Espacios. Vol. 32 (2) 2011. Pág.29

Proceso para simulación del trabajo cooperativo en la concepción de sistemas informatizados por medio del uso de técnicas de ergonomía del trabajo y cognición

Process simulation of cooperative work in the design of computer systems using techniques work ergonomics and cognition

Marcos Antonio de Souza, Ivana Basso y Vanessa Martins Pires


5  Conclusões

O ambiente competitivo em que as empresas se encontram torna relevante construir e manter métricas para avaliar o desempenho empresarial, dado que os gestores necessitam conhecer as potencialidades e deficiências da empresa para atuação eficiente e eficaz.

Nesse contexto, esse estudo se propôs a identificar se os gestores das empresas associadas em redes, de supermercados e de materiais de construção da cidade de Passo Fundo/RS, utilizam, e com que freqüência o fazem, de indicadores financeiros e não-financeiros como medidas para avaliação do desempenho das empresas. Identificou-se que os gestores das empresas pesquisadas, no geral e por segmento de atuação, utilizam ambos os tipos de indicadores, com predominância daqueles de natureza financeira.

 Pode-se inferir que as empresas pesquisadas traçam estratégias e tomam decisões, pelo menos em parte, com base nas informações provenientes dos indicadores pesquisados, mesmo com a evidência de que isso não ocorre de forma sistematizada.

Apesar do entendimento dado pela literatura de que o uso de indicadores financeiros e não-financeiros pode alavancar resultados, os resultrados da pesquisa mostram um aparente paradoxo já que as empresas associadas em redes de supermercados, mesmo com menor utilização dos indicadores, são as que apresentam melhor nível de resultados.

 Questões complementares de pesquisa possibilitaram coletar com os representantes das empresas a manifestação deles quanto à carência de maior suporte sobre a utilidade dos indicadores no processo de gestão, seja por parte dos escritórios de contabilidades que lhes prestam serviços nessa área, seja por parte das redes às quais estão associadas. Aqui também houve um desencontro de informações dado que parte dos representantes das redes manifestaram oferecer treinamentos, cursos e palestras aos gestores das empresas associadas.

Durante a realização deste estudo identificou-se a possibilidade e necessidade de outros estudos com as empresas e respectivas redes. Uma dessas possibilidades é verificar o efetivo suporte de gestão que as redes oferecem às suas associadas. Outra indicação é a realização de estudo de casos em profundidade em empresas associadas visando diagnosticar as potenciais contribuições do uso de indicadores financeiros ou não-financeiros na gestão das empresas.

Referências

AMATO NETO, João. Redes de cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidades para pequenas e médias empresas. São Paulo: Atlas, Fundação Vanzolini, 2000.

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES. Porte de empresas – Carta Circular 64/2002 de 14.10.2002.

BASTOS, Lília da Rocha; PAIXÃO, Lyra; FERNANDES, Lúcia Monteiro. Manual para a elaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses, dissertações e monografias. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1995.

BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia da pesquisa: monografia, dissertação, Tese. São Paulo: Atlas, 2004.

BRITTO, Jorge. Cooperação interindustrial e redes de empresas. In: Kupfer, David; Hasenclever, Lia. Economia industrial: fundamentos teóricos e práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002, p.345-388.

CALLADO, Aldo L. Cunha; CALLADO, Antonio A. Cunha; ALMEIDA, Moisés Araújo. A utilização de indicadores de desempenho não-financeiros em organizações agroindustriais: um estudo exploratório. Organizações Rurais & Agroindustriais, v.10, n.1, p.35-48, 2008.

CALLADO, Antônio André Cunha; CALLADO, Aldo Leonardo Cunha; ANDRADE, Luciano Pires. Padrões de utilização de indicadores de desempenho não-financeiros: um estudo exploratório nas empresas de Serra Talhada/PE. Revista ABCustos, v. 3, n.2, p.1-23, 2008.

CALVO, M. C. M. Estatística descritiva. Florianópolis: UFSC, 2004.

CELESTINO, Maxwell dos Santos. Utilização de indicadores financeiros e não-financeiros na gestão de hotéis no Rio Grande do Norte: um estudo sobre a ótica do BSC. Dissertação de Mestrado em Ciências Contábeis do Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis. UNB, UFPB, UFP, UFRN. Natal, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto, Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 3° Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

DIETSCHI, Daniel Augusto; NASCIMENTO, Auster Moreira. Um estudo sobre a aderência do balanced scorecard às empresas abertas e fechadas. Revista Contabilidade & Finanças, v.19, n.46, p.73-85, jan./abr. 2008.

FERNANDES, Amarildo Cruz. Scorecard dinâmico – em direção à integração da dinâmica de sistemas com o balanced scorecard. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFRJ, Rio de Janeiro, 2003.

FERNANDES, Frederico Pires Pereira; FONSECA, Ana Carolina Pimentel Duarte. A implementação do balanced scorecard em empresas brasileiras sob a perspectiva da cultura nacional. Revista ABCustos v. 2, n. 1, p. 79-101, jan/abr, 2007.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

HOFFMANN, Valmir Emil. Factores competitivos de la empresa a partir de la perspectiva de los distritos industriales: um estudio de la industria cerámica de revestimiento brasileña. Tesis Doctoral. Universidade de Zarogoza, 2002.

ITTNER, Christopher; LARCKER David. Non-financial performance measures: what works and what doesn’t, 2000. Wharton School of the University of Pennsylvania.Disponível em: http://knowledge.wharton.upenn.edu/article.cfm?article=279. Acesso em 05 abr. 2009.  

KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. Mapas estratégicos – balanced scorecard. Rio de Janeiro: Campus, 2004.

KAPLAN, Robert S.; NORTON, David P. A estratégia em Ação. 11º ed. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

KAPLAN, Robert S.; Norton, David P. Using the balance scorecard as a strategic management system. Harvard Business Review. 12 p., Jan-Fev, 1996.

MACHADO, Márcia Reis; MACHADO, Márcio André Veras; e HOLANDA, Fernanda Marques de Almeida. Indicadores de desempenho utilizados pelo setor hoteleiro da Cidade de João Pessoa-PB. 6º Congresso da USP de Controladoria e Contabilidade, 6. Anais... São Paulo, FEA/USP, 2006. CD-ROM.

MARONI NETO, Ricardo. Algumas considerações sobre os aspectos conceituais dos Modelos EVA, GECON e BSC. Revista Brasileira de Contabilidade, n. 147, p. 47-63, 2004.

MONTEIRO, Watson de Araújo. Indicadores financeiros como expressão do planejamento estratégico. Contabilidade, Gestão e Governança, v.3, n.2, p. 1-29, 2000.

SAID, Amal A.; HASSABELNABY, Hassan R.; WIER, Benson. An Empirical investigation of performance consequences of nonfinancial measures. Journal of Management Accounting Research, v. 15, n.1, p.193-225, 2003.

WALTER, F.; BORNIA, A.C.; KLIEMANN NETO, F.J. Análise comparative de duas metodologias para elaboração do Balanced Scorecard. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 24, 2000. Florianópolis. Anais... Florianópolis: ANPAD, 2000.

WEGNER, Douglas; DAHMER, Luciane Vandréia. Ferramenta para avaliação de desempenho em redes de empresas: uma proposta metodológica. In: SEMEAD, 7, 2004. Anais... São Paulo: FEA/USP, 2004.

Wittmann, M. L.; Negrini, F.; Venturini, T. As redes empresariais como uma alternativa para aumentar a competitividade de empresas do setor de comércio varejista. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 27, 2003, Atibaia. Anais... Atibaia: ANPAD, 2003.

ZILBER, M.A.; FISCHMANN, A.A. Competitividade e a importância de indicadores de desempenho: utilização de um modelo de tendência. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 26, 2002, Salvador. Anais... Salvador: ANPAD, 2002

[anterior] [inicio]

Vol. 32 (2) 2011


[Índice]