Espacios. Vol. 35 (Nº 3) Año 2014. Pág. 4


Estudo das taxas de letalidade por acidente de trabalho no Rio Grande do Sul, Brasil

Study of mortality rates for accidents at work in Rio Grande do Sul, Brazil

Caroline PAFIADACHE 1; Roselaine Ruviaro ZANINI 2; Adriano Mendonça SOUZA 3

Recibido: 13/01/14 • Aprobado: 02/02/14


Contenido

RESUMO:
A análise de tendência de indicadores de acidentes de trabalho constitui uma importante ferramenta para a promoção de subsídios e planejamento de políticas de prevenção de óbitos e acidentes ocorridos no exercício das atividades do trabalhador. Este estudo tem por objetivo apresentar uma análise da tendência nas taxas de letalidade no Estado do Rio Grande do Sul utilizando os métodos de médias móveis e alisamento exponencial simples. Para isso foi realizado um estudo transversal, com dados secundários mensais, no período de 2008 a 2010, provenientes de tabelas de dados disponibilizadas pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). O método de alisamento exponencial simples se mostrou mais adequado em termos de ajuste e previsão. Além disso observou-se que, ao longo do período analisado, não há uma tendência decrescente significativa para as taxas de letalidade, o que pode levantar questões importantes sobre as condições de trabalho no Estado.
Palavras-chave: Acidentes de trabalho, taxas de letalidade, médias móveis simples

ABSTRACT:
Trend analysis of indicators of workplace accidents is an important tool for the promotion of subsidies and planning policies for the prevention of deaths and accidents in the course of the worker's activities. This study aims to present an analysis of the trend of mortality rates in the state of Rio Grande do Sul using the methods of moving averages and simple exponential smoothing. For this cross-sectional study with monthly secondary data from the period 2008-2010, from data provided by the Ministry of Welfare and Social Assistance (MWSA) tables was performed. The simple exponential smoothing method was more appropriate in terms of fit and prediction. Furthermore it was observed that there is no significant downward trend for rates of mortality, which may raise important questions about the working conditions in the state, over the period analyzed
Key-words: Work accidents, fatality rates, simple moving averages


1. Introdução

O acidente de trabalho é caracterizado, conforme a Organização Internacional do Trabalho (OIT), como sendo todo o acontecimento inesperado e imprevisto, incluindo os atos de violência, derivado do trabalho ou com ele relacionado, do qual resulta uma lesão corporal, uma doença ou a morte de um ou vários trabalhadores. Ainda, conforme a OIT, uma lesão profissional mortal é uma lesão corporal, doença ou morte provocada por acidente do trabalho que produziu a morte da vítima até um ano após o dia em que o mesmo ocorreu (OIT, 2008).

Segundo CORREA E ASSUNÇÃO (2003), a análise dos números de acidentes de trabalho fatais permite quantificar e construir alguns indicadores que servem de fontes para a estimação do potencial de gravidade desses eventos que acometem os trabalhadores. Entre eles, podem ser citados os coeficientes de mortalidade, as taxas de letalidade e os riscos potenciais de acidentes graves em determinado ramo de atividade ou empresa.

No Brasil, as estatísticas sobre acidentes de trabalho fatais são divulgadas em bancos e em páginas eletrônicas do governo, em especial pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). No entanto, muitos estudos focam a temática de acidentes de trabalho sob diferentes óticas: a importância da compreensão das especificidades desses eventos em nosso meio; a promoção de ações efetivas com o intuito de  minimizar esses acontecimentos; a problemática e consequências da subnotificação desse tipo de acidente  (WALDVOGEL, 2003; HENNINGTON, 2004; CORDEIRO et al., 2005; SANTANA et al., 2005; MARZIALE E JESUS, 2007; ZANGIROLANI, 2008. VASCONCELLOS et al., 2009; MARZIALE et al., 2010).

Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi investigar o comportamento da série das taxas de letalidade (número de óbitos decorrentes de acidentes de trabalho/número total de acidentes de trabalho registrados) ocorridos na população em idade produtiva de 2008 a 2010 no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

A letalidade pode ser entendida como o maior ou menor poder que o acidente apresenta ao ter como consequência a morte do trabalhador acidentado, sendo, portanto, um bom indicador para medir a gravidade do acidente.

2 Metodologia

Para a realização deste estudo foram utilizados dados secundários mensais de notificação de óbitos e do total de acidentes de trabalho registrados disponibilizados, sob forma de tabelas, na página eletrônica do Ministério da Previdência e Assistência Social (www.mpas.gov.br), compreendidos de janeiro de 2008 a dezembro de 2010.

A taxa de letalidade foi obtida dividindo o número de óbitos decorrentes dos acidentes do trabalho pelo número total de acidentes multiplicado por mil e, para a execução dos cálculos e obtenção dos gráficos, foi utilizada a planilha eletrônica Excel.

A tendência de uma série temporal é compreendida, segundo Morettin e Toloi (1987), como sendo um movimento crescente ou decrescente nos dados e caracteriza uma forma de não estacionaridade.  Dentre os objetivos da análise desse tipo de série estão o estudo do comportamento dos dados e a previsibilidade de valores futuros.

Supondo que o modelo adequado para descrever as observações Z1,…,Zn seja: Zt = µt + at , t = 1,..., N onde  é um ruído branco com média zero e variância constante e  é um parâmetro desconhecido que pode variar lentamente com o tempo.

A técnica de Média Móvel Simples (MMS) consiste em calcular a média aritmética das r observações mais recentes, isto é:

                                                                       (1)

Assim, Mt é uma estimativa do nível que não pondera as observações mais antigas (o parâmetro varia lentamente com o tempo) e a previsão de todos os valores futuros da série, a partir da origem t é dada pela última média calculada. A aplicação do método MMS depende do número (r) de observações utilizadas na média. Um valor alto de  implica em uma previsão que acompanha lentamente as mudanças do parâmetro  (série amortizada ideal para o estudo do comportamento da tendência), no entanto, um baixo valor resulta em uma reação mais rápida (ideal para previsão). Neste estudo três valores de períodos (r) foram adotados r = 23,5 e 7.

Outra técnica empregada neste estudo foi a de Alisamento Exponencial Simples, a qual pode ser descrita pela equação:

                                                (2)

onde  é denominado valor exponencialmente alisado e  é a constante de alisamento, 0 1. Por meio da equação do alisamento exponencial é possível concluir que o AES atribui pesos maiores às observações mais recentes e, nesta análise, quatro valores foram testados  0,10; 0,25; 0,50 e 0,75).

Sabe-se que quando os maiores valores de alfa são usados, mais próximos estarão dos valores reais, sendo portanto úteis para previsão de dados. Por outro lado, os menores valores de alfa promovem uma maior amortização da série e, embora acarretem em resíduos com maiores valores, são úteis na análise da presença de tendência.

O critério de seleção do melhor modelo para previsão, dentro de cada técnica, foi feito por meio do desvio médio absoluto (MAD – Mean Absolute Deviation), o cálculo do MAD é dado pela média do somatório dos resíduos:

 

                                                                       (3)

Sabe-se, entretanto que, valores baixos do MAD estão associados a série que, embora amortizada, mais se aproxima dos valores reais, enquanto que valores altos do MAD indicam séries com maiores amortizações e maior erro quando comparada com a série em nível.

Além disso, realizou-se o ajuste de um modelo de regressão na série amortizada para testar a significância da tendência, por meio do modelo linear, dado por y = ax + b considerando um nível de 5% de significância para os coeficientes estimados.

3 Resultados

Os valores do número de óbitos decorrentes dos acidentes do trabalho, o número total de acidentes e as taxas de letalidade, calculadas por período, estão expressos na Tabela 1.

Tabela 1 – Registro do número de acidentes de trabalho, óbitos e taxas
de letalidade no Rio Grande do Sul, 2008 a 2010.

Período

Número de acidentes

 

Número de óbitos

 

Taxa de letalidade (‰)

2008

2009

2010

 

2008

2009

2010

 

2008

2009

2010

Jan

4738

5322

4471

 

14

8

13

 

2,955

1,503

2,908

Fev

4578

4939

4410

 

14

5

16

 

3,058

1,012

3,628

Mar

5154

6079

5431

 

17

18

17

 

3,298

2,961

3,130

Abr

5272

5401

4794

 

7

11

12

 

1,328

2,037

2,503

Mai

4911

5370

4904

 

13

11

11

 

2,647

2,048

2,243

Jun

5178

5017

4876

 

14

6

18

 

2,704

1,196

3,692

Jul

5377

5277

5053

 

15

11

16

 

2,790

2,085

3,166

Ago

5629

5326

5187

 

14

8

9

 

2,487

­­1,502

1,735

Set

6044

5079

4669

 

9

8

13

 

1,489

1,575

2,784

Out

6095

5059

4949

 

11

14

11

 

1,805

2,767

2,223

Nov

5661

4745

4852

 

5

19

7

 

0,883

4,004

1,443

Dez

4759

4331

4641

 

10

14

9

 

2,101

3,233

1,939

Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social.

Observando a Figura 1 é possível verificar que as taxas de letalidade apresentam três comportamentos distintos, um período estacionário (do 1 ao 9), uma tendência positiva no período 10 ao 23 e uma tendência negativa no período final.

Figura 1 – Representação gráfica da série em nível para taxa de letalidade para acidentes
de trabalho, Rio Grande do Sul, 2008 a 2010.

Partindo-se para a aplicação do método de médias móveis simples obtém-se os valores da Tabela 2, de onde pode-se inferir que a série com média aritmérica centrada em r = 3 apresentou o menor critério de comparação (MAD=0,413), sendo a eleita para a previsão dos dados. Neste caso, a previsão para o período de janeiro de 2011 é dada por Z37 = 1,868. Já a série onde foi usado o r =7 resultou no maior valor do MAD (MAD=0,519), sendo esta, portanto, a que recebeu o maior amortecimento.

Tabela 2 – Taxa de letalidade de acidentes de trabalho no Rio Grande do Sul, no período de 2008 a 2010,
em nível e amortecida (com constantes de média móvel iguais a 3, 5 e 7) e resíduos.

Período

Taxa

r=3

Resíduo

r=5

Resíduo

r=7

Resíduo

1

2,955

-

-

-

-

-

-

2

3,058

3,104

0,046

-

-

-

-

3

3,298

2,561

0,737

2,657

0,641

-

-

4

1,328

2,424

1,097

2,607

1,279

2,683

1,355

5

2,647

2,226

0,421

2,553

0,094

2,616

0,031

6

2,704

2,714

0,010

2,391

0,313

2,392

0,312

7

2,790

2,660

0,129

2,423

0,366

2,178

0,611

8

2,487

2,255

0,232

2,255

0,232

2,115

0,372

9

1,489

1,927

0,438

1,891

0,402

2,037

0,548

10

1,805

1,392

0,412

1,753

0,052

1,865

0,061

11

0,883

1,596

0,713

1,556

0,673

1,612

0,728

12

2,101

1,496

0,605

1,461

0,640

1,679

0,422

13

1,503

1,539

0,036

1,692

0,189

1,757

0,254

14

1,012

1,826

0,813

1,923

0,911

1,792

0,780

15

2,961

2,003

0,958

1,912

1,049

1,837

1,124

16

2,037

2,349

0,312

1,851

0,186

1,835

0,202

17

2,048

1,760

0,288

2,065

0,017

1,834

0,214

18

1,196

1,776

0,580

1,774

0,578

1,915

0,719

19

2,085

1,594

0,490

1,681

0,403

1,887

0,197

20

1,502

1,721

0,219

1,825

0,323

2,168

0,666

21

1,575

1,948

0,373

2,387

0,812

2,337

0,762

22

2,767

2,782

0,015

2,616

0,151

2,582

0,185

23

4,004

3,335

0,670

2,897

1,107

2,802

1,202

24

3,233

3,381

0,149

3,308

0,075

3,035

0,197

25

2,908

3,256

0,348

3,381

0,473

3,168

0,260

26

3,628

3,222

0,406

3,080

0,548

3,093

0,535

27

3,130

3,087

0,043

2,882

0,248

3,048

0,082

28

2,503

2,625

0,122

3,039

0,536

3,039

0,535

29

2,243

2,813

0,570

2,947

0,704

2,871

0,628

30

3,692

3,034

0,658

2,668

1,024

2,751

0,941

31

3,166

2,864

0,302

2,724

0,442

2,621

0,546

32

1,735

2,562

0,827

2,720

0,985

2,469

0,734

33

2,784

2,247

0,537

2,270

0,514

2,426

0,358

34

2,223

2,150

0,073

2,025

0,198

-

-

35

1,443

1,868

0,426

-

-

-

-

36

1,939

-

-

-

-

-

-

SOMA

14,054

16,163

15,564

n

34

32

30

MAD

0,413

0,505

0,519

 

Na figura 2, pode-se observar a série real de taxas de letalidade, além dos valores ajustados por Média Móvel Simples.

Figura 2 – Representação gráfica da série em nível e suavizada para médias
das taxas de letalidade no Rio Grande do Sul, centradas em valores distintos.

De maneira análoga o método de Alisamento Exponencial Simples (AES) é aplicado usando a equação dos valores estimados recursivamente, conforme a equação 2 (Tabela 3).

Tabela 3 - Taxa de letalidade de acidentes de trabalho no Rio Grande do Sul, no período de 2008 a 2010, em nível e suavizada (com constantes de suavização igual a 0,1; 0,25; 0,50 e 0,75) e os respectivos resíduos.

Período

Taxa

α=0,10

Resíduo

α =0,25

Resíduo

α =0,50

Resíduo

α =0,75

Resíduo

1

2,955

2,955

0,000

2,955

0,000

2,955

0,000

2,955

0,000

2

3,058

2,965

0,093

2,981

0,077

3,006

0,052

3,032

0,026

3

3,298

2,998

0,300

3,060

0,238

3,152

0,146

3,232

0,067

4

1,328

2,831

1,504

2,627

1,299

2,240

0,912

1,804

0,476

5

2,647

2,813

0,166

2,632

0,015

2,444

0,204

2,436

0,211

6

2,704

2,802

0,098

2,650

0,054

2,574

0,130

2,637

0,067

7

2,790

2,801

0,011

2,685

0,105

2,682

0,108

2,751

0,038

8

2,487

2,769

0,282

2,635

0,148

2,584

0,097

2,553

0,066

9

1,489

2,641

1,152

2,349

0,860

2,037

0,548

1,755

0,266

10

1,805

2,558

0,753

2,213

0,408

1,921

0,116

1,792

0,012

11

0,883

2,390

1,507

1,880

0,997

1,402

0,519

1,111

0,227

12

2,101

2,361

0,260

1,936

0,166

1,752

0,350

1,854

0,248

13

1,503

2,276

0,772

1,828

0,324

1,627

0,124

1,591

0,088

14

1,012

2,149

1,137

1,624

0,611

1,320

0,308

1,157

0,145

15

2,961

2,230

0,731

1,958

1,003

2,140

0,821

2,510

0,451

16

2,037

2,211

0,174

1,978

0,059

2,089

0,052

2,155

0,118

17

2,048

2,195

0,146

1,995

0,053

2,068

0,020

2,075

0,027

18

1,196

2,095

0,899

1,796

0,600

1,632

0,436

1,416

0,220

19

2,085

2,094

0,009

1,868

0,217

1,858

0,226

1,917

0,167

20

1,502

2,035

0,533

1,776

0,274

1,680

0,178

1,606

0,104

21

1,575

1,989

0,414

1,726

0,151

1,628

0,053

1,583

0,008

22

2,767

2,067

0,701

1,986

0,781

2,198

0,570

2,471

0,296

23

4,004

2,260

1,744

2,491

1,513

3,101

0,903

3,621

0,383

24

3,233

2,358

0,875

2,676

0,556

3,167

0,066

3,330

0,097

25

2,908

2,413

0,495

2,734

0,174

3,037

0,130

3,013

0,105

26

3,628

2,534

1,094

2,958

0,671

3,333

0,295

3,474

0,154

27

3,130

2,594

0,536

3,001

0,129

3,231

0,101

3,216

0,086

28

2,503

2,585

0,082

2,876

0,373

2,867

0,364

2,681

0,178

29

2,243

2,551

0,307

2,718

0,475

2,555

0,312

2,353

0,110

30

3,692

2,665

1,027

2,961

0,730

3,123

0,568

3,357

0,335

31

3,166

2,715

0,452

3,013

0,154

3,145

0,022

3,214

0,048

32

1,735

2,617

0,882

2,693

0,958

2,440

0,705

2,105

0,370

33

2,784

2,634

0,151

2,716

0,068

2,612

0,172

2,614

0,170

34

2,223

2,592

0,370

2,593

0,370

2,417

0,195

2,321

0,098

35

1,443

2,478

1,035

2,305

0,862

1,930

0,487

1,662

0,219

36

1,939

2,424

0,484

2,214

0,274

1,935

0,005

1,870

0,069

SOMA

21,176

15,749

10,293

5,749

n

36

36

36

36

MAD

0,588

0,437

0,286

0,160

 

A análise feita, com base nos valores do desvio médio absoluto (MAD), indica que a série suavizada com constante = 0,75 é a melhor dentre as demais para auxiliar na previsão da taxa de letalidade para o mês 37 (janeiro de 2011) com o valor previsto de Z37 = 1,870. Para avaliar a tendência pode-se observar a série mais suavizada, que neste caso remete àquela com = 0,10 Para esta série, observa-se que não há uma tendência linear decrescente e significativa (p-valor = 0,517) nas taxas de letalidade.

Figura 3 – Representação gráfica da série em nível e suavizadadas taxas de letalidade
no Rio Grande do Sul, com auxílio de diferentes constantes de suavização

4 Conclusão

A Organização Internacional do Trabalho revelou, por meio de relatórios que, no Brasil, as taxas de incidência de acidentes do trabalho estão declinando, no entanto faz uma ressalva para o estado do Rio Grande do Sul que apresentou, em 2010, a terceira maior taxa do país.  No presente estudo foi possível observar que, de fato, não existe tendência decrescente para o número de letalidade por acidentes no Estado.

Esse resultado expressa que as condições de trabalho no Estado necessitam de alguma forma de intervenção ou que existem falhas nas notificações de acidentes e óbitos, como já verificado por alguns autores em outros Estados (Correa e Assunção, 2003; Cordeiro et al., 2005).

Em relação aos métodos abordados, pode-se verificar que são de simples aplicação, apresentam bom desempenho quando se tem um número pequeno de observações e, neste caso, resultaram valores previstos muito semelhentes. A principal desvantagem consiste em determinar os valores de (Médias Móveis) e o coeficiente  (Alisamento Exponencial Simples). Destaca-se, entretanto, que outros métodos de ajuste com maior complexidade teórica, como os modelos ARIMA, que serão abordados em pesquisa subsequente, também podem ser úteis para descrever o comportamento das taxas de letalidade ao longo dos anos.

Com base no estudo do comportamento das taxa a de letalidade pode-se concluir que se faz necessário ampliar as investigações acerca de  indicadores de acidentes de trabalho no Estado do Rio Grande do Sul, com o propósito de sedimentar argumentos para promoção de melhorias nas condições de trabalho e da saúde do trabalhador.

5 Referências Bibliográficas

Cordeiro, R.; Vilela, R.A.G.; Medeiros, M.A.T.; Gonçalves, C.G.O.; Bragantini, C.A.; Varolla, A.J.; Stephan, C. L. (2005); “O sistema de vigilância de acidentesdo trabalho de Piracicaba, São Paulo, Brasil”, Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(5), 1574-1583.

Correa, P.R.L.; Assunção, A.A. (2003); “A subnotificação de mortes poracidentes de trabalho: estudo de três bancos de dados”, Epidemiologia e Serviços de Saúde, 12(4), 203-212.

Hennington, E. A.; Cordeiro, R.; Moreira Filho, D.C. (2004); “Trabalho, violência e morte em Campinas, São Paulo, Brasil”, Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(2), 610-617.

Marziale, M.H.; Zapparoli, A.S.; Felli, V.E.; Anabuki, M.H. (2010); “Rede de Prevenção de Acidentes de Trabalho: uma estratégia de ensino a distância”, Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, 63(2), 250-256.

Marziale, M.H.P.; Jesus, L.C. (2008); “Modelos explicativos e de intervenção na promoção dasaúde do trabalhador”, Acta Paulista de Enfermagem, 21(4), 654-659.

Ministério do Trabalho e Emprego;  Ministério da Previdência Social Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho 2010. Disponível em: < http://www.mpas.gov.br/conteudoDinamico.php?id=1215>. Acesso em 20 de Julho de 2013.

Morettin, P. A.; Toloi, C. M. C. (1987); Métodos Quantitativos: Séries Temporais; São Paulo, 2ª ed., 136 p.

Organização Internacional do Trabalho. OIT (1998); “Resolução sobre as estatísticas das lesões profissionais devidas a acidentesdo trabalho”, 16º Conferência Internacional de Estatísticas do Trabalho. Disponível em: <http://www.ilo.org/public/portugue/bureau/stat/res/accinj.htm>. Acesso em 17 de Julho de 2013.

Santana, V.; Nobre, L.; Waldvogel, B.C. (2005); “Acidentes de trabalho no Brasil entre 1994 e 2004: uma revisão”, Ciência & Saúde Coletiva, 10(4), 841-855.

Vasconcellos, M.C.; Pignati, M.G.; Pignati, W.A. (2009); “Emprego e Acidentes de Trabalho naIndústria Frigorífica em Áreas de Expansão doAgronegócio, Mato Grosso, Brasil”, Saúde e Sociedade São Paulo, 18(4), 662-672.

Waldvogel, B.C. (2003); “A população trabalhadora paulista e os acidentes do trabalho fatais”, São Paulo em Perspectiva, 17(2), 42-53.

Zangirolani, L.T.O.; Cordeiro, R.; Medeiros, M.A.T.; Stephan, C. (2008); “Topologia do risco de acidentes do trabalho em Piracicaba, SP”, Revista de Saúde Pública, 42(2), 287-293.


1 Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Brasil; e-mail: carolpafiadache@gmail.com
2 Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Brasil; e-mail: rrzanini@terra.com.br
3 Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Brasil; e-mail: smsouza.sm@gmail.com



Vol. 35 (Nº 3) Año 2014
[Índice]

[En caso de encontrar algún error en este website favor enviar email a webmaster]