Espacios. Vol. 33 (9) 2012. Pág. 6


Avaliação do compartilhamento de conhecimento em um software colaborativo: Aspectos individuais e usabilidade

Evaluation of knowledge sharing in a collaborative software: Individual aspects and usability

Douglas Paulesky Juliani 1, Jordan Paulesky Juliani 2, João Artur de Souza 3 e Aline França de Abreu 4

Recibido: 12-04-2012 - Aprobado: 22-06-2012


Contenido

Gracias a sus donaciones esta página seguirá siendo gratis para nuestros lectores.
Graças a suas doações neste site permanecerá gratuito para os nossos leitores.
Thanks to your donations this site will remain free to our readers.

RESUMO:
A massificação dos aplicativos colaborativos como meio de comunicação, pesquisa e comparação de informações, dentre outros, tem acelerado sensivelmente a aquisição, disseminação e, especialmente, o compartilhamento de informações e conhecimentos entre indivíduos. Desta forma, compreender os aspectos que influenciam este processo é crucial para o sucesso de um software que se baseia na contribuição das pessoas. Nesta pesquisa, dentre os diversos fatores analisados, identificou-se que a usabilidade e as características dos indivíduos são determinantes para avaliar o compartilhamento de conhecimento em um sistema baseado em conhecimento, neste caso, o software social PreçoPúblico. Utilizou-se um questionário com 23 itens como instrumento de avaliação que, baseado em outros dois já existentes, foi remodelado e validado por meio de pré-testes e técnica estatística. Sendo 19 perguntas fechadas (medidas categóricas) e 4 abertas, descritivas. Os resultados demonstraram que os usuários têm predisposição em compartilhar seus conhecimentos e informações sobre preços de produtos no software. Ainda, comprovou-se que o sistema possui alto grau de usabilidade, apesar de algumas dificuldades encontradas pela maioria dos respondentes decorrentes do fato de se tratar do primeiro acesso deles ao sistema. Os comentários coletados nas questões abertas sugerem alguns aprimoramentos do sistema.
Palavras-chave: Compartilhamento de conhecimento, usabilidade, características individuais, avaliação.

 

ABSTRACT:
The widespread use of collaborative applications as a means of communication, research and collation of information, among others, has significantly accelerated the acquisition, dissemination, and especially the sharing of information and knowledge among individuals. Thus, understanding the factors influencing this process is crucial to the success of a software based on the contribution of people. In this research, among the various factors analyzed, it was found that the usability and the characteristics of individuals are crucial to assess the sharing of knowledge in a knowledge-based system, in this case, the social software PreçoPúblico. We chose to use questionnaire with 23 items as an evaluation tool that, based on two existing, refurbished and was validated by pre-testing and statistical technique. Being 19 closed questions (categorical measures) and 4 open, descriptive. Results showed that users are predisposed to share their knowledge and information about product prices in the software. Still, it was shown that the system has a high degree of usability, despite some difficulties encountered by most respondents coming from the fact it is the first system to access them. The comments collected from the open questions suggest system improvements.
Keywords: knowledge sharing, usability, individuals factors, evaluation.


1. Introdução

Ferramentas colaborativas fazem parte da rotina de centenas de milhões de usuários em todo o mundo, apontando uma mudança significativa na forma de interação das pessoas com as aplicações da internet, como as redes sociais facebook, MySpace, LinkedIn, Orkut e vários outros que coletivamente compõem a chamada WEB 2.0. Nesta direção, dezenas de organizações de todos os setores econômicos estão adotando tais tecnologias para gerar valor a seus stakeholders – sejam eles acionistas, clientes, empregados, cidadãos ou sociedade de maneira geral. Percebe-se então, que chegamos ao limiar entre o simples e uma grande revolução: Simples devido à extrema facilidade de usar, implementar e baixo custo das ferramentas; potencialmente revolucionário pela facilidade em atingir e engajar milhares ou até mesmo milhões de usuários a colaboração e interação (TERRA, 2009).

Han & Anantatmula (2006) afirmam que a facilidade de acesso as ferramentas tecnológicas, especificamente de informação e comunicação (TICS), são importantes para estimular os colaboradores a compartilhar conhecimento, concluindo que a facilidade de uso e treinamento necessário podem persuadir e incitar o uso das tecnologias disponíveis para compartilhar conhecimento.

Em um viés similar, proporcionado principalmente pela facilidade de uso e características informais, Tseng & Huang, (2010) relatam que a Wikipédia possui um efeito relevante no processo de compartilhamento de conhecimento das organizações.

A crescente demanda por compartilhamento de conhecimento através de mecanismos homem-máquina, no entanto, exige esforço em desenvolver os tipos de sistema de informação - chamados de sistemas de gestão do conhecimento (Alavi & Leidner, 2001) - com características que permitam seu manuseio de forma fácil, ágil e satisfatória. Em similar abordagem, Santos e Maia (2005) afirmam que se houver alguma complexidade neste manejo que seja do conteúdo ou da tarefa executada e não da usabilidade do sistema.

Aprofundando e avigorando a direção acima, Ye, Chen, & Jin (2008) propõem, como implicação prática, que gestores de comunidades virtuais busquem aprimorar a usabilidade dos sistemas, principalmente quando a aplicação se torna maior, garantindo uma boa organização do conteúdo e uma interface amigável.

Diversas dimensões influenciam o compartilhamento de conhecimento, dentre o fator individual (atitudes e comportamentos) e das regras da organização, as TICs (fatores tecnológicos) podem ajudar os empregados a receber conhecimento, mas não necessariamente a garantir sua doação, por isso, investir em tecnologia pode facilitar o fluxo do conhecimento explícito, porém dificilmente contribuirá para a troca de conhecimento tácito, que possui maior valor e permite gerar novas idéias. (ORDAZ et al, 2009).

Sistemas de gestão do conhecimento, utilizados para capturar e distribuir conhecimento, normalmente requerem a contribuição dos usuários ao invés de guardarem o conhecimento para si ou repassarem diretamente aos mais próximos através de conversas ou anotações. Estes sistemas devem, portanto, estimular a participação dos indivíduos baseando-se em recompensas, sejam elas tangíveis ou intangíveis (KING & MARKSJR, 2008).

Conforme introduzido até aqui, diversos estudos investigam os fatores que influenciam o compartilhamento de conhecimento, contudo, esta pesquisa se propõe a mensurar separadamente estes atributos para determinar a intensidade de compartilhamento de conhecimento em um sistema baseado em conhecimento. Nesta incumbência, as características comportamentais dos usuários e do próprio sistema, especificamente de usabilidade, são examinadas.

Este trabalho destina-se, portanto, a investigar sob o aspecto das características individuais e da usabilidade, um sistema baseado em conhecimento, no intuito de potencializar o compartilhamento e o uso do conhecimento dos usuários que o utilizam.

Com base no exposto, apresenta-se a pergunta de pesquisa:

Qual é a intensidade de compartilhamento de conhecimento em um sistema baseado em conhecimento com base nas características individuais dos usuários e na usabilidade?

2. Sistemas baseados em conhecimento e ferramentas colaborativas

Para estudar o compartilhamento de conhecimento em um sistema, faz-se necessário conhecer o que compreende um artefato tecnológico que transfere conhecimentos ou informações entre usuários, suas características e distinção frente a outros tipos de sistemas.

Primeiramente, merece destaque, conforme revisão de literatura sobre aplicações e tecnologias de gestão do conhecimento realizada por Liao (2003), que há uma diversificação de conceitos de acordo com a linha de pesquisa, expertise e especialidade de cada autor, sendo que algumas terminologias possuem conceitos comuns, como por exemplo, sistemas especialistas/inteligência artificial e sistemas baseados em conhecimento.

Outra abordagem define como qualquer aplicação de tecnologia da informação que ajuda de alguma forma a gerenciar ativos de conhecimento. Sistemas especialistas, ferramentas colaborativas como groupware, armazéns de dados (data warehouses) ou até mesmo intranets estão incluídos nesta classe de software (Hendriks, 1999).

   Uma ferramenta colaborativa emergente é a computação social, caracterizada como sistemas digitais desenvolvidos a partir de informações de interesse e contexto social para melhorar a atividade e desempenho das pessoas e organizações (Chua, 2004). Acreditam, Kwaifunip & Wagner (2008) que a computação social é a tendência para a computação dentro das organizações e representará uma virada impactante nas ferramentas de gestão de TI das empresas atuais.

Quando se trata de ferramentas tecnológicas que dependem da colaboração massiva do conhecimento/informações dos usuários, o sucesso da implantação destes tipos de sistemas, não obstante a questões tecnológicas, está fortemente relacionado a fatores (ambientais e humanos) como: a qualidade do conteúdo, comprometimento com o uso de uma tecnologia, satisfação dos usuários, perfil dos envolvidos e motivação para utilização desta tecnologia (AURELIE, BECHINA, & NDLELA, 2007).

Independentemente da nomenclatura utilizada, as características dos sistemas estudados neste capítulo, incorporam recursos que atingem uma ou mais tarefas intensivas de conhecimento, para tanto, tem sido concebidos com funcionalidades colaborativas estimulando a participação constante dos usuários.

O tópico seguinte apresentará o processo de compartilhamento de conhecimento, seus conceitos e dimensões, evidenciando os aspectos individuais que motivam a participação das pessoas em um sistema baseado em conhecimento.

3. Compartilhamento do conhecimento

Diversos termos encontrados na literatura, como disseminação, distribuição, partilha, transferência ou compartilhamento de conhecimento, são empregados como sinônimos para caracterizar o processo em que o conhecimento migra de uma situação para outra: entre indivíduos e equipes de pessoas; de fontes físicas como banco de dados, documentos, CDs, vídeos, livros etc, para outras fontes receptoras ou para pessoas e vice-versa (Tonet, 2005).

Para Lin & Lee (2008), o compartilhamento de conhecimento equivale a uma cultura de interação social envolvendo a troca de conhecimento entre os colaboradores, experiências e competências. Pode ser individual, como, por exemplo, conversar com um colega para ajudar a melhorar a performance de alguma tarefa, ou organizacional, como captura, organização, reutilização e transferência de experiências baseadas em conhecimento existentes na organização.

Há certa convergência dos autores acerca dos aspectos que influenciam o compartilhamento de conhecimento. Substancialmente, percebem-se na literatura dois grandes grupos ou dimensões: fatores individuais e fatores ambientais (fatores culturais e fatores tecnológicos) nos quais os indivíduos e artefatos tecnológicos estão inseridos.

Os estudos de Kaiser, Kansy, Mueller-Seitz, & Ringlstetter (2009); Lin, Hung, & Chen (2009); Nan (2008); Tonet (2005) e Ye, Chen, & Jin (2008) ressaltam, principalmente, os fatores individuais que, de acordo com Vorakulpipat & Rezgui (2008) e Osterloh and Frey (2000), podem ser divididos em: intrínsecos (atividades e comportamentos que indivíduos naturalmente se engajam em seu próprio beneficio) e extrínsecos (representado pela compensação direta pelo trabalho ou ações de uma pessoa exerça).

O estudo de Lin & Lee (2008) foi utilizado como alicerce para incorporar abordagens mais recentes de outros autores. Dentre os aspectos mais usados por estes autores destaca-se a infraestrutura tecnológica, que foi o fator mais citado como variável de influência no compartilhamento de conhecimento. Este aspecto abrange tanto equipamentos como, por exemplo, servidores, banda disponível, assistentes pessoais digitais, quanto os softwares utilizados para apoiar o processo de compartilhamento de conhecimento.

Em outro estudo, o modelo de pesquisa desenvolvido por Ye, Chen, & Jin (2008), cuja finalidade de averiguar especificamente o compartilhamento de conhecimento em comunidades virtuais, considera também o aspecto usabilidade do sistema.

A pesquisa de Feliphe & Lavor (2008) sobre os sistemas de redes sociais mais comumente utilizados apontou a facilidade de colaboração como um fator importante para o sucesso entre os jovens, pois em todos os sistemas investigados é fácil inserir novas informações, como scraps, comentários e vídeos. Não obstante, Ye, Chen, & Jin (2008) concluíram que o prazer em ajudar os outros, a confiança e a usabilidade de um sistema são importantes motivadores para compartilhar conhecimento em comunidades virtuais.

A pesquisa sobre gestão do conhecimento nas organizações de tecnologia da informação sob a perspectiva do colaborador constatou que questões relacionadas à usabilidade da tecnologia como facilidade de acessar e localizar informações foram indicados por oitenta por cento dos respondentes como cruciais para compartilhar conhecimento (Han & Anantatmula, 2006).   Não obstante, outro estudo apontou que estudantes gostariam de utilizar o sistema colaborativo de anotações (PAMS 2.0) em cenários de grupo de trabalho devido à facilidade de uso e estabilidade (Su, Yang, Hwang, & Zhang, 2010).

O sucesso da ferramenta Wikipedia pode ser explicado por dois valores: a sociabilidade e a usabilidade. O primeiro, em um contexto cibernético, permite estabelecer sistemas de recompensa para estimular a participação dos usuários e o segundo, por ser amigável e possibilitar uma fácil interação dos usuários com o sistema (TSENG & HUANG, 2010).

Softwares desse tipo, que possuem uma interface amigável e permitem a utilização de forma objetiva, a usabilidade pode se tornar um fator de motivação e ter seu usuário como um aliado (KOH, 2004), ao passo que se essa motivação não for atingida, essa situação pode se reverter e se tornar um fator de rejeição do sistema (PRESSMAN, 1992).

Conforme explicitado até aqui, diversas pesquisas apontam os fatores que potencializam o compartilhamento de conhecimento em sistemas, inclusive algumas tratam a relevância de cada fator, identificando além das características individuais já abordadas, a facilidade de uso como outro aspecto tecnológico em destaque neste estudo, já que é investigado em uma ferramenta colaborativa (software social).

A seguir, será apresentado o conteúdo usabilidade de sistemas visando analisar a sua intensidade no compartilhamento de conhecimento por meio de ferramentas tecnológicas.

4. Usabilidade de sistemas

De forma abrangente, usabilidade se refere a um conjunto de conceitos como tempo de execução de uma tarefa, performance, satisfação do usuário, facilidade de aprender, não provocar erros, solucionar as tarefas com eficiência e eficácia (ISO 9241, 1998; Neves et al., 2006 ;NIELSEN, 1993).

Outra definição cunhada por Robertson (2002), associa usabilidade à capacidade do software de satisfazer todas as necessidades e desejos dos usuários, destacando que interfaces centradas no usuário preveem a sua participação ativa em todos os estágios desde a concepção inicial do design do projeto.

Usabilidade é vista como "a capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso” (ISO, 2011).

Nota-se a existência de diversas variáveis que compõe o construto usabilidade, contudo, de acordo com Abran, Khelifi, Suryn, & Seffah (2007), é grande o desafio de especificar/selecionar quais características e atributos devem ser utilizados, tudo a depender do contexto que um determinado software é aplicado.

Santos (2007) realizou uma revisão de literatura sobre usabilidade através da busca nas bases de dados brasileiras classificadas no Qualis da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e como resultado obteve os critérios adotados pelos autores Shackel, Jakob Nielsen, Bastien & Scapin, Jordan, Shneiderman e Quesenbery, além das normas da ISO de usabilidade. Esta revisão foi atualizada e incrementada com critérios utilizados por outros autores. Os atributos similares que são utilizados por mais de um autor em ordem crescente são: memorização, controle de erros, facilidade de aprender, eficácia, eficiência e satisfação. Nota-se que a os trabalhos mais recentes analisados são embasados principalmente na norma ISO 9241. A definição constitutiva de cada uma dessas variáveis pode ser vista a seguir:

  • Memorização / Facilidade de Relembrar: As funcionalidades do sistema devem ser fáceis de relembrar, mesmo após um período sem uso (NIELSEN, 1993).
  • Controle de Erros: Mecanismos capazes de prevenir, reduzir e facilitar a recuperação de erros gerados pelo sistema (BASTIEN & SCAPIN, 1993).
  • Facilidade de Aprender: Facilidade de aprender a realizar uma determinada tarefa no sistema sem a ajuda de assistentes (QUESENBERY 2001).
  • Eficácia: Precisão e completeza com que os usuários atingem objetivos específicos, acessando a informação correta ou gerando resultados esperados (ISO, 2010).
  • Eficiência: Recursos consumidos para atingir objetivos no sistema (Abran et al., 2007).
  • Satisfação: Conforto e aceitabilidade do produto medidos por meio de métodos subjetivos e/ou objetivos (Feliphe & Lavor, 2008).

Como aporte teórico necessário para a aplicação desta pesquisa, os capítulos anteriores descreveram os conceitos, critérios ou técnicas de cada tema explorado, constatando principalmente que poucos estudos medem a intensidade da motivação dos usuários em compartilhar conhecimento e da facilidade de uso do sistema.

5. Método de Pesquisa

A figura 1 sintetiza a classificação metodológica do presente estudo, o qual utiliza a pesquisa exploratória, objetivando aprofundar os temas descritos no capítulo anterior por meio de pesquisa bibliográfica em livros e artigos. Aplicou-se também, uma pesquisa descritiva, visando descrever e avaliar o compartilhamento de conhecimento em um sistema através da aplicação de questionário. Apesar do enquadramento quantitativo deste estudo, uma abordagem qualitativa foi realizada, através de perguntas abertas a cada dimensão das variáveis averiguadas no instrumento de pesquisa.

Figura 1
Classificação da pesquisa.
Fonte: Do autor.

Selecionou-se o instrumento a ser utilizado para coleta de dados. Nesta etapa, foram analisados os questionários já existentes na literatura, preferencialmente aqueles validados pertinentes ao objeto de pesquisa proposto.  Dentre os trabalhos averiguados, dois instrumentos serviram de alicerce para confecção do questionário adaptado para este estudo. O questionário de Santos (2007), concebido para avaliar a usabilidade de um sistema e o instrumento confeccionado para o trabalho de Ye, H. Chen, & Jin (2008), o qual mede o compartilhamento de conhecimento em um website. Este último foi solicitado via email a um de seus autores, já que no artigo publicado não constava o questionário por eles aplicado.

Elaborado o questionário, iniciou-se a fase de validação, que contemplou primeiramente um teste-piloto, aplicado a três especialistas em compartilhamento de conhecimento, visando o aprimoramento inicial, essencialmente relacionado à compreensão das perguntas e escala de respostas, bem como correção de erros gramaticais. Realizados os devidos ajustes no teste-piloto, o questionário foi aplicado a 10 usuários para verificar sua confiabilidade. Após a confirmação da confiabilidade, através de análises exploratórias do banco de dados, análises fatoriais e análises descritivas e inferenciais, obteve-se um alpha de Cronbach de 0,970 para todos os itens quantitativos. Garantida a alta consistência interna do instrumento, assegurou-se a aplicação do questionário à amostra, configurando a etapa descritiva da pesquisa, onde os dados coletados foram analisados.

Constitui o universo desta pesquisa, qualquer pessoa que tenha pesquisado ou comprado bens ou serviços via internet, representando segundo Comitê Gestor da Internet no Brasil (2009), quarenta e cinco milhões (45 milhões) dos sessenta e dois por cento (62%) dos usuários de internet no Brasil, haja vista que as funcionalidades do sistema analisado neste trabalho estão diretamente relacionadas à ação de pesquisar e comparar preços de produtos via web.

Dentre os tipos de amostragem apresentadas por Creswell (2007), empregou-se a não probabilística, em face da impossibilidade de controle acerca da quantidade de pessoas que acessam o site investigado. Por esta razão, coube incentivar o público a participar da pesquisa através do formulário disponibilizado via internet, para que cada respondente pudesse convidar outros usuários para participar, remetendo ao processo de amostragem tipo bola de neve.

Neste trabalho, aplicou-se a escala somativa em um formato de escala de Likert com cinco níveis de respostas acerca das atitudes dos respondentes: a) Discordo Fortemente; b) Discordo; c) Não concordo nem discordo; d) Concordo; e) Concordo Fortemente.

Este estudo foi aplicado para avaliar o sistema web denominado PrecoPúblico 5, um software com funcionalidades que abrangem alguns processos de gestão do conhecimento, pois, sobretudo, permite o compartilhamento de conhecimento por quaisquer indivíduos através da publicação de produtos e seus preços, além de proporcionar a busca de produtos via internet.

A análise do compartilhamento de conhecimento pelos indivíduos neste software tem como base as seguintes hipóteses:

H1) O nível de satisfação com relação às atitudes e comportamentos dos usuários ao utilizar o sistema é alto.

H2) O sistema possui alto grau de usabilidade.

H3) O compartilhamento de conhecimento pelos indivíduos no sistema está relacionado positivamente com a sua usabilidade.

A seguir, são demonstradas as variáveis utilizadas para medir os construtos desta pesquisa a partir do levantamento bibliográfico desenvolvido, seus conceitos e medidas de análise do instrumento de investigação.

Figura 2
Construtos e variáveis da pesquisa.

Fonte: Do autor.

A figura 2 ilustra a composição dos construtos utilizados nesta pesquisa, compreendendo Usabilidade (interveniente) e Fatores Individuais (independente) e o construto dependente compartilhamento de conhecimento em um sistema.

O quadro 3 apresenta a especificação das variáveis individuais além de suas medidas referentes a cada questão do instrumento de pesquisa.

Critérios de Fatores individuais (variáveis)

Definição

Medidas

Perguntas

Satisfação em ajudar outras pessoas

Indivíduos compartilham conhecimento pela satisfação pessoal em ajudar o outras pessoas
(Lin,Lee,Yang 2008)

Escala de satisfação em compartilhar conhecimento no sistema

P2

 

Reciprocidade

Indivíduos são estimulados em compartilhar conhecimentos quando outros já compartilharam ou também compartilham
(Tonet & Paz, 2006)

Escala de expectativa de reciprocidade ao compartilhar conhecimento

P3

Reputação

Indivíduos são estimulados em compartilhar conhecimento ao passo que aumenta sua visibilidade perante o ambiente/sistema
(Ye et al., 2008)

Escala de reconhecimento no sistema

P4

 

Habilidades/conhecimentos

Indivíduos que possuem conhecimento pertinente e/ou relevante para compartilhar com outros
(Wang & Noe, 2010)

Escala de experiência para compartilhar conhecimento valioso

P5

 

Comprometimento

Indivíduos que se sentem comprometidos com o ambiente de compartilhamento de conhecimento
(Ordaz et al., 2009)

Escala de orgulho ao participar do sistema

P6

 

Quadro 3
Variáveis, referências, medidas e suas respectivas perguntas do instrumento de pesquisa.
Fonte: Do autor.

A especificação das variáveis de usabilidade bem como suas medidas referentes a cada questão do instrumento de pesquisa estão resumidos no quadro 4.

Critérios de Usabilidade (variáveis)

Definição

Medidas

Perguntas

Facilidade de aprender

Facilidade de aprender a realizar uma determinada tarefa no sistema, sem a ajuda de assistentes (Quesenbery 2001)

  • Escala de facilidade de aprender uma tarefa

P7, P10 e P13

 

Eficiência

Recursos consumidos para atingir objetivos no sistema (Abran, Khelifi, Suryn, & Seffah, 2007)

  • Escala de velocidade na execução das tarefas

P8, P11 e P15

Eficácia

Precisão e completeza com que os usuários atingem objetivos específicos, acessando a informação correta ou gerando resultados esperados (ISO, 2010)

  • Escala de quantidade de passos para executar uma tarefa

P9, P12 e P16

 

Satisfação

Conforto e aceitabilidade do produto, medidos por meio de métodos subjetivos e/ou objetivos (Feliphe & Lavor, 2008)

  • Escala de agradabilidade, conforto e satisfação geral

P14, P17

 

Quadro 4
Variáveis, referências, medidas e suas respectivas perguntas do instrumento de pesquisa.
Fonte: Do autor.

Ao final do questionário, nas perguntas P18 e P19,  investiga-se a relação entre os fatores de usabilidade e o compartilhamento de conhecimento, ou seja, se, por exemplo, a facilidade de aprender a usar o sistema influencia os indivíduos a compartilharem mais conhecimento.

Quatro das vinte e três perguntas do questionário são abertas, intentando-se assim, aproximar de uma abordagem qualitativa, que neste instrumento, possibilita coletar quaisquer outras percepções diferentes daquelas pré-formatadas nas questões. Cada construto do questionário contém um espaço aberto para outras considerações e sugestões. 

O formulário do questionário foi confeccionado online (www.precopublico.com.br/pesquisa) a partir do aplicativo googleForms e  foi incorporado a uma outra página de apresentação concebida com layout personalizado especificamente para esta pesquisa.

6. Análise e Interpretação dos Resultados

Os escores dos itens um (1) a seis (6) do instrumento desta pesquisa, revelam que os usuários, a partir de suas próprias características e atitudes, estão motivados a compartilhar conhecimento no contexto do sistema, confirmando, pois, a hipótese H1 - O nível de satisfação com relação às atitudes e comportamentos dos usuários do sistema é alto. Isto porque todas as variáveis analisadas possuem resultado de concordância acima de 50%. Por outro lado, chamam atenção as dimensões Reconhecimento e Comprometimento para com o software, cujos percentuais de respostas não concordo e nem discordo, foram representativos em comparação às outras perguntas destes itens analisados. Por esta razão, evidencia-se a necessidade de criar recursos que divulguem e elevem a visibilidade dos usuários, à medida que eles compartilham seus conhecimentos por meio do sistema. Como exemplo, poder-se-ia criar um ranking com as imagens ou os nomes dos usuários que mais publicam informações ou conhecimentos diretamente na página inicial do portal.

O nível de neutralidade (33%) acerca do orgulho de participar do software PreçoPúblico, remete à reflexão sobre todas as outras variáveis do construto Características individuais frente ao compartilhamento de conhecimento. Exemplificando: se um usuário não tem satisfação em dizer aos outros que participa de um projeto, isso pode ser devido a diversos outros fatores como a falta de reconhecimento de tal atitude pelos demais indivíduos que usufruem desta informação, ou até mesmo, devido à pequena visibilidade do próprio projeto em si, já que este se encontra em fase de divulgação e possui, por consequência, poucas publicações de preços de produtos.

A interpretação dos resultados alcançados sobre a publicação e busca de preços, que medem o construto usabilidade do sistema, está baseada na variação percentual existente entre as respostas desta dimensão.

Confirmando a hipótese H2 - O sistema possui alto grau de usabilidade, tanto para a publicação quanto para a busca de preços,  os escores cunham que o sistema é fácil de usar em todas as variáveis estudadas. No entanto, a tarefa de Publicar preços foi considerada mais difícil de aprender, mais demorada e complexa que a tarefa Buscar preços. Este fato sugere que é possível criar mecanismos mais ágeis para a entrada de dados no sistema como, por exemplo, utilizar um dispositivo móvel (celular, smartphone e outros) com o leitor de código de barras, capaz de identificar as características de um produto para cadastrá-lo diretamente no PreçoPúblico, evitando a entrada manual dos dados.

Nas questões sobre a Usabilidade do sistema como um todo, a avaliação seguiu os resultados já descritos, confirmando que os usuários o consideram de fácil uso, contudo, os escores da pergunta dezessete (17), indicam um representativo índice de neutralidade em comparação às outras perguntas gerais sobre usabilidade do sistema, deixando margem para a reflexão sobre o que justificaria tal constatação.

Os itens dezoito (18) e dezenove (19) do questionário apresentam os resultados da relação entre a usabilidade e o compartilhamento de conhecimento no sistema.

Assim como a pesquisa de Ye, Chen & Jin (2008), evidenciou-se que a usabilidade do sistema também é importante para motivar o compartilhamento de conhecimento. Descobriu-se, inclusive, que a simplicidade e a rapidez, respectivamente, são as variáveis que mais influenciam no compartilhamento de conhecimento no sistema estudado, apesar da pequena variação já explanada nesta seção. Confirma-se, portanto, a hipótese H3 - O compartilhamento de conhecimento pelos indivíduos no sistema está relacionado positivamente com a sua usabilidade.

Interpretadas individualmente, identificaram-se quatro principais tipos de informações nas respostas abertas: congratulações e apoio ao software social, inexperiência/familiarização, conteúdo desatualizado e melhorias ou relato de erros.

Outra percepção remete à necessidade de criar novos recursos que facilitem o processo de publicação de preços, neste caso, inclusive, alguns já estão em processo de desenvolvimento. Integração com as redes sociais e dispositivos móveis; e solicitar outras informações além do preço do produto, são alguns exemplos que devem potencializar o “compartilhamento da experiência adquirida pelo indivíduo no processo da decisão de compra que envolve a busca e avaliação de alternativas e a tomada de decisão, evidenciando mais completude no conhecimento a ser compartilhado” (Juliani, 2008).

7. Considerações finais

 Alcançou-se a avaliação do processo compartilhamento de conhecimento em um sistema baseado em conhecimento por meio da aplicação do instrumento de pesquisa, o qual possibilitou coletar a opinião dos participantes, evidenciando um alto grau de usabilidade e predisposição das características individuais dos usuários a compartilharem conhecimento, bem como confirmar a influência da usabilidade neste processo, principalmente sobre os atributos Simplicidade e Rapidez de realizar as tarefas no software. 

A avaliação demonstra também, conforme o representativo escore neutro frente aos fatores individuais Reconhecimento e Comprometimento, que é necessário criar recursos capazes de oferecer visibilidade aos indivíduos que compartilham seus conhecimentos com outros por meio do sistema.

As perguntas abertas possibilitaram coletar sugestões de melhorias, incentivos, erros, e constata que devido à maior parte dos participantes terem respondido o questionário baseados no primeiro acesso ao sistema, algumas dúvidas relacionadas à inexperiência de uso do software afetaram suas respostas.

Com base neste estudo relativo à alta importância dos fatores individuais e da usabilidade no sistema estudado, recomenda-se aos desenvolvedores a concepção de softwares colaborativos direcionados às características das pessoas que o utilizarão, de fácil manuseio, bem como a realização de avaliações cíclicas do processo de compartilhamento de conhecimento a fim de reconhecer as deficiências e identificar suas reais necessidades para potencializar a contribuição do conhecimento dos usuários.

Referências bibliográficas

ABRAN, A., KHELIFI, A., SURYN, W., & Seffah, A. (2007); “Consolidating the ISO Usability Models”, Evaluation.

AURELIE, A., BECHINA, A., & NDLELA, M. N. (2007); “Success Factors in Implementing Knowledge Based Systems”, Journal of Knowledge Management, vol.7, no.2, p. 211 - 218.

BASTIEN, J.M.C.; SCAPIN, D.L. (1993); “Human factors criteria, principles, and recommendations for HCI: methodological and standardization issues”, França: INRIA.

BRASIL, C. G. D. I. N. (2009), “Pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e da comunicação no Brasil”, Cetic.br,.

CHUA, a. (2003); “Knowledge management system architecture: a bridge between KM consultants and technologists”, International Journal of Information Management, 2004, vol.24, no.1, p. 87-98. doi: 10.1016/j.ijinfomgt.10.003.

CRESWELL, J. W. (2007); “Projeto de Pesquisa: métodos qualitativos, quantitativo e misto”, 2ª. ed. Porto Alegre: Artmed,.

CYBIS, W. de A. (2000); “Ergonomia de Interfaces Homem-Computador”. Apostila para o Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC. Disponível em: <http://www.labiutil.inf.ufsc.br/apostila.htm>.

FELIPHE, L., & LAVOR, F. (2008); “Central de Projetos Calandra : Usabilidade em sistemas corporativos e a perspectiva da Engenharia de Produção”, 3º EBAI – Encontro Brasileiro de Arquitetura de Informação, p.1-20.

HAN, B. M., & ANANTATMULA, V. S. (2006); “Knowledge Management in IT Organizations From Employee’s Perspective”, Proceedings of the 39th Annual Hawaii International Conference on System Sciences (HICSS?06), doi: 10.1109/HICSS.2006.243.

HENDRIKS, P. (1999); “Knowledge-based systems and knowledge management: Friends or foes?” Information & Management, vol.35, no.2, p.113-125. doi: 10.1016/S0378-7206(98)00080-9.

ISO. “Normas ISO para Usabilidade”. Disponivel em: http://www.iso.org/iso/catalogue_detail.htm?csnumber=52075. Data de acesso: 29/01/2011.

ISO 9241. (1998); “Ergonomic requirements for office work with visual display terminals (VDTs)”, ISO 9241. Switzerland: ISO.

JORDAN, Patrick W. (1998); “An Introduction to Usability”. London, UK: Taylor & Francis.

JULIANI, Jordan. P. (2008), “A socialização de conhecimento entre consumidores na busca de melhores alternativas de compra. Um modelo tecnológico”, Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) – Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

KAISER, S., KANSY, S., MUELLER, G., & RINGLSTETTER, M. (2009); “Weblogs for organizational knowledge sharing and creation: a comparative case study”, Knowledge Management Research & Practice, vol.7, no.2, p.120-130. doi: 10.1057/kmrp.2008.35.

KING, W., & MARKSJR, P. (2008); “Motivating knowledge sharing through a knowledge management system”, Omega, vol.36, no.1, p.131-146. doi: 10.1016/j.omega.2005.10.006.

KOH, J. (2004); ”Knowledge sharing in virtual communities: an e-business perspective” Expert Systems with Applications, vol.26, no.2, p.155-166. doi: 10.1016/S0957-4174(03)00116-7.

KWAIFUNIP, R., & WAGNER, C. (2008); “Weblogging: A study of social computing and its impact on organizations”, Decision Support Systems, vol.45, no.2, p.242-250. doi: 10.1016/j.dss.2007.02.004.

LIAO, S. (2003); “Knowledge management technologies and applications—literature review from 1995 to 2002”. Expert Systems with Applications, vol.25, p.155-164. doi: 10.1016/S0957-4174(03)00043-5.

Lin, HSIU-FEN & Lee, H.-S. (2008); “Evaluation of factors influencing knowledge sharing based on a fuzzy AHP approach”, Journal of Information Science, vol.35, no.1, p.25-44. doi: 10.1177/0165551508091310.

LIN, HSIU-FEN. (2008); “Knowledge sharing and firm innovation capability: an empirical study”, International Journal of Manpower, vol.28, n.3/4, p.315-332.

LIN, M.-J. J., HUNG, S.-W., & CHEN, C.-J. (2009); “Fostering the determinants of knowledge sharing in professional virtual communities”, Computers in Human Behavior, vol.25, no.4, p.929-939. Elsevier Ltd. doi: 10.1016/j.chb.2009.03.008.

NAN, N. (2008); “A principal-agent model for incentive design in knowledge sharing”, Journal of Knowledge Management, vol.12, no.3, 101-113. doi: 10.1108/13673270810875895.

NEVES, R. M., Castanheira, D., Franco, C., Costa, R., Augusta, M., & Machado, S. (2006); “Uma Aplicação da Matemática Nebulosa na Usabilidade do Orkut”.

NIELSEN, J. (1993); “Usability Engineering”, Boston, MA: Academic Press.

OSTERLOH, M. e FREY, B. (2000); “Motivation, knowledge transfer and organizational forms”, Organization Science, v. 11, n. 5, p. 538-550.

ORDAZ, C., CRUZ, G., & GINEL, E. (2010) “Facilitadores de los processos de compartir conocimiento y su influencia sobre la innovación” Cuadernos de Economía y Dirección de la Empresa. Núm. 42, marzo, p.113-150, ISSN: 1138-5758.

PRESSMAN, R. S. (1992); “Software engineering: a practioner’s approach”, 3. ed. New York: McGraw-Hill.

QUESENBERY, W. (2001); “What does usability mean: Looking beyond 'ease of use'”, In: 48th Annual Conference Society for Technical Communication. Chicago.

ROBERTSON, J. (2002); “Using usability to direct knowledge management systems”, Knowledge Management, 6-9.

SANTOS, B. S., Teixeira, L., Teixeira, B., Lucas, C., Pacheco, D., Cunha, J., et al. (2007); “Avaliação de usabilidade de alguns aspectos de um serviço integrado no portal ua . pt : My . UA.” Revista do DETUA, vol.15, p.15-20.

SANTOS, R. C. D. (2007); “Desenvolvimento de uma metodologia para avaliação de usabilidade de sistemas utilizando a lógica fuzzy baseado na iso”, Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Administração) – Faculdade De Economia E Finanças Ibmec Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração e Economia, Rio de Janeiro.

SANTOS, Robson ; MAIA, Fábio. (2005); “A Importância da Usabilidade de Interfaces para a Qualidade do Aprendizado Mediado pelo Computador”, Anais. 5o. Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade, Design de Interfaces e Interação Humano- Computador, Rio de Janeiro. Anais do 5o. USIHC - 5o. Congresso Internacional de Ergonomia e Usabilidade,

SHACKEL, B. (1986); “Ergonomics in design for usability”. In: Harrison, M. D., & Monk, A. F. People and computers: Designing for usability, In: HCI 86 Conference on People and Computer. New York: Cambridge University Press, p. 44-64.

SHNEIDERMAN, B. (1998); “Designing the User Interface: Strategies for Effective Human- Computer Interaction”, 3. ed. EUA: Addison Wesley.

SU, A. Y. S., Yang, S. J. H., HWANG, W.-Y., & ZHANG, J. (2010); “A Web 2.0-based collaborative annotation system for enhancing knowledge sharing in collaborative learning environments”, Computers & Education, vol.55, no.2, p.752-766. Elsevier Ltd. doi: 10.1016/j.compedu.2010.03.008.

TERRA, José Claudio. (2009); “Gestão 2.0: como integrar a colaboração e a participação em massa para o sucesso nos negócios” Rio de janeiro: Elsevier.

TONET, H. C. (2005); “Compartilhamento de conhecimento no trabalho : o impacto das atitudes e da cultura organizacional”.

TONET, Helena Correa; PAZ, Maria das Graças Torres da. (2006); “Um modelo para o compartilhamento de conhecimento no trabalho”, Rev. adm. contemp. [online], vol.10, n.2, pp. 75-94. ISSN 1982-7849.

TSENG, S.-M., & HUANG, J.-S. (2010); “The correlation between Wikipedia and knowledge sharing on job performance”, Expert Systems with Applications. Elsevier Ltd. doi: 10.1016/j.eswa.2010.11.009.

VORAKULPIPAT, C., & REZGUI, Y. (2008); “An evolutionary and interpretive perspective to knowledge management” Journal of Knowledge Management, vol.12, no.3, p.17-34. doi: 10.1108/13673270810875831.

WANG, S., & NOE, R. A. (2010); “Knowledge sharing: A review and directions for future research”, Human Resource Management Review, vol.20, no.2, 115-131. Elsevier Inc. doi: 10.1016/j.hrmr.2009.10.001.

YE, S., CHEN, H., & JIN, X. (2008); “An Empirical Study of What Drives Users to Share Knowledge in Virtual Communities”, p.563-575.


1 Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina. 2Departamento de Informática, Instituto Federal de Santa Catarina, campus Lages. Brasil. E-mail: douglas.juliani@ifsc.edu.br
2 Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação, Universidade do Estado de Santa Catarina. Brasil. E-mail: jordanjuliani@gmail.com
3 Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. E-mail: afdeabreu@gmail.com
4 Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. E-mail: jartur@gmail.com
5. www.precopublico.com.br


Vol. 33 (9) 2012
[Índice]

[En caso de encontrar algún error en este website favor enviar email a webmaster]