Espacios. Espacios. Vol. 30 (3) 2009. Pág. 16

Transferência de Conhecimento em Multinacionais Emergentes: survey com as multinacionais brasileiras

Knowledge Transfer in Emerging Multinational Companies: Survey of Brazilian Multinationals

Transferencia de conocimientos en multinacionales emeregentes: Encuesta de multinacionales brasileñas

Felipe Mendes Borini y Moacir De Miranda Oliveira Junior

Recibido: 14-03-2009 - Aprobado: 20-06-2009


6. Discussão

As multinacionais emergentes usam em maior intensidade os mecanismos de transferência de conhecimento quando o fenômeno ocorre da matriz para as subsidiárias. Em especial se destacam os mecanismos relacionados com a comunicação e a socialização quando comparados com os mecanismos usados da subsidiária para a matriz. Esse resultado tem duas implicações importantes para a extensão da teoria sobre internacionalização de empresas de economias emergentes. A primeira é que, ao contrário do que alguns autores vem propondo, as multinacionais brasileiras parecem estar seguindo o modelo das multinacionais tradicionais (dos EUA, Japão e Europa), de levar o conhecimento da matriz para as subsidiárias e não o proposto por alguns autores, de estar internacionalizando em busca de novos conhecimentos (Child; Rodrigues, 2005; Mathews, 2007). Isto significa que não podemos colocar todas as multinacionais emergentes ‘no mesmo saco’, o que implica em desafios teóricos adicionais para contrastar as semelhanças e diferenças entre estas multinacionais emergentes (por exemplo, entre multinacionais brasileiras e multinacionais chinesas). A segunda implicação é que essas multinacionais emergentes, que podem ser entendidas como late movers, precisam de apoio para ‘pular etapas’, indo mais rapidamente para modelos de gestão de portifolio de subsidiárias que as ajudem a aprender com as suas operações internacionais, pela transferência de conhecimento de suas subsidiárias no exterior para a matriz e também pela transferência de conhecimento entre subsidiárias.

Especificamente quanto ao uso das ferramentas, ao analisar a importância direta desses mecanismos para a transferência do conhecimento é verificado que na transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias os mecanismos relacionados à comunicação é que ganham destaque, em especial as práticas de benchmarking interno. Por sua vez, ao analisar o conhecimento transferido das subsidiárias para a matriz, apesar dos mecanismos se apresentarem em menor intensidade que na transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias, todos os mecanismos têm impacto direto na de transferência de conhecimento, ou seja, tanto os sistemas de tecnologia da informação, quanto a comunicação e os processos de socialização.

Portanto, o resultado evidencia três pautas para a discussão. Primeiro, os mecanismos de transferência de conhecimento, bem como a transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias é mais intensa que a transferência reversa, bem como para os mecanismos usados para tanto. Segundo, para a transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias apenas o mecanismo de comunicação de benchmarking aliado ao tipo de entrada apresenta relação direta e significativa com a transferência. Terceiro, embora, exista essa diferença positiva para a transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias, a transferência reversa depende não só mais dos mecanismos de transferência de conhecimento, como de pelo menos um mecanismo específico relacionado aos sistemas de tecnologia da informação, de comunicação e de socialização.

As multinacionais emergentes não transferem nem utilizam em igual intensidade os mecanismos para a transferência de conhecimento diferentemente do proposto na discussão teórica do trabalho. Era esperado que existisse o suporte para a transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias como meio de propagar as vantagens da firma, afinal vários estudos comprovam a teoria tanto para as multinacionais tradicionais como para as emergentes. Entretanto, esperava-se que a transferência de conhecimento nas duas direções ocorresse na mesma intensidade, ou seja, a busca de recursos no exterior e seu aproveitamento na matriz teriam igual importância para a manutenção das multinacionais emergentes, uma vez que estas, pela sua posição de seguidoras, necessitariam das vantagens competitivas das subsidiárias para manter sua competitividade.

O que se observa é que embora exista a transferência reversa, o uso de mecanismos para tanto é menos intenso, que aqueles usados na transferência da matriz para as subsidiárias. O fenômeno não encontrou suporte no tipo de entrada, nem na idade desse modo, não podendo ser alegado para estes fatores as razões da menor intensidade do uso de mecanismos de transferência de conhecimento. A justificativa transcorre muito mais da complexidade estrutural necessária para as subsidiárias na sua relação com a matriz, tanto em termos de sistemas de tecnologia da informação, de comunicação e de socialização, associado a uma capacidade inerentemente menor das subsidiárias de terem seu conhecimento reconhecido pela matriz, uma vez que as barreiras quanto às relações políticas de poder podem interferir na transferência reversa do conhecimento.

Por sua vez, ainda que, os mecanismos de transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias sejam mais intensos, nem todos têm impacto direto na transferência do conhecimento. Exceto, o benchmarking interno como um mecanismo de comunicação. A busca de melhores práticas das subsidiárias na matriz e o incentivo da matriz para esse comportamento pró-ativo das filiais. Numa visão superficial parece que o grande entrave para a transferência do conhecimento da matriz para as subsidiárias reside no caráter tácito e complexo de certas funções que estrategicamente seriam interessantes de ser alocadas nas filiais. Por sua vez, a dificuldade maior da transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias constituídas via aquisição ressaltam que não somente o caráter tácito e complexo é um entrave para a transferência do conhecimento, mas o caráter sistêmico em virtude da falta de alinhamento estratégico e cultural que as subsidiárias adquiridas apresentam em relação as greenfield investments (Birkinshaw; Bresman, 2000).

Logo, nas multinacionais emergentes, a transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias adquiridas depende de maior intensidade dos mecanismos de socialização, em especial os times globais, pois o uso diminuto das equipes de projetos globais explica essa situação.

Finalmente, os resultados mostram que a transferência de conhecimento das subsidiárias para a matriz depende diretamente dos diferentes tipos de mecanismos de conhecimento, com destaque para os bancos de melhores práticas, o benchmarking e as equipes de projetos. No entendimento dos resultados, o conhecimento codificado, simples, sistêmico e observado em uso seria transferido por meio dos bancos de melhores práticas disponibilizados em intranets. Acessando as melhores práticas da subsidiária, a matriz poderia incrementar suas funções similares.

Passando para o segundo estágio de um conhecimento tácito, complexo, sistêmico e observável em uso, a transferência das melhores práticas por meio do benchmarking interno chama a atenção para o caráter inverso desse benchmarking. Como é de praxe, o uso do benchmarking não significa a simples cópia (Watson, 1994). A partir do momento em que a matriz pode conhecer os pontos fortes e fracos, bem como o uso das capacidades nas subsidiárias, o benchmarking é um método que possibilita a adaptação de novos conceitos à realidade da matriz. O benchmarking é um processo pró-ativo por meio do qual uma empresa examina como outra realiza uma função específica a fim de melhorar uma sua, similar (Ransley, 1994; Watson, 1994; Zairi, 1995). Entretanto, o que se observa nas multinacionais emergentes, o processo é reativo, pois a matriz precisa ser inicialmente convencida pela subsidiária que a técnica tem importância, o que segue os preceitos das iniciativas das subsidiárias nem sempre reconhecidas pela corporação (Birkinshaw, 1997). Desse modo nas multinacionais emergentes é necessário não só desenvolver outros mecanismos de comunicação para a transferência do conhecimento, mas também, diminuir a resistência da matriz para o conhecimento da subsidiária de modo que em determinados a subsidiária possa ser encarada como uma empresa de “melhor classe” para determinada função.

Finalmente, o conhecimento tácito, complexo, independente e não observável em uso, logo mais difícil de ser transferido, seria dependente das equipes de projetos internacionais (times globais) como mecanismos de transferência de conhecimento. Veja que o uso é baixo, mas relativamente aos expatriados é muito próximo, bem diferente da situação da transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias em que a relação entre expatriados e equipes de projetos é bem distante a favor de expatriados.

Times Globais de Negócios são equipes de projetos formadas por indivíduos de diferentes nacionalidades e subsidiárias, com diferentes culturas e possivelmente de diferentes atividades funcionais que trabalham em conjunto em alguns projetos globais da operação da multinacional (Hansen, et. al., 1999; Gupta; Govindarajan, 2001). Exemplos de empresas com times globais são a Ford, ABB, Unilever dentre outras. Quando os times globais obtém sucesso o compartilhamento do conhecimento entre os membros não se restringe ao projeto específico. Muito do conhecimento e da experiência trocada pode ser levada por cada membro para as atividades especificas de suas unidades empresariais, no caso especifico a matriz corporativa (Gupta; Govindarajan, 2001).

Portanto, a estratégia organizacional possível para o incremento da transferência reversa do conhecimento é a ampliação dos sistemas tecnológicos, dos elos de comunicação e da socialização.

7. Comentários Finais

O presente artigo permite elucidar algumas lacunas referentes ao uso de mecanismos para a transferência do conhecimento em multinacionais, especificamente as multinacionais emergentes. Primeiro, é muito mais intenso o uso de mecanismos para transferir conhecimento da matriz para as subsidiárias.

Segundo, embora mais intenso o uso desses mecanismos, somente o benchmarking interno tem impacto na transferência do conhecimento. Sendo que a transferência de conhecimento para as subsidiárias adquiridas é muito mais difícil que para as constituídas por greenfied investments, o que evoca que as multinacionais emergentes precisam desenvolver mais mecanismos de socialização para a transferência de conhecimento para as subsidiárias, especialmente as equipes globais de projeto.

Terceiro, embora utilizado em menor intensidade, tanto os sistemas de tecnologia da informação, assim como os processos de comunicação e de socialização, estão diretamente relacionados com a transferência do conhecimento da subsidiária para matriz. Conclui-se que a transferência de conhecimento nas multinacionais emergentes é peculiar, ou seja, não depende dos mesmos mecanismos que as multinacionais tradicionais. Assim como a transferência de conhecimento da matriz para as subsidiárias, como das subsidiárias para a matriz não pode ser tratada da mesma maneira em termos de mecanismos para a gestão do conhecimento.

8. Referencias Bibliográficas

Allen, T. (1990). People and Technology transfer. Massachusetts: MIT

Andersson, U; Forsgren, M.; Holm, U. (2002). The Strategic Impact of External Networks: Subsidiary Performance and Competence Development in Multinational Corporation. Strategic Management Journal, vol 23, p. 979-996.

Barbosa, J.F. (2004). Internacionalização do Grupo Gerdau: um estudo de caso. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Pontifícia Universidade Católica.

Barney, J.B. (2001). Is the resource-based “view” a useful perspective for strategic management research? Yes. The Academy of Management Review; 26, 1.

Bartlett, C. A.; Ghoshal, S. (2000). Going Global: Lessons from Late Movers. Harvard Business Review, mar.

Bartlett, C.A; Ghoshal, S. (1992). Gerenciando Empresas no Exterior: A Solução Transnacional. São Paulo: Makron Books.

Birkinshaw, J. (1997). Entrepreneuship in Multinational Corporations: The Caracteristics of Subsidiary Initiatives. Strategic Management Journal, 18: 207-229.

Birkinshaw, J. (2001). Strategy and Management in MNE subsidiaries. In. A. Rugman & T. Brewer (eds) Oxford handbook of international business. Oxford University Press.

Birkinshaw, J.; Hood, N., Jonsson, S. (1998) .Building Firm-Specific Advantages n Multinational Corporations: The Role of Subsidiary Initiative. Strategic Management Journal, vol. 19, n.3, p. 221-241.

Birkinshaw, J; Hood, N. (1997). An emprirical study of development process in foreign-owed subsidiaries in Canada and Scotland. Management International Review. Fourth Quarter, 37, 4: 339-364.

Birkinshaw, J; Hood, N. (1998). Multinational subsidiary evolution: Capability and charter change in foreign-owed subsidiaries companies. Academy of Management Review, vol 23, n.4, p.773-795.

Bjorkman, I.; Barner-Rasmussen; W., Li, L. (2004). Managing knowledge transfer in MNCs: The impact of headquarters control mechanisms. Journal of International Business Studies, 35, 443-55.

Bonaglia, F; Goldstein, A. (2007). Strengthening Productive Capacities In Emerging Economies Through Internationalisation: Evidence From The Appliance Industry. Development Centre Working Papers, Working Paper No. 262, July.

Bonaglia, F; Goldstein, A; Mathews, J. (2006). Accelerated Internationalisation by Emerging Multinationals: the Case of White Goods Sector,” MPRA Paper 1485, University Library of Munich, Germany.

Bresman H; Birkinshaw J; Nobel R. (1999). Knowledge transfer in acquisitions. Journal of International Business Studies. 30:4 p 439-462.

Candia, R. D. J. (2003). Internacionalização de Empresas Brasileiras no Mercosul: O Caso Brahma. Enanpad, Atibaia.

Carlie, P. (2004). Transferring, Translating and Transforming: An Integrative Framework for Maniging Knowledge Across Boudaries. Organization Science, 15 (5), 555-568.

Chevarria, D.G; Vieira, L.M. (2007). O Investimeno Direto Externo Como Função De Vantagens Específicas: O Caso Gerdau. Anais do Simpoi/Poms, Rio de Janeiro.

Child, J. ; Rodrigues, Suzana (2005). The Internationalization of Chinese Firms: A Case for Theoretical Extension?. Management and Organization  Review, v. 1, p. 381-410.

Clemente, J.; Slevin, Dp; Vanini, S. (1998). Es el rol del empresario pionero un factor de éxito para la empresa? Un análisis critico de los resultados empíricos”, Revista Internacional de Direccion de Empresas, 3, pp. 337-359.

Davenport, T. H.; Prusak, L. (1998). Working Knowledge: how organizations manage what they know. Havard Business School Press.

Deresky, H. (2004). Administração Global. Estratégica e Interpessoal. Porto Alegre, Bookman.

Doz, Y., Santos, J; Williamson, P. (2001). From Global to Metational: How Companies Win in the Knowledge Economy. Havard Press: Boston.

Dunning, J. H. (1993). Multinational Enterprises and the Global Economy. Workhingan : Addison-Wesley.

Eisenhardt, Km; Martin, J. (2000). A Dynamic capabilities: What are they? Strategic Management Journal, n21 pp. 1105-1121.

Frost, T. (2001). The Geografic Sources of Foreign subsidiaries Innovations. Strategic Management Journal, vol.22, p. 101-123.

Frost, T.; Birkinshaw, J.; Ensign, P. (2002). Centers of Excellence in Multinational Corporations. Strategic Management Journal, vol.23, p. 997-1018.

Grant, R. (1996). Toward a Knowledge-Based Theory of the Firm. Strategic Management Journal, Vol. 17, Special Issue: Knowledge and the Firm pp. 109-122.

Gupta, A. K., Govindarajan, V. (2000). Knowledge flows within multinational corporations, Strategic Management Journal, 21(4), pp. 473–496.

Gupta, A. K; Govindarajan, V. (2001). Global Dominance: Transforming Global Presence into Global Competitive Advantage. San Francisco: Jossey-Bass.

Hair, J. F., Black, B., Babin, B., Andersson, R. E., Tatham, R. L. (2005). Multivariate Data Analysis (6th edition). Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall.

Hansen, M., Nohria, N.Tierney,T. (1999). What’s Your Strategy for Managing Knowledge? In. Havard Business Review. March-April, 1999, p.106-116.

Hax, A. C.; Wilde Ii, D. L. (2001). The Delta Project: Discovering New Sources Of Profitability In A Networked Economy. New York: Palgrave.

Johanson, J.; Vahlne, J.-E. (1977). The Internationalization Process of the Firm – A Model of Knowledge Development and Increasing Foreign Market Commitments. Journal of International Business Studies. Vol. 8, n.1, pp 23-32.

Kogut, B., U. Zander. (1992). Knowledge of the firm, combinative capabilities, and the replication of technology. Organization Science, vol.3 383-397.

Li, L; Barner-Rasmussen, W; Bjorkman, I. (2007). ‘What difference does the location make? A social capital perspective on transfer of knowledge from MNC subsidiaries located in China and Finland’. Asia Pacific Business Review 13 (2): 233-249.

Lieberman; M. B; Montgomery, D. B. (1998). First-Mover (Dis)Advantages: Retrospective and Link with the Resource Based View. Strategic Management Journal, v. 19, n.12, pp. 1111-1125, Dez..

Mathews J. A. (2006). “Dragon multinationals: New players in 21st century globalization”, Asia Pacific Journal of Management, Vol.23, No. 1.

Minbaeva, D. (2007). Knowledge Transfer in Multinational Corporations. Management International Review, 47, 4.

Mitchell, W. (1989). Whether and when? Probability and timing of incumbents entry into emerging industrial subfields. Administrative Science Quarter, 34, 208-230.

Moura, P.G. (2007). O Processo de Internacionalização do desenvolvimento dos produtos em Empresas Multinacionais Brasileiras. Dissertação de Mestrado. São Paulo. Universidade de São Paulo.

Nelson, R., S. Winter. (1982). An Evolutionary Theory of Economic Change. University Press, Cambridge, MA.

Nohria, N.; Ghoshal, S. (1997). The Differentiated Network: Organizing Multinational Corporations for Value Creation. San Francisco: Jossey-Bass Publishers.

Nonaka, I., H. Takeuchi. (1995). The Knowledge-creating Company. Oxford University

O´Dell. 1998. If only we knew what we know. New Yoork. The Free Press.

Penrose, E.T. (1959). The Theory of Growth of the Firm. London: Basil Blackwell.

Peteraf, M. (1993).The cornerstones of competitive advantage: a resource-based review. Strategic Management Journal, Vol.14, n.3, p.179-191.

Porter, M.E. (Org.) (1986). Competition in Global Industries. Boston: Harvard Business School Press.

Ransley, D. L. (1994). Do's and Don'ts of R&D Benchmarking. Research & Technology Management. September/october, pp. 50-56.

Rugman A.; Verbeke, A. (2001). Subsidiary Specific Advantages in Multinational Enterprises. Strategic Management Journal, vol.22, p.237-250.

Sanchez, R., and A. Heene (1997). Managing for an uncertain future: A systems view of strategic organizational change. International Studies of Management and Organization, 27 (2), 21-42.

Sanchez, R; Heene, A; Thomas, H. (1997). Twards the theory and practice of competence based competition. In Sanchez, R; Heene, A; Thomas,. (Ed) Dynamics of competence-based competition. Oxford: Elsevier.

Schoenecker, Ts; Cooper, AC. (1998). The role of firm resources and organizational attributes in determining entry timing: a cross-industry study. Strategic Management Journal, 1127-1143.

Schulz, M. (2001). The uncertain relevance of newness: organizational learning and knowledge flows, Academy of Management Journal, 44(4), pp. 661–682.

Simonin, B. (1999). “Transfer of Marketing Know-How in International Strategic Alliances: an empirical investigation of the role and antecedents of knowledge ambiguity”, Journal of International Business Studies, Vol. 30 No. 3: pp. 463-490.

Sull, D. N.; Escobari, M. (2004). Sucesso Made in Brazil. 3ed. Elsevier, Rio de Janeiro.

Szulanski, G. (1996). Exploring internal stickiness: Impediments to the transfer of best practice within the firm. Strategic Management Journal, 17(Winter Special Issue): 27-43.

Szulanski, G. (1999). The Process of Knowledge Transfer: a Diachronic Analysis of Stickiness, Working Paper, June, 40p.

Vernon, R. 1996. International investments and international trade in the product cycle. Quarterly Journal of Economics, vol. 80, p.190-207.

Villaverde, Pm; Ortega, MJ. (2002). Una Revision Critica de Las Aportaciones sobre la estrategia de entrar primero al mercado. Documento de Trabajo. Facultad de Ciencias Economicas y Empresaliares de Albacete. Universidad de Castilla-La Mancha.

Watson, G. (1994). Benchmarking Estratégico. São Paulo: Makron Books.

Wernefelt, B. (1984). A Resource Based View f the Firm. Strategic Management Journal, 5, 171-180.

Wernerfelt, B. (1994). The resource-based view of the firm: ten years after. Strategic Management Journal, Vol.16, n.3, p. 171-174, mar.,

Williams, Ml; Tsai, Mh; Day, D, (1991). Intangible assets, entry strategies and venture success in industrial markets. Journal of Business Venture. V6, 315-333.

Winter, S. G. (1995). Fours Rs of profitability: Rents, resources, routines, and replication, in C. A. Montgomery, editor, Resource-based and evolutionary theories of the firm: Towards a synthesis, Norwell, MA: Kluwer: 147-178.

Winter S. (1987) Knowledge and Competences as Strategic Assets," in D. Teece. Harper and Row Ballinger Div. The Competitive Challenge: Strategies for Industrial Innovation and Renewal, New York.

Zairi, M, Leonard, P. (1995). Benchmarking Prático: O Guia Completo. São Paulo: Atlas.

Zander, U., Kogut, B. (1995). Knowledge and The Speed of the Transfer and Imitation of Organizational Capabilities: An Empirical Test, Organization Science, Vol.6, N°1, January-February, pp.76-92.

 

[anterior] [inicio]



Vol. 30 (3) 2009
[Editorial] [Índice]