Espacios. Vol. 36 (Nº 23) Año 2015. Pág. 11

A Concentração Geográfica de Empresas no Agronegócio de Flores: uma Análise das Localidades de Holambra (SP) e Mogi das Cruzes (SP)

The Geographic Concentrations in Flowers Agribusiness: An Analysis of Holambra (SP) and Mogi das Cruzes (SP)

João Pedro de Castro Nunes PEREIRA 1; Marly Monteiro de CARVALHO 2

Recibido: 08/08/15 • Aprobado: 14/10/2015


Contenido

1. Introdução

2. Arcabouço teórico

3. Abordagem metodológica

4. O ambiente de estudo

5. Análise e discussão dos resultados

6. Conclusões

Referências bibliográficas


RESUMO:

Neste artigo buscou-se estudar o papel das ações conjuntas e da cooperação, na geração de externalidades positivas ao conjunto de empresas das duas mais importantes concentrações geográficas de flores no Brasil: Holambra e Mogi das Cruzes. A estrutura teórica contempla: localidade e ações conjuntas. O universo da pesquisa quantitativa (survey) contou com 90 respondentes. Os resultados mostram que há uma pratica comum de parcerias entre os produtores e que ambas localidades,são vistas como importantes para o desenvolvimento das externalidades positivas locais. Em ambas as localidades o cooperativismo se mostrou relevante para a construção das vantagens competitivas locais
Palavras chave: Concentração Geográfica de Empresas, Agronegócio de Flores, cooperativismo

ABSTRACT:

In this article we tried to study the role of joint action and co-operation, to generate positive externalities to enterprises of the two most important geographic concentrations of flowers in Brazil: Holambra and Mogi das Cruzes. The theoretical framework includes: location, and joint actions. The universe of quantitative research (survey) was attended by 90 producers. The results show that there is a common practice partnerships between producers and that both locations are seen as important to the development of local positive externalities. In both locations the cooperativism proved relevant to the construction of local competitive advantages
Key-words: Geographic Concentration of Companies, Flower agribusiness, cooperatives

1. Introdução

Os trabalhos sobre as concentrações geográficas de empresas fazem parte do cenário acadêmico há tempos, desde os primeiros estudos sobre distritos industriais, realizados por Marshall na década de 1920 (Igliori, 2000). A partir de então, várias denominações como clusters, aglomerações industriais, sistemas produtivos locais, sistemas locais de produção,

arranjos produtivos locais, dentre outros, são comumente observados na literatura. No presente estudo este fenômeno é denominado "concentração geográfica de empresas". Independentemente da forma como esse tipo de organização empresarial tenha sido caracterizado; estudos têm mostrado que a concentração geográfica de empresas apresenta um papel de destaque no desenvolvimento econômico de vários países.

Neste contexto, o presente trabalho trouxe como objetivo estudar especificamente o papel das ações conjuntas e cooperaçào, da localidade e do cooperativismo na geração dessas externalidades ao conjunto de empresas pertencentes a duas concentrações geográficas relacionadas aos agronegócios de flores e plantas ornamentais do Brasil. Para tanto, traz seu arcabouço teórico estruturado nos pilares da competitividade, das concentrações geográficas de empresas e do cooperativismo, sendo que cada vértice desse tripé é abordado em separado no item seguinte deste artigo.

A justificativa para o desenvolvimento do presente trabalho se fundamenta em três vertentes de argumentação: a importância dos agronegócios para o atual contexto sócio-econômico do Brasil, da importância crescente da floricultura no contexto dos agronegócios brasileiros e a carência de estudos de concentrações geográficas de empresas neste contexto.

Este estudo considera como floricultura a atividade relacionada à exploração de plantas para finalidades ornamentais e estéticas. Assim, estão englobadas nesta abordagem as seguintes atividades: cultivo de flores, folhagens de corte, mudas em geral, plantas envasadas, gramas e forrações.

O estudo de campo foi desenvolvido em duas das principais regiões paulistas de floricultura: Holambra e Mogi das Cruzes. A opção metodológica caracterizou-se pela aplicação de uma pesquisa quantitativa do tipo levantamento (survey), com 90 floricultores dos dois municípios estudados, seguido de um estudo exploratório de caráter qualitativo. Este trabalho destaca os resultados da pesquisa quantitativa.

O presente trabalho encontra-se estruturado em seis seções, a considerar esta, onde estão apresentadas as informações referentes à caracterização do problema estudado, bem como sua contextualização no cenário econômico e empresarial no qual o mesmo se relaciona. Na segunda seção, encontra-se a revisão bibliográfica referente ao arcabouço teórico utilizado para sustentação deste trabalho. Na terceira, encontra-se detalhado o procedimento metodológico proposto para o desenvolvimento deste. A quarta seção caracteriza o ambiente de estudo, mais especificamente dos agronegócios de flores e plantas ornamentais. Os resultados da pesquisa quantitativa (survey) são apresentados na quinta seção, que apresenta também a discutição à luz do quadro teórico proposto. Finalmente, na sexta e ultima seção, são apresentadas as conclusões do trabalho, com base nos objetivos e nas hipóteses da pesquisa.

2. Arcabouço teórico

Esta seção traz a síntese do arcabouço teórico da pesquisa: localidade e

ações conjuntas.

2.1 A localidade e a Concentração Geográfica de Empresas

Diversos estudos têm mostrado que a concentração geográfica de empresas apresenta um papel de destaque no desenvolvimento econômico de vários países. Nos Estados Unidos, os estudos relativos às pequenas e médias empresas de base tecnológica, situadas na região do Vale do Silício, mostram a relevância deste tipo de organização industrial para a promoção e contribuição ao desenvolvimento local. Na a Itália, os estudos referentes aos distritos industriais revelam a importância que as concentrações geográficas de empresas para o desenvolvimento nacional, especificamente para a região conhecida como "terceira Itália" (Carvalho; Laurindo, 2003; Igliori, 2000; Amato Neto, 2000; Scott; Storper, 1988; Porter,1998). Além da importância relativa aos países considerados

desenvolvidos, o estudo das concentrações geográficas de empresas também exerce  Importante papel no contexto econômico de países em desenvolvimento. Schmitz (1997) destaca uma série de estudos que buscaram entender como a concentração geográfica de empresas nos países em desenvolvimento pode criar condições para competição no mercado externo, principalmente quando formados por pequenas e médias empresas.

Porter (1998) traz, de maneira detalhada, a discussão de uma série de vantagens proporcionadas por esse tipo de arranjo organizacional (cluster), baseadas no Acesso a insumos e pessoal especializado; Fluxo de informação; Complementaridade; Eficiência de Compra; Incentivo e medição de desempenho; Disponibilização de mão de obra especializada; Redução das atividades oportunistas; Redução dos custos de transação; Formação de novas empresas.

Num estudo realizado no setor calçadista na cidade mexicana de Guadalajara, Rabelotti (1997) analisou o impacto da liberação comercial sobre o setor e seus reflexos no comportamento cooperativo. Nesse estudo ficou evidenciado também um aumento na quantidade de fornecedores no cluster, após a liberalização comercial, o que trouxe como benéfico direto e imediato, a diminuição nos custos de transporte de insumo. De maneira geral, esse estudo enfatiza que houve uma contribuição significativa das ações cooperativas, frente ao desenvolvimento das empresas estudadas.

Perez (1999) desenvolveu um estudo no Chile, que constatou dois tipos diferentes de dinâmica cooperativa nas concentrações geográficas de setores distintos. Num estudo também voltado para indústria de calçados, essa autora identificou uma dinâmica muito fraca nesse setor, predominado pela presença de associações locais voltadas apenas para a representação dos empresários em negociação com o Estado. Já num outro agrupamento, relacionado ao setor frutícola, a pesquisadora chilena identificou uma dinâmica muito mais acentuada. Nesse caso, os produtores rurais contavam com a presença de uma associação que mantinha controle direto do processo de produção e buscava sempre a construção da capacidade competitiva de seus associados, enquanto que o estado atuava como agente facilitador do processo de aprendizagem coletiva.

2.2 Ações Conjuntas no Contexto das Concentrações Geográficas de Empresas.

Cassiolato e Lastres (2001) ressaltam que as concentrações geográficas de empresas propiciam, entre outras coisas já destacadas anteriormente, condições para que haja o estabelecimento de ações conjuntas, entre os atores que nela se relacionam. para a geração de externalidades positivas sustentáveis. Segundo Awuah (2001) as relações interfirmas torna-se um recurso que pode ser explorado para o desenvolvimento de competências, outro fator de significativa importância para a criação de vantagens competitivas, sustentáveis, conforme Prahalad e Hammel (1990).

A importância das ações conjuntas foi reforçada no estudo publicado por Schmitz (1995), e mais tarde em Porter (1998), em ambos, para caracterizar a vantagem competitiva gerada pelas economias externas e pela ação conjunta dos agentes locais.

Schmitz (1997) definiu quatro tipos de ações conjuntas, dividas em duas dimensões (número de envolvidos no processo e direção da cooperação). Sob a dimensão da quantidade de atores envolvidos na a ação conjunta, esta pode ser bilateral, onde duas empresas trabalham juntas, ou multilateral, onde grupos de empresas trabalham em conjunto. No que se refere à direção das ações, o autor destaca que esta pode se dar em caráter horizontal (entre os competidores) ou vertical (nos diversos estágios da cadeia de produção/distribuição). Num estudo realizado no setor calçadista na cidade mexicana de Guadalajara, Rabelotti (1997) analisou o impacto da liberação comercial sobre o setor e seus reflexos no comportamento cooperativo. Segundo a autora os resultados mostraram que houve um maior fluxo na troca de informações, trazendo, além dos benefícios observados por Schmitz (1995): controle da qualidade e rapidez na entrega dos produtos e uma expressiva troca de informações referentes ao desenvolvimento conjunto de produtos. Nesse estudo ficou evidenciado também um aumento na quantidade de fornecedores no cluster, após a liberalização comercial, o que trouxe como benéfico direto e imediato, a diminuição nos custos de transporte de insumo. De maneira geral, esse estudo enfatiza que houve uma contribuição significativa das ações cooperativas, frente ao desenvolvimento das empresas estudadas.

3. Abordagem metodológica

Dado a complexidade do fenômeno estudado, optou-se por mesclar diferentes estratégias de pesquisa. Em uma primeira etapa de investigação, utilizaram-se alguns aspectos da pesquisa de bibliográfica, de arquivos e pesquisa histórica para caracterizar o agronegócio brasileiro, o segmento de flores e plantas ornamentais. Para as duas localidades selecionadas foram levantados dados históricos e socioeconômicos.

Em uma segunda etapa da pesquisa empírica, de caráter mais descritivo, foi feito um levantamento de campo, do tipo survey, em que foram aplicados questionários em ambas localidades. Alvez-Mazzotti e Gewandsnadjer (1998) destacam que para este tipo de análise torna-se necessária à definição de hipóteses a serem investigadas. São as seguintes às hipóteses elaboradas para este trabalho:

H01: Não existe diferença na percepção da importância da identidade étnico-cultural como um fator determinante nas relações de cooperação, para os grupos étnicos estudados / HA1: Existe diferença na percepção da importância da identidade étnico-cultural como um fator

determinante nas relações de cooperação, para os grupos étnicos estudado.H02: Não existe diferença na percepção da importância das cooperativas-associações fator determinante para o sucesso dos negócios, considerando-se as localidades / HA2: Existe diferença na percepção da importância das cooperativas-associações seja um fator determinante para o sucesso dos negócios, considerando-se as localidades H03: Não existe diferença na percepção da importância do papel do poder público local para a construção das bases competitividade das empresas do agronegócio, considerando-se as localidades/HA3: Existe diferença na percepção da importância do poder público local para a construção das bases competitividade das empresas do agronegócio, considerando-se as localidades H04:Não existe diferença na percepção da importância da permanência na localidade de Holambra/Mogi para a competitividade das empresas do agronegócio nela situadas, considerando-se as localidades. / HA4: Existe diferença na percepção da importância da permanência na localidade de Holambra/Mogi para a competitividade das empresas do agronegócio nela situadas, considerando-se as localidades.

As análises estatísticas dos resultados foram feitas utilizando-se para tanto os softwares Minitab e Excel 2003. Com estas ferramentas, essas hipóteses foram testadas através do teste do Qui quadrado.

O presente estudo também se baseou na utilização de dados secundários, cuja análise foi descritiva e está apresentada no item seguinte. Para a caracterização dos agronegócios, do segmento de flores e plantas ornamentais e sobre as duas localidades foram levantados dados junto aos órgãos de governo e fundações/ institutos especializados em estudos socioeconômicos.As principais fontes foram a Fundação SEADE, o IPEA e o IBGE, alguns deles disponíveis nos sítios oficiais destes órgãos públicos.

3.1. Protocolo de Pesquisa

O levantamento do tipo survey realizado neste estudo apresenta amostra não probabilística. Foram aplicados 120 questionários e foram obtidas 90 respostas válidas, sendo que 80 foram da localidade de Holambra e 10 da localidade de Mogi das Cruzes. Os questionários foram aplicados aos responsáveis pela produção de flores nas unidades agrícolas de produção das duas localidades estudadas, por ocasião da realização de reuniões ou assembleias das cooperativas ou associações de produtores. Observa-se que cada questionário corresponde a uma unidade agrícola.

A coleta dos dados foi efetuada através de questionários desenvolvidos com base no levantamento biblioFigura efetuado no inicio da pesquisa. Este questionário é composto de questões fechadas com 25 variáveis, distribuídas em quatro blocos (Anexo A): o primeiro voltado para a caracterização da Unidade Agrícola de Produção pesquisada e de seu responsável; o segundo bloco conta com 7 questões relacionadas às ações de parceria desenvolvida pelos entrevistados; o terceiro bloco contou com 13 questões voltadas para a localidade em que os mesmos estavam situados, e o último bloco, com 9 questões, é relacionado ao papel do cooperativismo enquanto instituição, na promoção das externalidades positivas locais. Todas essas questões foram apresentadas de forma que o respondente pudesse apresentar sua percepção, segundo uma escala de Likert, pontuada da seguinte forma: Discordo (-2), Indiferente (-1), Não sei ou não tenho opinião (0), Concordo Parcialmente (1) e Concordo (2). A aplicação dos questionários, em ambas as localidades, foi feita após um pré-teste realizado em um universo de pesquisa menor contemplando somente o município de Holambra. A aplicação definitiva dos questionários se deu em situações onde houvesse maior numero de agricultores reunidos, como reuniões e/ou assembléias de associações de produtores e/ou das cooperativas locais.

4. O ambiente de estudo

Na quarta seção optou-se por caracterizar o ambiente de estudo, incluindo a importância dos agronegócios para o contexto socioeconômico brasileiro. Ainda nesta seção é feita uma caracterização das duas localidades estudadas.

4.1 O Agronegócio de Flores e Plantas Ornamentais

A balança comercial brasileira traz uma série histórica com mais de quinze anos consecutivos com superávit das atividades agroindustriais (Alimandro et al. 2001). Historicamente os agronegócios representam um dos setores que mais divisas gera para o País (Carvalho; Silva, 2006), sendo responsável por cerca de um terço do PIB nacional (Alimandro et al. 2001; Ipea, 2004; Mapa, 2006), há mais de 20 anos. Além disso, cerca de 37% da população economicamente ativa estão relacionadas aos agronegócios, o setor que mais gera empregos na economia brasileira, depois da construção civil (Mapa,2006).

Esse cenário positivo também se reflete para o setor de flores e plantas, que vem mantendo, desde 1997, uma tendência de saldo positivo na balança comercial. A partir de 2002, esta tendência se acentuou, apresentando em 2004 um crescimento de 33,2% em relação a 2003, que já apresentava à época um patamar histórico de exportação (Kiyuno et al. 2003).

Kiyuno et al. (2003) estimaram o valor da produção nacional de flores para o ano de 2002,  em R$ 500 milhões ao nível dos produtores, implicando num valor próximo a R$ 750 milhões ao nível de atacado e de R$ 1,5 bilhão na esfera do varejo.

Esse crescimento observado nas exportações segundo Buainain; Batalha (2007) é decorrente do crescimento do mercado mundial observado durante a última década do Século XX, que chegou a 10% ao ano. Esse mesmo estudo revela que em o cultivo de flores em todo o mundo movimentou em torno de US$ 16 bilhões por ano na produção e de US$ 44 bilhões por ano no varejo. Dados recentes divulgados pela Universidade de Hannover, Alemanha, estimam em 519. 633 ha a área plantada com flores e plantas ornamentais em todo o mundo (Hannover, 2014), representando um crescimento médio anual de cerca de 18%ao ano,  nos primeiros 15 anos do Século XXI,

A floricultura é uma das atividades agrícolas que gera um número elevado de empregos fixos, o quê não é comum dentre as mais importantes atividades agrícolas do país. Este alto índice de utilização de mão de obra, está em torno 15 a 20 pessoas/ hectare (Claro, 1998; Kiyuno et al, 2003), resultando em mais de 120 mil empregos diretos (Ibraflor, 2006). Segundo Anefalos e Guilhoto (2003) para cada R$ 1 milhão investido, a floricultura e mudas gera 404,24 novos empregos, quase quatro vezes mais a geração de empregos observada nos agronegócios brasileiros como um todo. Vale ressaltar ainda que essa mão de obra tem um melhor nível de qualificação se comparada com as demais atividades agrícolas e apresenta, segundo Francisco et al. (2003a), uma importância crescente nos processo geração de valor desse setor em termos nacionais.

4.2 A localidade de Holambra

A Localidade de Holambra considerada no presente estudo, se encontra delimitada pelos municípios de Holambra, Mogi-Mirim, Arthur Nogueira, Cosmópolis, Jaguariúna e Santo Antonio de Posse. Todos são integrante da Região Metropolitana de Campinas, conforme Seade (2003).

A localidade conta hoje com cerca de 300 unidades agrícolas de produção, voltadas em sua maioria para as atividades relacionadas ao agronegócio de flores. Além de sediar empresas que atuam em todos os segmentos da cadeia de flores e plantas, a localidade de Holambra conta com a participação de diversas empresas, sediadas em outros municípios mas que atuam de maneira intensa com a localidade no desenvolvimento de seus negócios.

A localidade conta com três cooperativas de produção e comercialização de flores e plantas: Cooperplantas; Cooperflora e Cooperativa Veiling de Holambra (CVH). Dentre elas a CVH é a mais importante em termos de quantidade de cooperados (243) e do volume de comercialização, de flores e plantas (aproximadamente 40% de toda a produção nacional). As outras duas cooperativas, apresentam uma semelhança entre si, no tocante ao número de

cooperados (cerca de 50 a 70 sócios cooperados) e a movimentação de negócios na localidade A localidade de Holambra conta ainda com uma Associação Comercial e Empresarial, um posto de SEBRAE, a Associação Brasileira Comercio Sementes Mudas e uma entidade, denominada ABAFEP – Associação Brasileira do Agronegócio de Flores e Plantas, que trabalha diretamente na distribuição de grande parte dos produtos comercializados na Cooperativa Veiling de Holmabra.

Esse cenário acaba por concentrar no município, os principais fatores para o desenvolvimento das competências locais de produção e comercialização de flores, onde se concentram os principais fornecedores de mão de obra especializada, insumos e infraestrutura de produção, conforme pode ser observado no estudo realizado por Braga (2002). Nesse estudo o autor revelou que somente as empresas de insumos como agroquímicos e embalagens, se encontram predominantemente sediados fora do município, concentrando-se nas capitais ou grandes centro urbanos, como São Paulo, Ribeirão Preto e Rio de janeiro.

4.3 A localidade de Mogi das Cruzes

A Localidade de Mogi das Cruzes considerada no presente estudo, engloba os principais municípios produtores de flores da região, compreendida pelos municípios de Guarulhos, Santa Izabel, Arujá, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes e Guararema. Congrega uma área geográfica extensa cerca de 90 unidades agrícolas de produção, relacionadas à floricultura. A maioria desses municípios apresenta identidade histórica e cultural relacionada à imigração japonesa e à presença marcante da Cooperativa Agrícola de Cotia – Cooperativa Central, atualmente em processo de liquidação judicial.

Além do Município de Mogi das Cruzes, o maior e mais importante em termos socioeconômicos da região, nesta localidade existem atualmente dois municípios que vêm se destacando como agentes importantes na criação de valores para o agronegócio de flores local: Arujá e Itaquaquecetuba. São municípios geograficamente muito próximos e que apresentam boa estrutura viária às proximidades das Rodovias Presidente Dutra (BR 116) e Rodovia Ayrton Senna (SP-070).

Em Arujá está sediada a AFLORD - Associação dos Floricultores da Região da Via Dutra, uma importante (e atualmente a única) associação de floricultores da região.

No município de Itaquaquecetuba está sediada a única cooperativa de floricultores da região: a SPFLORES. Essa cooperativa surgiu da necessidade identificada pelos associados da AFLORD em melhorar suas condições de comercialização e acesso aos grandes mercados. A cooperativa conta hoje com cerca de 119 produtores (Spflores, 2006), na grande maioria são também associados da AFLORD. Esta cooperativa traz como diferencial a promoção de cursos específicos para capacitação técnica em arranjos florais e uma equipe técnica especializada para acompanhar o desenvolvimento das atividades de seus principais clientes.

5. Análise e discussão dos resultados

Os resultados da pesquisa quantitativa (survey) são apresentados na quinta seção, que apresenta também a discutição à luz do quadro teórico proposto.

5.1. Caracterização Geral da Amostra

A amostra foi constituída de 90 entrevistados dos quais 40 são holandeses ou descendentes de holandeses, 16 japoneses ou descendentes de japoneses, 34 apresentam outra ascendência que não holandesa nem japonesa. A maioria desses produtores possui mais de quinze anos de experiência na produção de flores e plantas ornamentais.

No compito geral, o conhecimento adquirido através do estudo próprio, foi a principal origem do conhecimento técnico necessário para o desenvolvimento do negócio, seguido do convívio com os demais produtores da localidade, conforme pode ser observado no Figura 1. Esse resultado foi também destacado em primeiro lugar pelos produtores holandeses ou com descendência holandesa. Em seguida, foram destacados os fatores responsáveis pela capacitação técnica dos produtores entrevistados foi o convívio com outros produtores da localidade e aprendizado em propriedade onde trabalhava, em segundo e terceiro lugares respectivamente.

Destaca-se, no entanto, que, ao se estratificar as respostas por etnia/ ascendência, ocorre inversão nesta classificação. Por exemplo, os fatores tradição familiares, que não aparece nas primeiras colocações do compito geral, é o classificado em segundo lugar pelos produtores holandeses ou descendência e empatado em primeiro lugar no caso dos produtores japoneses ou descendentes. Já para os produtores sem ascendência nem holandesa nem japonesa (outros), observa-se que os fatores mais importantes foram aprendizado em propriedade onde trabalhava e convívio com outros produtores da localidade, o que é um indício da existência de externalidades incidentais.

Destaca-se, no entanto, que, ao se estratificar as respostas por etnia/ ascendência, ocorre inversão nesta classificação. Por exemplo, o fator tradição familiar, que não aparece entre as primeiros colocações do compito geral é o classificado em segundo lugar pelos produtores holandeses ou descendência e empatado em primeiro lugar no caso dos produtores japoneses ou descendentes. Já para os produtores sem ascendência nem holandesa nem japonesa (outros), observa-se que os fatores mais importantes foram aprendizado em propriedade onde trabalhava e convívio com outros produtores da localidade, o que é um indício da existência de externalidades incidentais.

Figura 1. Distribuição dos produtores

Fonte: os autores
Nota: Estratificados por origem étnica, origens do conhecimento
técnico necessário para o  desenvolvimento dos negócios

5.2 Validade da Hipótese 1

O teste do Qui-quadrado para esta hipótese foi baseado na relação entre as diferentes etnias que compunham a amostra, agrupadas em: descendentes de holandeses ou holandeses; descendentes de japoneses ou japoneses e outras ascendências.

Ao grupo étnico, foi relacionada às respostas dadas pelos entrevistados à questão "A maioria das ações de parcerias e/ou cooperação com outros produtores, clientes, fornecedores ou outras empresas da floricultura que estabeleci surgiu da comunidade étnica da qual sou descendente".

Este teste mostrou os seguintes resultados: Qui-quadrado = 24,798 e o valor de P< 0,001. Desta forma, rejeita-se a hipótese H01, ou seja, há indícios de que existem diferenças na percepção de que a etnia seja um fator determinante nas relações de cooperação, de acordo com o grupo étnico estudado. As médias das respostas em função da origem étnica dos produtores estão representadas na Figura 2. Por esse Figura é possível observar a nítida diferença entre as etnias consideradas. Enquanto os japoneses se mostraram mais influenciados por esse fator, os produtores de outras etnias mostram-se menos influenciados por esse fator. Os de etnia holandesa apresentam-se praticamente neutros.

Figura 2.  Média dos valores de concordância com as questões relativas 
à percepção do papel da origem étnica no estabelecimento de ações conjuntas
pelos produtores das duas localidades

Fonte: os autores

É curioso observar que, para a etnia japonesa, houve diferenças expressivas nos valores das médias de concordância, quando estratificado por localidade. Os japoneses da localidade de Mogi das Cruzes (que refletem o cenário da hipótese 1) obtiveram média de 1,5 (concordância quase plena), já os japoneses da localidade de Holambra obtiveram média -0,17 (discordância próxima da neutralidade). Assim, pode-se observar que, existe um indício de que quanto maior a miscigenação na localidade, menor o impacto do fator étnico nas relações de cooperação. Esses resultados estão representados na Figura 3.

Figura 3 - Média dos valores de concordância com as questões relativas 
à percepção do papel da origem étnica no estabelecimento de ações conjuntas
pelos produtores de origem japonesa

Fonte: os autores

5.3 Validade da Hipótese 2

O teste do Qui-quadrado para esta hipótese foi baseado na relação entre as respostas da percepção dos entrevistados de cada localidade sobre a importância das cooperativas para o sucesso de seus respectivos negócios. Este teste foi baseado questão "A cooperativa/associação é importante no sentido de promover o desenvolvimento dos agronegócios de flores e plantas para seus associados" e mostrou os seguintes resultados:

Qui-quadrado = 0,139 e o valor de P= 0,933. Esse resultado significa que deve ser aceita a Hipótese H02, ou seja, não há indícios de que essa percepção seja alterada de acordo com a localidade. Portanto, em ambas localidades houve concordância de que a cooperativa é um fator importante para o sucesso dos negócios, (média 1,18 para a localidade de Holambra e de 0,90 para a localidade de Mogi das Cruzes) Cruzes pois não houve diferenças significativas na média para o intervalo de 5% de confiança.

5.4 Validade da Hipótese 3

O teste do Qui-quadrado para esta hipótese foi baseado na relação entre as respostas dapercepção dos entrevistados de cada localidade sobre a importância das cooperativas para osucesso de seus respectivos negócios. Este teste foi baseado questão "O governo local é atuante no sentido de promover o desenvolvimento dos agronegócios de flores no município e/ou região" e mostrou os seguintes resultados: Qui-quadrado = 0,2,755 e o valor de P=0,252.  Esse resultado significa que deve ser aceita a Hipótese H03, ou seja, não há indícios de que essa percepção seja alterada de acordo com a localidade. Portanto, em ambas localidades houve concordância de que o poder público local não é atuante no sentido de promover o desenvolvimento das atividades da floricultura nas localidades estudada , (média -1,18 para a localidade de Holambra e de -0,90 para a localidade de Mogi das Cruzes) pois não houve diferenças significativas na média par um intervalo de 5%de confiança. Na localidade de Mogi das Cruzes, observa-se para a essa questão, uma concordância média muito superior àobservada para a localidade de Holambra (1,50 e 0,11, respectivamente), mostrando que há

um maior desconhecimento por parte dos produtores ali sediados, quanto ao conhecimento das políticas públicas para o setor de flores e plantas ornamentais.

5.5 Validade da Hipótese 4

O teste do Qui-quadrado para esta hipótese foi baseado na relação entre as respostas da percepção dos entrevistados de cada localidade sobre a importância das cooperativas para o sucesso de seus respectivos negócios. Este teste foi baseado questão "O município (região) onde desenvolvo meus negócios apresenta as melhores condições para o desempenho da

floricultura, se comparado a outros municípios e/ou regiões do Brasil" e mostrou os seguintes resultados: Qui-quadrado = 17,050 e o valor de P< 0,001. Esse resultado significaque deve ser recusada a Hipótese H04 e que deve ser aceita a hipótese HA4.

Isso posto, é possível observar que há indícios de que a percepção das condições apresentadas pela localidade para o desempenho dos negócios é diferente entre os produtores de Mogi das Cruzes e Holambra. Em ambas as localidades houve a concordância no sentido de que lá as condições para o desenvolvimento dos negócios são privilegiadas (média 0,65 para a localidade de Holambra e de 1,60 para a localidade de Mogi das Cruzes) no entanto, para os produtores da localidade de Mogi das Cruzes, essas condições são consideradas muito mais expressivas do que para os produtores da localidade de Holambra, já que houve diferença significativa na média para o intervalo de 1% de confiança.

6. Conclusões

De maneira geral, os resultados quantitativos deste estudo apresentaram forte influencia de maior proporção de produtores relacionados à localidade de Holambra com relação aos produtores relacionados à localidade de Mogi das Cruzes.

Essa influencia foi substancialmente mais forte com relação às percepções bem distintas das duas localidades sobre o papel da etnia no estabelecimento de ações conjuntas pelos produtores rurais e com relação à percepção sobre o papel que as respectivas localidades desenvolve para a geração das vantagens competitivas locais. com que cada um dos produtores se relaciona.

Com relação à percepção das ações do poder público, as duas localidades mostraram um comportamento muito semelhante quando analisadas em separado: ambas destacaram umaatuação muito aquém das suas expectativas.

Por fim, vale ser ressaltado, que apesar de ter sido encontrado nos resultados aqui presentes uma forte influencia da maioria de produtores relacionados à localidade de Holambra, nenhum dos aspectos anteriormente relacionados mostrou influenciar os testes das hipóteses mostrando que os resultados deles decorrentes não estão substancialmente influenciados por essa diferença proporcional de produtores entre as localidades.

Referências bibliográficas

ALIMANDRO, R; PINAZZA, L.A.; WEDEKIN, I. (2001) ;Agenda para competitividade do agribusiness brasileiro:base estatística 2001-2002. Rio de Janeiro: FGV; São Paulo; ABAG. 288p.

ALVEZ-MAZZOTTI; GEWANDSNADJER, F. (1988); O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa qualitativa e quantitativa; São Paulo, Pioneira.

AMATO NETO,J. (2000); Redes de cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidades para as pequenas e médias empresas; São Paulo, Atlas.

ANEFALOS L C.; GUILHOTO, J. J. (2003); Estrutura do Mercado Brasileiro de Flores e Plantas ornamentais. Agric. São Paulo, SP, 50(2):41-63.

AWUAH, G B. (2001); A firm's competence development through its network of exchange relationships. Journal Of Business & Industrial Marketing,16 (7): 574-599.

BRAGA, T.M. (2002); Municipio de Holambra IN: Cano, W & Brandão, C A (coords.) A Região Metropolitana de Campinas: urbanização, economia, finanças e meio ambiente. Campinas; Editora da Unicamp, (Coleção Livro Texto)

CARVALHO, M. A de; SILVA, C. R da. (2006) "Comercio Agrícola Brasileiro e geração de divisas". Informações Economicas, São Paulo, 36:10.80-87p.

CARVALHO, M.M.; LAURINDO, F.J.B. Estratégias para Competitividade. São Paulo, Editora Futura, 2003, 272p.

CASSIOLATO, J. E.;LASTRES, H. M. M. (2001). "Aglomerações, Cadeias e Sistemas Produtivos e de Inovação". Revista Brasileira de Competitividade (1):1, abril/julho.

CLARO, D. P. (1998); Analise do Complexo Agroindustrial das Flores no Brasil. Lavras:UFLA, 103p. Dissertação de Mestrado.

CLARO.D.P.; OLIVEIRA, P.B. (1999)."A comercializaçào de flores naCeasa-Campinas e no Veiling Holambra". Revista Brasileira de Horticultura Ornamental. (5):1. p 70-77.

crítica e reconstrução"

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo. 154p.

FRANSCISCO, V. L. dos; PINO, A.F.; KYIUNO, I. (2003ª)  "Floricultura no Estado de São Paulo ". Informações Econômicas, São Paulo (3)33:17-32 Mar.

IGLIORI, D.C. (2000); Economia dos Clusters Industriais e Desenvolvimento. Tese, Mestrado,

IPEA (2004). Desempenho e crescimento do agronegócio no Brasil. Brasília: IPEA, [acesso em 25/11/2006] Disponível em http:\\ www.ipea.gov.br.

JANK, M. S. (1996); Competitividade do agribusiness brasileiro: discussão teórica e evidências no sistema carnes. São Paulo, 195p. Tese (Doutorado) - Faculdade de Economia,Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP),

KIYUNO, I. et al.( 2003); "Estimativa do valor de mercado de flores e plantas ornamentais do Estado  de São Paulo". Informações Econômicas, São Paulo (5)32:07-22 Mar.

MAPA - MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO (2006). [acesso em 03/11/2006 às 10:05 h]Disponível em http:\\www.agricultura.gov.br/portal/page?_pageid=33,968707&_dad=portal&_schema=PORTAL.

PORTER, M E. (1990); Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro : Campus.

PORT'ER, M, E (1998). "Clusters and the new economics of competition". Harvard Business Review, nov-dec.

PORTER, M. E. (1993) Vantagem competitiva das nações. Tradução de: Waltersin Dutra. Rio de  Janeiro: Campus, 1993. 897p.

PORTER, M.E.. (19880; "How Competitive forces shape strategy". Harvard Business Review, p.137-145, Nov-Dec.

PRAHALAD,C.K. & HAMEL, G. (1990); "The Core Competence of the corporation". Harvard Business Review, mai-jun.

RABELOTTI, R. (1997) 'Recovery of a mexican cluster: devaluation bonanza or collective efficiency?' IDS Working Paper 71, Institute of Development Studies, University of Sussex.

SCHIMTZ, H. (1995). "Collective Efficiency: growth path for small scale industry". The Journal of Development Studies, (31):4, p. 529-566..

SCHMITZ, H. (1997). "Collective Efficiency and Increasing Returns". IDS Working Paper no. 50. Institute of Development Studies, University of Sussex, Brighton, March.

SCOTT,A ; STORPER, M (1998)."Indústria de alta tecnologia. e desenvolvimento regional: uma

Anexo A

Bloco 1

1.1 Dados Gerais do Respondente (Nome:;Telefone para Contato; E-mail)

1.2 Perfil da Propriedade (Município; Ano de inicio na floricultura)

1.3. O responsável pela produção de flores nesta propriedade é: Holandês ou descendente de holandês; Japonês ou descendente de japonês; Brasileiro sem vinculo de ascendência holandesa ou japonesa; Outra origem (favor especificar);

1.4. O seu conhecimento técnico para a produção de flores/plantas vem: Da tradição familiar; Do convívio com produtores da localidade; Do estudo e desenvolvimento próprio; Aprendizado em propriedade que trabalhava como empregado; De outra origem (favor especificar);

1.5 Assinale o principal meio de comercilização de seus produtos: Cooperativa;Ceasa Local; Atacadista, varejista ou vendedor independente; Direto Para o consumidor Final; Outros (favor especificar)

BLOCO 2

"A maioria das ações de parcerias e/ou cooperação com outros produtores, clientes, fornecedores ou outras empresas da floricultura que estabeleci surgiu através de laços familiares".

" A maioria das ações de parcerias e/ou cooperação com outros produtores, clientes, fornecedores ou outras empresas da floricultura que estabeleci, surgiu do convívio com outros produtores da cooperativa e/ou associação de produtores a que sou filiado."

A maioria das ações de parcerias e/ou cooperação com outros produtores, clientes, fornecedores ou outras empresas da floricultura que estabeleci surgiu da comunidade étnica da qual sou descendente " A maioria das ações de parcerias e/ou cooperação com outros produtores, clientes, fornecedores ou outras empresas da floricultura que estabeleci surgiu consolidação das relações comerciais, com o tempo"

A maioria das ações de parcerias e/ou cooperação com outros produtores, clientes, fornecedores ou outras empresas da floricultura que estabeleci surgiu pelo incentivo ou intermediação da cooperativa e/ou associação de produtores a qual sou filiado."

" A maioria das ações de parcerias e/ou cooperação com outros produtores, clientes, fornecedores ou outras empresas da floricultura que estabeleci surgiu pelo incentivo/intermediação do Sindicato Patronal, e/ou Sindicato de trabalhadores; entidades como SEBRAE, SENAR, associação comercial local, etc."

" A maioria das ações de parcerias e/ou cooperação com outros produtores, clientes, fornecedores ou outras empresas da floricultura que estabeleci surgiu por que sei da importância delas para o fortalecimento da estrutura de produção e/ou comercialização da qual dependo.."

BLOCO 3

O governo local é atuante no sentido de promover o desenvolvimento dos agronegócios de flores no município e/ou região

A cooperativa/associação é importante no sentido de promover o desenvolvimento dos agronegócios de flores e plantas para seus associados

Não conheço nenhum tipo de política pública relacionada à promoção do desenvolvimento dos agronegócios de flores e plantas nesta região

O município (região) onde desenvolvo meus negócios apresenta as melhores condições para o desempenho da floricultura, se comparado à outros municípios e/ou regiões do Brasil.

Esta Região onde estou sediado é reconhecida especificamente pela produção de flores e plantas.

Esta Região onde estou sediado é reconhecida pela comercialização de flores

Esta Região onde estou sediado é reconhecida pelo cultivo protegido

Uma das vantagens em estar localizado neste município e/ou região é sua infra-estrutura e assistência técnica

Uma das vantagens em estar localizado neste município ou região é que facilita a contratação de mão-de-obra especializada no cultivo de flores e treinamento.

Uma das vantagens em estar localizado neste município e/ou região é que me proporciona a aproximação com outros produtores de flores, o que ajuda na solução de problemas relacionados ao meu negócio (produção e venda)

Uma das desvantagens em estar localizado neste município (região) que existe uma saturação das possibilidades de produção local, pois atrai produtores de outras regiões.

Uma das desvantagens em estar localizado neste município e/ou região que a localidade está sofrendo com a atração de novos produtores, que está deteriorando as fortes relações entre os produtores locais mais antigos.

Uma das desvantagens em estar localizado neste município e/ou região é que a alta concentração de produtores e de outros agentes de negócios aqui, pressiona os custos de produção para cima.

BLOCO 4

O numero de espécies que o Sr. pode cultivar é definida pela cooperativa ou associação a que pertence

A maior parte (ou a totalidade) de sua produção vai para a cooperativa ou associação de produtores que participo

A cooperativa distribui e comercializa seus produtos de maneira mais eficiente do que se não estivesse me associado a ela

A associação a que pertence, apesar de não atuar diretamente na comercialização dos seus produtos, auxilia bastante nessa etapa

A cooperativa estabelece os preços de venda e as condições para recebimento das vendas de seus produtos

A cooperativa estreita os laços de relacionamento e confiança entre os produtores

A cooperativa promove com frequência o treinamento/ capacitação dos produtores e/ou seus empregados

A cooperativa divulga com frequência os agentes e as linhas de financiamentos disponíveis.

O cooperativismo e/ou associativismo é fundamental para o bom desempenho de meus negócios (flores e plantas) nesta região


1. Prof.  Titular -Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC. e-mail: jpcnpereira@uesc.br

2. Profa. Livre-Docente – Escola Politécnica - Universidade de São Paulo, USP. Email: marçimc@poli.br


Vol. 36 (Nº 23) Año 2015

[Índice]

[En caso de encontrar algún error en este website favor enviar email a webmaster]