Espacios. Vol. 35 (Nº 9) Año 2014. Pág. 11


Análise da produção científica na área de engenharias III

Analyse the scientific production in the area of Engineering III

Priscila RUBBO 1; Luiz Alberto PILATTI 2

Recibido: 28/05/14 • Aprobado: 13/07/14


Contenido

RESUMO:
O presente artigo teve como objetivo analisar a produção científica na área de Engenharias III e demonstrar como a mesma influência no conceito dos programas de pós-graduação. Para tanto foi feito um levantamento na Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que avalia os conceitos dos cursos de pós-graduação no Brasil. Os resultados evidenciaram que a produção científica é um dos requisitos que influencia no conceito dos cursos, porém estas produções não são empregadas para gerar avanço tecnológico, juntamente com a inovação.
Palavras chave: Avaliação da pós-graduação. Produção científica. Qualidade.

ABSTRACT:
The purpose of this article was to analyze the scientific production in the area of Engineering III and to demonstrate as the same influence in the concept of the after-graduation programs. To accomplish this, a survey in the CAPES was made (Coordination of Perfectioning of Superior Level Staff) that evaluates the concepts of the after-graduation programs in Brazil. The results had evidenced that the scientific production is one of the requirements that influence in the courses concept, however these productions are not used to generate technological advance, joined with innovation.
Key-words: Evaluation of the after-graduation, Conscription, Public University.


1. Introdução

Contudo, a produção cientifica deve ter qualidade para ser publicada, tornando satisfatória para a instituição que subsidia. Quando a mesma é de qualidade e aceita em periódicos de alto nível, a mesma da condição a elevação do nível do programa de pós-graduação que a produção está inclusa.  Esta qualidade é medida pela Qualis, ou seja, uma série de etapas empregadas pela Capes, para extrair a qualidade da produção intelectual que se abastecem os programas de pós-graduação. Os periódicos onde são publicadas as produções cientificas, possuem níveis que estabelecem a qualidade que parte do A1, o mais elevado, A2, B1, B2, B3, B4, B5.

Esta qualificação subsidia a Capes que é a coordenação responsável para atribuir o conceito do curso de pó-graduação, realizando um papel relevante na sociedade brasileira, expandindo e concretizando a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Esta coordenação desenvolve atividades para rastrear os caminhos traçados dos programas utilizando métodos estruturados, podendo ser agrupados em quadro grupos, sendo eles:

a) Avaliação da pós-graduação stricto sensu;

b) Acesso e divulgação da produção científica;

c) Investimentos na formação de recursos de alto nível no país e exterior;

d) Promoção da cooperação cientifica internacional.

O programa tem sido determinante para o êxito alcançado tanto no que diz respeito à consolidação do quadro atual quanto ao progresso do conhecimento e as exigências da sociedade. O sistema de avaliação é uma ferramenta para a sociedade acadêmica que almeja um modelo de excelência universitária para os programas de mestrado e doutorado a nível nacional. O resultado da avaliação deve ser almejado como um norte formulação de regras para que os programas possam crescer buscando o aumento de nível.

O presente estudo tem como cenário a área de Engenharias III, com objetivo de analisar a produção científica e demonstrar como a mesma influência no conceito dos programas de pós-graduação, através do levantamento efetuado pela Fapesp e o sistema de avaliação da Capes.

2. Produção Científica segundo Fapesp

Nas ultimas décadas, a produção científica vem sendo mensurada devido ao relacionamento com o desenvolvimento social do país. Esta pesquisa é efetuada em diversas áreas do conhecimento e utilizada para o planejamento e a execução dos governantes para o setor, porém não subsidia somente a política, mas também evidencia o ambiente cuja sociedade cientifica está inserida.

A produção cientifica vem crescendo de forma significativa no Brasil, porém os resultados destes trabalhos não estão sendo aproveitados para contribuir com o desenvolvimento do país.

As publicações científicas a nível mundial do ano de 1998 a 2002 cresceram cerca de 8,7% cujas publicações contabilizadas no ano de 1998 foram de 945.997, já em 2002, 1.028.391. No período de 2002, o Brasil manteve sua posição privilegiada entre os países da América Latina. Com base nos dados da SCIE (Science Citation Index Expanded), a produção cientifica em 1998 cresceu 1,1% a nível mundial, já em 2002 o crescimento foi de 1,5%. Comparado com o ano de 1981 que a participação Brasileira era de 0,2% do total mundial.

Este crescimento de produção cientifica, deve-se ao desenvolvimento e a dispersão dos programas de pós-graduação no país, em variadas áreas do conhecimento. A área de conhecimento com maior número de artigos científicos em 1999 foi a de ciências médicas, lideradas entre os seguintes países: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e França. Em seqüências as outras áreas com maiores publicações são: física, química, biomédicas, terra e espaço e finalmente as engenharias.

No caso do Brasil, a maior produção de artigos foi na aérea das ciências físicas, sendo o indicador maior que os países líderes de produção. Já na área médica, o comportamento foi inverso.

São Paulo é um ponto estratégico na questão da pesquisa cientifica no país, devido ao estado possuir uma forte concentração de universidades e de instituições de pesquisa. Esta região no período de 1998 a 2002 obteve o maior numero de artigos científicos no país, sendo que a produção foi de 77% do total nacional. Posteriormente vem a região Sul, que participou com 15%, o Nordeste com 9%, o Centro-Oeste com 4%, e o Norte com 2%. Os estados com maior produção foram: em primeiro lugar São Paulo cuja produção foi de 52% do total nacional, logo após, Rio de Janeiro com 19%, logo, Minas Gerais com 10%, Rio Grande do Sul com 8%, Paraná com 5% e os estados de Santa Catarina, Distrito Federal e Pernambuco com apenas 3%. Estas publicações segundo a SCIE, grande parte geram em torno das áreas de medicina, física, química, botânica e zoologia, biologia e bioquímica e engenharia.

Já no âmbito internacional, a colaboração cientifica brasileira teve uma evolução, com parceiros dos seguintes paises: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Canadá, Argentina e Chile. Este crescimento é atribuído à melhora dos programas de pós-graduação, ressaltando a política de incentivo a publicação. Logo, a participação de estrangeiros na produção brasileira teve um crescimento de 43% entre 1998 a 2002.

A produção se torna satisfatória quando é empregada de forma a contribuir com a sociedade e a nação. Porém, faz-se necessário a conscientização da comunidade de que toda evolução parte da idéia, tende seu desenvolvimento para se chegar ao resultado, e posteriormente se necessário, fazer algumas mudanças para se chegar aos resultados satisfatórios.

Os dados levantados referente às produções científicas são extraídos pela base de dados da SCIE e o acervo do ISI. O Institute for Scientific Information (ISI), localizado nos Estados Unidos, constitui a mais completa fonte de dados bibliográficos a nível mundial, sendo utilizada para a construção dos indicadores da produção cientifica. No Brasil, esta página está disponível no site da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Juntamente com a base de dados da ISI, a Science Citation Index Expanded (SCIE), é alimentada desde 1945, e possui cerca de 6 mil periódicos, com 27 milhões de artigos científicos publicados, cujas linhas de pesquisa possuem mais de 150.

Dispondo de variadas linhas de pesquisa, e da qualidade das informações a SCIE apresenta registros diferenciados, sendo eles multiafiliações que é quando o artigo é redigido por mais de uma pessoa e as citações, tornando uma analise melhorada das co-autorias.

No ano de 2002, foi indexado mais de 15.000 artigos na SCIE, que os mesmos são contidos pelo menos de uma participação de pesquisadores de instituições brasileiras, o que diferencia a elaboração dos indicadores da produção no país.

3. Avaliação da qualidade das publicações segundo a Capes

Em 1976 foi implantado pela Capes O Sistema de Avaliação da Pós-graduação desde então vem sendo apurando a ação para o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa cientifica e tecnológica no Brasil, vindo a cumprir com os seguintes requisitos:

  • Instituir o padrão de qualidade nos programas de mestrado e doutorado, e identificar os cursos que atendem os requisitos necessários;
  • Os cursos reconhecidos atendem as condições impostas pelo Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional da Educação (CNE), podendo assim emitir diplomas com validade a nível nacional;
  • Cada programa é desafiado a cumprir metas de modo à evolução do Sistema Nacional de Pós-graduação (SNPG), incentivando ao avanço da ciência e tecnologia;
  • Fornecer subsídios para o aperfeiçoamento dos programas tecendo pareceres críticos da comissão de consultores referenciando os pontos fortes e fracos resultando no estágio de desenvolvimento está enquadrado;
  • Contribuir para o fornecimento de profissionais de alto capacitados de modo a entender as necessidades nacionais e regionais;
  • Subsidiar o país de um competente banco de dados sobre a situação e evolução dos programas de pós-graduação.

Os cursos de pós-graduação stricto sensu possuem nove categorias que são elas: Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Lingüística/Letras e Artes e Multidiscplinar. Cada categoria é acompanhada por áreas afins conforme podemos verificar no quadro a seguir:

Quadro 1 – Tabela de Áreas de Conhecimento

 

MATEMÁTICA / PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA

 

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

ASTRONOMIA / FÍSICA

 

QUÍMICA

 

GEOCIÊNCIAS

 

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS I

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS II

 

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS III

 

ECOLOGIA E MEIO AMBIENTE

 

ENGENHARIAS I

ENGENHARIAS

ENGENHARIAS II

 

ENGENHARIAS III

 

ENGENHARIAS IV

 

MEDICINA I

 

MEDICINA II

 

MEDICINA III

CIÊNCIAS DA SAÚDE

ODONTOLOGIA

 

FARMÁCIA

 

ENFERMAGEM

 

SAÚDE COLETIVA

 

EDUCAÇÃO FÍSICA

 

CIÊNCIAS AGRÁRIAS I

CIÊNCIAS AGRÁRIAS

ZOOTECNIA / RECURSOS PESQUEIROS

 

MEDICINA VETERINÁRIA

 

CIÊNCIA DE ALIMENTOS

 

DIREITO

 

ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS E TURISMO

 

ECONOMIA

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

ARQUITETURA E URBANISMO

 

PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL / DEMOGRAFIA

 

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS I

 

SERVIÇO SOCIAL

 

FILOSOFIA / TEOLOGIA: SUBCOMISSÃO FILOSOFIA

 

FILOSOFIA / TEOLOGIA: SUBCOMISSÃO TEOLOGIA

 

SOCIOLOGIA

 

ANTROPOLOGIA / ARQUEOLOGIA

CIÊNCIAS HUMANAS

HISTÓRIA

 

GEOGRAFIA

 

PSICOLOGIA

 

EDUCAÇÃO

 

CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

 

LETRAS / LINGUÍSTICA

 

ARTES / MÚSICA

LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES

INTERDISCIPLINAR

 

ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

 

MATERIAIS

 

BIOTECNOLOGIA

Fonte: CAPES (2009)

Cada área de avaliação possui suas ramificações de acordo com as áreas afins, sendo denominadas subáreas. Neste estudo o enfoque será na área de Engenharia III, na subárea de Engenharia de Produção. Esta área possui mais três ramificações que são: Engenharia Naval e Oceânica, Engenharia Mecânica e Engenharia Aeroespacial.

Este processo de avaliação efetuado pela Capes, atribui aos programas de pós-graduação o conceito de 1 a 7. Os programas que receberem a pontuação acima de 3 poderão emitir diplomas reconhecidos nacionalmente. Em nível de mestrado esta pontuação chega a 5, restando o 6 e 7 exclusivamente para programas de doutorado de referencial internacional.

A Capes realiza as avaliações anualmente podendo comparar o nível dos programas nacionais e internacionais. Os conceitos são avaliados a cada três anos, sendo efetuada a média de cada ano, onde o conceito tanto poderá aumentar quanto diminuir. 

A ficha de avaliação é composta por 5 quesitos, sendo eles:

  1. Proposta do programa;
  2. Corpo docente;
  3. Corpo discente teses e dissertações;
  4. Produção intelectual;
  5. Inserção social.

Os avaliadores são divididos em grupos de dois para cada critério responsabilizando-se pelo julgamento de todos os programas da área. Sendo que cada equipe tece a avaliação individualizada de cada critério atribuindo um conceito julgando-os da seguinte forma:

  1. D – Deficiente;
  2. F – Fraco;
  3. R – Regular;
  4. B – Bom;
  5. MB – Muito Bom.

O primeiro levantamento feito é sobre as publicações qualificadas do programa por docente permanente, a seguir veremos a formula com que este índice é calculado e logo após a classificação:

PQD = número de publicações dos docentes permanentes / número de docentes

permanentes

Cada elemento da formula tem suas particularidades, o número de publicações é medido de acordo com a seguinte demonstração:

Periódicos (1 x IA + 0,75 x IB + 0,20 x IC + 0,6 x NA + 0,2 x NB + 0,1 x NC) +

Anais (0,20 CIA + 0,10 x CIB + 0,05 x CAN + 0,03 x CNB) +

+ 1x Livros Relevantes + 0,2 x Capítulo de Livro + 0,10 x Coletânea)

Cada tipo de publicação tem seu determinado peso, segundo demonstrativo abaixo:

Quadro 2 – Pesos das publicações

Periódicos

IA

IB

IC

NA

NB

NC

LA

Peso

1

0,75

0,20

0,6

0,2

0,1

0

Limite

 

 

1

 

1

1

 

Fonte: Capes (2006)

----

Quadro 3 – Pesos das publicações

Congressos

CIA

CIB

CIC

CNA

CNB

CNC

CLA

Peso

0,20

0,10

0

0,05

0,03

0

0

Limite

1

1

 

1

1

 

 

Fonte: Capes (2006)

----

Quadro 4 – Pesos das publicações

 

Livros

Capítulos de Livros

Coletânea

Peso

1

0,2

0,1

Limite

1

1

1

Fonte: Capes (2006)

-----

Quadro 5 – Publicações

Conceito

PQD (%)

MB

0,9< PQD

B

0,67 < PQD £ 0,9

R

0,45 < PQD £ 0,67

F

0,22 < PQD £ 0,45

D

PQD < 0,22

        Fonte: Capes (2006)

Para distribuição de publicações qualificadas em relação ao corpo docente Permanente, possuidora de 20% da nota do quesito, a fórmula é a seguinte:

DPD = porcentagem de docentes permanentes que tiveram produção maior que a mínima definida (adotar mínimo de 0,3), sendo as publicações avaliadas de acordo com a seguinte expressão:

Periódicos (1 x IA + 0,75 x IB + 0,75 x NA)

Quadro 6 – Distribuição de publicações

Conceito

DPD (%)

MB

40 £ DPD

B

30 £ DPD < 40

R

20 £ DPD < 30

F

10 £ DPD < 20

D

DPD < 10

        Fonte: Capes (2006)

Diante das outras produções consideradas relevantes, à exceção da artística (produção técnica, patentes, produtos etc), o peso em consideração ao quesito é de 20%.

Para esta avaliação não haverá fórmula. A nota dar-se-á impondo as seguintes classificações: Muito Bom; Bom; Regular; Fraco; Deficiente.

É aconselhado que os programas evidenciem a existência da produção de patentes, processos, softwares, protótipos e produtos.

Para melhor entender a disposição das qualidades dos artigos redigidos, demonstraremos segundo o Qualis a classificação dos periódicos que dispõem desde o A internacional até o A local.

  • A1 ou A Internacional – Este nível é o auge da qualificação dos periódicos. Para tanto, tem algumas exigências para obter e manter este grau segundo a Capes. Primeiramente atender a as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou equivalente se no exterior, e ser publicada visando à comunidade acadêmico-científica. Permitir vasta circulação pelos meios como assinaturas/permutas e on-line. Deverá possuir no mínimo três edições anuais. Necessita o periódico ter o conselho editorial e o corpo de pareceristas composto por pesquisadores de nível nacional e internacional, sendo os mesmos altamente qualificados e de diversas instituições. Publicar garantindo ampla diversidade de instituições dos autores e uma quantidade anual de 18 artigos. Garantir que os artigos tenham base bibliográfica pesquisadores ligados a instituições estrangeiras com relevância;
  • A2 ou B Internacional – O A2 fica em segundo lugar segundo a importância dos periódicos. Porém o mesmo é reconhecido pela aérea e como o A1 as publicações são destinada aos a comunidade acadêmico-científica, atendendo as normas da ABNT ou equivalente no exterior. Ter ampla abrangência mediante assinaturas/permutas, se revistas impressas, ter disponibilidade on-line. Ter anualmente dois números e regularidade nas edições. Possuir pesquisadores com ligações a diversificadas instituições nacionais e internacionais e devidamente qualificados para fazer parte do conselho editorial e para o corpo de pareceristas. Ter no mínimo 18 artigos publicados anualmente, porém de diversificados autores ligados a diferentes instituições. Por ano, o periódico devera publicar dois artigos de autores ligados a instituições estrangeiras reconhecidas. Estar presente em pelo menos cinco bases de dados, e pelo menos duas bases estrangeiras;
  • B1 ou A Nacional – Reconhecimento pela aérea, dirigida para a sociedade acadêmico-científica, com requisito das normas da ABNT ou de acordo com as normas do exterior. Circular nacionalmente por intermédio de assinaturas/permutas, caso for revistas somente impressas, sendo disponibilizadas on-line. Edição de no mínimo dois anuais. Possuir pesquisadores de nível nacional e internacional qualificados de diferentes universidades para formação do conselho editorial. O mínimo de publicações anuais é de 14 artigos, possuindo diversificadas instituições dos autores. Possuir nas suas publicações pelo menos um artigo anual de autores ligados a instituições estrangeiras reconhecidas. Estar disponível em quatro bases de dados tanto a nível nacional quanto ao internacional;
  • B2 ou C Nacional – possuir reconhecimento pela área, ser redigida a uma sociedade acadêmico-científica, atender as normas da ABNT ou as normas de acordo com cada país. Ter abrangência nacional por intermédio de assinaturas/permutas, revistas impressas e disponibilizadas on-line. Possuir no mínimo duas edições anuais. Possuir pesquisadores qualificados, de diferentes instituições nacionais para fazer parte do corpo de pareceristas e do conselho editorial. Publicar pelo menos 12 artigos por ano, garantindo diversificadas instituições dos autores. Estar disponibilizado em pelo menos três bases de dados de nível nacional e internacional;
  • B3 ou B Nacional – Publicação dirigida a uma sociedade acadêmico-científica, acatando as normas da ABNT ou equivalente no exterior. Por intermédio de assinaturas/permutas, revistas impressas, disponibilizadas on-line, ter abrangência nacional. Possuir no mínimo duas edições anuais. Haver pesquisadores de diversificadas instituições nacionais, qualificados para fazer parte do corpo de pareceristas e do conselho editorial. O numero de publicações anuais é de 12 artigos, sendo de autores de diversas instituições. Estar disponível em pelo menos duas bases de dados, sendo elas de nível nacional e internacional;
  • B4 ou C Nacional – Publicação seriada, redigida para a sociedade acadêmico-científica, possuindo ISSN, editor responsável, conselho editorial, linha editorial, possuir regras para submissão de artigos, autores ligados a instituições, resumo(s) e descritores. Possuir circulação no mínimo regional, sendo publicada duas edições anuais. Haver pesquisadores de diversas instituições para formar o corpo de pareceristas. Publicar um número mínimo de 12 artigos anuais. Estar disponibilizado em pelo menos uma base de dados de nível nacional ou internacional;
  • B5 ou A Local – Publicação dirigida à sociedade acadêmico-científica, seriada, constar o ISSN, editor responsável, conselho editorial, regras para submissão de artigos, os autores devem possuir filiação a instituições, resumo(s) e descritores. Possuir no mínimo duas edições anuais. Possuir pesquisadores de mais de uma instituição para compor o corpo de pareceristas. Publicar um número mínimo de 12 artigos anualmente, em no mínimo uma base de dados nacional.

Com a avaliação nas mãos os coordenadores dos programas, poderão projetar as mudanças para que na próxima avaliação os mesmos tenham competência suficiente para subir de nível, exigindo assim dos seus docentes e estudantes.

4. A Produção Científica e o Recrutamento das Organizações Públicas

O recrutamento para empresas públicas é efetuado através de editais, onde são especificados os requisitos para a investidura no cargo, e se o candidato se enquadrar e tiver interesse, o mesmo poderá se inscrever e participar da seleção.

Perante a Lei nº 8.112 de 11 de dezembro de 1990, art. 5, candidato que prestar concurso público deve possuir os seguintes requisitos:

  • A nacionalidade brasileira;
  • O gozo dos direitos políticos;
  • A quitação com as obrigações militares e eleitorais;
  • O nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
  • A idade mínima de dezoito anos;
  • Aptidão física e mental.

Ainda para esta lei, no artigo nº. 10, "A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos à ordem de classificação e prazo de sua validade" (Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, art. 10).

O concurso público conforme a lei vigente será de provas ou de provas de títulos, podendo ser realizado em mais de uma etapa, conforme a lei e o plano de carreira. O concurso tem a validade por dois anos, podendo ser adiado uma única vez, por um período igual.

O servidor adquire a estabilidade ao completar dois anos de efetivo exercício, podendo perder a mesma perante sentença judicial devido a processo administrativo disciplinar.

Conforme art. 37 da Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, somente será transferido um servidor para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, sendo observados os seguintes aspectos:

  • Interesse da administração;
  • Equivalência de vencidos;
  • Manutenção da essência das atribuições do cargo;
  • Vinculação entre os graus de responsabilidade  e complexidade das atividades;
  • Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
  • Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade;

Para Chauí (2003), o recrutamento de docentes é efetuado sem considerar se os mesmos têm conhecimento da sua área de trabalho na universidade. O professor é contratado por ser pesquisador ou por almejar trabalhos temporários tornando-os precários. A carreira de professor é caracterizada como habilitação rápida para os recém graduados.

Tendo ciência da forma do recrutamento e a inclusão dos profissionais universitários, os níveis dos programas de pós-graduação que estes profissionais estão inclusos poderão ser comprometidos.

5. Considerações finais

Os resultados permitem concluir que a produção científica não está relacionada somente ao conceito dos cursos, mas ao aprimoramento das fontes de informações garantindo o crescimento socioeconômico do país perante o emprego dos estudos.

O procedimento de avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) considera vários pontos determinantes para que os cursos possam ser analisados e conceituados de forma a dispor segurança aos pesquisadores e uma analise sofisticada aos coordenadores para que o curso possa aprimorar-se cada vez mais.

Há uma necessidade de produção científica para a evolução dos programas de pós – graduação, contudo, faz-se necessário que os docentes e estudantes universitários deste nível, onde se concentra a grande parte da produção brasileira, segundo dados da Fapesp, produzam satisfatoriamente para aumentar o nível do curso.

Para a Fapesp, este crescimento da produção está correlacionado ao amadurecimento e incremento da mesma sendo que os principais colaboradores do Brasil a nível internacional foram: Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Canadá, Espanha e Argentina.

A recomendação efetuada pela Fapesp é o aprimoramento constante das fontes de informação nacionais, como forma de consolidação dos indicadores.

Conforme dados obtidos pela Fapesp, a produção cientifica vem crescendo consideravelmente. No entanto as pesquisas não vêm sendo empregadas de modo a auxiliar à pesquisa, desenvolver a tecnologia de modo chegar à inovação e posteriormente prover de novas patentes e criar um mercado mais competitivo.

A produção científica influencia o conceito do curso de pós-graduação. Entretanto, a qualidade do meio da publicação faz a diferença. Fazer com que os docentes publiquem nem sempre é tão fácil devido à situação de estabilidade que lhe compete.

Conclui-se que para o nível do programa de pós-graduação aumentem, seus docentes devem produzir cientificamente com qualidade. O quesito da produção intelectual tem por finalidade quanto maior a produção com qualidade a nota do quesito se eleva, somando com as notas dos outros quesitos avaliados pela Capes tornando o aumento do nível do curso mais simples.

Referências

BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos da União. Diário Oficial da União. Brasília, 19/04/1991.

CHAUI, Marilena. A universidade pública sob nova perspectiva. In: Conferência ANPEd, 26.. 2003, Poços de Caldas: ANPEd, 2003.

COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR – Capes. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Disponível em: <http://ww.capes.gov.br>. Acesso em 14 ago. 2009.

COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR – Capes. Regras de Avaliação Engenharia III. Triênio 2004-2006.

COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR – Capes. Manual WebQualis 3.0. 2008.

Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp. Indicadores de ciência, tecnologia e inovação em São Paulo. 2004.


1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Brasil - priscila_rubbo@hotmail.com
2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Brasil - lapilatti@utfpr.edu.br


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