Espacios. Vol. 36 (Nº 12) Año 2015. Pág. 10

Aprendizagem de Redes: uma análise bibliométrica

Learning Networks: a bibliometric analysis

João Ferreira de SANTANNA-FILHO 1; Rosângela Borges PIMENTA 2; Isadora Castelo Branco SAMPAIO de Santanna 2; Fernando José SPANHOL 3

Recibido: 09/03/15 • Aprobado: 03/05/2015


Contenido

1. Introdução

2. Fundamentação Teórica

3. Procedimentos Metodológicos

4. Resultados

5. Considerações Finais

Referências


RESUMO:
A aprendizagem de redes vem, aos poucos, provocando mudanças no contexto organizacional. A relevância do tema tem surgido de um movimento cada vez maior de formação de redes de cooperação entre organizações, tal fenômeno tem recebido atenção de pesquisadores de diversas áreas. O objetivo do artigo é obter um panorama teórico sobre aprendizagem de redes no contexto da aprendizagem organizacional. A partir de uma revisão sistemática em bases de dados internacionais, levantou-se por meio de análise bibliométrica vários indicadores que apontaram as principais tendências, abordagens e grupos de pesquisa nessa área do conhecimento.
Palavras-chave: Aprendizagem de Redes, Aprendizagem Organizacional, Pesquisa Bibliométrica.

ABSTRACT:
Learning networks has caused changes in the organizational context. The relevance of the topic for organizations has emerged from an increase movement of cooperative networks between organizations, this phenomena has received attention from researchers of different areas. The objective of this paper is to obtain an overview on theoretical learning networks in the context of organizational learning. From a systematic review in international databases, using a bibliometric analysis of scientific publications to point numerous indicators as major tendencies, approaches and lead authors in this research area.
Key-words: Learning Networks, Organizational Learning, Bibliometric Research.

1. Introdução

Diversas pesquisas realizadas e focadas nas rápidas e profundas mudanças na dinâmica organizacional têm sido exploradas nos últimos anos. Diante de um cenário cada vez mais instável, as tentativas de identificar metodologias, modelos e práticas eficazes que possam trazer vantagem competitiva às organizações são frequentes.

Na busca por um diferencial e por melhorar, aperfeiçoar e otimizar processos produtivos e serviços, as organizações estão identificando a necessidade de um processo contínuo de aprendizagem intra organizacional, de forma a estabelecer um diferencial.

A aprendizagem organizacional permite, às organizações, a entrada e saída de um fluxo contínuo de conhecimento entre os seus colaboradores, incrementando e aperfeiçoando o seu capital intelectual.

Na visão de Knight (2002), um processo chave neste cenário é aprender. A autora argumenta que a aprendizagem pode ser extremamente vantajosa não apenas no nível individual, grupal e organizacional, mas também um quarto nível de sistema que está ocorrendo: a aprendizagem interorganizacional.

Knight e Pye (2005) complementam este pensamento enfatizando que a noção de aprendizagem de redes pode ser tão útil para a teoria e a prática sobre redes interorganizacionais como a aprendizagem organizacional tem se mostrado para a compreensão das organizações.

Com base neste contexto, o artigo objetiva obter um panorama teórico sobre aprendizagem de redes no tema de aprendizagem organizacional. Para tanto, o procedimento metodológico utilizado foi a revisão sistemática, onde os dados foram levantados por meio de uma análise bibliométrica, dividida em duas etapas; Na primeira etapa, os objetivos específicos foram: mapear das publicações científicas dessa temática em busca dos principais autores, trabalhos com maior impacto, identificar os principais periódicos de divulgação, como também a análise de índice de citações dentro de uma coleção, em bases de dados internacionais. Na segunda etapa: identificar informações bibliométricas (principais autores, periódicos, referências e índices de citações); agrupar os estudos teóricos sobre o tema separadamente dos estudos empíricos; analisar os critérios adotados para formação dos grupos; identificar a quantidade de artigos dos grupos e apresentar os resultados das análises dos grupos.

Visando cumprir aos objetivos propostos da pesquisa, o artigo está estruturado em seis seções. Na presente seção são apresentados os aspectos introdutórios referentes à pesquisa, tais como: apresentação do cenário atual e relevância do tema, os objetivos e estrutura do trabalho. Na seção dois, são apresentados os pressupostos teóricos e conceituais sobre aprendizagem organizacional e aprendizagem de redes. Na terceira seção estão os procedimentos metodológicos da pesquisa. Na seção quatro, são discutidos os resultados da pesquisa. Já na quinta seção estão as considerações finais. Finaliza-se com as referências utilizadas no estudo em questão.

2. Fundamentação Teórica

A fundamentação teórica do presente estudo está pautada por artigos publicados em journals, de grande reconhecimento na comunidade científica. Posteriormente os estudos selecionados pela análise bibliométrica serão tratados, como grupos de artigos, segundo à sua relevância para as temáticas de aprendizagem de redes e aprendizagem organizacional.

2.1.Aprendizagem Organizacional

A aprendizagem organizacional, de forma geral, está relacionada com a aprendizagem no contexto de grupos ou pares de organizações que estão ativamente em cooperação.(Croom e Batchelor,1997; Crossan, et. al 1995; Levinson e Asashi,1995 in Knight 2002).

A concepção de Crossan et al.(1995) in Knight (2002) é identificada pelo entendimento de autores especialistas nesta área em três dimensões: a unidade de análise, a mudança cognitiva e a ligação entre aprendizagem e desempenho. Por unidade de análise, eles citam três níveis que estão bem estabelecidos na literatura: individual, grupal e organizacional. A mudança cognitiva refere-se à mudança de comportamento. A ligação entre aprendizagem e desempenho é considerada por ser mais que a soma de aprendizado individual ou grupal que constituem a organização. Os resultados organizacionais são mudanças nos sistemas, estruturas, procedimentos e cultura, mudando assim os padrões de ação e comportamento da organização, tais como rotinas e estratégias.

2.2 Aprendizagem de Redes

O tema aprendizagem de redes tem despertado a atenção dos estudiosos na área de gestão organizacional. Esforços colaborativos interorganizacionais agora são  comumente reconhecidos como essenciais para o desempenho eficaz. (Hakansson e Snehota,(1995);Provan e Milward,(1995) in Knight (2002). (essa citação não seria Apud?)

Knight (2002) defende que aprendizagem de rede se efetiva quando há indícios de que o aprendizado foi incorporado pelas organizações como um todo. O autor salienta que há distinção entre redes de aprendizagem e aprendizagem de redes, semelhante ao processo que é realizado entre as organizações de aprendizagem e aprendizagem organizacional. Para o autor existem poucas pesquisas sobre aprendizagem organizacional ou redes de aprendizagem no contexto da aprendizagem de redes, pois os autores tendem a não se concentrar sobre a rede como aluno, mas a rede como o contexto para a aprendizagem. Um aspecto essencial do processo de aprendizagem de rede é a interação entre os membros desta. Apenas quando, por meio da interação entre empresas, o aprendizado torna-se incorporado como uma receita industrial, o mesmo seria visto como aprendizagem de rede.

Knight e Pye (2004) salientam que aprendizagem de rede nem sempre tem conotação exclusivamente positiva, pois os processos podem envolver conflitos, abuso de poder, desconfiança e etc.

3. Procedimentos Metodológicos

Para a condução da pesquisa bibliométrica, foram seguidos os procedimentos metodológicos similares de dois estudos: Machado (2007) e Santos, Maldonado et al. (2011).

Tal pesquisa bibliométrica foi desenvolvida em três fases principais: (1) Planejamento com a montagem de protocolo de busca sistemática, (2) Condução da pesquisa com coleta, filtragem e padronização dos dados e (3) Relato com a análise e síntese dos dados coletados com confecção de relatório dos resultados.

FasesEstadoArte

Figura 1- Fases da pesquisa sistemática de literatura.
Fonte: Autores.

Na primeira fase efetuou-se o planejamento de como conduzir a pesquisa, para isso foi elaborado um protocolo de busca sistemática que descreve a temática da revisão: o objetivo principal da busca, os objetivos secundários, as palavras chave da pesquisa, as fontes de dados e as estratégias de busca.

Na segunda fase, chamada de condução, utilizou-se os critérios definidos no protocolo, como também os filtros efetuados nas buscas sistemáticas nas bases de dados escolhidas.

Na fase final, utilizou-se um protocolo de análise descritiva para poder selecionar e analisar os dados obtidos. Ao fim da aplicação do protocolo, um relatório é confeccionado apresentando o resultado das fases anteriores.

Nos próximos subitens, estão destacados os principais pontos do protocolo de pesquisa. Da mesma maneira estão apresentados os itens mais relevantes do protocolo de análise descritiva antes da abordagem dos resultados obtidos.

3.1 Protocolo de Busca Sistemática

3.1.1 Aspectos Iniciais

A temática da revisão sistemática de literatura foi o tema do artigo proposto: "aprendizagem de redes". O objetivo principal dessa pesquisa foi obter um panorama teórico sobre aprendizagem de redes no contexto da aprendizagem organizacional.  Paralelamente a esse objetivo principal, tinha-se como meta mapear as publicações científicas dessa temática em busca dos principais autores, trabalhos com maior impacto, identificar os principais periódicos de divulgação do tema e analisar o índice de citações dentro de uma coleção.

3.1.2 Palavras - chave

Como as bases de dados da pesquisa eram bases de dados internacionais utilizou-se palavras chaves na língua inglesa: network learning e organizational learning. Como se pode notar houve a necessidade de uma segunda palavra chave para ajudar na filtragem dos mecanismos de busca de cada base de dados. Assim, o uso de mais de uma palavra-chave propiciou que a granularidade da busca ficasse em um nível mais adequado.

3.1.3 Fontes de Dados

Foram utilizados três repositórios de artigos como base de busca: Web of Science (WoS), IEEEExplore e Scopus. Cabe ressaltar que a inclusão da base do IEEExplore, caracterizada como uma base voltada para a engenharia, objetivou averiguar a utilização desta temática em estudos empíricos ou teóricos nessa área de conhecimento.

3.1.4 Estratégias de Busca

Como estratégia de busca, foram escolhidas algumas configurações dos campos de busca de acordo com cada ferramenta de busca dos repositórios pesquisados.

Acreditou-se que uma busca, utilizando o conteúdo do abstract, palavras-chave, título e tags de indexação, fosse representativa o suficiente para atender a pesquisa, pois se os principais termos não estivessem nesses campos, provavelmente, o artigo não serviria para a mesma. Dessa forma, sempre que possível foram incluídos esses campos nos mecanismos de busca.

Na base Web of  Science, foi utilizado o campo Topic: (title, key words, abstract). Na base do IEEExplore foram utilizados o campo metadados que consistem nos conteúdos dos abstracts,  título do texto e tags de indexação. Finalmente na base da Scopus, os campos de busca foram o título do artigo, abstract e palavras chaves.

3.1.5 Filtros de Busca

O uso de filtros é necessário para diminuir a granularidade da pesquisa e chegar a resultados mais precisos. Como redes é um termo muito comum nessas bases muito dos resultados iniciais se referiam a outros estudos sem qualquer relação com a pesquisa.

No mecanismo de busca do Web of Science foi utilizado o operador de busca AND com as palavras-chave "network learning";"organizational learning"; eo símbolo de trucagem - ponto de interrogação para encontrar variações de grafias.

No IEEExplore foram utilizados os filtros lógicos AND e NOT. A pesquisa nessa base ficou da seguinte forma:  (network learning) AND organization learning); NOT neural network); NOT computer learning); NOT computer network ); NOT social network ); NOT electrical network). Esses filtros foram utilizados na base IEEExplore por ela ser uma base da área de engenharia onde o termo network é utilizado em múltiplos sentidos.

Na base Scopus utilizou-se os filtros lógicos AND e NOT  com a mesma estrutura da pesquisa do IEEExplore .

3.2 Protocolo de Análise Descritiva

3.2.1 Critérios gerais para a seleção dos artigos para análise

Uma vez coletado todos os artigos nas bases utilizando o protocolo de busca sistemática, foi necessário  criar um critério para a seleção dos artigos que iriam compor o estudo. Mesmo com a utilização dos protocolos de busca sistemática o resultado da coleta nas bases ainda retornou artigos que não interessavam ao estudo, artigos falsos positivos. Desta forma, foram  analisados somente artigos que foram relevantes dentro da temática escolhida.

O critério utilizado para essa seleção foi de que os artigos deviam tratar sobre Aprendizagem de redes no contexto da aprendizagem organizacional , ou seja, o tema central ou subjacente dos artigos tinham que abordar teoricamente ou metodologicamente o tema .

3.2.2 Categorização dos artigos

A categorização dos artigos constituiu-se em 3 grupos:

Grupo 1: Artigos com maior número de citações: 

 Critérios: (1) foram incluídos os artigos que receberem o maior número de citações na sua base de indexação, pois a própria base fornece o número de citações para os artigos; (2) Na sequência foram lidos os resumos e algumas partes essenciais do trabalho para avaliar se "aprendizagem de rede de empresas" foi um dos principais construtos do artigo.

Grupo 2: Artigos de revisões (teóricos):

 Critérios: (1) foram incluídos os artigos de revisão de literatura (os artigos empíricos foram excluídos deste Grupo). (2) em seguida lidos os resumos para avaliar se "aprendizagem de rede de empresas" era um dos principais construtos do artigo.

Grupo 3:Artigos empíricos:

 Critérios: (1) inclui os artigos empíricos (os artigos de revisão não foram considerados neste grupo). (2) em seguida lidos os resumos  para avaliar se "aprendizagem de rede de empresas" era um dos principais construtos do artigo.

4.  Resultados

Antes de apresentar os resultados da pesquisa sistemática vale ressaltar que além dos resultados dos grupos formados são apresentados também dados adicionais como resultado dessa busca. Nesta seção, são apresentados os resultados das sínteses e análises dos dados selecionados na pesquisa para construir um panorama sobre a área temática abordada no presente artigo.

4.1 Dados Bibliométricos Gerais

Nessa seção, são apresentados os resultados das buscas depois das fases de filtragem e análise de dados.  A busca bibliométrica nas bases de dados internacionais resultou em sete artigos encontrados na WoS, nenhum  artigo encontrado na Scopus  e seis artigos encontrados no IEEExplorer. Dessa forma,  obteve - se um total de 13 artigos da pesquisa sistemática.

Na primeira rodada de coleta de dados o número de artigos retornados foi bem superior a esse, o melhor resultado foi a pesquisa realizada na WoS que retornou um total de 108 artigos sendo que 7 passaram nos critérios de corte e foram aproveitados no estudo, já o Scopus retornou 28 sendo que nenhum passou nos critérios de corte , e o IEEExplorer retornou 139 artigos sendo que 6 passaram nos critérios de corte (atualizado com o ano de 2013).

Os dados relativos a cada base foram importados para o gerenciador de referências bibliográficas EndNote. Na sequência, foram analisados os abstracts de cada artigo para avaliar sua aderência ao tema da pesquisa, sendo eliminados os que não apresentavam aderência alguma, e em seguida foram eliminados os artigos sem autoria e sem texto completo disponível, obtendo-se dessa maneira o conjunto de 13 artigos já mencionados.

A tabela 1 sintetiza os dados bibliometricos gerais da pesquisa.

Informações bibliométricas

Quantidade

Publicações

13

Autores

23

Fontes de informações (periódicos/anais de eventos)

10

Instituições

14

Países

8

Palavras-chave

56

Tabela 1: Síntese dos dados bibliométricos

Do conjunto de documentos totais obteve-se 8 publicações em periódicos e 5 em Conference Proceedings. Esses trabalhos foram escritos por 23 autores diferentes, vinculados a 14 instituições, de 8 países diferentes. Para a elaboração desses trabalhos, foram utilizadas 56 palavras chaves, sendo que os trabalhos foram publicados por 10 fontes de informações diferentes, entre periódicos e eventos.

4.2 Publicações por ano

A série histórica, conforme observada na figura 2, apresenta uma distribuição quase uniforme por 3 anos, destacando-se, 2002, 2006 e 2010 com dois artigos. O número de publicações ainda é pequeno o que aponta o tema como uma área ainda em desenvolvimento.

Figura 2 - Quantidade de publicações por ano. Fonte: Autores.

4.3 Autores

Foram identificados 23 autores diferentes no conjunto geral de trabalhos selecionados. Esses autores se concentram em apenas oito países e desses foram selecionados os 10 autores com maior número de trabalhos publicados e suas respectivas afiliações. Com isso, foi possível traçar uma representatividade dos autores mais ativos e seus países de origem, bem como destacar as instituições que tem abordado o tema.

Figura 3: Países com maior número de publicações. Fonte: Autores.

----

Nome

       Instituição de vinculo

País

Quantidade

Knight L.

School of Management at the University of Bath

Inglaterra

66

Oliver AL.

Hebrew University of Jerusalem

Israel

50

Tak-Wai, Chan

Graduate Institute of Network Learning Technology National Central University

Taiwan

49

Pye A.

School of Management at the University of Bath

Inglaterra

30

Shaocheng, Q.

Dept. of Information and Technology, Huazhong Normal University,

China

16

Kanliang, Wang

Department of management Xi'an Jiaotong University

China

11

Blili S.

University of Quebec at Trois-Riviferes.

Canadá

10

Raymond L.

University of Quebec at Trois-Rivieres,

Canadá

10

Neufeld, D. J.

Richard Ivey School of Business The University of Western Ontario

Canadá

6

Yulin, Fang

Richard Ivey School of Business The University of Western Ontario

Canadá

5

Tabela 2 - Os 10 autores com a maior quantidade de publicação, não exclusivamente sobre o tema da pesquisa
. Fonte: Autores.

4.4 Principais fontes de publicação

Foram detectadas 10 fontes de publicações diferentes entre periódicos e Conference Proceedings.

Periódicos

Quantidade

HUMAN RELATIONS

2

MANAGEMENT LEARNING

2

ORGANIZATION STUDIES

1

INTERNATIONAL JOURNAL OF ELECTRONIC COMMERCE

1

 COMPUTATIONAL AND MATHEMATICAL ORGANIZATION THEORY

1

 IEEE TRANSACTIONS ON LEARNING TECHNOLOGIES

1

Tabela 3 - Periódicos onde trabalhos foram publicados. Fonte: Autores.

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Evento

Quantidade

IEEE International Engineering Management Conference

1

International Conference on E -Business and E -Government (ICEE)

2

Chinese Control and Decision Conference (CCDC)

1

Proceedings of the 39º Annual Hawaii International Conference on System Sciences(HICSS).

1

Tabela 4 - Eventos onde trabalhos foram publicados. Fonte: Autores.

Dentre os periódicos utilizados para publicação, foi analisado o fator de impacto de cada um deles para avaliar sua relevância e entre eles qual seria o principal periódico, resultados na Tabela 5. Para isso, foram utilizadas as medidas de fator de impacto encontradas no Journal of Citation Report.

Título do Journal 

Fator de impacto

ORGANIZATION STUDIES

2,328

HUMAN RELATIONS

1,727

MANAGEMENT LEARNING

1,676

INTERNATIONAL JOURNAL OF ELECTRONIC COMMERCE

1,550

 IEEE TRANSACTIONS ON LEARNING TECHNOLOGIES

0,823

COMPUTATIONAL AND MATHEMATICAL ORGANIZATION THEORY

0,389

Tabela 5 - Fator de impacto das publicações. Fonte: Autores.

4.5 Principais palavras- chave

No conjunto geral de artigos selecionados, foram encontradas 56 palavras-chave diferentes. Essas palavras-chave foram informadas pelos autores e indexadas pelas 3 bases de dados pesquisadas ( WoS, Scopus e IEEExplore). Foram extraídas essas palavras utilizando a ferramenta EndNote e  uma ferramenta de uma nuvem de tags para representar o conjunto de palavras. As palavras com maior destaque são as que mais se repetem como palavras- chave na lista, conforme a Figura 4.

Figura 4 - Nuvem de palavras -chave. Fonte: Autores.

Conforme esperado, as palavras Learning, network  e organizational se destacam como já era esperado levando em consideração a escolha dos termos utilizados nos mecanismos de busca. O termo Knowledge (conhecimento) também ganha projeção, demonstrando bastante interface com o aprendizado de redes.

4.6 Principais Referências

De todos os 15 artigos selecionados, o artigo de OLIVER, A. L. é o que possui maior número de citações, contudo, o trabalho de KNIGHT (2002) apresentou maior fator de impacto, como consta na Tabela 7.

A Tabela 6, logo abaixo, apresenta os estudos mais citados dos artigos analisados. Em tempo, vale ressaltar que vários trabalhos não eram citados, principalmente os trabalhos que foram colhidos na base do IEEExplore. Isto deve-se a dois fatores: o primeiro é que os trabalhos dessa base são relativamente novos, a maior parte de 2010 a 2012, sendo o mais antigo de 2006. O segundo fator se traduz no fato de que, na área de engenharia, esse tema ainda é pouco explorado.

Trabalhos mais citados

N. Citações

OLIVER, A. L. Strategic alliances and the learning life-cycle of biotechnology firms.

50

KNIGHT, L. Network learning: Exploring learning by interorganizational networks.

36

KNIGHT, L. Network learning: An empirically derived model of learning by groups of organizations.

15

KNIGHT, L.; PYE, A. Exploring the relationships between network change and network learning.

14

RAYMOND, L.; BLILI, S. Organizational learning as a foundation of electronic commerce in the network organization.

10

RODAN, S. Organizational learning: effects of (network) structure and (individual) strategy.

2

ROAN, A.; ROONEY, D. Shadowing experiences and the extension of communities of practice: A case study of women education managers.

1

Tabela 6:  Trabalhos com maior numero de citações. Fonte: Autores.

-----

Autor/Journal

ANO

LCS

GCS

LCR

CR

KNIGHT, L. Network learning: Exploring learning by interorganizational networks.HUMAN RELATIONS

2002

2

36

0

54

KNIGHT, L.; PYE, A. Exploring the relationships between network change and network learning. MANAGEMENT LEARNING

2004

1

14

1

57

KNIGHT, L.; PYE, A.  Network learning: An empirically derived model of learning by groups of organizations.HUMAN RELATIONS

2005

0

16

2

35

Tabela 7: Artigos com maior fator de impacto. Fonte: Autores.

Analisando os artigos foi possível montar uma tabela das referências mais utilizadas pelos 13 artigos selecionados, conforme a Tabela 8 que apresenta as 10 referências mais citadas entre livros e artigos.

Autor/ano / fonte

Nº citações

Argyris, C, and Schon, D. Organizational Learning: A Theory of ActionPerspective. Reading, PA: Addison-Wesley 1978.

4

Senge, P.M. The Fifth Discipline: The Art and Practice ofthe Learning Organization.New York: Doubleday Currency, 1990.

4

Dacin, M. T., Ventresca, M. J., & Beal, B. D. 1999. The embeddedness of organizations: Dialogue & directions.Journal of Management, 25: 317-356.

3

Huber, G. P. (1991). Organizational learning: The contributing processes and literatures. OrganizationScience, 2, 88-115.

3

Levinson,N.S. Asahi,M. (1995)Cross-NationaAl lliancesand InterorganizationaL learning Organizational Dynamics.Volume 24, Issue 2, Autumn, Pages 50–6.3.

3

Alexander Kouzmin, Alan M. G. Jarman, Uriel Rosenthal, (1995) "Inter-organizational policy processes in disaster management", Disaster Prevention and Management, Vol. 4 Iss: 2, pp.20 – 37

3

MaryM.Crossan,HenryW.Lane,RoderickE.White,LisaDjurfeldt, (1995)Organizational learning: dimensions for a theory, International Journal of Organizational Analysis, Vol. 3 Iss: 4, pp.337 – 360.

3

Larsson R, Bengtsson L, Henriksson K and Sparks J (1998) The interorganizational learning dilemma: Collective knowledge development in strategic alliances. Organization Science 9(3): 285–305.

3

Charles P. McHugh, (1995) "Preparing public safety organizations for disaster response: a study of Tucson, Arizona's response to flooding", Disaster Prevention and Management, Vol. 4 Iss: 5, pp.25 – 36.

3

Nathan, M. & Mitroff, I. The use of negotiated order theory as a tool for the analysis anddevelopment of an interorganizational field. Journal of Applied Behavioral Science,1991, 27, 163–80.

3

Douglas Paton, David Johnston, Bruce F. Houghton, (1998) "Organisational response to a volcanic eruption", Disaster Prevention and Management, Vol. 7 Iss: 1, pp.5 – 13

3

Spender JC. Industry recipes: an enquiry into the nature and sources of managerial judgement. Oxford, UK: Basil Blackwell; 1989.

3

Tabela 8: Trabalhos mais citados pelos artigos selecionados. Fonte: Autores.

4.7 Artigos do grupo 1 : Artigos com maior número de citações 

Os artigos mais citados, dentre os selecionados pela pesquisa bibliométrica,  são apresentados na Tabela 7.

O trabalho de Oliver (2001) , Strategic alliances and the learning life-cycle of biotechnology firms, apresenta um estudo de alianças estratégicas formadas por empresas do setor de biotecnologia, esse artigo analisa a relação entre o ciclo de vida da organização e a formação de alianças estratégicas com base em uma população de 554 novas empresas de biotecnologia (DBFs) em um período de 15 anos. As alianças formam redes de cooperação, o estudo mostra que essas redes inclinam-se a aprender com o conhecimento vindo de cada elemento que compõe a rede, esse aprendizado de rede auxilia às empresas a sobreviverem no mercado individualmente. Esse trabalho não trata conceitualmente de aprendizado de rede, mas analisa a troca de conhecimento entre membros que a compõe e examinam o ciclo de vida das empresas postulando que o comportamento de aprendizagem evolui com o tempo e com a experiência das empresas.

O artigo Network learning: Exploring learning by interorganizational networks, escrito por Louise Knight em 2002, trata da proposição do que na visão da autora é um  "episódio  de aprendizagem em rede", essa identificação oferecer uma unidade adequada de análise, uma forma de identificar em outras ocorrências quando um aprendizado de rede ocorre. O artigo apresenta os conceitos de Rede de aprendizagem, episódios de aprendizagem e redes interorganizacionais. O objetivo do estudo é abordar a aprendizagem por uma rede de organizações como um grupo. O artigo analisa as teorias de aprendizagem organizacional em três dimensões: o agente da aprendizagem organizacional, a natureza dos processos e resultados de aprendizagem e a ligação entre aprendizagem e desempenho. A questão é se podemos descobrir e operacionalizar o conceito suficientemente bem para torná-lo útil na prática, em vez de identificar medidas normativas que podem ser adotadas para desenvolver a rede de aprendizagem ideal.

O trabalho de Knight e Pye (2004) , Exploring the relationships between network change and network learning aborda diretamente o constructo da presente pesquisa bibliométrica e define aprendizagem de rede como "aprendizagem por um grupo de organizações como um grupo", conceito derivado inicialmente de uma revisão de literatura sobre aprendizagem organizacional. O conceito foi melhor abordado e desenvolvido a partir de um estudo empírico que evidência a sua existência, estudo feito em 5 ocasiões junto a organizações do ramo de próteses. Segundo os autores,  a noção de aprendizagem de rede permite uma melhor compreensão da evolução das redes em períodos mais longos de tempo em comparação com as oferecidas por meio de conceitos mais estabelecidos como mudança organizacional e gerenciamento de mudanças na organização.

Knight e Pye (2005) retomam esse constructo em outro artigo, Network learning: An empirically derived model of learning by groups of organizations. Nesse trabalho, os autores apresentam um modelo empiricamente derivado de aprendizagem de redes com base em uma pesquisa qualitativa, longitudinal que deu origem ao artigo publicado pelos autores em 2004. A partir desse estudo prévio foi desenvolvido um modelo de aprendizagem de redes que reflete as características comuns dos 5 casos analisados no trabalho de 2004. O modelo é composto por três temas conceituais relativos a resultados de aprendizagem, e três temas conceituais do processo de aprendizagem. Embora intimamente relacionada com conceituações que enfatizam o caráter social e político de aprendizagem organizacional, o modelo de aprendizagem em rede é derivado, e especifico para redes mais amplas em que as relações entre os diversos atores podem ser competitivas ou de colaboração, e onde se espera mudanças  ao longo do tempo.

O trabalho de Raymond e Blili (2000), Organizational learning as a foundation of electronic commerce in the network organization, expõe um estudo da aprendizagem organizacional que ocorre quando PME's (Pequenas e médias empresas) trabalham como empresas virtuais organizadas em redes de subcontratação como foco de produção de soluções de E-comerce. Nesse trabalho eles criam um modelo que demonstra como essas empresas podem interagir e como o aprendizado pode ser difundido na rede com um todo. Nesse artigo o constructo de aprendizagem de rede não é o tema principal, mas é abordado no artigo como um tema subjacente.

O artigo de Simon Rodan, intitulado Organizational learning: effects of (network) structure and (individual) strategy, publicado em 2008, debate sobre as etapas  de diversos estudos de aprendizagem em grupos e teoria de redes sociais. Modela a aprendizagem em rede como um fenômeno psicossocial no qual as organizações aprendem por meio da troca de informações entre seus membros. A aprendizagem também é caracterizada como estocástica e criativa. Usa o modelo para prever o impacto do uso das redes na geração de ideias e aprendizagem, além de estratégias alternativas para a escolha de com quem buscar informações em uma rede.

Como pode-se notar, o número de artigos desse grupo é relativamente pequeno. Se compararmos os artigos desse grupo com os dados da tabela 7, observa-se que o maior número de citações se concentra em 5 trabalhos, sendo que 3 desses são dos mesmos autores Knight e Pye. Nos outros dois artigos mencionados, o constructo de aprendizagem de rede não é tema principal, mas é utilizado como ferramenta, isso indica que ainda existe muito espaço na literatura para trabalhos que abordem o tema de aprendizagem de rede como assunto principal e que esse constructo ainda está em desenvolvimento.

4.8 Artigos do grupo 2: Artigos de revisões

São sete os artigos de revisões. A seguir, estão expostos de forma sintética para uma melhor compreensão do referido grupo.

O artigo Network learning: Exploring learning by interorganizational networks, escrito por Louise Knight em 2002, já foi apresentado no grupo 1 como um dos mais citados , ele aparece nesse grupo novamente por se tratar de um artigo predominantemente de revisão bibliográfica.

O artigo de Simon Rodan, de 2008, intitulado Organizational learning: effects of (network) structure and (individual) strategy, já foi abordado no grupo de artigos mais citados (grupo 1), e trata-se de um artigo que aborda o constructo como tema secundário, não discorre sobre o funcionamento do  constructo propriamente dito, apenas faz uso do mesmo.

O artigo Impact of knowledge networking and organizational learning on the performance of organizations, de 2007, escrito pelos autores Georg Glatz, Harald Ackerlauer, Michael Heiss e Dana Damiany, expõe uma  análise de impacto de diferentes tipos de variação do desempenho de uma organização, dependendo da forma organizacional subjacente: organizações hierárquicas que  são otimizadas de cima para baixo, com apenas a comunicação formal. Enquanto nas organizações em rede, os membros têm muitos laços laterais e os canais de comunicação informais estão disponíveis. Com base na hipótese de que, em face da mudança da organização da rede, as empresas aprendem mais rápido do que as redes puramente hierárquicas; foi  introduzido um modelo para comparação de desempenho entre esses dois tipos de  organização. Um teorema é apresentado e provado, o que mostra que, desde que a comunicação necessária para as atividades de rede é menor do que um determinado valor, uma organização com a cultura de redes e estruturas executa melhor do que uma organização correspondente puramente hierárquica. Em suma, o artigo finaliza com uma soma de estudos de caso que proporcionam provas das hipóteses apresentadas.

O artigo Network and Organizational Learning: The Effect of Structure and Tie Strength, escrito por Liefa e Kanliang, de 2010, expõe sobre a utilização de um  método de simulação de pesquisa que considera que a configuração de rede diferenciada influencia o desempenho da aprendizagem organizacional. Propõe, também, a densidade da rede e os laços fortes de exploração que afetam a aprendizagem e influenciam a velocidade de difusão do conhecimento e da diversidade conhecimento na rede. O resultado demonstra que a densidade de uma rede é menos positiva relacionada com o desempenho de aprendizagem ao longo do processo organizacional(quando a rede tem força em seus laços), do que quando a rede tem baixa força  nos seus laços.

Já, o artigo LaaN: Convergence of Knowledge Management and Technology-Enhanced Learning de Mohamed Chatti, Ulrik Schroeder, e Matthias Jarke, de 2012, trata de um consenso de que os modelos tradicionais de Gestão do Conhecimento e aprendizagem assistida por tecnologias  não conseguiram lidar com a mudança rápida e desafios críticos da nova era do conhecimento. Assim, o trabalho propõe uma visão para o futuro dessas abordagens que visam satisfazer às necessidades dos novos conhecimentos introduzindo a aprendizagem como uma teoria de rede (LaaN), O artigo ainda  discute uma possível implementação da teoria com base em LaaN.

No trabalho de Research on knowledge diffusion model based on organizational learning network, de Shaocheng, Sha e Wenhui, publicado em 2010, uma rede de aprendizagem organizacional é tratada com base na introdução em um novo modelo de difusão de conhecimento. Em primeiro lugar, é construído um simples modelo de rede organizacional com a lei uniforme de absorção de conhecimento. Em seguida, um modelo de difusão de conhecimento com fator de esquecimento é projetado para descrever a dinâmica do conhecimento de toda a rede. É estudada a sensibilidade da rede global pesquisada, ao analisar o nível médio de conhecimento, de difusão da variação da alocação de conhecimento e coeficiente de variação de níveis de conhecimento da rede e a eficiência da rede de aprendizagem organizacional. Finaliza-se com resultados de simulação que demonstram a eficácia do mecanismo de difusão e processo evolutivo da rede de aprendizagem organizacional.

4.9 Artigos do grupo 3: Artigos empíricos

O grupo de artigos empíricos será apresentado Vamos apresentar esse  grupo utilizando o ano de publicação como ordenação, dos trabalhos mais antigos para os mais novos sendo oito trabalhos no total.

Os primeiros quatro trabalhos desse grupo já foram apresentados no grupo 1. O artigo de Raymond e Blili (2000) relaciona alguns conceitos de aprendizagem de rede com E-comerce. O artigo de Oliver (2001), apresenta um estudo feito em redes de colaboração de firmas de biotecnologia e como essa rede e as firmas aprenderam ao longo do tempo,  já os trabalhos de 2004 e 2005 de Knight e Pye fazem parte da coleção de três artigos que desenvolvem o constructo de aprendizagem de redes, alguns conceitos e apresenta um modelo com os elementos do constructo. O estudo é feito primeiramente a partir de uma revisão de literatura e depois a partir de observações do que os autores chamaram de episódios de aprendizagem de redes.

O trabalho de Roan e Rooney (2006) , Shadowing experiences and the extension of communities of practice: A case study of women education managers, apresenta um estudo qualitativo de um programa de orientação desenvolvido para ajudar as mulheres na educação gerencial e treinamento criando uma rede de contato com várias mulheres em treinamento que sustentem esse processo educativo por meio da troca e aprendizado pelos membros da rede. As conclusões do estudo são de que os membros, reflexivamente, avaliam e reavaliam objetivos e valores para desmistificar e explorar o conhecimento da rede e resolver a dissonância cognitiva nestes processos. Além disso, este artigo mostra que mulheres participantes aprendem com as redes, e que as redes aprendem com as participantes de maneira recíproca e informal. O artigo conclui que os programas de aprendizagem organizacional devem-se concentrar em permitir que tais redes possam florescer e difundir conhecimento.

Finalmente dois artigos falam do uso de TI em aprendizagem de redes, o trabalho de Yulin e Neufeld (2006) , Should I Stay or Should I Go? Worker Commitment to Virtual Organizations, apresenta o uso de TICs para formar organizações virtuais e fala como a partir dessa estrutura pode acontecer o aprendizado de redes. Já o artigo de Hui (2011) é um artigo mais subjacente ao constructo e estuda o impacto do uso de ferramentas web de terceira geração aplicadas no aprendizado de redes.

O que se pode notar com esse grupo é que os estudos empíricos ajudaram a definir o constructo de aprendizagem em rede como é o caso dos trabalhos de Knight e Pye (2004); (2005) , em outros casos os estudos empíricos utilizam-se desse constructo para abordar temas mais subjacentes como o uso de tecnologias para o suporte à aprendizagem de redes, de qualquer forma os estudos empíricos para o caso desse constructo estudado tiveram impacto relevante no desenvolvimento do mesmo .

5. Considerações Finais

O presente estudo teve como objetivo mapear um panorama teórico sobre aprendizagem de redes no contexto da aprendizagem organizacional. Como procedimentos metodológicos, os dados foram levantados por meio de uma análise bibliométrica. Foram identificadas as informações bibliométricas, tais como os principais autores, periódicos, referências e índices de citações. Os critérios adotados para as formações dos grupos de artigos analisados foram: artigos com maior número de citações; artigos de revisões (teóricos) e artigos empíricos.

Uma das limitações do trabalho foi o número reduzido de artigos nas três bases de dados pesquisadas, que impossibilitou um estudo mais aprofundado do tema em tela. Entretanto, foi possível traçar um perfil do tema pelo mapeamento das produções científicas de vários países ao redor do mundo.

A compreensão sobre o estado atual de pesquisa na área apontou vários caminhos para futuros trabalhos, entre esse caminhos podemos citar o de estudos empíricos que ajudem a desenvolver as teorias em torno do constructo como foi o caso da serie de  3 artigos de Knight e Pye, o uso do constructo para explicar e desenvolver redes de colaboração também se mostrou promissor em vários trabalhos.

Vale ressaltar que todo o processo da pesquisa possibilitou um grande aprendizado aos autores, por confrontarem dados extremamente significativos para o contexto do estudo.

Observa-se que os conceitos de aprendizagem organizacional e aprendizagem de rede oferecem um valioso meio para entender o aprendizado por meio das fronteiras organizacionais de uma rede. As propostas dos conceitos trazem também uma compreensão do desenvolvimento de práticas da rede. Quanto ao aspecto da densidade da rede, os laços fortes de exploração que afetam a aprendizagem influenciam a velocidade de difusão do conhecimento e da diversidade conhecimento na rede.

Referências

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1- Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Automação e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis , SC, Brasil. joao.santanna@posgrad.ufsc.br
2- Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis , SC, Brasil.( rosangelaborges.pimenta@gmail.com ; isadoras@gmail.com)
3- Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis , SC, Brasil. (Fernando.spanhol@ufsc.br)


Vol. 36 (Nº 12) Año 2015
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