanças de estruturas e melhoria de indicadores econômicos, sociais e ambientais. Compreende um fenômeno de longo prazo, implicando o fortalecimento da economia nacional, a ampliação da economia de mercado, a elevação geral da produtividade e do nível de bem-estar do conjunto da população, com a preservação do meio ambiente (SOUZA, 2012).

 O desenvolvimento econômico implica mudanças estruturais, culturais e institucionais, existe uma longa tradição que rejeita a identificação de desenvolvimento econômico com crescimento da renda per capita ou simplesmente crescimento econômico (BRESSER-PEREIRA, 2008).

O conceito de desenvolvimento econômico vincula-se a mais à distribuição do produto, com a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar, e com o grau de utilização da capacidade produtiva de um país, ou seja, ele denota a utilização crescente da potencialidade produtiva de um país. O crescimento econômico tem sido definido com um processo pelo qual a renda ou o produto nacional bruto (PNB) por habitante aumenta durante um período, em razão dos ganhos contínuos na performance dos fatores produtivos (MENDES, JUNIOR, 2007).

 O desenvolvimento econômico local pode ser definido como o conjunto de estratégias e ações para a (re)construção da base produtiva local(para a ativação da economia local) (SILVA, 1998). O desempenho de uma determinada região, depende de sua habilidade em se adaptar as atividades local e nacional da economia. O DEL (Desenvolvimento Econômico Local) está sendo cada vez mais usado para fortalecer a capacidade local das comunidades de uma região, melhorar o ambiente para investimentos e aumentar a produtividade e a competitividade dos negócios locais, dos empreendedores e dos trabalhadores. A capacidade das comunidades para melhorar a qualidade de vida, criar novas oportunidades econômicas e lutar contra a pobreza, depende de essas serem capazes de compreender os processos de DEL e agirem estrategicamente no mercado que muda constantemente e que é cada vez mais competitivo (SWINBURN, GOGA, MURPHY,2006).

Alguns autores utilizam da análise da economia regional, por meio de índices que possam explicar e demonstrar a importância de um setor para uma região ou desenvolvimento local de um município.

Na literatura contemporânea, as abordagens em relação à economia industrial e economia regional, segundo Crocco (2006), estão presentes em vários estudos, na qual avaliam as características e as contribuições de um determinado setor para o desenvolvimento local, regional e nacional. O autor afirma que existem outros trabalhos que utilizam metodologias distintas que tentam avaliar essas características, são eles Brito e Albuquerque (2002), Sebrae (2002), IEDI (2002) e Suzigan et al. (2003).

Os estudos de Brito e Albuquerque (2002), baseiam sua metodologia em alguns critérios, sendo um deles o uso do Quociente Locacional (QL), que busca definir se o município da região estudada possuiu especialização ou não em alguma atividade específica. Crocco (2006) afirma que este autor utiliza o QL para tentar comparar as estruturas setoriais das espaciais, caso esse índice seja maior ou igual a 1.

Já o trabalho do Sebrae (2002) segue o a mesma linha de Brito e Albuquerque (2002), a diferença está na utilização do variável número de estabelecimentos, e não emprego, para o cálculo do QL. O trabalho do IEDI (2002) e de Suzigan et al. (2003) possui com inovação o cálculo de um Gini Locacional anterior à utilização do QL como critério de identificação de clusters ou sistemas produtivos locais (CROCCO, GALINARI, LEMOS, SIMÕES, 2006).

O QL é um indicador de extrema importância para identificar a especialidade produtiva de uma região. Porém, apesar da desigualdade que existe no país, o índice vai identificar no mínimo um setor que vai apresentar o QL acima de 1, isso pode resultar em uma diferenciação produtiva e não a presença de uma especialização de um setor.

Havendo a necessidade de correção da deficiência do QL, foi desenvolvido o Índice de Concentração Normalizado, que utiliza três indicadores: Quociente Locacional (QL); o Índice de Hirschman e Herfindahl Modificado (IHHM); e o Índice de Participação Relativa (PR), que proporcionam elementos necessários para construir um único indicador de concentração de uma atividade industrial dentro de uma região. Este índice foi desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Economia Regional e Urbana do CEDEPLAR (UFMG), no ano de 2003, que foi organizado pelo pesquisador Marco Aurélio Crocco. Os indicadores que compõe o Índice de Concentração Normalizado (ICN), serão detalhados no tópico seguinte.

Para detalhar mais a situação de emprego, vivenciados pelos municípios do Mato Grosso do Sul, no período de 2006 a 2014, adotou-se os conceitos de admissão e desligamento adotados pelo IBGE, para compor o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Os conceitos de admissão e desligamento utilizados na RAIS referem-se às alterações de emprego ocorridas no estabelecimento, incluindo as transferências de empregados, de um estabelecimento para outro, da mesma empresa. Por admissão, entende-se toda entrada de trabalhador no estabelecimento no ano, qualquer que seja sua origem e, por desligamento, toda saída de pessoa cuja relação de emprego com o estabelecimento cessou durante o ano por qualquer motivo (demissão, aposentadoria, morte), seja por iniciativa do empregador ou do empregado. As entradas e saídas por transferências aparecem incluídas, respectivamente, nas admissões e nos desligamentos (IBGE, 2016).

3. Metodologia

Para atender ao objetivo e ao problema de pesquisa utilizou-se do método quantitativo. A abordagem quantitativa refere-se ao cálculo do Índice de Concentração Normalizado (ICN), afim de identificar a existência de especialização da atividade produtiva da suinocultura, ou seja, este índice indica o potencial desta atividade nos municípios do Mato Grosso do Sul.

De acordo com Crocco et.al.(2003,2006), para identificar a especialização de uma região, o indicador identifica quatro características, sendo elas: a) a especificidade de uma atividade dentro de uma região; b) o seu peso em relação à estrutura industrial da região; c) a importância do setor nacionalmente; d) a escala absoluta da estrutura industrial local. Para tanto, o índice é composto por três elementos, que são: Quociente Locacional (QL); o Índice de Hirschman e Herfindahl Modificado (IHHM); e o Índice de Participação Relativa (PR).

 A cadeia produtiva foi dividida segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), representado no quadro 1 para a cadeia da suinocultura. O nível de especialização que será calculado terá como base as variáveis de estabelecimentos, emprego e renda, a partir da base de dados RAIS (MTE).

Quadro 1 – Descrição das classes CNAE na cadeia produtiva da suinocultura

O primeiro elemento que compõe o ICN, o QL, este consiste em verificar a especificidade de uma atividade (caracterizada em termos de classes CNAE) dentro de uma região, como a primeira característica citada anteriormente. De acordo com Crocco et al. (2006), se o QL < 1, a especialização do município em atividades dos setores analisados é menor que a especialização do conjunto de atividades dessa cadeia em todos os municípios. Se QL > 1, há especialização municipal em atividades do setor, maior que a especialização do conjunto de atividades desse setor em todos os municípios. Cabe ressaltar que apesar da descrição o da fórmula consta apenas o emprego, o mesmo processo de cálculo dos índices, serão adotados para a análise das variáveis de estabelecimento e renda (massa salarial).

O segundo elemento do ICN é o Índice de Hirschman e Herfindahl Modificado (IHHM), procura obter o real do peso do setor na estrutura produtiva local, com uma comparação do peso da atividade i da região j na atividade ou setor i do estado com o peso da estrutura produtiva da região j na estrutura do estado como é apresentado na fórmula 2, cabe ressaltar que as descrições das variáveis são semelhantes ao QL.

O terceiro elemento é o Índice de Participação Relativa (PR), que determina a importância da suinocultura no estado do Mato Grosso do Sul. A expressão utilizada para obter este resultado está representada na fórmula 3, que segue o mesmo padrão de descrição de variáveis dos demais índices.

Estes três indicadores QL, IHHm, e o PR, fornecem os parâmetros necessários para a elaboração de um único indicador de concentração de um setor industrial dentro de uma região, que será chamado de Índice de Concentração normalizado (ICN) (Crocco, 2003).Como cada um dos três índices utilizados como insumos do ICN pode ter distinta capacidade de representar as especialidades de uma determinada atividade, principalmente quando se leva em conta as diversas atividades industriais da economia, faz-se necessário calcular os pesos específicos de cada um dos insumos em cada um dos setores produtivos.

Variam tanto quanto possível para os indivíduos, sujeita à condição:

 

Para encontrar tanto as variâncias associadas a cada componente, bem como os coeficientes das combinações lineares, a técnica dos componentes principais lança mão da matriz de covariância das variáveis. As variâncias dos componentes principais são, então, os autovalores desta matriz, enquanto que os coeficientes ai1, ai2, ... aip são os seus autovetores associados. A matriz de variância é simétrica e tem a seguinte forma:

Um ponto importante a ser ressaltado é a soma destes autovalores é igual a soma dos elementos da diagonal principal da matriz de covariância, ou seja , o traço desta matriz:

  

No processo do cálculo dos pesos das variáveis a partir da análise de componentes principais, que possui o suporte de um software estatístico (Stata), proporcionará resultados como a matriz de coeficientes e a variância dos componentes, que oferecerá suporte para identificar a importância de cada variável. O quadro 2 apresenta os autovalores dos componentes principais, assim como a cada um deles apresenta uma explicação na variância de β1, β 2 e β 3.

Quadro 2 - Os autovalores da Matriz de Correlação ou Variância Explicada pelos Componentes Principais

Fonte: Crocco, 2003.

O quadro 3 mostra a matriz de coeficientes ou os autovetores da matriz de correlação, que vai permitir calcular qual a participação relativa de cada um dos indicadores em cada um dos componentes e, desta forma, entender a importância das variáveis nos componentes.

Quadro 3 - Matriz de Coeficientes ou Autovetores da Matriz de Correlação

Fonte: Crocco, 2003.

Para tanto, efetua-se a soma da função módulo dos autovetores associados a cada componente, onde se obtém os Ci e, em seguida, divide-se o módulo de cada autovetor pela soma (Ci) associada aos componentes, que apresenta os autovetores recalculados ou a participação relativa de cada índice nos componentes como mostra o quadro 4.

Quadro 4 - Matriz de Autovetores Recalculados ou Participação relativa dos Indicadores em cada componente

Fonte: Crocco, 2003.

Tendo em vista que os άij do quadro 4 representam o peso que cada variávelassume dentro de cada componente e que os autovalores (βs do quadro 1)fornecem a variância dos dados associadaao componente, então o peso final de cada indicador é o resultado dasoma dos produtos dos άij pelo seu autovalorcorrespondente (β) – para cada componente.

Com os pesos para cada variável calculados e seu somatório seja igual a 1, será necessário uma combinação linear dos indicadores, que devem estar devidamente padronizados, para que seja efetuado o cálculo (equação 4)  do Índice de Concentração Normalizado (ICN). O parâmetro de seleção adotado seria que o índice que apresente o grau maior que 1, evidencia que no município que apresenta esta condição, possui uma relevância na estrutura econômica do estado, ou seja, o município possui um nível de especialidade da atividade ou setor, na região estudada.

As fontes da coleta de dados utilizadas, foram extraídas a partir de pesquisas secundárias da base de dados do Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET), do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS), cabe ressaltar que se fez o uso do período de 2006 como comparação na análise de dados, em decorrência de que a partir deste período passou a ser utilizado a nomenclatura CNAE 2.0 Classe.

4. Resultados e Discussão

A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), gerenciada pelo MTE, é uma das principais fontes de informações sobre o mercado de trabalho formal brasileiro, sendo utilizada pelo governo na elaboração de políticas públicas de combate às desigualdades de emprego e renda, e também para a elaboração de projetos importantes focados na educação e trabalho, tais como qualificações e treinamentos nos mais diversos segmentos da sociedade (MTE, 2014). O Índice de Concentração Normalizado, obtido a partir dos dados de emprego formal, renda e estabelecimentos, disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é um índice importante para analisar o desenvolvimento local de uma determinada região, e é a partir deste calculo que se pode inferir o nível de especialização de uma localidade.

No estado de Mato Grosso do Sul, de acordo com a pesquisa pecuária municipal realizada pelo IBGE (2014), a suinocultura vem trazendo resultados positivos nos últimos anos para o estado, a produção de suínos de 2006 para 2014 aumentou 66%, com produtividade de 115,36 toneladas equivalente a carcaça, conforme demonstrado no Gráfico 1. Analisando o mesmo período, a indústria obteve um percentual de 97% em relação ao efetivo de animais abatidos.

Gráfico 1- Evolução da produção de suínos em Mato Grosso do Sul (mil cabeças e mil toneladas).

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados da Pesquisa Trimestral da Pecuária/IBGE, 2014.

A suinocultura no estado do Mato Grosso do Sul é dinamizada por organizações que proporcionam alavancagem da atividade. Segundo o relatório realizado pela APROSOJA (2015), foi identificado que o estado possui 7 indústrias encarregadas no processamento de carne suína, porém deste total 3 trabalham sob inspeção municipal, 2 possui selo de inspeção estadual e 2 com selo de inspeção federal. Essas 2 empresas identificadas como Aurora Alimentos e JBS-FOODS (marca SEARA) atingiram juntas 95,61% do processamento de suínos em Mato Grosso do Sul. Valores esses que demonstram uma concentração de mercado por essas indústrias (APROSOJA,2015).

A cadeia da suinocultura caracteriza-se por ser muito complexa, envolvendo uma gama muito vasta de empresas, ramos, e setores diversos, que contribuem nos vários elos da cadeia, movimentando assim a economia, gerando: empregos, renda e tributos (ROSSI, PFÜLLER, 2008).

No setor industrial as indústrias processadoras Aurora Alimentos e Seara se encontram na região Norte e Centro-sul do estado do Mato Grosso do Sul, onde se concentram os maiores Índices de Concentração, entretanto, devido ao fato dos dados não serem desagregados, o abate de suínos CNAE 2.0 classes, está agregado aos dados de abate aves. No entanto, a partir de pesquisas primárias e secundárias, verifica-se que os municípios de Sidrolândia e Aparecida do Taboado são especializados em abate de aves e outros animais. No período de 2014, os municípios que indicam uma importância para a estrutura econômica do estado na atividade de processamento da suinocultura são Dourados (4,2134), Itaquirai (3.6033) e São Gabriel do Oeste (2.6995), em comparação com o período de 2006, essas regiões não se alteraram, apenas se especializaram mais na atividade.

 Figura 1 - Índice de Concentração Normalizado para Vínculos no Abate de suínos no município do Mato Grosso do Sul, 2006 - 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados Rais,2014; MTE,2014.

O setor industrial da carne suína vem se qualificando como um dos grandes responsáveis pela sustentação do desenvolvimento econômico e social de muitos municípios brasileiros, gerando empregos no campo, indústria, no comércio e nos serviços (ABPA, 2013).

Tal situação é exemplificada na figura 2, onde é evidenciado a evolução da especialização da massa salarial nos municípios importantes para o setor de abate do estado do Mato Grosso do Sul, como São Gabriel do Oeste que obteve um progresso no nível de renda média de R$ 356.647,63 no ano de 2006 para R$ 2.599,072.63 em 2014 para o setor de abate.

Figura 2 - Índice de Concentração Normalizado para Massa salarial no Abate de suínos no município do Mato Grosso do Sul, 2006 - 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados Rais,2014; MTE,2014.

Em São Gabriel do Oeste está instalada a empresa alimentícia Aurora, responsável pelo abate e processamentos de carne suína, que faz uso do fornecimento de bens e serviços realizados pela Cooperativa COAASGO (Cooperativa Agropecuária São Gabriel do Oeste), que a matéria – prima, a carne produzida nas granjas, são fornecidas pela indústria abatedoura.

A Figura 3 apresenta os municípios que possui um maior grau de especialização para o setor de criação de suínos, em uma análise comparativa com o período de 2006, assim com as regiões que se concentram o maior nível de estabelecimentos no setor. As regiões que apresentaram especialização, na questão do emprego, no setor de criação de suínos foram: São Gabriel do Oeste (4,4038), Jatei (4,0545), Ivinhema (2,9379) e Vicentina (1,5173), para o ano de 2014. Comparando o período de 2006, é possível observar que este setor passou a se concentrar e especializar mais nas regiões onde estão instaladas as indústrias processadoras.

O levantamento da RAIS é feito em nível de estabelecimento, considerando-se como tal as unidades de cada empresa separadas espacialmente, ou seja, com endereços distintos. Vale ressaltar que as diversas linhas de produção de uma mesma empresa são consideradas em um único estabelecimento, desde que situadas no mesmo prédio (IBGE, 2016).

Figura 3 - Índice de Concentração Normalizado para vínculos na criação de suínos nos municípios do Mato Grosso do Sul, 2006 - 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados Rais, 2014; MTE, 2014.

A produção intensiva de animais, em propriedades especializadas, vem ganhando espaço na suinocultura brasileira. Esse fato tem levado ao aumento de produtividade por matriz, proporcionando ganhos de escala importantes para os produtores mais qualificados (SANTINI, MEIRELLES, 2004).

A produtividade (recursos e quantidade produzida) proporciona desenvolvimento econômico que estabelece à geração de emprego e renda, onde a distribuição desta torna-se um fator de grande importância na avaliação da economia de um país. Por um lado, o funcionamento eficiente do sistema económico é condicionado a distribuição de renda, no sentido em que cada estágio de desenvolvimento deve corresponder a uma distribuição que maximizaria o potencial de crescimento (SOUSA,2009).

A Figura 4 apresenta o ICN para massa salarial no setor de criação de suínos no Mato Grosso do Sul. É notório que houve uma distribuição de renda neste quesito e alguns municípios obtiveram uma diminuição na concentração de renda e outros um aumento.

Figura 4- Índice de Concentração Normalizado para Massa salarial na Criação de suínos no município do Mato Grosso do Sul, 2006 - 2014.

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados Rais,2014; MTE,2014.

Comparando com a quantidade de emprego, em 2014, para criação de suíno, houve um aumento de 64% no efetivo de empregados em comparação ao ano de 2006, já na indústria apresentou um aumento de 57% na quantidade de empregados, este crescimento ocorreu em virtude da participação e do avanço da tecnologia, via manejo e dinamização do processo produtivo, que acaba gerando uma redução de mão-de-obra, porém, acaba especializando o serviço, gerando mais ganhos no nível de renda.

Em relação ao setor de produção, apresentado na figura 4, não houve uma diminuição de renda e sim uma distribuição do setor nos municípios onde se concentram o maior polo no setor de suínos, São Gabriel do Oeste e Dourados. Os municípios que apresentaram maior concentração de renda a partir do Índice de Concentração Normalizado foram:  Jateí (2,3223); Vicentina (1,0171), São Gabriel do Oeste (0,8834) e Glória de Dourados (0,3839).

A cadeia agroindustrial da carne é fator preponderante à economia do país, tendo em vista todos os elementos que dela fazem parte: produtores, agroindústrias, incremento econômico para certas regiões e sistemas produtivos, geração de emprego e renda, arrecadação de impostos (ROSSI, PFÜLLER, 2008).

Os municípios do gráfico 2, apresenta o efetivo de empregados admitidos e desligados, extraídos da base de dados CAGED, nos estabelecimentos da atividade da suinocultura, especificamente na criação de suínos, foram verificados os municípios que apresentaram valores na base de dados e que obtiveram especialização na criação no ICN.

De acordo com os dados primários, o sistema integrado predominante na região Centro-Sul do estado do Mato Grosso do Sul, proporcionou em 2015 em média de 2700 mil empregos diretos e 400 empregos indiretos, principalmente na região de Dourados.

Gráfico 2- Admissão e Desligamentos na Criação de Suínos no estado do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados CAGED,2014; MTE,2014.

Assim como foi adotado na criação, o mesmo critério foi realizado no gráfico 3 referente ao município de Dourados por apresentar o índice de maior concentração em relação aos demais na atividade do abate, reflete no gráfico como o município que apresenta uma maior quantidade de movimentações no período de 2014, com 2316 empregados admitidos no setor e com 2237 desligamentos, admissões. Pode se observar o fluxo de movimentações no município em relação a indústria frigorífica.

Gráfico 3 - Admissão e Desligamentos no Abate de Suínos no estado do Mato Grosso do Sul.

Fonte: Elaborado pelos autores com base nos dados CAGED,2014; MTE,2014.

 5. Considerações Finais

De acordo com os resultados obtidos, foi possível identificar a importância da suinocultura na geração de emprego e renda nos municípios que se destacam a atividade da suinocultura, sendo avaliados os setores de produção (criação de suínos) e processamento- indústria (Abate de suínos). Foi identificado que as regiões que se apresentaram especializadas nessas atividades se concentram na região norte e centro-sul do Mato Grosso do Sul.

Entretanto, os municípios comuns nas duas atividades são: São Gabriel do Oeste e Dourados, que fomentam algumas regiões próximas também. Justifica-se essa especialização, o fato de estar presentes as indústrias processadoras JBS Foods (Seara Alimentos), em Dourados e Aurora Alimentos, em São Gabriel do Oeste.  A suinocultura nessas regiões influência diretamente e indiretamente a geração de empregos em seus municípios especializados. Essa atividade acaba fomentando não só a pecuária, mas sobretudo a agricultura.

 O setor da indústria possui um maior volume em relação às movimentações de empregados, sejam desligamentos ou admissões. Em virtude, do sistema adotado da indústria processadora ser 100% integrado, os demais produtores integrados estão localizados nas proximidades de Dourados. Em São Gabriel do Oeste, tem por destaque a atividade da cooperativa e possui base e suporte para auxiliar a produção dos cooperados, juntamente com a indústria de processamento que fornece os leitões necessários para a produção.

Uma região que apresenta competitividade, possui condições para beneficiar a geração de empregos e melhorar o nível de exportações em sua localidade. Apesar do Brasil demonstrar problemas sociais crônicos, desemprego, má distribuição de renda e problema econômicos, o desenvolvimento regional pode ser uma medida de combate a esses problemas, em que se encontra várias regiões brasileiras.

A limitação deste trabalho consistiu na dificuldade de obtenção de dados desagregados referente a indústria, no setor de abate. Portanto, cabe à necessidade de trabalhos futuros, a utilização de dados mais desagregados a fim de identificar as potencialidades e geração de empregos diretos e indiretos.

Referências

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APROSOJA. Relatório Técnico: construção do matriz insumo produto para a cadeia produtiva do milho no mato grosso do sul. 2015. Disponível em: <http://famasul.com.br/mip/>. Acesso em 10 set. 2015

BRESSER-PEREIRA, L.C. Crescimento e Desenvolvimento Econômico. FGV. 2008

BRITTO, J.; ALBUQUERQUE, E. M. Clusters industriais na economia brasileira: uma análise exploratória a partir de dados da RAIS. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 32, n. 1, p. 71-102, 2002.

BUARQUE, S. C. Metodologia de planejamento do desenvolvimento local e municipal sustentável. Brasília: INCRA/IICA, 1999. 104 p.

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1. Graduanda em Ciências Econômicas da UFMS- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campo Grande- Mato Grosso do Sul - Brasil. E-mail: daniela.vasconcelos12@gmail.com
2. Doutora em Ciências Econômicas e professora Associada da UFMS- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campo Grande- Mato Grosso do Sul - Brasil. E-mail: bitencourtmayra@gmail.com
3. Mestre em Administração e professor da UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campo Grande- Mato Grosso do Sul - Brasil. Email: luiz.silva@ufms.br

4. Doutor em Engenharia de Produção e Professor Associado da UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campo Grande- Mato Grosso do Sul - Brasil. Email: lffneto@gmail.com

5. Graduando em Ciências Econômicas da UFMS- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campo Grande- Mato Grosso do Sul - Brasil. E-mail: marcos.meaurio@hotmail.com


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 26) Año 2016

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