Espacios. Vol. 34 (7) 2013. Pág. 6


Caracterização das tipologias de rede de empresas a partir de uma pesquisa de portfólio bibliográfico

Characterization of enterprise networks typologies: research bibliographic portfolio

Cleina Yayoe OKOSHI 1, Luis Mauricio Martins de RESENDE 2 , Edwin Vladimir CARDOZA GALDAMEZ 3, Pedro Paulo de ANDRADE JÚNIOR 4 y Joseane PONTES 5

Recibido: 02-05-2013 - Aprobado: 25-06-2013


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RESUMO:
O objetivo do trabalho é caracterizar as tipologias de rede de empresas a partir da identificação e avaliação de características do ambiente organizacional. A pesquisa é um trabalho teórico / conceitual desenvolvido com o método / procedimento científico denominado de Proknow-C (Knowledge Development Process–Constructivist), que permite analisar um Portfólio Bibliográfico robusto. Os resultados indicam que as principais características que definem as tipologias são: papel da governança; interação ambiente social; competição; cooperação vertical; cooperação horizontal; poder de inovação; porte das empresas e tipo de setor. Características que podem ser avaliadas a partir do nível de intensidade (rara, baixa, média e alta) e demonstram as semelhanças e diferenças conceituais que existem entre as tipologias. Além disso, permite estabelecer parâmetros de evolução que podem caracterizar a rede de empresas. Informações que podem subsidiar ações de melhoria e inovação nas características críticas que quando alavancadas subsidiam o desempenho coletivo na rede de empresas.
Palavras-chave: Rede de Empresas. Tipologias. Portfólios.

ABSTRACT:
The objective is to characterize the typologies of enterprise network based on the identification and evaluation of characteristics related to their own organizational environment. The survey was conducted through theoretical / conceptual. It is a theoretical / conceptual developed with the method / procedure called scientific Proknow-C (Knowledge Process Development-Constructivist), which allows to analyze a robust bibliographic portfolio. The results indicate that the main characteristics that define typologies are: the role of governance, social interaction environment, competition, vertical cooperation, horizontal cooperation, power of innovation, company size and industry type. Features that can be evaluated from the intensity level (rare, low, medium and high) and demonstrate the similarities and differences that exist between conceptual typologies. It also allows setting parameters that can characterize the evolution of network companies. Information that can support actions for improvement and innovation in critical characteristics which when leveraged subsidize the collective performance of the network companies.
Keywords: Business networks. Typologies. Portfolio.


1. Introdução

A competitividade industrial obriga as empresas e motiva pesquisadores, a buscar mecanismos organizacionais que promovam e garantam o crescimento empresarial, a qualidade e inovação de produtos e processos de negócio. Neste sentido, diferentes pesquisas nacionais e internacionais realizadas no tema de redes de empresas demonstram que as organizações podem organizar redes empresariais para fortalecer os fatores: competitividade, qualidade e inovação, entre outros (LUI, CHEN, 2012; LIBARES, MEYER, 2011; PETTER, CERANTO, RESENDE, 2011; KAJIKAWA et al., 2010; CANTNER, MEDER, WAL; 2010; CARDOZA GALDÁMEZ, CARPINETTI, GEROLAMO, 2009).

Redes de empresas são ambientes organizacionais no qual as empresas podem utilizar para iniciar/desenvolver/melhorar os processos de inovação contínua de produtos e operações industriais, garantido com isso o desempenho nas seguintes dimensões: social, ambiental e industrial (DIEZ-VIAL, 2011; DELGADO, PORTER, STERN, 2010; JUNQUERA, PAOLA, 2010; SOUZA, ARICA, 2006a).

A literatura específica vem propondo, com base no conceito de redes de empresas, novas tipologias que descrevem diferentes ambientes organizacionais e relações (industriais, comerciais, políticas e/ou sociais) entre os diferentes atores (empresas, associações, fornecedores, prestadores de serviço etc.) que participam e tem interesses coletivos ou comuns.

A análise e classificação das tipologias permitem identificar afinidades, diferenças e descrever as características como, por exemplo, o papel da governança, interação com o ambiente social, competição, cooperação, entre outras. Além disso, caracterizar o ambiente organizacional em função do próprio desempenho ou situação da característica. Também ajuda a identificar as relações empresarias e interpretar os fenômenos das redes de empresas, contribuindo para o fomento e eficiência dos programas políticos e econômicos que visam o desenvolvimento industrial/regional.

Desta forma, o objetivo do trabalho é identificar as tipologias de rede de empresas descritas na literatura e determinar as principais características organizacionais das tipologias que são semelhantes e que podem caracterizar a evolução de uma rede de empresas.

No próximo item é descrito o método científico seguido para planejar e executar a pesquisa. No terceiro item são destacados os principais conceitos abordados na área do trabalho científico: rede de empresas. As tipologias de redes de empresas identificadas e analisas são destacadas no quarto item. O quinto item descreve as principais conclusões e limitações do trabalho.

2. Metodologia Científica

A abordagem proposta neste trabalho científico é de caráter teórico/conceitual (MIGUEL et al., 2010). Isto é, discute e analisa as tipologias de redes de empresas e identifica as características semelhantes e evolutivas das tipologias a partir de uma abordagem baseada na literatura nacional e estrangeira, contribuindo com o avanço científico e consolidação da área de pesquisa.

O trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa de Portfólio Bibliográfico. O procedimento para a pesquisa de portfólio bibliográfico foi baseada no método proposto por Ensslin et al. (2010), denominado de Proknow-C (Knowledge Development Process–Constructivist). Método que foi selecionado porque permite planejar, executar e realizar a análise dos dados (bases de dados científicas) de uma forma eficaz, eficiente e ágil, conforme comprovam trabalhos científicos teóricos/conceituais conduzidos por outros pesquisadores (BORTOLUZZI et al., 2011; LACERDA, ENSSLIN E  ENSSLIN et al., 2011).

 2.1. Planejamento e Execução da Pesquisa Teórica/Conceitual

A primeira fase de planejamento (Seleção do Banco de Artigos Brutos) da metodologia foi dividida em três etapas: i) pesquisar artigos de redes de empresas de forma aleatórias e desses artigos utilizar as palavras-chave como inputs para buscar os artigos do portfólio; ii) identificar as bases de dados ou banco de dados para realizar a pesquisa; e iii) buscar artigos brutos no banco de dados e selecionar a partir do título. Detalhes do protocolo científico – Fase 1, baseado na metodologia Proknow-C, são destacados na Figura 1.

Figura 1. Etapas da fase seleção do banco de artigos bruto do método Proknow – C

Na segunda fase do trabalho proposta e intitulada de Filtragem do Banco de Artigos foram identificados e definidos os artigos do Portfólio Bibliográfico. O resultado decorre do seguinte procedimento (etapas): eliminar artigos repetidos; alinhar pela leitura do título e quanto ao reconhecimento científico e alinhar pela leitura do resumo e pela leitura integral do artigo, conforme detalhado na Figura 2. Outro aspecto da publicação e utilizado como critério de qualidade do artigo selecionado é que o periódico deveria possuir um índice de impacto JCR (Journal Citation Reports).

Figura 2. Etapas da fase filtragem do banco de artigos do método Proknow – C

Um resumo dos resultados alcançados durante a execução da pesquisa é ilustrado pela Figura 3. A seleção do banco de artigos brutos se iniciou de forma aleatória, foram selecionadas publicações científicas nacionais e internacionais no período de 2008 até setembro de 2011, pois teriam artigos recentes e atualizados, resultando em 30 artigos nacionais e internacionais e a partir da leitura foram relacionadas 36 palavras-chave. A partir da avaliação de três pesquisadores do tema de redes de empresas foram selecionadas 26 palavras-chave de pesquisa, conforme listadas no Quadro 1.

As palavras-chave não selecionadas foram aquelas que os termos são utilizados amplamente e dificultam a definição de estudos específicos sobre redes de empresas e aquelas que indicam tamanhos de empresas, pois restringem o trabalho ao tamanho ou especificidades das empresas e a pesquisa analisa o desenvolvimento das redes, entendendo que existem empresas de diversos tamanhos na rede.

Figura 3. Resultados das etapas da fase seleção do banco de artigos bruto - método Proknow – C

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Quadro 1. Palavras-chave Selecionadas para a Pesquisa

Para a pesquisa foi selecionado o Banco de Dados/Domínio Periódicos Capes, na área de Engenharias, subárea: Engenharia de Produção, Higiene e Segurança do trabalho. Além disso, foram pesquisadas todas as bases indexadas na área e subárea estudada que estavam disponíveis para a instituição de ensino, conforme relacionadas no Quadro 2.

Quadro 2. Relação da Base de Dados Pesquisadas*

*Área: Engenharia/Sub-área: Engenharia de Produção, Higiene e Segurança do Trabalho

A Figura 4 demonstra os resultados que foram alcançados para o período selecionado de publicações - 2008/2012 (Setembro) - foram obtidos 1824 artigos. A base de busca da Capes disponibilizou 3.914,821 artigos referentes as 26 palavras-chave, onde foram analisados 57.598 artigos mais relevantes para as bases de dados (a base considera mais relevantes aquelas mais acessadas) . A partir deste volume de publicações foram selecionados 33.041 artigos, utilizando como critério os anos de 2008 a setembro de 2012. No final desta fase da pesquisa foram selecionados no total 1.824 artigos, formando o Portfólio Bibliográfico da pesquisa. A Figura 5 ilustra a distribuição dos artigos selecionados por palavra-chave. Pode-se observar que as palavras-chave Industrial Cluster/Industry Clusters representa o termo mais utilizado nas publicações e demonstra a importância para a área de Rede de Empresas.

 

Figura 4. Seleção do portfólio bibliográfico

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Figura 5. Número de artigos selecionados por palavras chaves

Os artigos selecionados na pesquisa das palavras-chave no banco de dados foram importados para o programa Mendeley 15.2, software que permite organizador os documentos. Uma das principais funções utilizadas é a organização dos documentos por títulos em ordem alfabética, mecanismos que permiti excluir artigos repetidos.

Após essa seleção por ano, foi realizada uma seleção por título e resumo dos artigos, sendo que os títulos e resumos selecionados deveriam ter relação com o tema de redes de empresas. Os artigos também foram avaliados a partir do índice JCR e foram formados dois grupos: aqueles que possuíam a classificação acima ou igual a B2, pelo critério Qualis/Capes e aqueles que não entravam nesse critério. Os artigos acima ou igual a B2 foram lidos primeiramente e se caso necessário, por insuficiência de materiais teóricos, seriam lidos os demais artigos. Porém, na leitura dos artigos, foi constatado que a teoria descrita nos artigos com JCR não pertencentes ao critério apresentavam aspectos importantes para a pesquisa, pois proporcionavam conteúdos novos e complementares aos artigos do outro grupo.

2.2. Análise do Portfólio Bibliográfico

A Figura 6 destaca o procedimento e os resultados da segunda fase do método de pesquisa utilizado e baseado na proposta do Proknow-C. Com a ajuda do Mendeley foi possível excluir 565 artigos repetidos. Após realizou-se a leitura dos títulos não repetidos, foram selecionados 530 títulos de artigos. Também foram selecionados os artigos que apresentaram resumos alinhados com o tema de pesquisa de redes de empresas, representado 301 artigos.

Figura 6. Filtragem do Banco de Artigos Baseado no Método Proknow – C

Foram selecionados e avaliados 117 artigos publicados em periódicos com JCR. No final desse processo 86 artigos foram selecionados para a base na pesquisa bibliográfica de tipologias das redes de empresas: 25 artigos publicados em 10 periódicos considerados >= B2 e 61 artigos publicados em 37 periódicos que não pertencem ao grupo >= B2, conforme destacado na Figura 7.

Figura 7. Distribuição dos Artigos Selecionados por Periódico

A Figura 8 destaca a distribuição das publicações/ano pelo tipo de classificação dos periódicos. Observa-se que no grupo com Qualis/Capes >=B2, o ano que concentrou maior número de publicações é 2010. Pode ser estabelecida uma relação que o surgimento de publicações em periódicos considerados com um nível de impacto maior estimulou pesquisadores a investigar o tema e conseqüentemente aumentar o número de publicações em outros periódicos, conforme aparece no ano de 2011.

Figura 8. Distribuição das Publicações/Ano pelo Tipo de Classificação dos Periódicos 

3. Tipologias de Rede de Empresas

Redes de empresas é um conjunto ou uma série de unidades interconectadas por relações bem definidas. Presutti, Oari e Majocchi (2011) e Majocchi e Presutti (2009) destacam que as redes de empresas focam principalmente a coletividade geográfica – como a relação entre as empresas, a cooperação e a competição entre companhias do mesmo setor e fornecedores especializados (WHEELER, 2009; DELGADO, PORTER, STERN, 2010).

Jofre-Monseny (2009), Junquera e Paola (2010) e Diez-Vial (2011) destacam que as rede de empresas surgem como conseqüência da soma dos efeitos externos de cada companhia (julgamentos dos clientes e fornecedores das indústrias individualmente) e da interação das empresas localizadas na mesma região geográfica (coletividade, competição e cooperação). As principais definições do tema são destacadas, a seguir.

De acordo com Casarotto Fillho e Pires (2001), Camisón e Forés (2011), Molina-Morales et al. (2012), Uyarra (2010), Munari, Sobrero e Malipiero, (2011), Boix e Trullén, (2010) e Majocchi e Presutti (2009), os Distritos Industriais Italianos, são considerados sistemas locais de pequenas e médias empresas. Geralmente são especializados em um setor, reconhecidos como um modelo distribuidor de renda e altamente competitivo, onde existe grande interação entre as empresas e também com o ambiente social territorial.

Madsen e Andersen (2010), Libares e Meyer (2011), He, Rayman-Bacchus e Wu (2011) e Porter (2000) consideram o Cluster Industrial como uma concentração geográfica de empresas e instituições interligadas em uma determinada área, existindo um grande número de empresas, indústrias e instituições ligadas uma ás outras, bem como outras entidades importantes para a competição. As ações inerentes ao processo existente dentro de um Cluster Industrial são as de competição e também de cooperação, a um nível mais verticalizado e em diferentes patamares.

Para Casarotto Filho e Pires (2001) e Martin, Mayer e Mayneris (2011), o Sistema Produtivo Local (SPL) também conhecido como Sistema econômico local (SEL), é considerado como uma região estruturada, com alta interação de órgãos públicos e privados, se relaciona de forma livre com o mundo, existindo uma forte concentração de interesses sociais.

Cainelli (2008), Liu e Chen (2012), o Milieu Inovador ou ambiente inovador é uma formação geográfica limitada que intensifica a capacidade inovativa local por meio dede processos contínuos de aprendizagem. Onde existe um conjunto de elementos imateriais (conhecimento), materiais (empresas, firmas, indústrias) e instituições (sindicatos, institutos, universidades) que são indispensáveis para a inovação.

Engel e Del-Palacio (2009), Freeman, Engel (2007), Florida (2008) Cluster de Inovação (CIN) é definido como um aglomerado de indústrias especializadas no desenvolvimento e inovação de produtos. São concentradas organizações interconectadas como fornecedores, prestadoras de serviços, universidades e associações comerciais.

A comissão Europeia (EUROPEAN COMMISSION, 2002) desenvolveu três tipologias: i) Cluster Regional: é uma concentração de firmas interdependentes dentro de um mesmo ou adjacente setor industrial em uma limitada área geográfica (KAJIKAWA et al., 2010); ii) Rede Regional de Inovação: é uma concentração mais organizada, com cooperação entre as empresas, estimulada pelas normas, princípios, confiança, encorajando assim as empresas para executarem atividades de inovação (FRITSCH, KAUFFED-MONZ, 2010); iii) Sistema Regional de Inovação: é uma rede de empresa mais desenvolvida se comparada a Rede Regional de Inovação, com a cooperação entre as empresas de diferentes organizações visando a difusão e o desenvolvimento do conhecimento (CANTNER, MEDER, WAL, 2010; TAKEDA et al., 2008; LUNDVALL, 2007; JOHNSON, 2008; FRITSCH, SLAVTCHEV, 2009; FRITSCH, KAUFFELD-MONZ, 2010; LIU, CHEN, 2012; MADSEN, ANDERSEN, 2010).

Para Cantner, Meder e Wal (2010) Regional Innovator Networks (RIN) é um aglomerado de Innovators (empresas comprometidas com a inovação) e localizadas em um mesmo local. Visa principalmente à inovação, à cooperação formal e o aprendizado coletivo.

Conforme Zelbst, Frazier e Sower (2010) as Concentrations of Local Industry Clusters (CLIC) são caracterizadas por serviços e produtos que são consumidos localmente, focando internamente a rede de empresa. Nesse tipo de rede a inovação é considerada baixa, pois existem poucas oportunidades para entradas de novas organizações.

Os Resource Dependent Concentrations (RDC) são criados por meio dos recursos imóveis. Zelbst, Frazier e Sower (2010) relatam que como esse tipo de rede de empresas é baseado na imobilidade dos recursos, tem um nível mais elevado de especialização do que a Concentration of Local Industry Cluster. A inovação nessa rede de empresas é considerada baixa, porque as oportunidades de entradas de novos negócios são limitadas.

Para Lee, Lee e Lee (2007), Zelbst, Frazier e Sower (2010), as redes de empresas tipos Traded Industry Concentrations (TIC) buscam a eficiência da produção e dos serviços com o menor custo por meio de ganhos na transferência do conhecimento. As organizações tendem a localizar-se nesses aglomerados, pois buscam maiores ganhos em eficiência por meio da transferência de conhecimento.

Government Anchored Concentrations (GAC) é construída em áreas pertencentes ao governo federal ou estadual, que focam na capacidade de realizar os requisitos governamentais (ZELBST, FRAZIER e SOWER, 2010). As entidades pertencentes às redes são bases militares e institutos de pesquisas.

Nos Balanced Concentrations (BC) o processo de inovação também é considerado alto. Segundo Zelbst, Frazier e Sower (2010), essas redes de empresas requerem uma grande variedade de produtos e serviços, e também promovem um ambiente de cooperação e de competição.

Arikan e Schilling (2011), Tan, Shao e Li (2009), as redes de empresas Low Centralization - Low Coordination Archetype (LCLC) são compostas por pequenas e médias empresas. A rede é caracterizada por uma única empresa ou indústria dominante, com baixa tecnologia e frequente trabalho intensivo. A LCLC, é predominantemente verticalizada, os contratos são entre a rede e seus fornecedores e seus clientes e existe uma baixa cooperação. Outras definições relacionadas são:

  • Low Centralization - High Coordination Archetype (LCHC) é composta principalmente por pequenas, médias e grandes empresas, sendo que nenhuma delas tem poder no mercado fora da rede. Ocorrem principalmente relacionamentos verticais (contratos entre empresas da rede com seus fornecedores e clientes), porém as relações horizontais também são comuns (particularmente entre empresas de tecnologia) (ARIKAN E SCHILLING, 2011).
  • High Centralization - High Coordination Archetype (HCHC) a rede é composta por uma ou poucas empresas poderosas (Hub) onde estão cercadas por pequenas empresas, sendo essas pequenas empresas fornecedoras e clientes do Hub (ARIKAN E SCHILLING, 2011). O Hub são empresas de grande porte que tem controle de todo o processo sobre um produto de alta complexidade tecnológica (KLEPPER, 2007).
  • High Centralization – Low Coordination Archetype (HCLC) é formada pela combinação de pequenas, médias e grandes empresas. Os membros dessa rede são normalmente filiais de grandes empresas que tem sedes fora da rede. Existem mínimas interações horizontais entre as empresas, instituições, governança e indústrias da rede (ARIKAN, SCHILLING (2011); MARKMAN, SIEGEL, WRIGHT (2008), WEI et al. (2009)).

4. Identificação e Análise das Tipologias de Rede de Empresas

A análise das características evolutivas das tipologias encontradas na literatura foi baseada no levantamento teórico do portfólio bibliográfico que descreviam as tipologias de redes de empresas. Para descrever as tipologias de rede de empresas foram consideradas as seguintes características: papel da governança; interação com o ambiente social; competição; cooperação vertical; cooperação horizontal; poder de inovação; porte das empresas e tipo de setor (Quadro 3). Para a análise das tipologias foram selecionadas quatro características: competição, cooperação vertical, cooperação horizontal e inovação, consideradas por Kajikawa, Mori e Sakata (2012), Cambra-Fierro et al. (2011), König et al. (2011), Huber (2011), Cambra-Fierro et al. (2011), essenciais para o surgimento e desenvolvimento das redes de empresas. É preciso que as empresas da rede tenham um ambiente competitivo, pois assim inovam seus produtos e processos, melhorando a qualidade da rede. Além disso, é necessário que busquem elementos de cooperação horizontal e vertical.

Quadro 3. Características das Tipologias de Rede de Empresas

A relação das tipologias com as características das redes de empresas foram indicados pelos níveis de intensidade: inexistente (não existe nenhuma interação das características na tipologia), rara (a interação existente é bem pouca), baixa (tem pouca interação das características na tipologia), média (existe uma intensidade mediana das características na tipologia) e alta (existe uma forte interação das características nas tipologias), e as características que os autores não citaram nas tipologias, são demonstradas no trabalho como ‘–’. Os níveis de intensidade das características considerados para caracterizar as tipologias são detalhados no Quadro 4.

Quadro 4. Níveis de Intensidade das Características

O critério de análise das quatro características (cooperação horizontal, cooperação vertical, competição e inovação) é demonstrado no Quadro 5 e foi determinado pelo grau de intensidade (inexistente, raro, baixo, médio e alto) da própria característica da tipologia e considerado essencial para o desenvolvimento conceitual do tema de rede de empresas. Especificamente, as tipologias foram divididas em 8 níveis de semelhanças. Isto é, o Quadro 5 também demonstra que existe uma evolução nas características das tipologias, no primeiro nível é inexistente as características analisadas, no segundo existem raras e baixas intensidades e no oitavo nível todas as características analisadas tem uma alta intensidade.

Quadro 5. Critérios de Análise das Características Essenciais para as Tipologias

O Quadro 6 apresenta uma síntese das principais características de redes de empresas, suas tipologias e as características comum. É possível observar que várias tipologias apresentam características próximas e que representam uma evolução dos conceitos.

Quadro 6. Síntese das Principais Características das Tipologias

O agrupamento de tipologias com características semelhantes é visualizado no Quadro 7, onde cada nível está sendo representado por cores diferentes e apresentam a(s) tipologia(s) com as características descritas no Quadro 5.

Quadro 7 – Tipologias Semelhantes

A Figura 9 é uma estrutura que apresenta seis blocos, e em cada bloco estão as tipologias que contêm características similares. Além disso, representam características evolutivas das tipologias (Quadro 5), pois as características existentes nas tipologias de um bloco são características evolutivas do bloco anterior. Isto é, o primeiro bloco tem duas tipologias, o bloco seguinte irá conter nas características das suas tipologias, características que desenham uma evolução dos elementos descritos no primeiro bloco.

Figura 9. Características evolutivas e características semelhantes das tipologias

Para o estudo foi considerado que rede de empresas é um conjunto de empresas, indústrias e instituições que detém algum tipo de interação, podendo ser interação de cooperação horizontal, cooperação vertical, competição e/ou de inovação entre as empresas. Dessa forma, também foi considerado para o estudo que as tipologias necessitam ter algum tipo de interação e/ou intensidade sobre as quatro características essenciais para o desenvolvimento da rede.

Portanto, todas as tipologias estudadas são consideradas tipologias de redes de empresas, detêm algum tipo de interação e/ ou intensidade sobre as características essenciais. Porém, se tivesse tipologias classificadas no primeiro nível de critério de análise (Quadro 5), essa tipologia não seria considerada de redes de empresas, pois as intensidades são inexistentes.

5. Considerações Finais

O objetivo deste trabalho foi analisar as tipologias das redes de empresas por meio da identificação de suas características semelhantes e evolutivas. Verificou-se que as tipologias podem ser classificadas conforme as suas características essências, sendo consideradas para esse estudo como: competição, cooperação vertical, cooperação horizontal e inovação. A classificação possui oito níveis, onde cada nível foi identificado conforme a intensidade das características.

O nível seis de classificação foi aquele que demonstrou um maior número de tipologias com características semelhantes. Pode-se constatar que a maior parte das tipologias estudadas está no nível seis de classificação, assim a maior parte das redes estudadas pelos pesquisadores estão na fase intermediária da evolução das redes, se for considerada que a evolução mais avançada é o nível oito.

A pesquisa desenvolvida demonstra que tipologias que têm baixos níveis de intensidade sobre a característica cooperação horizontal e que as empresas pertencentes às redes com esse perfil de tipologia têm uma grande dificuldade em cooperar entre si. Uma forma de diminuir essa dificuldade seria as entidades governamentais, sindicatos, empresas e universidade desenvolverem projetos para incentivar a coletividade entre as companhias, demonstrando que se as empresas comprassem, produzissem e treinassem seus funcionários de forma coletiva teriam um menor custo, seus produtos e serviços teriam melhor qualidade e melhor competitividade.

As empresas pertencentes às redes com perfis de tipologias que detêm um nível médio de intensidade sobre a cooperação vertical, e baixo nível de poder de inovação, apresentam uma grande deficiência de inovação em seus produtos e processos. Para diminuir a dificuldade de inovação as empresas pertencentes às redes, sindicatos e universidades poderiam desenvolver feiras de inovação, palestras e cursos sobre criatividade, incentivar visitas nas principais feiras de inovação nacionais e internacionais.

Essas empresas também passam por dificuldades em relação à cooperação vertical (fornecedores e clientes). Uma forma de minimizar essa deficiência é incentivar e desenvolver parcerias entre os fornecedores e clientes, assim melhorando seus produtos e fazendo com que as empresas permaneçam competitivas.

A tipologia é uma forma de descrever como uma rede se comporta. Existem diversas tipologias que tem características semelhantes e essas características evoluem, demonstrando que as redes de empresas sofrem um desenvolvimento. Também pode-se identificar as dificuldades e necessidades das redes de empresas por meio da analise das características tipológicas. Assim, encontradas essas dificuldades é possível promover o desenvolvimento industrial e científico por meio de projetos fomentados pelo governo e instituições não governamentais que estimulem o desenvolvimento regional e nacional.

As diversas tipologias propostas pela academia para denominar redes de empresas, na maioria das vezes, são analisadas de um modo genérico e suas características são consideradas como sendo iguais umas as outras. Porém, é possível analisar as terminologias individualmente e observar que existem diferenças e semelhanças nas características das tipologias.

Futuros trabalhos podem considerar que as tipologias se diferenciam pelo estágio de desenvolvimento da rede de empresas. O processo de desenvolvimento da rede de empresas depende do desenvolvimento industrial, do gerenciamento dos recursos disponíveis, das atividades desenvolvidas internamente na gestão estratégica e da produção (práticas de produção) nas empresas pertencentes à rede.

Agradecimentos

Agradecimentos à CAPES pelo apoio financeiro dado ao desenvolvimento das atividades científicas.

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1 Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Email: cleinaokoshi@gmail.com
2 Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Email: lmresende@utfpr.edu.br
3 Universidade Estadual de Maringá. Email: evcgaldamez@uem.br
4 Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Email: pedropaulo@utfpr.edu.br
5 Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Email: joseane_pontes@yahoo.com.br


Vol. 34 (7) 2013
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