Espacios. Vol. 37 (Nº 20) Año 2016. Pág. 10

Critérios avaliados em diagnósticos de gestão da inovação: uma revisão bibliográfica

Criteria evaluated in innovation management diagnostics: a literature review

Marcel Matsuzaki da SILVA 1; Marcos MAIA 2; Izabel Cristina ZATTAR 3; Nara Medianeira STEFANO 4; Sonia Isoldi Marty Gama MÜLLER 5

Recibido: 13/03/16 • Aprobado: 12/04/2016


Conteúdo

1. Introdução

2. Referencial Teórico

3. Método de pesquisa

4. Apresentação e análise dos resultados

5. Considerações finais

Referências


RESUMO:

A inovação tem papel de destaque nas estratégias de desenvolvimento econômico em todo o mundo. Assim, as empresas devem diagnosticar, periodicamente e de forma adequada, suas ações de gestão da inovação. Nesse contexto, uma questão pertinente é: como identificar uma forma de monitoramento da gestão da inovação se a literatura apresenta vários diagnósticos? Portanto, este artigo objetiva identificar quais são os critérios avaliados em diagnósticos de gestão da inovação empresarial por meio de uma revisão bibliográfica. Fazendo uso da análise de conteúdo, foi desenvolvido um protocolo de pesquisa para a execução dessa pesquisa com duas etapas, a seleção dos trabalhos e organização dos critérios. A partir da análise de conteúdo, foram identificados preliminarmente 501 critérios, os quais após análise resultaram em 77 critérios dispostos em 10 dimensões.
Palavras-chave: gestão da inovação; diagnóstico de inovação; avaliação da inovação.

ABSTRACT:

Innovation has an important role in economic development strategies around the world. Thus, companies must diagnostic regularly and properly, their actions innovation management. In this context, a relevant question is: how to identify a form of monitoring innovation management is the literature contains many diagnostics? how to identify a form of monitoring of the management innovation if the literature presents several diagnostics? Therefore, this article aimed to identify what are the criteria evaluated in management business diagnostics innovation by a literature review. Making use of content analysis, we developed a research protocol to execution this research with two stages, the selection of papers and organization of criteria. From the content analysis, preliminary 501 criteria were identified, which after analysis resulted in 77 criteria contained in 10 dimensions.
Keywords: innovation management; innovation diagnostic; evaluating innovation.

1. Introdução

A inovação (Arbix et al., 2010; Jiao, Koo e Cui, 2015; Lin, Su e Higgins, 2016) tem presença obrigatória nas estratégias de desenvolvimento econômico em todo o mundo. Para os autores, países que aspiram manter sua competitividade ou uma inserção internacional ampla, buscam tornar suas economias cada vez mais inovadoras. Tidd e Bessant (2015) afirmam ainda que a inovação tem sua importância não só como fonte principal para o desenvolvimento econômico em proporções nacionais, mas também para empreendimentos individualizados. Pois, para Calmanovici (2011), Gasperi (2016) e Macedo (2016), a inovação está diretamente relacionada com a competitividade de uma empresa, podendo ser vista como uma força para alavancar novos negócios ou para criar e manter vantagem competitiva.

Assim, a forma como a inovação (Brito, Brito e Morganti, 2009; Nieves e Segarra-Ciprés, 2015) afeta a posição competitiva de uma empresa no mercado varia de acordo com sua profundidade. Deste modo, permitindo desde a simples criação de uma relação custo-benefício para seu produto até o estabelecimento de um novo padrão de competição que modifique o modelo vigente antes da inovação.

Neste sentido, Quandt, Ferraresi e Bezerra (2013) relatam que o sucesso das estratégias e políticas de estímulo à inovação depende da compreensão dos fatores que sustentam a capacidade de inovar em ambientes competitivos. Isso torna o processo de inovação complexo e dinâmico, o qual requer uma gestão específica. Logo, as empresas devem periodicamente monitorar, de forma adequada, suas ações de gestão da inovação e os recursos utilizados para esse fim (Boly et. al., 2014).

Este monitoramento é chamado de diagnóstico da inovação, e tem por objetivo proporcionar uma auto avaliação da gestão da inovação, permitindo identificar pontos fortes e pontos de melhoria – um dos passos para sistematizar o processo de gestão da inovação (Carvalho et. al., 2011; Jackson et al., 2016).

Nesse contexto, há uma questão pertinente: como identificar uma forma adequada de monitorar a gestão da inovação se a literatura apresenta vários diagnósticos? Este trabalho pretende auxiliar na elucidação desta questão a partir da análise de alguns diagnósticos presentes na literatura. Para tanto, identificou-se quais são os critérios avaliados em diagnósticos de gestão da inovação empresarial por meio de uma revisão bibliográfica.

Destarte, este trabalho, primeiramente, introduzirá os conceitos de inovação, gestão da inovação e diagnóstico de inovação. Em seguida, será apresentado o método utilizado nesta pesquisa, bem como sua caracterização e protocolo, o qual está subdividido em seleção dos trabalhos e organização dos critérios. Por fim, serão apresentadas a análise dos resultados e as considerações finais.

2. Referencial Teórico

Esta seção destina-se a apresentar os principais conceitos utilizados nesse artigo com base na literatura, percorrendo três temas, inovação, gestão da inovação e diagnóstico da inovação.

2.1. Inovação

Para Grizendi (2011), Pinheiro, Mendes e Oliveira (2014) e Theiss et. al. (2014), o termo inovação vem sendo estudado desde de 1911. Na atualidade existe uma série de definições de inovação presentes na literatura, algumas são genéricas, voltadas para a área de políticas públicas. Outras específicas, voltadas para o âmbito empresarial.

Sob uma perspectiva generalista, Schumpeter (1984) define inovação como sendo as novas combinações de materiais e forças que aparecem como introdução de um novo bem, método de produção, abertura de um novo mercado, conquista de uma nova fonte de oferta de matérias primas ou de bens semimanufaturados e estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria.

No contexto empresarial, Dogson, Gann e Phillips (2014) definem a inovação como o sucesso na aplicação de novas ideias que proporciona resultados positivos para uma organização, incluindo seus funcionários, clientes e parceiros. Os resultados podem ser em lucratividade, sustentabilidade e segurança laboral. Ainda segundo os autores, a inovação pode englobar a introdução de produtos, serviços e processos novos ou melhorados, bem como pode ser encontrada em novas oportunidades de mercados ou em novos métodos organizacionais que produzam valor para a empresa.

Para o Manual de Oslo, da Organization for Economic Co-operation and Development Statical Office of the European Communities, OECD (2005), a inovação é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou significativamente melhorado. Ou um processo, um novo método de marketing, um novo método organizacional nas práticas de negócio, na organização do local de trabalho e, ainda pode se dar nas relações externas. A implementação de novo produto ou melhorado ocorre quando o mesmo é introduzido no mercado. Novos processos, métodos de marketing e métodos organizacionais são implementados quando são efetivamente utilizados nas operações das empresas.

O consenso nessas definições é que a inovação pressupõe a implementação, a qual se dá quando algo novo proporciona resultados para organização. A inovação pode ser classificada quanto ao seu grau de novidade ou abrangência, podendo ser disposta em três dimensões, ou seja: inovação para empresa, quando se implementa uma inovação que já foram implementadas por outras organizações; quando uma inovação é implementada em um mercado, podendo já ter sido implementada em outro mercado; e para o mundo, quando a empresa introduz pela primeira vez uma inovação nos mercados nacionais e internacionais (OECD, 2005; Carvalho et. al., 2011).

Diante disso, Terra (2007) afirma que empresas inovadoras sabem que a inovação não é algo fortuito, ou seja, as mesmas estabelecem processos formais capazes de estimular e viabilizá-la, promovendo um ambiente interno que favoreça a geração de ideias, garantam o feedback e reconheça a importância da colaboração e da multiplicidade de perspectivas. Em suma, procuram aumentar a probabilidade de inovação por meio da utilização/criação de processos e a construção de um ambiente favorável. Esse estímulo à inovação por parte das empresas pode ser chamado de gestão da inovação, a qual será melhor explicada no próximo tópico.

2.2. Gestão da inovação

De forma ampla, Gavira (2007) define que a gestão da inovação é um conjunto de ferramentas capaz de fornecer ao gestor de uma empresa técnicas para a tomada de decisão e por consequência é responsável pela organização do processo de inovação. Campos (2013) corrobora com a ideia de que a gestão da inovação é o conjunto de atividades gerenciais que tentam controlar o processo inovador, onde se deve acompanhar desde a geração da ideia até o lançamento do produto no mercado.

Nesse sentido, embora de maneira pormenorizada, Maculan et. al. (2002) defende que a gestão da inovação é determinada pela integração entre os recursos humanos de uma empresa com a coordenação técnico operacional e organizacional. A qual deverá ser capaz de gerar novas ideias que sejam responsáveis pela melhorara de produtos, processos de fabricação ou serviços, criando novos conhecimentos e gerando resultados para a própria empresa. Ou seja, não envolve apenas questões operacionais, mas tem que ver também com aspectos estratégicos.

Enquanto no nível operacional se verifica o processo de desenvolvimento tecnológico do produto até sua venda, no nível estratégico se tem as atividades de integração para que o produto atenda a demanda de mercado (Campos, 2013). Isso pode ser notado claramente nas três características da gestão da inovação apontadas por Tidd e Bessant (2015), isto é, procura, seleção e implantação. A procura se refere aos sinais de ameaças e oportunidades para a mudança; a seleção, o processo de decisão considerando a visão estratégica de como uma empresa pode se desenvolver; e a implantação, a qual traduz a ideia de algo novo e o lançamento em um novo mercado.

Contudo, a gestão da inovação, por sua vez, precisa ser diagnosticada para que se possa identificar os pontos fortes e fracos a fim de evitar investimentos e gastos desnecessários com o processo de inovação.

2.2. Diagnóstico de inovação

Para que a empresa tenha o conhecimento de como está sua gestão da inovação (Carvalho et al., 2011), faz-se necessária uma auto avaliação que lhe permite identificar seus pontos frágeis e de melhoria, por meio de um diagnóstico (primeiro passo para sistematizar e gerenciar o processo de gestão da inovação). Este é chamado diagnóstico de inovação.

O diagnóstico de inovação pode ser tido como uma ferramenta responsável pela identificação de pontos críticos que afeta a capacidade de inovar de uma empresa, identificando os problemas e dificuldades e contribuindo com recomendações destes pontos analisados (Cintra et al., 2013).

De maneira mais específica, Intelli (2004) defini que o diagnóstico de inovação (Siliprandi, Ribeiro e Danilevicz, 2012) é uma ferramenta de análise da empresa, "centrado na identificação e avaliação das suas necessidades, capacidades tecnológicas e de inovação", compartilhando características como: abrangência, dinamicidade e proatividade. É um instrumento abrangente, pois não se limita à análise de dimensão tecnológica; dinâmico, visto que almeja as necessidades tecnológicas a médio e longo prazo, não se limitando ao curto prazo; e proativo, visando produzir um conjunto de recomendações para satisfação das empresas.

Portanto, essas ferramentas de diagnósticos agem como agentes que auxiliam as organizações no estabelecimento das estratégias e planos para, dessa forma, melhorar e alavancar o potencial inovativo.

3. Método de pesquisa

Nesta seção, primeiramente, será apresentada a caracterização da pesquisa quanto à natureza, o objetivo e o procedimento de pesquisa utilizado. Na sequência, será descrito o protocolo seguido com as etapas percorridas para que o objetivo geral desse trabalho fosse alcançado.

3.1. Caracterização Da Pesquisa

A natureza dessa pesquisa é básica (Silva e Menezes, 2005), pois a mesma não visa, em curto prazo, a utilização dos critérios de avaliação identificados para um fim específico, por exemplo, a construção de um novo diagnóstico de inovação. Este artigo caracteriza-se, quanto ao seu objetivo, como uma pesquisa descritiva, uma vez que registra e descreve os critérios encontrados nos trabalhos analisados.

Quanto ao procedimento, este artigo, segundo definição de Marconi e Lakatos (2010), como uma pesquisa bibliográfica, dado que faz uso da literatura como fonte para a identificação dos critérios usados na avaliação da inovação.

3.2. Protocolo de pesquisa

Tendo em vista o objetivo de identificar quais são os critérios avaliados em diagnósticos de gestão da inovação empresarial por meio de uma revisão bibliográfica de foi desenvolvido um protocolo de pesquisa para a condução e execução do mesmo. A Figura 1 apresenta as etapas percorridas para tal atingimento.

Na primeira etapa, seleção dos trabalhos, o passo inicial é foi a escolha das palavras-chave. Em pesquisas bibliográficas, segundo Gohr et. al. (2013), as palavras-chave resumem os principais assuntos sobre o tema que se deseja pesquisar, servindo como identificadores para busca de trabalhos. Assim sendo, as palavras-chave escolhidas foram: "evaluation of innovation", "innovation diagnostic tool", "mensurement of innovation" e suas respectivas traduções para língua portuguesa.

Figura 01: Protocolo de pesquisa

Fonte: Elaborado pelos autores.

O passo seguinte refere-se à seleção da base de dados, a qual é uma decisão importante para uma pesquisa bibliográfica (Sampaio e Mancini, 2007; Gohr et. al., 2013). A base de dados selecionada para executar a busca dos trabalhos foi o Google Acadêmico, o qual permite a realização de diferentes pesquisas com materiais disponibilizados online de diferentes repositórios.

O último passo dessa etapa objetivou filtrar os artigos encontrados pela definição dos requisitos de seleção. Considerando o objetivo desse trabalho, foram definidos quatro requisitos para seleção da bibliografia (Quadro 01).

Quadro 01: Requisitos para a seleção dos trabalhos

Requisitos

Descrição

Requisito 1

O trabalho deve ter o objetivo precípuo de diagnosticar a gestão da inovação

Requisito 2

O trabalho deve ser orientado à empresa

Requisito 3

O trabalho deve conter explicitamente os critérios avaliados

Requisito 4

O trabalho deve ter sido publicado à partir de 2008

Fonte: Elaborado pelos autores

Para a segunda e última etapa, organização dos critérios, utilizou-se um dos procedimentos da análise de conteúdo, a qual tem por finalidade básica a busca do significado de materiais textuais (Apollinário, 2012). Especificamente, a análise do conteúdo visa a "redução do material por meio da omissão de enunciados incluídos em uma generalização no sentido de sintetizar esse material em um nível maior de abstração" (Flick, 2009, p. 292). O resultado final da análise de conteúdo é a interpretação teórica por meio de um processo de redução do material original, até o ponto em que as categorias estejam claramente visíveis.

Esse método foi utilizado em trabalhos metodologicamente correlatos a este, por exemplo, Martens, Brones e Carvalho (2013), que buscaram identificar as lacunas e tendências da sustentabilidade no gerenciamento de projetos presentes na literatura; Kahlau et. al. (2014), que identificaram as áreas temáticas para subsidiar a pesquisa de sustentabilidade em indústrias.

Para a categorização de elementos presentes em material textual, Malheiros (2011) apresenta os três principais procedimentos, sejam: lógico-estético, lógico-semântico e semântico-estrutural. O primeiro procedimento foi adotado nessa etapa, uma vez que o mesmo permite ao pesquisador focar na análise da estética incorporada aos dados coletados (os critérios identificados), que se manifesta por meio de vocabulário específico.

Deste modo, compete ainda definir a unidade de análise, que é menor parte dos dados que será considerado para análise futura. No procedimento lógico-estético, a unidade de análise é denominada registro, onde o pesquisador, a partir de uma análise textual orientada primordialmente pela forma, expressa o mesmo utilizando frases, temas, letras, fonemas. Mas a palavra ainda é a unidade mais utilizada (Malheiros, 2011). Assim sendo, os registros serão os critérios avaliados nos diagnósticos da gestão da inovação identificados na etapa anterior.

A fim de facilitar a compreensão, os registros podem ser organizados em categorias (Malheiros, 2011; Appolinário, 2012). Para isso, uma das opções sugeridas pelos autores foi adotada nesse trabalho, a construção de categorias, onde uma análise exaustiva dos registros leva o pesquisador a propor categorias.

Por fim, a organização dos critérios nas categorias seguiu os princípios sugeridos por Oliveira (2008) e Malheiros (2011), os quais são apresentados no Quadro 02.

Quadro 02: Princípios para a organização dos registros em categorias

Princípios

Descrição

Exclusão

Sempre que um dado ou conjunto de dados pertencer a uma categoria, automaticamente será excluída de todas as outras

Exaustividade

Enquadra-se a totalidade de registros possíveis em uma categoria

Pertinência

É preciso que um dado seja pertinente à categoria na qual será enquadrado

Objetividade

Ao enquadrar um dado a uma categoria é preciso ser objetivo

Fonte: Adaptado de Oliveira (2008) e Malheiros (2011)

A seguir na próxima seção serão apresentados e discutidos os dados.

4. Apresentação e análise dos resultados

Essa seção destina-se a expor a análise dos resultados obtidos. Primeiramente é apresentada a execução da etapa seleção, onde são apresentadas as informações pertinentes aos artigos selecionados na literatura. Por fim, são apresentados os resultados obtidos a partir da leitura dos mesmos.

4. 1.  Seleção dos trabalhos

A primeira etapa desse artigo refere-se à seleção dos trabalhos que apresentam ferramentas de diagnóstico da gestão da inovação. A partir das palavras-chave escolhidas e sem a pretensão de ser uma busca exaustiva na base de dados do Google Acadêmico, os esforços dessa etapa resultaram na seleção de 19 trabalhos (Quadro 03).

Quadro 03: Seleção dos trabalhos

Trabalhos selecionados

IEL (2005) apud Coral et. al. (2008)

Coral et. al. (2008)

Tsai et. al. (2008)

Wang et. al. (2008)

Carvalho et. al. (2011)

Nora (2011)

Tang e Chi (2011)

Wang e Chang (2011)

Yam et. al. (2011)

Cheng e Lin (2012)

Pizyblski et. al. (2012)

Rasera e Cherobim (2012)

Rao e Weitraub (2013)

Souza et. al. (2013)

Boly et. al. (2014)

Kim (2014)

Swahney et. al. (2006) apud Oliveira et. al.(2014)

PINTEC (2015)

Yang et. al. (2015)

-

-

Fonte: Elaborado pelos autores

Apesar dos trabalhos do IEL (2005) e Swahney et. al. (2006) não atenderam ao quarto requisito (ser publicado a partir de 2008), os diagnósticos propostos pelos mesmos foram citados ou aplicados em artigos publicados após 2008, por exemplo, Coral et. al. (2008), Paredes, Santana e Fell (2014), Oliveira et. al. (2014). Portanto, estes foram selecionados.

A distribuição temporal dos trabalhos selecionados(Gráfico 01), indica que não foram encontrados trabalhos em dois anos (2009 e 2010). A maior frequência de trabalhos foi no ano de 2011 (5), seguido de 2008 (3), de 2012a 2015 (2) e, por último, os anos 2005 e 2006 (1).

Gráfico 01: Distribuição temporal dos trabalhos

Fonte: Elaborado pelos autores

           

O Gráfico 02 mostra a origem geográfica dos trabalhos selecionados, o qual indica uma distribuição discreta ao redor do mundo, com maior representatividade do Brasil (42,10%), seguido de Taiwan (21,05%).

Gráfico 02: Origem Geográfica dos Trabalhos

Fonte: Elaborado pelos autores

A bibliografia selecionada também varia quanto ao tipo de documento. A predominância é de artigos (68,42%), seguido de livros (15,78%),de relatórios técnicos (10,53%) e de uma dissertação (5,27%). O Quadro 04 relaciona as fontes com os tipos de documento.

Quadro 04: Tipos da bibliografia selecionada

Tipo do documento

Fonte

Livros (3)

IEL (2005) apud Coral et. al. (2008); Coral et. al. (2008); Carvalho et. al. (2011)

Dissertações (1)

Nora (2011)

Relatórios técnicos (2)

Souza et. al. (2013) e PINTEC (2015)

Artigos (13)

Swahney et. al. (2006); Tsai et. al. (2008); Wang et. al. (2008); Yam et. al. (2011); Cheng e Lin (2012); Pizyblski et. al. (2012); Rasera e Cherobim (2012); Rao e Weitraub (2013); Boly et. al. (2014); Kim (2014); e Yang et. al. (2015)

Fonte: Elaborado pelos autores

Os artigos selecionados são oriundos de 11 periódicos (Gráfico 03).

Gráfico 03: Periódicos dos artigos selecionados

Fonte: Elaborado pelos autores

Observa-se que não há uma concentração de artigos provenientes de um periódico apenas, ao contrário, há certa homogeneidade na distribuição. Percebe-se também que as áreas dos periódicos variam entre gestão, políticas públicas, matemática e computação.

4.2.   Análise dos resultados

Selecionados os trabalhos, passou-se à identificação dos critérios avaliados a partir da leitura da literatura supracitada. Para isso, os trechos que apresentavam os mesmos foram identificados. A maioria dos trabalhos apresentam os critérios de forma objetiva, facilitando a identificação; para os demais, foi necessário analisar o questionário a fim de extraí-los. Cabe ressaltar que estes variam em nível de especificação, alguns sendo mais genéricos e outros de forma mais pormenorizada. O total de critérios identificados nos documentos foi de 501, os quais foram organizados com o auxílio de planilhas eletrônicas.

A partir disso, foi possível estabelecer as categorias para a organização dos critérios. Percebeu-se que os critérios presentes nos diagnósticos de inovação avaliam várias áreas de uma organização. Sendo assim, foram definidas 10 categorias, chamadas aqui de dimensões: estratégia de inovação, Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), conhecimento, marketing, recursos humanos, produção, cultura organizacional, relação externa, finanças e performance de inovação.

Em seguida, os 501critérios foram enquadrados nas dimensões e agrupados em função da similaridade de seu significado, seguindo os princípios para categorização dos registros. O Gráfico 04 apresenta a quantidade de critérios enquadrados em cada dimensão, onde é possível visualizar que a dimensão com mais critérios foram P&D e Finanças e com menos a Estratégia de Inovação.

Gráfico 04: Critérios enquadradas nas dimensões

Fonte: Elaborado pelos autores

Dado o enquadramento dos critérios, também foi possível identificar quais das dimensões definidas são avaliadas pelos diagnósticos de inovação (Quadro 05).

Quadro 05: Dimensões avaliadas pelos diagnósticos de inovação

Fonte: Elaborado pelos autores

Percebe-se que a maioria dos diagnósticos pode ser considerada ampla, por exemplo, IEL (2005), Swahney et. al. (2006), Wang et. al. (2008), Tai e Chi (2011) e Souza et. al. (2013) avaliam 9 das 10 dimensões. Sendo o diagnóstico menos amplo, o de Rasera e Cherobim (2012), analisando 4 dimensões. No entanto, não houve nenhum diagnóstico que avaliasse aspectos de todas as 10 dimensões.

A dimensão mais analisada pelos trabalhos foi Finanças, presente em 17 dos diagnósticos, em segundo lugar está a P&D, seguida de Conhecimento e Marketing. Em contrapartida, a dimensão menos avaliada é a Produção, presente em apenas 7 trabalhos.

Após o enquadramento, iniciou o processo de eliminação dos critérios sobrepostos em cada categoria. Nesse passou foi seguido o procedimento lógico-estético da análise de conteúdo, analisando a estética incorporada aos dados, ou seja, seu significado. Deste modo, foram reconhecidos 424 critérios sobrepostos, restando os 77 critérios apresentados, em suas respectivas dimensões, no Quadro 06.

Quadro 06: Critérios avaliados nos diagnósticos de inovação revisados

Fonte: Elaborado pelos autores

Observa-se que a dimensão Cultura Organizacional possui o maior número de critérios, ao todo são doze 12. Isso se deve principalmente ao trabalho de Rao e Weintraub (2013) o qual propõe um método para aferir predominantemente a cultura inovadora de uma empresa, sendo os critérios de avaliação bem específicos. A dimensão Finanças possui o segundo maior número (11) de critérios, os quais medem desde os investimentos feitos em atividades inovadoras até o retorno gerado pelos mesmos.

As duas dimensões que apresentam menos critérios são Produção e Estratégia de inovação – 4 e 5 critérios, respectivamente. Quanto à Produção, o número baixo de critérios se deu em virtude de que apenas 7 diagnósticos consideram algumas características do ambiente produtivo relevantes quando se trata de avaliação da gestão da inovação. A dimensão Estratégia de Inovação, apesar de 12 diagnósticos avaliarem-na, os critérios são mais abrangentes, avaliando as características estratégicas de uma organização de forma menos pormenorizada.

Percebe-se que alguns critérios identificados podem ser avaliados de forma quantitativa, possibilitando maior objetividade na análise, por exemplo, investimento em tecnologia, retorno do investimento em inovação, capacidade produtiva e taxa de exportação. Outros requerem uma avaliação qualitativa, sujeita a um maior nível de subjetividade, tais como os critérios das dimensões Relações Externas, Cultura Organizacional e Estratégia de Inovação.

5. Considerações finais

Este estudo objetivou identificar os critérios avaliados para o diagnóstico de gestão da inovação empresarial a partir de uma revisão bibliográfica de 19 trabalhos. O mesmo demonstrou que os diagnósticos avaliados, apesar de variarem em função da área da avaliada, podem ser considerados amplos em sua maioria. Uma vez que se baseiam em critérios que permeiam toda uma organização, desde a estratégia empresarial aos resultados financeiros de uma inovação implementada.

Além disso, percebeu-se que esses diagnósticos variam em razão do nível de especificação (seja em informações gerais ou específicas) dos critérios. A partir dos critérios identificados, observou-se a importância dada pelos diagnósticos a Cultura Organizacional, as atividades financeiras e de marketing frente às atividades de P&D, área geralmente associada à inovação. Apesar de analisarem várias áreas de uma organização, os mesmos sugerem que são necessárias apenas algumas informações destas áreas quando o objetivo é avaliar a gestão da inovação.

Deste modo, esses resultados ajudam a elucidar discretamente que a gestão da inovação é processo complexo e que necessita de uma forte integração interdepartamental para alcançar êxito. Para avaliar a gestão da inovação, os critérios identificados também sugerem que são necessárias análises tanto quantitativas como qualitativas. Ou seja, no processo é indispensável à percepção de especialistas nas dimensões que necessitam de uma avaliação qualitativa, por exemplo, Estratégia de Inovação e Cultura Organizacional.

Este trabalho pode auxiliar as empresas na análise de qual diagnóstico de gestão da inovação é adequado para proporcionar uma auto avaliação eficiente. Mas também pode ser utilizado como base para construção de um novo diagnóstico que utiliza os 77 critérios identificados, proporcionado uma avaliação ampla.

Os critérios também podem ser usados para outros fins. Por exemplo, a construção de uma ferramenta de apoio a decisão para incubação de empresas e distribuição de incentivos financeiros. Essas ferramentas não teriam o objetivo precípuo de avaliar a gestão da inovação, mas fazer uso dessa avaliação para a tomada de decisão, podendo a mesma ser simplificada, ou seja, baseadas em um número menor de critérios.

O presente trabalho se limitou a análise de 19 ferramentas de diagnósticos de gestão da inovação. Por este motivo e dado a possível existência de mais diagnósticos, sugere-se o uso da técnica de revisão sistemática e de bibliometria da literatura a fim de identificar um número maior de trabalhos, bem como o maior número de bases para análise. O emprego dessa técnica possibilitaria a identificação de uma quantidade maior de critérios, podendo ser usado como um balizador robusto para a construção de um novo diagnóstico de inovação.

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1. Brasil, Mestre em Engenharia de Produção, Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail: marcelmatsuzaki@hotmail.com
2. Brasil, Mestre em Engenharia de Produção, Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail: maia.marcosmaia@gmail.com
3. Brasil, Doutora, Professora, Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail: izabel.zattar@gmail.com

4. Brasil, Pós-Doutorado em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E-mail: stefano.nara@gmail.com

5. Brasil, Doutora, Professora, Universidade Federal do Paraná (UFPR). E-mail: soniaisoldi@gmail.com


Revista Espacios. ISSN 0798 1015
Vol. 37 (Nº 20) Año 2016

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