Espacios. Vol. 36 (Nº 20) Año 2015. Pág. 14

Qualidade de vida no trabalho de funcionários reabilitados em um abatedouro de frangos

Quality of life at work rehabilitated employees at a poultry slaughterhouse

Fabiano TAKEDA 1; Antônio Renato Pereira MORO 2, Natalia Fonseca DIAS 3

Recibido: 25/06/15 • Aprobado: 05/08/2015


Contenido

1. Introdução

2. Referencial teórico

3. Metodologia da Pesquisa

4. Resultados e Discussão

5. Considerações finais

Referências


RESUMO:

A reabilitação profissional é historicamente ligada a sistemas previdenciários como resposta pública à questão de incapacidades de trabalhadores. A qualidade de vida no trabalho - QVT em termos gerais prega a valorização do ser humano como trabalhador, na busca pelo equilíbrio entre empresa e empregado, por meio das exigências e capacidades. Considerando as necessidades de reabilitação de trabalhadores, o objetivo desta pesquisa foi avaliar e comparar os resultados da analise de QVT de trabalhadores reabilitados e trabalhadores de um setor produtivo para verificar se há condutas diferenciadas por parte da empresa entre os grupos pesquisados. Na análise comparativa utilizou-se um modelo adaptado de QVT proposto por Walton (1973). Para levantamento dos dados aplicou-se um questionário com 35 questões. Os dados foram tratados e analisados com o uso de estatistica. De acordo com os resultados viu-se que o grau de satisfação e insatisfação dos dois grupos analisados demonstra similaridade nos resultados e apresentam escores calculados aproximados. Conclui-se que não existem condutas diferenciadas que pudessem ser perceptiveis com a aplicação da ferramenta de avaliação de qualidade de vida no trabalho. Com relação ao teste de confiabilidade do instrumento adaptado e utilizado no estudo, os resultados do alfa de Cronbach calculados garantem confiabilidade interna.
Palavras chaves: Reabilitação, Qualidade de vida no trabalho (QVT), Abatedouro.

ABSTRACT:

Vocational rehabilitation is historically linked to social security systems as a public answer to the question of disability of workers. The quality of work life - QVT generally preaches the value of the human being as a worker in the search for balance between company and employee, through the requirements and capabilities. Considering the needs of rehabilitation workers, the aim of this study was to evaluate and compare the QVT analysis of the results of rehabilitated workers and workers in a productive sector to check for pipelines differentiated by the company between the groups surveyed. The comparative analysis used a adapted model QVT proposed by Walton (1973). For data collection was applied a questionnaire with 35 questions. Data were treated and analyzed using statistics. According to the results it was seen that the level of satisfaction and dissatisfaction of the two groups shows similarity in the results and present approximate calculated scores. It is concluded that there are different behaviors that could be perceptible to the implementation of quality of life assessment tool at work. Regarding the reliability of test instrument adapted and used in the study, the calculated Cronbach 's alpha internal reliability guarantee results.
Key words: Rehabilitation, quality of life at work (QVT), Slaughterhouse

1. Introdução

No momento econômico atual em consequência da acirrada concorrência, as empresas procuram manterem-se competitivas no mercado, em decorrência a esta condição a busca pela qualidade e produtividade tornou-se essencial.

De acordo com Walton (1973) as preocupações com a competitividade do mercado criam nas organizações um interesse de redesenhar a natureza de trabalho visando melhorar a produtividade para organização e qualidade de vida para seus trabalhadores.

Um dos meios utilizados para alcançar os níveis estabelecidos de produtividade nas empresas é a qualidade de vida dos trabalhadores, que de acordo com Ahrens et. al. (2015) organizações tem procurado desenvolver estratégias objetivando estabelecer uma harmonia entre a vida pessoal e profissional, destacando programas que promovam a (QVT).

Porem, para alcançar os níveis de produtividade esperados não basta ter apenas funcionários treinados e capacitados, locais de trabalho adequados e dentro dos padrões considerados favoráveis para atividade humana, a qualidade de vida no trabalho – QVT deve ser constante nas organizações, pois de acordo com  Walton (1973) a insatisfação com a vida profissional é um problema que interfere em todas as classes de trabalhadores, o que pode levar a desilusão com conseqüências custosas a vida individual e organizacional.

A QVT em termos gerais prega a valorização do ser humano como trabalhador, na busca pelo equilíbrio entre empresa e empregado, por meio das exigências e capacidades. Assim, a QVT passa a ser de responsabilidade tanto da empresa que deve subsidiar as condições que proporcionem a satisfação dos empregados, e dos empregados em aceitarem as condições quando favoráveis. De acordo com Lamb et. al. (2014) a QVT passa a ser tratada com maior importância nas organizações devido a preocupação dos gestores em proporcionar condições adequadas de trabalho.

Para avaliar a QVT em uma organização, há diversos modelos propostos na literatura que oferecem um referencial para a avaliação da satisfação dos trabalhadores, cada um enfatizando determinadas categorias e indicadores. Neste trabalho será utilizado para avaliação dos dados o modelo proposto por Richard Walton (1973), que abrange oito (08) dimensões para avaliação dos níveis de qualidade de vida dos trabalhadores.

2. Referencial teórico

2.1 O modelo de Walton

O modelo de Richard Walton (1973) através de pesquisas e entrevistas procura identificar os fatores e dimensões que afetam de maneira mais significativa o trabalhador na situação de trabalho. Walton inclui questões elementares da situação de trabalho que como importantes para o estudo da QVT.

Segundo Lima (1995) o modelo de Walton quando procurava associar a melhoria da QVT com a performance organizacional, identificando oito critérios que afetam de maneira mais significativa o trabalhador na situação de trabalho.

Contudo, Lima (1995) relata que o resultado da pesquisa pode ser alterado em função dos trabalhadores pesquisados e do ambiente diferenciado, gerando um conjunto distinto de critérios, ou seja, mudando o contexto, a hierarquia e a importância dos critérios e dimensões que influenciam a QVT.

Walton (1973) identifica que cada uma das categorias de QVT tem suas respectivas variáveis, as quais permitem analisar as principais características da QVT, podendo ser avaliada de acordo com o grau de satisfação dos trabalhadores com os fatores que interferem em seu bem-estar no trabalho. Walton (1973) ressalta, ainda, que novas categorias ou variáveis podem ser geradas, dependendo de aspectos situacionais do ambiente, ou seja, o modelo serve de base para nortear uma pesquisa, podendo ser enriquecido de outros critérios, levando em consideração as peculiaridades da empresa.

Operacionalmente as oito categorias do modelo de Walton (1973) podem ser definidas da seguinte forma:

  1. Compensação justa e adequada: Tem como objetivo avaliar a percepção dos trabalhadores em relação ao sistema de remuneração da empresa se está de acordo com suas expectativas diante o trabalho desenvolvido. As variáveis de avaliação são: remuneração adequada, equidade externa e equidade interna.
  2. Condições de trabalho seguras e saudáveis: Busca explorar a satisfação dos trabalhadores em relação às condições ambientais do local de desempenho das atividades. As variáveis de avaliação são: a jornada de trabalho razoável, ambiente físico sem riscos de acidentes e riscos de doenças ocupacionais, cargas de trabalho adequadas à capacidade física do trabalhador.
  3. Oportunidade para usar e desenvolver capacidades humanas: Esta categoria tem como finalidade mensurar as possibilidades que os trabalhadores têm em aplicar no dia-a-dia as suas aptidões e conhecimentos. As variáveis de avaliação são: autonomia no trabalho, uso de múltiplas capacidades e habilidades, informações sobre todo o processo de trabalho, significativo da tarefa e planejamento do trabalho.
  4. Oportunidade futura para o crescimento contínuo e de segurança: Tem como propósito avaliar as oportunidades que as organizações oferecem para o desenvolvimento e crescimento de seus colaboradores e para a estabilidade de emprego. As variáveis de avaliação são: desenvolvimento das potencialidades e aquisição de novos conhecimentos e habilidades, oportunidades de carreira e segurança no emprego.
  5. Integração social na organização de trabalho: O intuito desta categoria é medir o grau de integração social e o clima existente na organização. As variáveis de avaliação são: liberdade de preconceitos, igualdade de oportunidades, relacionamento interpessoal, senso comunitário e abertura interpessoal.
  6. Constitucionalismo na organização de trabalho: Tem como objetivo aferir o grau com que as organizações respeitam os direitos dos empregados. As variáveis de avaliação são: privacidade pessoal, liberdade de expressão, equidade e direitos trabalhistas.
  7. Trabalho e espaço total de vida: A finalidade desta categoria é mensurar o grau de integração social e clima existente na organização. As variáveis de avaliação são: equilíbrio entre os horários de trabalho, viagens, exigências de carreira, lazer e família, e poucas mudanças geográficas.
  8. A relevância social do trabalho na vida: E por fim esta categoria busca avaliar a percepção dos trabalhadores quanto a responsabilidade social da organização. As variáveis de avaliação são: imagem da organização, responsabilidade sobre os produtos e serviços, responsabilidade social da organização, prática de emprego.
  9. Nota-se que são oito categorias distintas que buscam avaliar subjetivamente a percepção dos trabalhadores de acordo com o grau de satisfação dos fatores propostos de QVT.

De acordo com Walton (1973) não há relações complexas entre as oito categorias, alguns pares tendem a ser positivamente correlacionados e outros apresentam aparente incoerência. Assim, as oito categorias convidam vários tipos de análise, incluindo a forma como cada atributo da qualidade de vida está relacionado com os outros, sendo que, na prática todos levam a produtividade. O modelo pode ser adaptado às peculiaridades e aos objetivos da pesquisa.

Em função da diversidade de conceituações para a QVT, o termo tem sido considerado um grande desafio para as organizações e estudiosos. Quirino e Xavier apud Fernandes (1996) argumentam que a pesquisa de QVT não é tarefa fácil, em função da diversidade das preferências humanas e diferenças individuais, dos valores pessoais e o grau de importância que cada trabalhador dá a suas necessidades.

O modelo de Walton (1973) é considerado um artigo clássico por ter fornecido um modelo de análise de experimentos importantes sobre a QVT. Este modelo foi selecionado para desenvolvimento da pesquisa devido à amplitude dos seus oito critérios para o estudo da QVT e por conceituar as necessidades humanas.

2.2 Reabilitação Profissional

De acordo com Takahashi et. al. (2010) a prática da reabilitação profissional é historicamente ligada a sistemas previdenciários como resposta pública à questão de incapacidades de trabalhadores. Ainda segundo os mesmos autores o papel estratégico dos programas de reabilitação profissional é de reduzir o tempo de duração de concessão de benefícios por incapacidade no intuito de restabelecer o mais rápido possível a condição de contribuinte.

No Brasil a reabilitação profissional é um serviço da Previdência Social, prestado pelo INSS – Instituto Nacional de Seguro Social, que tem como objetivo proporcionar reeducação ou readaptação profissional para o retorno ao trabalho de segurados incapacitados por doenças ou acidentes.

Segundo a Previdência Social (20015) a reabilitação é destinada para aqueles que perderam a capacidade laborativa causado por algum evento, de acordo com as seguintes condições:

  1. Segurados que recebem auxílio-doença previdenciário (sem relação com o seu trabalho) ou acidentário (resultante de um acidente de trabalho);
  2. Segurados sem carência para auxílio-doença previdenciário, considerados incapazes para o trabalho;
  3. Segurados em gozo de aposentadoria especial, por tempo de contribuição ou idade que, em atividade laborativa, tenham reduzida sua capacidade funcional em decorrência de doença ou acidente;
  4. Aposentados por invalidez;
  5. Dependentes, de acordo com as disponibilidades administrativas, técnicas, financeiras e as condições da unidade de atendimento da Previdência Social;
  6. Pessoas com deficiência, sem vínculo com a Previdência Social, por intermédio de convênios e/ ou acordos de cooperação técnica (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2015).

Também deve ser destacado a Lei nº 8.213 de 24 de Julho de 1991 que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social referente a reabilitação profissional.

Cita-se no artigo Artigo 93 desta lei que a empresa com 100 ou mais empregados está obrigada a preencher de dois por cento a cinco por cento dos seus cargos, com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas na seguinte proporção apresentado na tabela 1 abaixo.

Item

Número de empregados

Número de reabilitados

I

até 200 empregados

2%

II

de 201 a 500 empregados

3%

III

de 501 a 1000 empregados

4%

IV

de 1001 em diante

5%

Tabela 1. Número de reabilitados por tamanho de quadro de trabalhadores.
Fonte: Artigo 93 da Lei nº 8.213 (1991).

Ressalta-se que além de haver todo um serviço de busca de reabilitação de trabalhadores por parte de algumas empresas e trabalhadores, verifica na tabela 1 que há fundamento legal no Brasil que exige a contratação de trabalhadores reabilitados em empresas com número superior a 100 funcionários contratados.

Considerando o quadro atual da empresa de aproximado 1250 trabalhadores registrados em Maio de 2015, o número total de reabilitados e/ou portadores de deficiência deve ser de 5%, ou seja, 63 funcionários. Porem vale destacar que para esta pesquisa foram avaliados apenas os trabalhadores reabilitados, não sendo avaliados os portadores de deficiência que empresa possue em seu quadro de funcionários.

 

3. Metodologia da Pesquisa

Esta seção tem como objetivo expor o método utilizado para coleta e análise dos dados para realização do estudo proposto. Buscando alcançar os objetivos deste trabalho, o método utilizado foi caracterizado como exploratório-descritivo.

De acordo com Lakatos e Marconi (2007) a pequisa sempre parte de um tipo de problema, de uma interrogação. Buscando responder a problematica, o objetivo desta pesquisa foi avaliar e comparar os resultados da análise de QVT de trabalhadores reabilitados e trabalhadores de um setor denomidado miúdos, ambos os grupos do mesmo abatedouro de frangos. Tal necessidade foi caracterizada em verificar se há condutas diferenciadas por parte da empresa entre os grupos pesquisados e se estas condutas podem ser perceptíveis nos resultados de uma avaliação de QVT.

Por fim, os resultados serão avaliados conforme modelo adpatado por Timossi et. al. (2009) e serão analisados com o uso de estatistica e teste de consistênsia do instrumento.

3.1 Universo e amostra

Adotando os critérios propostos por Vergara (2007) de amostra, o universo da pesquisa de campo foi todos os trabalhadores reabilitados ativos no frigorífico e os trabalhadores do setor de seleção e empacotamento de miúdos de frangos. O setor foi selecionado devido comportar o maior número (36,4%) de trabalhadores reabilitados exercendo atividades similares aos demais trabalhadores.

Ressalta-se que os 06 reabilitados participantes do estudo enquadram na condição de segurados que recebem auxílio-doença previdenciário (sem relação com o seu trabalho) ou acidentário (resultante de um acidente de trabalho);

Quanto à seleção dos sujeitos, que segundo Vergara (2007) são as pessoas que forneceram os dados necessários à pesquisa, os sujeitos da pesquisa foram todos os trabalhadores do setor de miúdos, totalizando 14 participantes e 06 trabalhadores reabilitados ativos dividos em setores da empresa, sendo eles: empacotamento de miúdos, higienização, plataforma e fábrica de farinha e óleos, todos estes são setores que compoem de etapas de processamento no abate de frangos.

3.2. Coleta de dados

Para a coleta de dados foi utilizado a observação, o questionário e o formulário, sendo que todos foram utilizados simultaneamente no estudo. Para coleta de dados foi disponibilizada a ajuda da ergonomista da empresa, que contribuiu no agendamento, controle e aplicação dos questionários. Para preenchimento dos questionários todos trabalhadores e reabilitados foram orientados da mesma forma, a fim de seguirem o mesmo padrão no preenchimento dos dados, embasados em uma mesma metodologia. A coleta de dados ocorreu na segunda semana de Abril de 2015 durante a jornada de trabalho dos participantes.

A coleta de dados ocorreu dentro e fora da linha de produção. Inicialmente foram levantados os dados demográficos de todos trabalhadores reabilitados ativos. Em seguida foi selecionado o setor a ser analisado para servir como grupo de comparação dos resultados sendo realizado o mesmo levantamento demográfico e posteriormente apliacação do questionarío de QVT.

Por fim, na coleta de dados, um a um dos trabalhadores reabilitados e trabalhadores do setor de miúdos foram retirados dos seus setores para aplicação do questionário de QVT.

3.3. Instrumentos utilizados na coleta e tratamento de dados

Para coleta dos dados foi utilizado o questionário adaptado de Walton com 08 itens de avaliação e 35 subitens. Cada subitem foi pontuado de acordo com uma escala do tipo Likert, polarizada em cinco pontos, conforme tabela abaixo.

Variáveis de QVT

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Nem satisfeito Nem insatisfeito

Satisfeito

Muito satisfeito

Grau numérico

1

2

3

4

5

Tabela 2. Escala de Níveis de Satisfação.
Fonte: Adaptado de Fernandes (1996).

Os dados foram tratados por estatística. Para cada item assinalado na resposta dada pelos participantes foram atribuídos valores de 1 a 5 e em seguida calculado o Escore conforme método proposto por Timossi et. al. (2009) em seu estudo.

A adaptação do modelo de Walton proposto por Timossi et. al. (2009), representado na figura 1 abaixo, analisa os resultados das avaliações do questionário de Walton classificando-os a partir de uma escala de 0 a 100 pontos, onde os valores 25 e 75 representam pontos de referência para a classificação dos indicadores de QVT.

Figura 1. Escala de Níveis de Satisfação.
Fonte: Timossi et. al. (2009).

Timossi et. al. (2009) relata em seu estudo que as setas unilaterais indicam o sentido da tendência do resultado; ou seja, seccionando-se cada intervalo de 25 pontos em quatro segmentos de 6,25 pontos, os valores contidos nestes segmentos podem apresentam as tendências para outra classificação da percepção dos trabalhadores.

Como referência para avaliação dos resultados foi utilizado a tabela 3 abaixo, também proposta por Timossi et. al. (2009), onde verifica-se com os resultados das avaliações as possíveis classificações da QVT em seus respectivos intervalos.

Intervalo

Resultado

0 a 6,25

Muito Insatisfatório

6,26 a 18,75

18,76 a 25

25,01 a 31,25

Insatisfatório

31,26 a 43,75

43,76 a 50

50,01 a 56,25

Satisfatório

56,26 a 68,75

68,76 a 75

75,01 a 81,25

Muito Satisfatório

81,26 a 93,75

93,76 a 100

Tabela 3. Escala de Níveis de Satisfação da QVT.
Fonte: Timossi et. al. (2009).

Os resultados foram analisados conforme os intervalos propostos por Timossi et. al. (2009) para classificar a percepção dos trabalhadores de ambos os grupos avaliados. Ainda de acordo com Timossi et. al. (2009) quantificar algo subjetivo é possível com a construção de um modelo racional de pensamento.

Para verificar a confiabilidade do teste, foram calculadas estatisticamente as médias e variância de cada item do questionário de QVT. Em seguida foram calculadas as médias e variância por individuo.

Posteriormente foi calculado o Coeficiente Alfa de Cronbach (α) que é uma medida comumente utilizada de confiabilidade (ou seja, a avaliação da consistência interna dos questionários) para um conjunto de dois ou mais indicadores de construto (Bland; Altaman, 1997).

Os valores de α variam de 0 a 1,0; quanto mais próximo de 1, maior confiabilidade entre os indicadores. O uso de medidas de confiabilidade, como o Alfa de Cronbach, não garante unidimensionalidade ao questionário, mas assume que ela existe.

Para verificar a consistência do instrumento, Freitas e Rodrigues (2005) sugerem uma escala, conforme Tabela 4 abaixo, para análise do coeficiente de Alfa de Cronbach.

Valor de α

Confiabilidade

a ≤0,30

Muito baixa

0,30<a ≤0,60

Baixa

0,60<a ≤0,75

Moderada

0,75<a ≤0,90

Alta

a >0,90

Muito alta

Tabela 4. Escala de confiabilidade do Alfa de Cronbach.
Fonte: Freitas e Rodrigues (2005).

Considerando a escala de confiabilidade do Alfa de Crombach proposta por Freitas de Rodrigues (2005) conforme tabela acima, os resultados da pesquisa foram analisados por grupo de pesquisa observando qual o valor de Alfa para verificar a confiabilidade do instrumento aplicado neste estudo.

4. Resultados e Discussão

4.1 Perfis dos trabalhadores reabilitados

Os trabalhadores reabilitados participantes da pesquisa detêm as seguintes características sociodemográficas: quanto à função, 83,3% possuem cargo de industriário, 16,7% possuem o cargo de supervisor. Quanto ao sexo, 33,3% feminino e 66,7% masculino. Em relação a faixa etária, 16,7% se encontram na idade de 31 a 35 anos, 16,7% se encontram na idade de 36 a 40 anos e 33,3% se encontram na idade de 46 a 50 anos. Em relação ao tempo de serviço na empresa, 16,7% estão entre 5 a 10 anos e 83,3% estão entre 10 a 20 anos. Quanto ao grau de instrução, 50% possuem primeiro grau incompleto, 16,7% possuem primeiro grau completo e 33,3% possuem segundo grau completo. Quanto ao estado civil, 16,7% solteiros e 83,3% casados.

Em síntese, os perfis dos trabalhadores reabilitados possuem predominância do sexo masculino, faixa de idade entre 46 a 50 anos, tempo de serviço de 10 a 20 anos, primeiro grau incompleto, predominância de estado civil casado.

4.2 Perfis dos trabalhadores do setor de miúdos

Os trabalhadores do setor de miúdos participantes da pesquisa detêm as seguintes características sociodemográficas: quanto à função, 92,9% possuem cargo de industriário, 7,1% possuem o cargo de supervisor. Quanto ao sexo, 71,4% feminino e 28,6% masculino. Em relação a faixa etária, 28,6% possuem até 25 anos, 14,3% se encontram na idade de 26 a 30 anos, 21,4% se encontram na idade de 31 a 35 anos, 14,3% se encontram na idade de 36 a 40 anos, 14,3% se encontram na idade de 41 a 45 anos e 7,1% se encontram na idade de 46 a 50 anos. Em relação ao tempo de serviço na empresa, 57,1% com até 02 anos, 7,1% estão entre 2 a 5 anos, 21,4% estão entre 5 a 10 anos e 14,3% estão entre 10 a 20 anos. Quanto ao grau de instrução, 42,9% possuem primeiro grau incompleto, 7,1% possuem primeiro grau completo, 14,3 possuem segundo grau incompleto, 28,6% possuem segundo grau completo e 7,1% possuem terceiro grau completo. Quanto ao estado civil, 57,1% solteiros, 28,6% casados e 14,3% concubinato.

Em síntese, os perfis dos trabalhadores do setor de miúdos possuem predominância do sexo feminino, faixa de idade até 25 anos, tempo de serviço com até 02 anos, primeiro grau incompleto, predominância de estado civil solteiro.

Em relação ao perfil dos trabalhadores reabilitados e trabalhadores do setor de miúdos nota-se elevada diferença de idade, tempo de serviço e estado civil. Percebe-se que os trabalhadores reabilitados têm maior idade e consecutivamente maior tempo de prestação de serviço na empresa.

4.3 Avaliações de qualidade de vida no trabalho

A seguir apresentam-se as tabelas e discussão dos resultados da pesquisa elaborada com os critérios adaptados do modelo de qualidade de vida no trabalho de Walton. Nestas tabelas estão representados os resultados da percepção dos trabalhadores reabilitados e dos trabalhadores do setor de miúdos conforme resposta às perguntas de cada item do modelo de QVT utilizado. Os resultados foram avaliados calculando o escore das respostas conforme modelo adaptado e validado por Timossi et. al. (2009).

Os resultados apresentados na tabela 5 apresentam a percepção de ambos os grupos pesquisados em relação a compensação justa e adequada. O modelo adaptado contem 4 subitens.

Indicadores

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Neutro

Satisfeito

Muito satisfeito

Escore

Reabilitados

11

6

3

3

1

22,5

Trabalhadores

6

24

14

10

2

31,6

Tabela 5. Compensação justa e adequada.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Na avaliação do item compensação justa e adequada verifica-se no escore com resultado de 22,5 que a percepção dos reabilitados está muito insatisfatória enquanto que no escore com resultado de 31,6 a percepção dos trabalhadores do setor miúdos está insatisfatória. Diante os resultados verifica-se que empresa não atribui compensação diferenciada que seja perceptível para os reabilitados e para os trabalhadores do setor de miúdos. Neste quesito de QVT os resultados demonstram que os reabilitados possuem uma percepção mais insatisfatória que os trabalhadores do setor de miúdos. Para ambos os grupos a percepção dos trabalhadores ficaram proximas em relação ao sistema de remuneração da empresa que ficou considerado de insatisfatório para muito insatisfatório.

Abaixo segue a tabela 6 com resultados das condições de trabalho. O modelo adaptado contem 6 subitens.

Indicadores

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Neutro

Satisfeito

Muito satisfeito

Escore

Reabilitados

11

6

8

8

3

51,7

Trabalhadores

10

22

22

24

6

59,3

Tabela 6. Condições de trabalho.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Na avaliação do item condições de trabalho nota-se nos escores calculados com resultados de 51,7 e 59,3 que a percepção dos reabilitados e dos trabalhadores do setor miúdos, que ambos percebem este item como satisfatório. Os resultados apontam que para ambos os grupos entrevistados a percepção é que a empresa atende satisfatoriamente aos quesitos das condições de trabalho em relação à jornada de trabalho, carga de trabalho, ambiente físico seguro e salubre.

Abaixo segue a tabela 7 com resultados do uso e desenvolvimento de capacidades. O modelo adaptado contem 5 subitens.

Indicadores

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Neutro

Satisfeito

Muito satisfeito

Escore

Reabilitados

2

5

3

17

3

67,5

Trabalhadores

4

14

12

30

10

64,6

Tabela 7. Uso e desenvolvimento de capacidades.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Referente ao uso e desenvolvimento de capacidades com escores calculados com resultados de 67,5 e 64,6 afirma-se que a percepção dos reabilitados e dos trabalhadores do setor miúdos, que ambos percebem este item como satisfatório. Os resultados para ambos os grupos entrevistados apresentam que a empresa atende satisfatoriamente aos quesitos de mensurar as possibilidades que os reabilitados e os trabalhadores do setor de miúdos têm em aplicar no seu dia-a-dia seus conhecimentos e aptidões profissionais.

Abaixo segue a tabela 8 com resultados da oportunidade de crescimento e segurança. O modelo adaptado contem 4 subitens.

Indicadores

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Neutro

Satisfeito

Muito satisfeito

Escore

Reabilitados

2

4

8

10

0

43,2

Trabalhadores

8

14

14

18

2

37,9

Tabela 8. Oportunidade de crescimento e segurança.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

No item oportunidade de crescimento e segurança nota-se nos escores calculados com resultados de 43,2 e 37,9 que a percepção dos reabilitados e dos trabalhadores do setor miúdos, que ambos percebem este item como insatisfatório. Pode-se confirmar com os resultados que para ambos os grupos entrevistados a percepção é que a empresa não atende satisfatoriamente as oportunidades para desenvolvimento de seus trabalhadores e para a estabilidade no emprego.

Abaixo segue a tabela 9 com resultados referentes a integração social na organização. O modelo adaptado contem 4 subitens.

Indicadores

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Neutro

Satisfeito

Muito satisfeito

Escore

Reabilitados

1

4

2

11

6

61,8

Trabalhadores

4

6

12

26

8

54,2

Tabela 9. Integração social na organização.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Na avaliação do item integração social na organização com os escores calculados com resultados de 61,8 e 54,2 afirma-se que a percepção dos reabilitados e dos trabalhadores do setor miúdos, que ambos percebem este item como satisfatório. Os resultados apontam que para ambos os grupos entrevistados a percepção é que a empresa atende satisfatoriamente o grau de integração social e o clima existente na organização.

Abaixo segue a tabela 10 com resultados sobre o constitucionalismo. O modelo adaptado contem 4 subitens.

Indicadores

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Neutro

Satisfeito

Muito satisfeito

Escore

Reabilitados

2

3

10

8

1

44,3

Trabalhadores

2

16

16

20

2

42,1

Tabela 10. Constitucionalismo.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Na avaliação do item constitucionalismo com os escores calculados com resultados de 44,3 e 42,1 nota-se que a percepção dos reabilitados e dos trabalhadores do setor miúdos, que para ambos este item é insatisfatório. Os resultados apontam que para ambos os grupos entrevistados a percepção é que a empresa não atende satisfatoriamente o grau com que a organização respeita os direitos do empregado.

Abaixo segue a tabela 11 com resultados referentes ao trabalho e o espaço total de vida. O modelo adaptado contem 3 subitens.

Indicadores

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Neutro

Satisfeito

Muito satisfeito

Escore

Reabilitados

1

6

1

7

3

38,5

Trabalhadores

0

10

12

18

2

35,5

Tabela 11. O trabalho e o espaço total de vida.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Na avaliação do item o trabalho e o espaço total de vida com escores calculados com resultados de 38,5 e 35,5 afirma-se que a percepção dos reabilitados e dos trabalhadores do setor miúdos, percebem este item como insatisfatório. Os resultados apontam que para ambos os grupos entrevistados a percepção é que a empresa não atende satisfatoriamente o equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal do empregado.

Abaixo segue a tabela 12 com resultados da relevância social do trabalho na vida. O modelo adaptado contem 5 subitens.

Indicadores

Muito insatisfeito

Insatisfeito

Neutro

Satisfeito

Muito satisfeito

Escore

Reabilitados

2

8

6

11

3

58,0

Trabalhadores

2

18

12

28

10

63,5

Tabela 12. Relevância social do trabalho na vida.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Os resultados do item relevância social do trabalho na vida com  escore calculado com resultado de 58,0 identifica que a percepção dos reabilitados está muito satisfatório enquanto no escore calculado com resultado de 63,5 que a percepção dos trabalhadores do setor miúdos está satisfatória. Os resultados apontam que a percepção é que a empresa atende satisfatoriamente quanto à responsabilidade social da organização, relacionamento com os empregados, ética e qualidade de seus produtos e serviços.

Em geral os resultados demontram claramente que não há percepção de condutas diferenciadas nos itens de QVT em relação a trabalhadores reabilitados e trabalhadores do setor avaliado na pesquisa. Pode-se confirmar nos resultados graus de insatisfação para ambos os grupos em quatro itens de avaliação do modelo de QVT utilizado, sendo eles: Compensação justa e adequada; Oportunidade de crescimento e segurança; Constitucionalismo e O trabalho e o espaço total de vida. Em suma os resultados demonstram que para ambos os grupos eles são mal remunerados, tem pouca oportunidade de crescimento, são inseguros em relação aos seus empregos, a empresa não respeita seus direitos e o trabalho ocupa mais tempo do que vida pessoal.

Por outro lado, nota-se nos resultados graus de satisfação para ambos os grupos em quatro itens de avaliação, sendo eles: Condições de trabalho; Uso e desenvolvimento de capacidades; 5. Integração social na organização e Relevância social do trabalho na vida. Em suma, para ambos os grupos as condições do ambiente de trabalho são boas, eles podem aplicar no dia-a-dia seus conhecimentos e aptidões profissionais, é satisfatória a integração social, o clima existente na organização, a responsabilidade social da organização, o relacionamento com os empregados, a ética e qualidade de seus produtos e serviços.

4.4 Testes de Consistência do Instrumento de Avaliação

Para validar a confiabilidade do teste, ou seja, a avaliação da consistência interna dos questionários utilizados na pesquisa, abaixo segue tabelas com resultados tabulados dos dados das respostas dos trabalhadores reabilitados para realização do cálculo do alfa de Cronbach, modelo proposto para medir a correlação entre as respostas em um questionário através da análise do perfil das respostas dadas pelos respondentes.

Reabilitados

1

2

3

4

5

6

7

8

Total

49,0

94,0

106,0

74,0

89,0

75,0

59,0

95,0

Média

8,2

15,7

17,7

12,3

14,8

12,5

9,8

15,8

Variância (S2)

21,4

27,5

10,3

3,1

7,8

7,5

13,0

11,0

Tabela 13. Pontuação por critérios de QVT.

Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Na tabela 13 encontra-se os resultados totais das respostas dos oito reabilitados participantes do estudo, resultado da média e da variância dos itens individuais conforme requisitos para cálculo do alfa de Cronbach.

Continuando o cálculo do alfa de Cronbach, na tabela 14 abaixo são apresentados os resultados totais de cada individuo pesquisado, resultado da média dos resultados individuais e variância de cada individuo participante do estudo.

Reabilitados

1

2

3

4

5

6

Média

Total

132

107

77

110

91

124

106,83

Variância (S2)

126,706

0,00578

177,966

2,00978

50,1178

58,9618

 

Tabela 14. Pontuação por amostras.
Fonte: Dados da pesquisa (2015).

Seguindo a sequência do estudo, os dados foram aplicados na formula de alfa de Cronbach, conforme ilustração abaixo.

Figura 2. Fórmula de Alfa de Cronbach.
Fonte: Freitas e Rodrigues (2005).

Legenda: Nomenclaturas – α = Alfa de Cronbach; k = Corresponde ao número de itens (perguntas) do questionário; S2i = Corresponde à variância de cada item; S2t = Corresponde à variância total do questionário (soma das variâncias dos avaliadores).

O resultado calculado para o alfa de Cronbach do grupo de trabalhadores reabilitados foi de α = 0,864.

Para os resultados avaliados dos trabalhadores do setor de miúdos, foram realizados os cálculos conforme demonstrados anteriormente, os resultados da pesquisa apresentaram valor do alfa de Cronbach para os trabalhadores do setor de miúdos de α = 0,931.

Com base na classificação dos valores de alfa de Cronbach proposta por Freitas e Rodrigues (2005) pode-se afirmar que para o resultado α = 0,864 do grupo dos trabalhadores reabilitados, está classificado como confiabilidade ALTA e para o resultado avaliado dos trabalhadores do setor de miúdos com α = 0,931 está classificado com confiabilidade MUITO ALTA, portanto, confirma-se em ambos os casos que o instrumento adaptado e utilizado neste estudo garante confiabilidade interna conforme resultados apresentados.

5. Considerações finais

Primeiramente pode-se concluir que o objetivo da pesquisa que foi avaliar e comparar os resultados da análise de qualidade de vida no trabalho entre trabalhadores reabilitados e trabalhadores de um setor produtivo de um frigorífico foi alcançado.

Conforme resultados dos 8 itens avaliados do modelo de QVT não foi perceptivel diferenças em nenhum dos itens entre os grupos pesquisados. Para grau de insatisfação em ambos os grupos os resultados apontam a percepção similar, entre eles: Compensação justa e adequada;  Oportunidade de crescimento e segurança; Constitucionalismo e O trabalho e o espaço total de vida.

Em suma a percepção de insatisfação de ambos os grupos é de que são mal remunerados, tem pouca oportunidade de crescimento, são inseguros em relação aos seus empregos, a empresa não respeita seus direitos e o trabalho ocupa mais tempo do que vida pessoal.

O mesmo ocorre com os resultados com graus de satisfação, há similaridade nas respostas para ambos os grupos nos itens: Condições de trabalho; Uso e desenvolvimento de capacidades; Integração social na organização e Relevância social do trabalho na vida. A percepção é que as condições do ambiente de trabalho são satisfatórias, eles podem aplicar nos dia-a-dia seus conhecimentos e aptidões profissionais, há integração social satisfatória, o clima existente na organização, a responsabilidade social da organização, o relacionamento com os empregados, a ética e qualidade de seus produtos e serviços.

Nota-se que os itens que apontam insatisfação e satisfação nos grupos pesquisados foram similares e que os escores calculados ficaram próximos não sendo possivel notar condutas diferenciadas que pudesse ser perceptivel com a aplicação da ferramenta de avaliação de qualidade de vida no trabalho.

Com relação ao teste de confiabilidade do instrumento adaptado e utilizado no estudo, os resultados do alfa de Cronbach dos reabilitados com α = 0,864 está classificado como confiabilidade ALTA e para os resultados avaliados dos trabalhadores do setor de miúdos com α = 0,931 está classificado com confiabilidade MUITO ALTA. Ou seja, pode-se confirmar em ambos os casos que o modelo adpatado de QVT garante confiabilidade interna.

Por fim, não menos importante, cabe resaltar dois pontos relevantes que surgiram no estudo. Primeiro o número baixo de trabalhadores reabilitados na empresa, haja vista que em função do seu quadro atual de trabalhadores esse número legalmente seria de 63 trabalhadores no mímino, mesmo levando em consideração que esse número pode ser complementado por Portadores de Deficiência. Em segundo, nota-se que a faixa de idade é elevada, pois se apresenta entre 46 a 50 anos e o tempo de serviço é alto classificado entre 10 a 20 anos. Ou seja, não foram evidenciados trabalhadores jovens e com baixo tempo de prestação de serviço na empresa.

Referências

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Lima,I.S., (1995) Qualidade de vida no trabalho na construção de edificações: avaliação do nível de satisfação dos operários de empresas de pequeno porte. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia de Produção, Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

Ministério da Previdência Social. Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho – AEAT Infologo (base de dados históricos de acidentes de trabalho). Disponível em: <http://www3.dataprev.gov.br/aeat/> Acesso em: 02/03/2015.

Takahashi, M.A.B.C.; Simonelli, A.P.; Souza, H.P.; Mendes, R.W.B.; Alvarenga, M.V.A. (2010) "Programa de reabilitação profissional para trabalhadores com incapacidades por LER/DORT: relato de experiência do Cerest–Piracicaba", SP. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, 35 (121): p. 100-111.

Timossi, L. S. Pedroso, B.; Pilatti, L.A.; Francisco, A.C.; (2009) "Adaptação do modelo de Walton para avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho", Revista da Educação Física, Maringá, v. 20, n. 3, p. 395-405.

Vergara, S.C. (2007) Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 8. ed. – São Paulo: Atlas.

Walton, R.E. (1973) "Quality of Working Life: What Is It?" Sloan Management Review, Cambridge: V. 15, nº 1, p. 11-21.


1. Doutorando em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Email: takeda.f@bol.com.br
2.  Professor Doutor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Brasil. Email: renato.moro@ufsc.br
3. Pós graduanda em Ergonomia, Faculdade Inspirar, Brasil. Email: nataliaadias@hotmail.com


 

Vol. 36 (Nº 20) Año 2015

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