Espacios. Vol. 34 (9) 2013. Pág. 3


A Divulgação Pública da Ciência na Região Metropolitana do Vale do Paraíba - SP, Brasil

Public Science Dissemination In Vale Do Paraíba Metropolitan Region, Brazil

Jefferson MARTINS 1 y Monica Franchi CARNIELLO 2

Recibido: 17-06-2013 - Aprobado: 12-09-2013


Contenido

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RESUMO:
O artigo visa o estudo da divulgação pública da ciência na Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Tal observação toma como ponto de partida a possibilidade de transmissão da informação científica através da rede mundial de computadores; e investiga o potencial deste meio para a finalidade de comunicar ciência publicamente. Esta pesquisa descritiva fez uso de survey para discorrer sobre os temas pretendidos. Verifica-se uma fragilidade no processo de divulgação da ciência produzida localmente para a sociedade, dada a preocupação centrada na comunicação primária da ciência, entre pares.
Palavras-chave: Desenvolvimento regional. Divulgação científica. Divulgação científica regional, Divulgação científica on-line.

ABSTRACT:
The article aims to study the public dissemination of science in the Metropolitan Area of Vale do Paraíba. This observation takes as its starting point the possibility of transmission of scientific information by the World Wide Web, and investigates the potential of this medium for the purpose of communicating science publicly. This descriptive research made use of survey to discuss the issues you want. There is a weakness in the process of dissemination of science produced locally for the society, given the concern centered on the primary communication of science among peers.
Keywords: Regional development. Scientific dissemination. Regional scientific dissemination. Scientific dissemination online.


Introdução

Este artigo tem como premissa a estreita relação entre produção e divulgação científica e o processo de desenvolvimento de uma região.

Partiu-se da hipótese de que há um desconhecimento que sugere o risco de estereotipar a produção científica do Vale do Paraíba - SP, região que sedia um representativo número de Universidades e centros de pesquisa, relacionando-a apenas ao segmento aeroespacial ou à atividade de previsão do tempo, atividades que compõem, mas não exclusivamente, a produção científica regional.

O foco da pesquisa está na comunicação pública da ciência, ou seja, a comunicação destinada ao público leigo, etapa posterior à validação acadêmica da pesquisa.

Este estudo tem por objetivo entender como funciona a dinâmica da produção do conhecimento científico e de que modo se estabelece a comunicação desse saber à população da Região Metropolitana do Vale do Paraíba (RMVP).

Para efeito delimitador, a pesquisa abordou especificamente a porção Paulista do Vale do Paraíba, parte que envolve 39 cidades distribuídas entre o Litoral, o Vale e a Mantiqueira. Esta porção paulista segue definida como Mesorregião do Vale do Paraíba, que possui o status de Região Metropolitana, dividida territorialmente em cinco Sub-regiões. Destas, duas foram selecionadas para o desenvolvimento da pesquisa, as Sub-regiões de São José dos Campos e de Guaratinguetá, onde estão localizadas as cidades de Lorena, Guaratinguetá e São José dos Campos, que sediam os objetos de pesquisa deste projeto.

Tem-se, por meio dessa pesquisa, a possibilidade de aquecer o debate acerca da aproximação da ciência com seu público e sobre os modos que viabilizam essa importante tarefa.

Comunicação científica e cidadania na sociedade da informação

É comum associar o desenvolvimento aos aspectos da industrialização, que impulsionam o progresso e ampliam os benefícios da sociedade, influindo nos meios de produção, no bem estar das populações entre outros. Este ponto de vista é pertinente sob a ótica de alguns teóricos, mas de modo algum pode ser dado como definitivo, uma vez que a dinâmica das sociedades vem se alterando em ritmo acelerado.

Para o presente estudo, entende-se que há uma via a ser desbravada calcada na produção, qualidade e disseminação da informação, sobretudo científica. Sobre este aspecto, salientam-se as possibilidades de promover o desenvolvimento tendo a informação científica como ferramenta propulsora. Para tal, discorrer-se sobre o papel da comunicação da ciência na formação cidadã, tendo em vista as particularidades do novo paradigma da Sociedade da Informação.

Werthein (2000, p.73) afirma que “a expressão ‘sociedade da informação’ passou a ser utilizada, nos últimos anos do século XX, como substituto para o conceito complexo de ‘sociedade pós-industrial’”.

Por conceito, a sociedade da informação relaciona-se, segundo Werthein (2000, p.73),

às transformações técnicas, organizacionais e administrativas que têm como ‘fator-chave’ não mais os insumos baratos de energia – como na sociedade industrial – mas os insumos baratos de informação propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e telecomunicações.

Indica-se que “dificilmente alguém discordaria de que a sociedade da informação é o principal traço característico do debate público sobre o desenvolvimento, seja em nível local ou global” (WERTHEIN, 2000, p.71). Isso se dá, segundo o pesquisador, em parte pelo distanciamento crescente que se estabelece entre os que têm acesso aos mecanismos disseminadores da informação – com capacidade de digerir e refletir sobre os conteúdos – e aqueles que passam à margem de todo esse processo, sem acesso ou inaptos para a compreensão e reflexão da informação consumida. Sobre este último grupo é que pesa o intuito da presente pesquisa, uma vez que tal característica se dá pela inacessibilidade à informação e, quando esta existe, pela incapacidade de apreender conhecimento – estes são problemas crônicos que passam pela restrita e desqualificada estrutura nacional de acesso à rede mundial de computadores e pelo deficiente sistema educacional brasileiro (WERTHEIN, 2000).

O termo conhecimento apresenta algumas interpretações. Dentre elas, Japiassú e Marcondes (2001, p.41-42) apontam para a “apropriação intelectual de determinado campo empírico ou ideal de dados, tendo em vista dominá-los e utilizá-los”. Os pesquisadores sinalizam, ainda que “o termo 'conhecimento' designa tanto a coisa conhecida quanto o ato de conhecer (subjetivo) e o fato de conhecer”. Para Demo (2010, p.107) "o conhecimento não é objeto, acúmulo estático ou simples recurso econômico, mas 'fator humano' de desenvolvimento pessoal e social".

E, para lidar com a sociedade intensiva em conhecimento, Demo alerta que "é imprescindível dotar-se das 'habilidades do século XXI', entre elas, lidar bem com o conhecimento científico" (2010, p.55). Afirma Duderstadt (2003, apud DEMO, 2010, p.55) que "'Pessoas educadas e suas idéias' são as riquezas das nações". Reforça-se aqui, sob as observações desses pesquisadores, que é senso comum analisar as possibilidades e oportunidades de desenvolvimento também sob a ótica da capacidade de lidar com o conhecimento científico. Assim, segundo Demo,

surge o espectro de discriminação marcante: num lado, estão os países que conseguem produzir conhecimento próprio inovador; noutro, os que não são capazes e permanecem copiando reprodutivamente. (2010, p.55)

Instala-se, neste momento, forte crítica ao sistema educacional do país pois, conclui o pesquisador, "no primeiro mundo se pesquisa; no Terceiro Mundo se dá aula". Tal afirmação incita uma série de discussões a respeito e contribuem para um melhor planejamento das políticas educacionais destes países.

O direcionamento das políticas de investimento na educação passa necessariamente pela educação científica. Na visão de Demo (2010, p.61), compartilhada por outros autores, "a alfabetização científica sinaliza a capacidade de 'saber pensar'".

E sobre essa vertente, outros estudos têm demandado conhecimento e observação a respeito da divulgação científica e o papel do jornalista científico na missão de alfabetização científica na sociedade brasileira. Gonçalves, Graça e Pechula (2011, p.2) afirmam que “a inserção das mídias de divulgação científica no contexto da sociedade atual é polêmica, mas inevitável”. Sobretudo, porque é cada vez mais usual o apoio dos suportes midiáticos no ensino. “Os meios de comunicação ocupam função importante e complementar no exercício de construção do conhecimento” (GONÇALVES; GRAÇA; PECHULA, 2011 p.1). Porém, alertam as pesquisadoras, há que se ter cuidado especialmente criterioso nessa aproximação mídia – educação.

Para Moran, (2007 s/p):

A informação e a forma de ver o mundo predominantes no Brasil provêm fundamentalmente da televisão. Ela alimenta e atualiza o universo sensorial, afetivo e ético que crianças e jovens – e grande parte dos adultos - levam a para sala de aula. Como a TV o faz de forma mais despretensiosa e sedutora, é muito mais difícil para o educador contrapor uma visão mais crítica, um universo mais abstrato, complexo e na contramão da maioria como a escola se propõe a fazer.

Complementam Gonçalves, Graça e Pechula (2011, p.2) que “atribuir à mídia um papel educacional implica, também, em refletir sobre o processo de manipulação a que os fatos estão submetidos”

Seja pelo processo da educação formal, não-formal ou informal, sabe-se o quão fundamental é a interação entre a ciência e a sociedade, tendo em vista que o avanço de ambos está calcado nessa interdependência (GASPAR, 2002).

Nos países mais avançados, o público está bastante a par dos principais conhecimentos científicos. Disso se encarrega a educação primária, secundária e universitária, e também a mídia. Esses segmentos da sociedade vêm fazendo isso há décadas; em alguns casos (Inglaterra, Alemanha, França), séculos. Isso faz com que a ciência nesses países seja aceita e estimulada pela população por meio de seus representantes. Em conseqüência, o desenvolvimento tecnológico desses países é alto já que, como sabemos, ele se fundamenta na ciência. (IZQUIERDO apud WERTHEIN; CUNHA, 2005 p.129)

Bueno (s/d) afirma que o “jornalismo científico tem um importante papel social a cumprir” e o define como “a veiculação, segundo os padrões jornalísticos, de informações sobre ciência, tecnologia e inovação e se caracteriza por desempenhar inúmeras funções”. Dentre as funções, destaca:

Em primeiro lugar, ele cumpre o papel, absolutamente indispensável num país onde o ensino formal de ciências é precário, de contribuir para o processo de alfabetização científica, permitindo aos cidadãos tomar contato com o que acontece no universo da ciência e da tecnologia. Trata-se de uma função eminentemente pedagógica a ser cumprida pela mídia, complementar ao da educação, e que atinge não apenas aqueles que já deixaram a escola, mas sobretudo os que estão dela excluídos por inúmeros motivos. Em segundo lugar, esta divulgação pelos meios de comunicação de massa promove a democratização do conhecimento científico, ampliando o debate sobre temas relevantes de ciência e tecnologia. (BUENO, s/d, s/p.)

Logo, percebe-se que o amadurecimento da cidadania é um processo certo para o desenvolvimento de uma sociedade, desde que articulada, integrada e interada nas questões científicas. Pereira, Serra e Periço (2003, p.156) afirmam que “só a cultura científica poderá salvaguardar o homem do futuro”. E para evitar possível desentendimento do quão necessário se faz o envolvimento do cidadão no universo científico, os pesquisadores ressaltam:

De facto, o exercício consciente da cidadania não obriga ao conhecimento dos mecanismos internos do saber científico. É difícil ou mesmo impossível explicar ao grande público a física subjacente ao funcionamento de uma central nuclear, ou fazê-lo entender os processos químicos da vida. Mas tal não é necessário para a sua tomada de decisão sobre a proliferação de centrais nucleares ou sobre questões da genética que interferem a reprodução humana. (PEREIRA; SERRA; PERIÇO; 2003 p.157)

É certo que a condição sine qua non para que se avance por todos os pontos abordados até o momento reside na comunicação científica.

Método

O tipo de pesquisa adotado classifica-se, quanto aos objetivos gerais, como descritiva, com abordagem quantitativa e coleta de dados por meio de aplicação de questionário, caracterizando uma survey. A área de realização foi a Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

Para que se pudesse definir a população de pesquisadores, adotou-se o procedimento embasado nos Indicadores Regionais de Produção Científica: o caso da RM do Vale do Paraíba (SANTOS, 2007). Tem-se nesses indicadores, que o Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq é fonte fidedigna de informação, uma vez que desenvolve medidas nacionais para formar um banco de dados que “é a única base nacional disponível”, além de ser “uma base de acesso aberta, portanto, pública” (SANTOS, 2007 p.93). A base de dados presente neste Diretório “contêm informações sobre os recursos humanos constituintes dos grupos, as linhas de pesquisa em andamento, as especialidades do conhecimento, [...]” (DIRETÓRIO DE GRUPOS DE PESQUISA).

Dentro deste escopo, para efeitos delimitadores, adotou-se como critério de pesquisa investigar os grupos de pesquisa sediados na RM do Vale do Paraíba, acomodados em instituições públicas estaduais de ensino, a saber: EEL-USP (Escola de Engenharia de Lorena) e UNESP (Universidade Estadual Paulista, campus de Guaratinguetá - FEG - e de São José dos Campos - FOSJC).

Essa escolha baseou-se no recorte da pesquisa, que trata de região específica do estado de São Paulo, e no fato dessas instituições, por serem estaduais, estarem sujeitas às políticas públicas do estado - voltada à educação, desenvolvimento regional, ciência e tecnologia ou outras. Há também que estas instituições detêm outras relações de interesse para esta pesquisa: a UNESP-FOSJC desenvolve pesquisa na área de saúde que, como aponta o Pesquisa Nacional promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em parceria com a Academia Brasileira de Ciências, é a área que mais desperta interesse público pelos assuntos científicos (PERCEPÇÃO Pública da Ciência, 2010, p.15); e a EEL-USP e a UNESP-FEG têm seus trabalhos voltados às Engenharias, que segundo os Indicadores Regionais de Produção Científica do Vale do Paraíba Paulista (SANTOS, 2007 p.118), é a área que concentra o maior volume de publicações e, assim, abre-se a maiores possibilidades de divulgação pública.

Feita essa seleção dos grupos, passou-se a observar os líderes de cada um deles. Parte-se do princípio que os líderes de grupos de pesquisa têm maiores oportunidades de produzir conhecimento científico, uma vez que, provavelmente, têm carreira científica mais sólida e comportamento plenamente atuante na divulgação destes conhecimentos ao público, seja especializado ou leigo, através de canais públicos ou dirigidos de divulgação. A população foi formada, portanto, pelo número total de lideres de grupos de pesquisa instalados na região valeparaibana e cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq. Obteve-se que a população está definida em: seis líderes pertencentes à UNESP de São José dos Campos; treze líderes da UNESP de Guaratinguetá e dezoito da EEL-USP de Lorena. Foi utilizada neste trabalho a amostragem por tipicidade, porque será selecionado um subgrupo de uma população que, com base nas informações disponíveis – obtidas neste caso no DGP-CNPq – possaser considerado representativo de toda a população. Pelo reduzido número da população, todos os sujeitos que a compõem foram abordados, no entanto foram obtidas 21 respostas.

Resultados e discussão

O questionário dividido em três seções investigou sobre a associação dos pesquisadores com as premissas desta pesquisa, sobre a relação dos pesquisadores com a mídia e, finalmente, sobre a percepção dos pesquisadores sobre a divulgação pública da ciência regional nos veículos de comunicação de massa da região.

Sobre a importância da divulgação pública da ciência houve unanimidade. Entre as opções Importante, Indiferente e Sem Importância, todos os respondentes concordaram com a importância de se divulgar ciência ao público.

Em sequência, foi avaliado o grau de concordância sobre as afirmações apresentadas, algumas delas premissas desta pesquisa. Utilizando-se da Escala de Likert com cinco graus de avaliação, obteve-se que 73% dos pesquisadores concordam totalmente com a afirmação de que o analfabetismo científico atinge grande parte da população brasileira. Concordaram parcialmente 9%, o mesmo alcançado para os que discordam parcialmente e os que não responderam.

Sobre a afirmação que a independência tecnológica e o desenvolvimento científico brasileiro estão sujeitos à ampliação da capacidade de sua população em compreender as questões científicas, 64% concordaram totalmente, 18% concordaram parcialmente e outros 18% não concordaram nem discordaram. Se esta ampliação da capacidade de entendimento dos assuntos científicos é, na visão dos pesquisadores, importante, passou-se a avaliar o impacto deste fato para o indivíduo e a sociedade, na esfera local e regional.

Assim, 64% entenderam que o indivíduo a par das questões científicas tem maiores possibilidades de exercer conscientemente sua cidadania, contra 36% que concordaram parcialmente. Sobre uma sociedade a par das questões científicas ter maiores possibilidades de interferir nas diretrizes políticas e econômicas locais, 55% concordaram totalmente e 45% concordaram parcialmente. A mesma afirmação alcançando a interferência no âmbito regional apresentou 64% de concordância total contra 36% de concordância parcial.

Esta avaliação fecha o interesse da pesquisa sobre o posicionamento dos pesquisadores diante de premissas presentes na literatura. Assim sendo, tem-se que 100% dos respondentes, concordando total ou parcialmente, entendem que o indivíduo, e consequentemente a sociedade, carecem do conhecimento sobre assuntos científicos para o exercício cidadão de fato. Ainda nessa toada, o conhecimento científico mostra-se primordial para que indivíduo e sociedade manifestem-se em favor da interferência nas diretrizes políticas e econômicas locais e regionais.

Detectada a importância da divulgação científica e fechando esta avaliação, o levantamento propôs investigar sobre onde recai a responsabilidade de divulgar publicamente a ciência. Quando afirmação aponta que a responsabilidade é dos pesquisadores, 18% concordam totalmente, contra 82% que concordam parcialmente. Sobre a responsabilidade ser das instituições de ensino, 45% concordam totalmente e 55% parcialmente. Para a responsabilidade ser dirigida ao governo e órgãos de fomento, 36% concordam totalmente, 45% parcialmente, 9% nem concordam nem discordam e 9% não responderam. Ao responsabilizar as mídias especializadas (revistas indexadas, eventos científicos), empatam em 36% os que concordam totalmente e parcialmente, 9% nem concordam nem discordam e 18% não responderam. Atribuindo a responsabilidade às mídias de massa (rádio, jornal, revista, site, TV), tem-se que 9% concordam totalmente, 64% parcialmente e 27% nem concordam nem discordam.

Mesmo que as respostas estejam diluídas, a concordância total recai majoritariamente sobre as instituições de ensino, 45%, e a concordância parcial sobre os pesquisadores, com 82%. Parece claro que o casamento pesquisador-instituição de ensino, uma tendência nacional conforme aponta a literatura, deve, na opinião dos respondentes, instituir-se como fonte propagadora da informação científica.

A segunda seção do questionário inclinou-se na investigação da relação dos pesquisadores com a mídia e constatou que a maioria, 55%, acompanha a divulgação pública da ciência através dos meios de comunicação de massa com frequência. Os que acompanham eventualmente somam 27% e 18% não responderam.

Dentre os meios de comunicação de massa (MCM) utilizados com mais frequência para acompanhar a divulgação pública da ciência, com possibilidade de múltiplas escolhas, têm-se a revista e a internet como os grandes canais absorvidos, conforme Gráfico 1.

Gráfico 1

Fonte: Levantamento e elaboração do pesquisador. Dados de 2012.

Observa-se para a internet algumas vantagens como as possibilidades de acesso, o espaço que, em tese, não possui limites, e a capacidade multimidiática.

Quando perguntado, para resposta única, sobre qual meio de comunicação de massa o respondente procuraria para divulgar sua pesquisa, vê-se significativas alterações, conforme Gráfico 2.

Gráfico 2

Fonte: Levantamento e elaboração do pesquisador. Dados de 2012.

Novamente a Internet surge como o MCM preferido pelos pesquisadores para divulgar seus trabalhos ao grande público, mantendo-se com preferência na casa dos 80% dos respondentes.

Revela-se nesta comparação entre o MCM preferido para consumir informação científica e aquele escolhido para servir à difusão desta informação que a Internet é o mais importante canal para consumir e comunicar ciência.

O Gráfico 3 demonstra os temas preferidos pelos pesquisadores quando buscam informação científica nos MCM, com possibilidade de múltipla escolha.

Gráfico 3

Fonte: Levantamento e elaboração do pesquisador. Dados de 2012.

Importante ressaltar a posição que a Agricultura ocupa, dividindo a preferência com Ciências da Vida e Ciências Humanas e Sociais, todos com 30%. "Os indicadores obtidos nesta área vão ao encontro da realidade do Vale, mostrando que este carece de estratégias viáveis para o desenvolvimento da área rural e para a preservação do meio ambiente. (SANTOS, 2007, p.139).

A seção que investiga a relação com a mídia prosseguiu identificando participação e expectativa de participação nos MCM. Quando perguntado se já havia participado de reportagem falando sobre assuntos relacionados à ciência através dos meios de comunicação de massa, o resultado diluiu-se entre os MCM apresentados. Jornal Impresso, Revista Impressa e Televisão dividiram a liderança com 18% cada. A Internet já serviu de canal de comunicação a 9% dos pesquisadores enquanto o Rádio, novamente, não recebeu nenhuma indicação. Medida a expectativa de participação, obteve-se que 9% não têm interesse em falar de ciência ao grande público contra 27% que jamais participaram mas esperavam pela oportunidade.

Ainda nessa linha de investigação, foi perguntado ao pesquisador se já havia participado de reportagem nos meios de comunicação de massa falando sobre a pesquisa que ele próprio desenvolve. Como na questão anterior, o resultado apresentou-se bastante dividido.A Revista Impressa, a Televisão e o Rádio, todos com 18%, já serviram ao pesquisadores para divulgação pública de seus trabalhos. O Jornal Impresso serviu a 9% dos respondentes, o resultado daqueles que não têm interesse em participar suas pesquisas ao grande público. Para os que nunca participaram mas têm interesse, a escolha somou 27%. Desta vez o 0% ficou para a Internet. Nenhuma resposta. É possível levantar algumas discussões a partir da comparação destas duas questões arquitetadas para respostas múltiplas.

Primeiro, que obteve-se baixas respostas, pois nenhum veículo atendeu, se quer, 30% dos pesquisadores, fosse para falar sobre ciência ou sobre pesquisa própria. Aqui se revelam outras duas questões; as editorias de ciência dos veículos regionais utilizam muito pouco a opinião científica regional na composição de suas reportagens e, do mesmo modo, abrem pouco espaço para que se divulgue a produção científica da RMVP.

Segundo, que 9% dos pesquisadores demonstraram não ter interesse em falar sobre ciência ao grande público. Conforme apontam Knorr-Cetina (1999) e Velho (1997), a comunicação dos resultados das pesquisas é intrínseca à própria atividade científica e é o que as valida e as tornam verdade científica. Também é possível notar certo descompasso quando se cruza os dados sobre a participação e a expectativa de participação nos MCM com aqueles eleitos para consumir e difundir informação científica. A Internet dividiu liderança disparada com a Revista Impressa quando o objetivo era buscar informação científica. Também foi apontada, com folga, como o principal veículo pelo qual o pesquisador optaria para difundir os resultados de sua própria pesquisa. Este mesmo veículo, no entanto, serviu minimamente aos pesquisadores que participaram dos MCM para falar sobre ciência e não obteve indicação quando a tarefa era divulgar sobre a pesquisa desenvolvida na região. Fica claro, para a RMVP, que a internet tem participação excessivamente tímida na divulgação pública da ciência regional, não atendendo, nem de longe, a larga expectativa depositada pelos pesquisadores na força deste veículo quando o assunto é ciência.

Atento à responsabilidade de se divulgar a pesquisa científica, foi perguntado aos pesquisadores de quem era a iniciativa da divulgação de suas pesquisas. Novamente utilizando-se da escala de Likert, obteve-se os resultados demonstrados no Gráfico 6.

Gráfico 6

Fonte: Levantamento e elaboração do pesquisador. Dados de 2012.

A maioria dos pesquisadores (45%) entendem que a iniciativa de divulgar a pesquisa deve partir, Sempre, dos Órgãos de Fomento; 27% delegam a responsabilidade às Instituições às quais suas pesquisas estão vinculadas, enquanto 9% dão a tarefa aos Jornalistas. Sobre a iniciativa ser Sempre Pessoal, todos abstiveram-se da responsabilidade. Para a opção Nunca, 64% dos pesquisadores demonstram que jamais procuram os MCM para falar de suas de suas pesquisas. Jornalistas e Instituições, em 27% dos casos para ambos, Nunca devem assumir esta iniciativa. Aos Órgãos de Fomento restou a menor rejeição, com 18%.

A análise destas respostas ratificam a oposição entre a iniciativa Pessoal e dos Órgãos de Fomento. O levantamento deixa claro que os pesquisadores não tomam a iniciativa de divulgar suas pesquisas nos MCM, e que esta deve ser responsabilidade preferencialmente dos Órgãos de Fomento. Aqui crava-se um ponto de partida para a divulgação pública da ciência da RMVP. Esta deve, sem sombra de dúvidas, buscar nos Órgãos de Fomento os primeiros nós da rede de comunicação científica da região. Principalmente porque, no passo seguinte deste levantamento, que se propôs avaliar a motivação para a publicação de suas pesquisas, a divulgação Regional/Local estimula, de algum modo, pouco mais que a metade dos respondentes; conforme Gráfico 7.

Gráfico 7

Fonte: Levantamento e elaboração do pesquisador. Dados de 2012.

É notório que a opinião partilhada estaciona, sobretudo, nos meios voltados ao grande público. Para os MCM de circulação internacional, 27% entendem ser Muito Importante, 18% julgam Importante, 45% demonstram indiferença e 9% acreditam não ter importância. Sobre os MCM de circulação nacional, 27% acham Muito Importante, o mesmo resultado para os que acham Importante. A indiferença alcança 36% dos pesquisadores enquanto 9% julgam sem importância. Os mesmos dados repetem-se para os MCM de circulação Regional/Local.

Quando a investigação declina-se sobre as Revistas Especializadas as opções para a indiferença e a falta de importância desaparecem. Quando a Revista Especializada de circulação nacional é citada, 64% dos respondentes entendem ser Muito Importante, contra 36% dos que acreditam ser Importante. Para a Revista Especializada de circulação internacional surge a unanimidade; 100% dos pesquisadores julgam ser Muito Importante.

Revela-se, aqui, certo desinteresse dos pesquisadores pelos veículos dirigidos ao grande público, ratificando as baixas indicações discutidas anteriormente sobre o estímulo a falar de ciência ao grande público. A unanimidade obtida pela opção das Revistas Especializadas internacionais deixa claro que o prestígio explícito neste fato é fator preponderante na divulgação científica. O grande público, porém, no levantamento do MCTI (20120, p.56) acredita que esta busca de prestígio não é prioridade para o pesquisador, colocando esta opção atrás de cinco outras.

A terceira e última seção do questionário buscou investigar sobre a percepção dos pesquisadores sobre a divulgação da produção científica regional. Assim, obteve-se que 9% dos entrevistados acompanham a produção científica valeparaibana, 18% o fazem eventualmente e 64% não o fazem. Logo após, nova pergunta media a buscou identificar o que os pesquisadores consideram sobre a divulgação da ciência regional. A opção Amplamente Divulgada não recebeu qualquer voto. Os que acreditam que é Pouco Divulgada somaram 82% e, para aqueles que entendem que a ciência regional Não é Divulgada, as respostas alcançaram os 18%.

Pode-se considerar a partir destes dados a presença de um ciclo pernicioso em torno da divulgação regional. Tamanha rejeição à ideia de se acompanhar as notícias sobre a produção científica valeparaibana pode-se justificar pela pouca ou nenhuma divulgação dela decorrente. Do mesmo modo, a ciência regional se caracteriza pela pouca ou nenhuma divulgação, possivelmente, pelo desinteresse em acompanhar estas notícias e, principalmente, pelo desinteresse dos próprios pesquisadores em fomentar esta rede de informação.

Mesmo após apontar sobre a falta de interesse por parte dos pesquisadores em alimentar a divulgação regional e a reconhecidamente ínfima vocação da mídia valeparaibana para falar da ciência daquela região, há certo consenso de que o reconhecimento de que pesquisadores, instituições e áreas de pesquisa dependem da atuação da mídia. Do mesmo modo, esta mídia seria capaz de motivar a informação pública e o surgimento de novos pesquisadores.

Este entendimento construiu-se a partir da avaliação solicitada aos respondentes a respeito do que se conhece e do que se deveria conhecer sobre a ciência regional. Assim, 27% dos pesquisadores Concordam Totalmente que a mídia regional permite que se conheça sobre os pesquisadores da região, mesmo resultado obtido pelos que Descordam Totalmente desta afirmação. Concordam Parcialmente 27%, Não Concordam Nem Discordam, 9%, e Discordam Parcialmente, outros 9%. Quando perguntado se a mídia regional deveria permitir que se conhecesse sobre os pesquisadores, 73% Concordaram Totalmente, 9% Concordaram Parcialmente e 9% Discordaram Parcialmente.

A mesma colocação levada ao âmbito das instituições de pesquisa apontou que 36% Concordaram Totalmente com o fato da mídia permitir seu reconhecimento. Concordaram Parcialmente 27%, Discordam Parcialmente, 18%, e Discordam Totalmente, também, 18%. Sobre se deveria permitir o reconhecimento das instituições, obteve-se 73% para os que Concordam Totalmente e 18% para os que Concordam Parcialmente.

Sobre as áreas do conhecimento pesquisadas na região, 27% Concordam Totalmente que a mídia regional favorece seu reconhecimento, para 27% que Concordam Parcialmente, 18% que Discordam Parcialmente e 27% que Discordam Totalmente. Se deveria permitir tal reconhecimento, novamente a maioria mostrou-se favorável, com 73% que Concordam Totalmente contra 18% que Concordam Parcialmente.

Agrupados desta forma, os dois gráficos revelam pontos discutíveis. Quanto ao Gráfico 4, constata-se que não há grande disparidade na percepção dos pesquisadores. Sobre este fato pode-se supor que a falta de uma mídia atuante na área científica impede a construção de ferramentas de feedback para a comunidade científica. Essa mesma comunidade também não demonstra capacidade de aferir o impacto de suas atividades junto ao grande público regional.

Gráfico 4

Fonte: Levantamento e elaboração do pesquisador. Dados de 2012.

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Gráfico 5

Fonte: Levantamento e elaboração do pesquisador. Dados de 2012.

Já no Gráfico 5, observa-se forte tendência a admitir a necessidade de que pesquisador, área de pesquisa e instituição de pesquisa sejam reconhecidas. Ao passo que o prestígio internacional é importante aos pesquisadores e a divulgação regional é, de certo modo, indiferente, revela-se, aqui, que grande parte dos pesquisadores espera por reconhecimento e prestígio mesmo a nível regional/local.

Encerrando esta avaliação, buscou-se investigar a expectativa sobre o grande público para a motivação que a divulgação científica regional pode gerar. Perguntados se a divulgação regional motiva o público à busca de informação científica regional, obteve-se que os que Concordam Totalmente, Nem Concordam Nem Discordam e Discordam Totalmente, somam 27% cada. Para os que Concordam Parcialmente e Discordam Parcialmente, a indicação chega aos 9% cada. Quando perguntado se deveria motivar a busca por esta informação, apontou-se que 73% Concordam Totalmente, 9% Concordam Parcialmente e, outros 9% Discordam Parcialmente.

Para o fato da divulgação regional motivar o surgimento de novos pesquisadores, apurou-se grande divisão de opiniões, sendo 27% para os que Concordam Totalmente, o mesmo para os que Concordam Parcialmente. Para os que Nem Concordam Nem Discordam, chegou-se a 18% e, encerram a medição os que Discordam Parcialmente e os que Discordam Totalmente, com 9% cada. Para a hipótese de que deveria motivar o surgimento de novos pesquisadores houve clara concordância, obtendo-se 64% para os que Concordam Totalmente e 27% que Concordam Parcialmente. Torna-se claro, na opinião dos pesquisadores, que a divulgação científica regional seria um meio plausível para o incentivo à busca de informação científica e que, principalmente, seria igualmente importante na condução de jovens estudantes para a carreira acadêmica da pesquisa.

Perguntado aos pesquisadores sobre a importância da existência de um veículo on-line voltado exclusivamente à divulgação pública da produção científica regional, 100% dos respondentes consideraram-no Importante. O argumento que seguia a afirmação propunha que tal veículo seria capaz de contribuir para que pesquisadores e sociedade conhecessem a ciência desenvolvida na região.

Fato é que, embora tenha-se levantado anteriormente que a divulgação científica a nível regional/local não estimula a participação dos pesquisadores, para o caso da existência de um veículo destinado exclusivamente a este fim, o comprometimento em maior ou menor grau alcançaria 91% da comunidade científica da RMVP.

Conclusão

Estudar a divulgação pública da ciência é um desafio, uma vez que o tema, apesar de estar tão próximo do cotidiano das sociedades, parece ainda estar distante de ser compreendida e aceita por grande parte das populações. Trazer o tema para o âmbito regional é, além de adequado, um passo decisivo para tornar o debate vivo entre os agentes transformadores locais. Como visto, a influência desses agentes sobre as regiões é fator preponderante na discussão e adoção de políticas públicas condizentes com cada realidade regional em específico.

A RMVP demonstrou, através da construção histórica, seu viés agrário, comercial, industrial e, mais recentemente, tecnológico e inovador. A região transformou-se num celeiro de pesquisa, de produção de ciência, que, mesmo polarizada, traz novas perspectivas para o desenvolvimento regional. Este viés necessita de outra ferramenta, a educação; e educação, felizmente, não depende de duas escolas ou três cidades, pode acontecer simultaneamente em diversos pontos. Se o desenvolvimento regional pede a identificação do potencial regional, é importante que se abra caminho para discussões a cerca da ciência, sua produção e divulgação, pois este está entre os temas que mais identificam a RMVP dentro e fora do país.

E, quando os Indicadores Regionais de Produção Científica (2008) indicam que os cientistas da RMVP são responsáveis por 12,5% da produção bibliográfica do estado, significa que estes pesquisadores estão produzindo muito conhecimento em solo valeparaibano. Não se observa, contudo, que este material seja do conhecimento do grande público, uma vez que ele não está - e nem tem tanta oportunidade para isso - disponível em larga escala e acessível ao grande público.

Não se nega que haja canais de livre acesso ao público, pois estes foram notados no decorrer desta pesquisa. Mas a organização e pulverização deles não surte efeito, ou pelo menos não o efeito desejável, quando se pretende falar publicamente sobre ciência. Os próprios pesquisadores esclarecem o fato. Como demonstrado, 100% dos respondentes acompanham a divulgação científica através de meios de comunicação de massa, ou seja, por canais direcionados ao grande público. Porém, somente 30% acompanham a ciência regional; talvez porque todos eles afirmam que ela é pouco divulgada (82%) ou não é divulgada (18%).

Falar de ciência ao vale, então, parece uma obrigação acima de tudo. Esta não é uma região que faz ciência por acaso, o que torna primordial o fortalecimento informacional da rede científica. Primeiro para alimentar a própria ciência ali produzida; segundo para oferecer ao grande público a oportunidade de conhecer a ciência regional e se aproximar do universo científico. Afinal, 100% dos pesquisadores concordaram, entre totalmente e parcialmente, que a divulgação pública da ciência regional deveria permitir que se conhecesse sobre os pesquisadores, Instituições de pesquisa e áreas de pesquisa, do mesmo modo que deveria motivar o público leigo a buscar o conhecimento científico e motivar o surgimento de novos pesquisadores. Conclui-se que essa divulgação regional existe, é falha, mas pode ser pensada como um caminho de oportunidade ao público. Em última análise, pelas questões levantadas na literatura, a ciência é um caminho para a criação de oportunidades, de possibilidades quem ampliem a liberdade de escolha e, consequentemente, o desenvolvimento humano.

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1 Universidade de Taubaté. E-mail: jeff_martins@uol.com.br
2 Mestrado em Planejamento e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté. E-mail: monicafcarniello@gmail.com


Vol. 34 (9) 2013
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